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sexta-feira, 26 de março de 2010

Desempenho da defesa é pífio, diz promotor

O promotor Francisco Cembranelli considerou hoje o desempenho da defesa "pífio" no julgamento do casal Nardoni. Ele criticou o pedido de acareação entre Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá e a mãe de Isabella, Ana Carolina Oliveira, o que definiu como um "ato de desespero".

— Respeito a determinação do juiz (Maurício Fossen) de mantê-la até amanhã. Ainda não há decisão se haverá uma acareação. Parece um ato de desespero da defesa para tentar um fato novo. As provas, que já eram fortes, foram reforçadas hoje pelos peritos — explicou o promotor, em entrevista coletiva.

Segundo ele, a mãe de Isabella está muito deprimida e foi, inclusive, mudada de sala para ficar mais perto do corpo médico do Fórum de Santana, em São Paulo.

Cembranelli também criticou a estratégia da defesa de reduzir o número de testemunhas para apenas duas:

— A defesa entrou com 20 testemunhas arroladas, que viraram 15, foram diminuídas para 10 e apenas dois foram ouvidos. Esses pobres coitados ficaram aqui e nem prestaram depoimento.

O julgamento será retomado amanhã com o interrogatório dos réus. O promotor não acredita em grandes surpresas neste quarto dia de júri:

— Não acredito que o interrogatório deles vai mudar muito do que já aconteceu em juízo. Eles vão repetir o que já contaram e não muda o panorama processual.

Também em entrevista coletiva hoje, o advogado de defesa, Roberto Podval, disse que ainda não definiu se pedirá ou não acareação:

— Não sei se pedirei a acareação. Ela é feita para apurar a versão dos acusados com a da mãe. Depois, tenho que ver como serei tratado nesta acareação. Tenho receio de ser um pouco cerceado, castrado.


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Outro ex-aluno que usou o critério da localidade para escolher a faculdade foi o promotor Francisco Taddei Cembranelli, que apresentou denúncia no caso Isabella Nardoni. “Na época, vim do interior e prestei vestibular. Morava perto da FMU e conhecia parte do corpo docente. Simpatizei com a faculdade.” Alguns dos professores eram colegas de profissão de seu pai, que foi procurador, Sylvio Glauco Taddei Cembranelli. “Um dos conhecidos era José Roberto Barauna. Tive aula de Direito Penal com ele por dois anos. Levei os ensinamentos dele.” Enquanto cursava Direito, Cembranelli não estava certo se atuaria na área. No final do curso, se decidiu. Fez um curso preparatório e passou no concurso para o Ministério Público.

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