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sexta-feira, 14 de março de 2008

Lygia Fagundes Telles







Linha do tempo

1923-1950: Do nascimento ao primeiro casamento

1923 - Nasce em 19 de abril, em São Paulo.

1931 - Influenciada pelas histórias que ouvia das empregadas de sua família, a menina recheia de imagens aterrorizantes as suas primeiras narrativas, escritas em cadernos escolares e contadas em casa.

1936 - Seus pais se separam, mas não se desquitam.

1938 - Numa edição financiada por seu pai e assinando Lygia Fagundes, lança seu primeiro livro, Porão e sobrado, com doze contos. A escritora nunca mais autorizaria a republicação deste livro.

1941 - Inicia o curso de Direito no Largo de São Francisco e conclui o de Educação Física. É apresentada a escritores como Oswald de Andrade e Mário de Andrade e conhece o crítico de cinema Paulo Emílio Salles Gomes, com quem viria a se casar mais de 20 anos depois. Consegue emprego como funcionária da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo.

1944 - Ainda estudante de direito, publica Praia viva (Martins), seu segundo livro de contos.

1945 - Seu pai morre num hotel na cidade de Jacareí, interior paulista.

1946 - Forma-se bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais.

1949 - Publica outro volume de contos, O cacto vermelho (Martins). O livro conquista o Prêmio Afonso Arinos, da Academia Brasileira de Letras, mas também não voltaria a ser reeditado, embora alguns desses contos estejam incluídos em Antes do baile verde, em 1970.

1950 - Casa-se com o jurista e ensaísta Goffredo da Silva Telles Jr., seu ex-professor de Direito. Muda-se para o Rio para acompanhar o marido, que ocupava na Câmara Federal uma cadeira de deputado pelo Partido de Representação Popular, de orientação Integralista.




Lygia Fagundes Telles com o primeiro marido e o filho, em foto de arquivo pessoal (1960)
1952-1981: De Ciranda de pedra, o livro, até Ciranda de pedra, a novela
1952 - Volta a viver em São Paulo, onde começa a escrever seu primeiro romance, Ciranda de pedra, em parte também escrito na Fazenda Santo Antônio, da família Silva Telles, próxima de Araras, onde se hospeda com freqüência. Esta fazenda pertencera à avó de Goffredo, Olívia Guedes Penteado, e nela se reuniram expoentes da intelectualidade que formou a Semana de Arte Moderna de 22, entre eles Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Villa-Lobos e Anita Malfatti.

1953 - Sua mãe, Maria do Rosário, apelido Zazita, pianista, morre na capital paulista.

1954 - Nasce em São Paulo Goffredo da Silva Telles Neto, seu único filho (que mais tarde lhe daria as netas Lúcia Carolina e Flora Margarida). É lançado o romance Ciranda de pedra (O Cruzeiro), o marco de sua maturidade intelectual na opinião do crítico Antonio Candido.

1958 - Histórias do desencontro (José Olympio) é lançado e premiado pelo Instituto Nacional do Livro.

1960 - Separa-se do primeiro marido, Goffredo da Silva Telles Jr.

1961 - É nomeada procuradora do Instituto de Previdência do Estado de São Paulo.

1963 - Publica seu segundo romance, Verão no aquário (Martins) Começa a viver com Paulo Emílio Salles Gomes num apartamento da Rua Sabará, em São Paulo.

1967 - Escreve de parceria com Paulo Emílio Salles Gomes um roteiro de cinema inspirado no romance Dom Casmurro, de Machado de Assis, a pedido do diretor Paulo César Saraceni. O filme de Saraceni chega às telas em 1968 com Othon Bastos, Isabella e Raul Cortez no elenco. O roteiro seria publicado apenas em 1993 sob o título Capitu (Siciliano).

1970 - É publicado Antes do baile verde (Bloch), seleção de contos escritos e publicados entre 1949 e 1969. O conto-título conquista na França o Grande
Prêmio Internacional Feminino para Estrangeiros.

1973 – Lança As meninas (José Olympio), seu terceiro romance, cujas primeiras linhas tinham sido escritas dez anos antes, e recebe três prêmios: Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro; Coelho Neto, da Academia Brasileira de Letras; e o de Ficção, da Associação Paulista de Críticos de Arte.

1976 – O conto “O noivo” é adaptado por Cassiano Gabus Mendes e dirigido por John Herbert para o filme em episódios Já não se faz amor como antigamente.

1977 – Lança o livro de contos Seminário dos ratos (José Olympio). Em setembro morre Paulo Emílio. Lygia recebe como herança a causa do marido na luta pelo cinema nacional e assume a presidência da Cinemateca Brasileira.

1978 – Estréia o longa As três mortes de Solano de Roberto Santos, baseado no conto “A caçada”.

1981 - Entre maio e novembro, a Rede Globo exibe Ciranda de pedra, novela baseada em sua obra homônima.




Lygia Fagundes Telles em foto de arquivo pessoal (1958)
1982 até os dias atuais: Da Academia Brasileira de Letras para o mundo
1982 - É eleita para a cadeira 28 da Academia Paulista de Letras.

1985 - É eleita para a cadeira 16 da Academia Brasileira de Letras no dia 24 de outubro, por 32 votos a 7, na vaga de Pedro Calmon, mas só tomaria posse em 12 de maio de 1987. No mesmo ano é agraciada com a medalha da Ordem do Rio Branco.

1989 - Lança seu quarto romance, As horas nuas (Nova Fronteira), e recebe em Portugal a Comenda Dom Infante Santo.

1990 - É tema do documentário Narrarte, dirigido por seu filho Goffredo e Paloma Rocha. O filme é premiado no Festival de Cinema de Gramado.

1996 - Chega aos cinemas As meninas pelas mãos do diretor Emiliano Ribeiro, que assumiu o projeto depois da morte do idealizador da adaptação, o cineasta David Neves. No elenco, Drica Moraes, Adriana Esteves e Cláudia Liz.

1997 - A editora Rocco adquire os direitos de publicação de toda a sua obra, que chega em novas edições às livrarias.

1998 – Três contos de sua autoria são entrelaçados no filme Contos de Lygia de Del Rangel. A saber, os contos são “Venha ver o pôr-do-sol”, “A fuga” e “A caçada” e o filme tem no elenco Gianfrancesco Guarnieri, Nathalia Timberg e Viviane Pasmanter. Recebe uma das maiores honrarias culturais do governo francês, a Medalha Ordre Chevalier des Arts et des Lettres.

2000 - É publicado o volume de contos Invenção e memória (Rocco), que no ano seguinte recebe o Golfinho de Ouro, o Grande Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte, e o prêmio Jabuti.

2003 - Torna-se nome de prêmio literário criado pelo governo do Estado de São Paulo, que a homenageia, pelo conjunto de sua obra, com uma grande festa em 29 de setembro.

2004 - Lança a antologia Meus contos preferidos (Rocco), reunindo 31 textos que mesclam épocas, estilos e temas.

2005 - Recebe o Prêmio Camões, o mais importante da literatura em língua portuguesa, no valor de € 100 mil. Entre os brasileiros laureados, estão João Cabral do Melo Neto, Rachel de Queiroz, Jorge Amado, Antonio Candido, Autran Dourado e Rubem Fonseca. Lança Meus contos esquecidos (Rocco), depois que leitores se queixam da ausência de textos importantes na antologia publicada no ano anterior.

Fonte : Tv Cultura

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