O relatório elaborado pela Polícia Civil de São Paulo a respeito do assassinato da menina Isabella Nardoni, 5, incluiu informações equivocadas e omitiu outras a fim de deixar mais contundentes as acusações contra o casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, de acordo com reportagem de Rogério Pagnan publicada na da Folha de S.Paulo neste sábado (íntegra disponível para assinantes do jornal ou do UOL).
No relatório enviado à Justiça, a delegada Renata Pontes afirma que o coordenador em segurança Waldir Rodrigues de Souza, morador do prédio vizinho ao London, afirmou ter chegado em seu apartamento às 23h30 e, "em dado momento, sua mulher foi despertada por uma discussão de homem e mulher, vinda do prédio ao lado" --seriam os Nardoni.
"Na íntegra do depoimento de Souza, porém, é possível verificar que ele disse ter chegado às 21h30 ao apartamento. Ou seja, duas horas mais cedo", observa a reportagem.
"Esse equívoco da polícia não teria muita relevância, porém, não fossem os detalhes omitidos no relatório: a briga, segundo ele, ocorreu por volta 'das 23h', 'durou cerca de 15 minutos', e que ouviu uma mulher dizendo 'jogaram a Isabella do sexto andar' tendo 'visto claramente o horário no relógio que indicava 23h23'", conclui a Folha
Segundo o próprio relatório, o carro da família Nardoni, um Ford Ka, desligou seu motor na garagem do edifício London às 23h36m11. O depoimento foi um dos 20 citados pela Polícia Civil no relatório. Foram ouvidas, ao todo, 67 testemunhas.
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26/10/2008
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