Por Tânia Monteiro | Agência Estado – 15 minutos atrás
A indicação do ex-chanceler Celso Amorim para o Ministério da Defesa já está provocando reações contrárias em Brasília. Militares dos altos comandos das Forças Armadas consultados pela reportagem consideraram esta "a pior escolha possível" que a presidente poderia ter feito.
Segundo esses interlocutores, Amorim contrariou "princípios e valores" dos militares nos últimos anos quando esteve à frente do Ministério das Relações Exteriores e até ex-ministro Nelson Jobim contornava as polêmicas causadas por decisões "completamente ideologizadas" de Amorim. Essas fontes questionam por que o governo decidiu colocar de novo um diplomata sobre os militares. Eles lembram que isso não deu certo com José Viegas e "não vai dar de novo". Para esses militares, a decisão da presidente foi precipitada, mas vão ter que engolir.
A política externa de Celso Amorim foi de tal sorte desastrosa para o Brasil que o próprio Itamaraty decidiu fazer uma espécie de ampla consulta às suas bases — embaixadas, missão na ONU, departamentos etc — para avaliar o comportamento do governo em face de temas como direitos humanos, relação com países facinorosos, como o Irã, e com democracias, como os Estados Unidos. A decisão foi do ministro Antonio Patriota.
Daqui a pouco, Marco Aurélio Garcia, virando os olhos sobre os óculos, num esgar característico de quem repudia a suposta ignorância do interlocutor — justo quem… — vai negar que algo assim exista. Mas existe.
Estávamos, evidentemente, certos todos aqueles que apontávamos os descalabros de Amorim, o homem que concedeu oito passaportes ilegais para a família Soprano e Andando; o homem que pôs o Brasil de braços dados com o Irã; o homem que enviou um documento à ONU pedindo uma revisão da política de Direitos Humanos.
Em seus oito anos à frente do Ministério, o Brasil perdeu todos os cargos que disputou em organismos multilaterais. Muito a propósito: em detrimento de um brasileiro, o Megalonanico levou o Brasil a apoiar a candidatura do egípcio Farouk Hosni, um anti-semita assumido, para a secretaria-geral da Unesco. Os EUA estavam dispostos a apoiar o brasileiro Márcio Barbosa. O então ministro considerava o nome “tucano demais”… Venceu a búlgara Irina Bukova. Foi a primeira búlgara a ocupar um cargo relevante…
Sei que vocês já conhecem, mas relembro a lista de todas as besteiras e derrotas de Celso Amorim:
NOME PARA A OMC Amorim tentou emplacar Luís Felipe de Seixas Corrêa na Organização Mundial do Comércio em 2005. Perdeu. Sabem qual foi o único país latino-americano que votou no Brasil? O Panamá!!! Culpa do Itamaraty, não de Seixas Corrêa.
OMC DE NOVO O Brasil indicou Ellen Gracie em 2009. Perdeu de novo. Culpa do Itamaraty, não de Gracie.
NOME PARA O BID Também em 2005, o Brasil tentou João Sayad na presidência do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Deu errado outra vez. Dos nove membros, só quatro votaram no Brasil - do Mercosul, apenas um: a Argentina. Culpa do Itamaraty, não de Sayad.
ONU O Brasil tenta, como obsessão, a ampliação (e uma vaga permanente) do Conselho de Segurança da ONU. Quem não quer? Parte da resistência ativa à pretensão está justamente no continente: México, Argentina e, por motivos óbvios e justificados, a Colômbia.
CHINA O Brasil concedeu à China o status de “economia de mercado”, o que é uma piada, em troca de um possível apoio daquele país à ampliação do número de vagas permanentes no Conselho de Segurança da ONU. A China topou, levou o que queria e passou a lutar… contra a ampliação do conselho. Chineses fazem negócos há uns cinco mil anos, os petistas, há apenas 30…
DITADURAS ÁRABES Sob o reinado dos trapalhões do Itamaraty, Lula fez um périplo pelas ditaduras árabes do Oriente Médio.
CÚPULA DE ANÕES Em maio de 2005, no extremo da ridicularia, o Brasil realizou a cúpula América do Sul-Países Árabes. Era Lula estreando como rival de George W. Bush, se é que vocês me entendem. Falando a um bando de ditadores, alguns deles financiadores do terrorismo, o Apedeuta celebrou o exercício de democracia e de tolerância… No Irã, agora, ele tentou ser rival de Barack Obama…
ISRAEL E SUDÃO A política externa brasileira tem sido de um ridículo sem fim. Em 2006, o país votou contra Israel no Conselho de Direitos Humanos da ONU, mas, no ano anterior, negara-se a condenar o governo do Sudão por proteger uma milícia genocida, que praticou os massacres de Darfur - mais de 300 mil mortos! Por que o Brasil quer tanto uma vaga no Conselho de Segurança da ONU? Que senso tão atilado de justiça exibe para fazer tal pleito?
FARC O Brasil, na prática, declara a sua neutralidade na luta entre o governo constitucional da Colômbia e os terroristas da Farc. Já escrevi muito a respeito.
RODADA DOHA O Itamaraty fez o Brasil apostar tudo na Rodada Doha, que foi para o vinagre. Quando viu tudo desmoronar, Amorim não teve dúvida: atacou os Estados Unidos.
UNESCO Amorim apoiou para o comando da Unesco o egípcio anti-semita e potencial queimador de livros Farouk Hosni. Ganhou a búlgara Irina Bukova. Para endossar o nome de Hosni, Amorim desprezou o brasileiro Márcio Barbosa, que contaria com o apoio tranqüilo dos Estados unidos e dos países europeus. Chutou um brasileiro, apoiou um egípcio, e venceu uma búlgara.
HONDURAS O Brasil apoiou o golpista Manuel Zelaya e incentivou, na prática, uma tentativa de guerra civil no país. Perdeu! Honduras realizou eleições limpas e democráticas. Lula não reconhece o governo.
AMÉRICA DO SUL Países sul-americanos pintam e bordam com o Brasil. Evo Morales, o índio de araque, nos tomou a Petrobras, incentivado por Hugo Chávez, que o Brasil trata como uma democrata irretocável. Como paga, promove a entrada do Beiçola de Caracas no Mercosul. Quem está segurando o ingresso, por enquanto, é o Parlamento… paraguaio! A Argentina impõe barreiras comerciais à vontade. E o Brasil compreende. O Paraguai decidiu rasgar o contrato de Itaipu. E o Equador já chegou a seqüestrar brasileiros. Mas somos muito compreensivos. Atitudes hostis, na América Latina, até agora, só com a democracia colombiana. Chamam a isso “pragmatismo”.
CUBA, PRESOS E BANDIDOS Lula visitou Cuba, de novo, no meio da crise provocada pela morte do dissidente Orlando Zapata. Comparou os presos políticos que fazem greve de fome a bandidos comuns do Brasil.
IRÃ, PROTESTOS E FUTEBOL Antes do apoio explícito ao programa nuclear e do vexame de agora, já havia demonstrado suas simpatias por Ahmadinjead e comparado os protestos das oposições contra as fraudes eleitorais à reclamação de uma torcida cujo time perde um jogo.
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, entregou na noite de hoje uma carta de demissão à presidente Dilma Rousseff, em reunião no Palácio do Planalto. Segundo informou o Palácio do Planalto, o encontro entre Jobim e Dilma foi rápido e durou apenas cinco minutos.
Com a saída de Jobim, o ex-chanceler Celso Amorim assumirá a pasta da Defesa, segundo informou o Palácio do Planalto. Amorim já foi convidado para o cargo. Jobim, que estava no Amazonas, antecipou seu retorno a Brasília, previsto inicialmente para as 22 horas, para essa reunião com Dilma, após as repercussões negativas das declarações feitas à Revista Piauí.
Na última parte do programa Roda Viva desta segunda-feira, afirmei que o entrevistado não me convencera: Nelson Jobim, apesar de garantir que queria ficar no Ministério da Defesa, passou-me a impressão de que estava prestes a deixar o emprego. Naquele momentro ele talvez tenha pensado na entrevista concedida à revista Piauí. O ainda ministro atravessou o programa procurando corrigir derrapagens recentes, mas acabou derrubado pelo passado. A conversa com a repórter Consuelo Dieguez ocorreu há mais de um mês. Mas só foi parcialmente revelada nesta quinta-feira.
No Roda Viva, o náufrago tentou alcançar a praia quando já se afogara. A troca de Jobim pelo ex-chanceler Celso Amorim confirma que, no Brasil, o que está ruim sempre pode piorar. Leiam na seção Vale Reprise o post de maio de 2009 que mostra, com penosa nitidez, quem é o novo comandante das Forças Armadas.
CELSO AMORIM, LULA E A DIPLOMACIA DA VERGONHA.
Posted by Arthurius Maximus on setembro 28th, 2009
O Brasil sempre foi conhecido pela neutralidade e pela diplomacia de alto nível. Inúmeros expoentes da diplomacia mundial passaram pelas embaixadas brasileiras e alguns escreveram seu nome na história através da sua atuação em momentos marcantes e de extrema gravidade.
No entanto, a última administração do Itamaraty com Celso Amorim, faz a diplomacia brasileira entrar numa nova era: A Era da Vergonha.
Como uma nação, que se diz democrática e pautada pelo respeito aos direitos humanos e a integração entre credos e pessoas das mais diferentes origens, pode pactuar e se regozijar ao unir-se em defesa do que há de pior em matéria de intolerância, desrespeito ao ser humano e a todo tipo de políticos reconhecidamente comprometidos com a morte e com arbitrariedades ao redor do planeta?
Essa pergunta poderia ser respondida por Lula e por Celso Amorim como a chave para que o Brasil conquiste o tão sonhado assento no Conselho de Segurança da ONU. Em busca de quem o apóie nessa empreitada, Lula e o Itamaraty acham que não podem “bater de frente” com ninguém. Devem ceder aos avanços e propostas de todas as nações que digam, ou simplesmente cogitem, apoiar o pleito do Brasil.
E, nesse balaio, seguem os vergonhosos apoios a políticos condenados e procurados pelo Tribunal Internacional de Haia por genocídio (o presidente o Zimbábue). Apoio a um radical islâmico egípcio que assume queimar livros que contrariem a fé islâmica em praça pública para a chefia da UNESCO (em detrimento de um conterrâneo nosso que seria eleito facilmente). Bradar aos quatro ventos que o governo de Honduras é golpista e que não tolerará golpistas e, logo após; reunir-se, reconhecer e confraternizar com os mais perversos ditadores africanos – responsáveis por inúmeros massacres étnicos – além de apoiar diversos golpistas do continente (inclusive Kadafi). Reconhecer a China como economia de mercado (em troca do apoio para ampliação do Conselho de Segurança) para, logo em seguida, ser surpreendido pelo discurso do representante chinês solicitando a redução do número de países no conselho de Segurança. Reconhecer que o discurso de Ahmadinejad, em relação ao Holocausto e ao extermínio de judeus (um genocídio) é “uma questão de opinião” e ainda defender que o Irã continue com seu programa de enriquecimento de urânio (quando a comunidade internacional inteira está certa de que os objetivos são militares) deixa claras a falta de visão e a inconseqüência do discurso brasileiro, em face à realidade geopolítica internacional. A esses absurdos somam-se os fracassos inexplicáveis em relação às negociações de Doha, a crise com a Bolívia, com o Paraguai, as constantes caneladas tarifárias que a Argentina nos dá impunemente e a fragorosa derrota na OMC. Coroando a administração de Celso Amorim e o governo Lula como os piores momentos de nossa diplomacia em toda a nossa história.
Isso sem contar que Celso Amorim é mais um que foi pego numa mentira ao dizer-se portador de qualificações profissionais que, verdadeiramente, não dispunha. A mais nova determinação do novo “líder” da diplomacia brasileira é o banimento do inglês como língua necessária para o cargo de embaixador e como eliminatório no exame de carreira. Afinal de contas, para que um embaixador precisa falar fluentemente a língua universal, na qual todas as autoridades e todos os grandes homens de negócio se expressam?
A própria atuação em Honduras mostra como são pífias as ações do Itamaraty e a administração de Celso Amorim à frente do organismo. Ao permitir que Zelaya atue em nossa embaixada como um político em campanha, o Itamaraty permite que a situação em Honduras, que se caminhava para a normalidade constitucional com a realização das eleições, degenere rapidamente para a violência e para a suspensão das garantias constitucionais provocando enormes constrangimentos e podendo acabar em derramamento de sangue. O que, certamente, levará a diplomacia brasileira para um novo nível em toda a sua história: o nível do descrédito.
Entender que essas demonstrações equivocadas de parcialidade e de apoio a países e políticos condenados pela comunidade internacional, em nome de uma ideologia estúpida e sepultada pelo tempo, acabará provocando um efeito totalmente contrário ao que o Brasil deseja, parece ser algo muito além do entendimento dos homens responsáveis pela nossa diplomacia.
Infelizmente; é o povo que acabará sofrendo as consequências de toda essa incompetência e de toda falta de ética que pautam atualmente as nossas relações diplomáticas.
Incêndio aconteceu por volta das 8h desta quinta-feira (4). Segundo Bombeiros, fogo atingiu mais de 50% da casa; ninguém ficou ferido.
Adriana JustiDo G1 PR, com informações da RPC TV
Um incêndio causado por um lençol térmico destruiu mais de 50% de uma residência por volta das 8h desta quinta-feira (4), em Curitiba.
O telespectador da RPC TV Everson Zoccoli registrou imagens do fogo.
O morador Murilo Staden Klingenfuss contou ao G1 que dormiu com o lençol e quando desligou pela manhã, percebeu alguns pontos queimados, mas achou que não fosse nada grave. "Eu enrolei o lençol em cima da cama e joguei uma toalha molhada para que ele esfriasse logo. Quando vi, o fogo já tinha atingido o colchão. Eu fiquei desesperado e joguei uns dois baldes de água, mas as chamas aumentaram demais. Eu corri para pedir socorro e felizmente não fiquei ferido", explicou.
Murilo contou que apesar do frio dos últimos dias na cidade, quer distância dos aparelhos elétricos."Nunca mais, agora só quero saber de chazinho quente pra me esquentar", finalizou.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a equipe demorou cerca de trinta minutos para controlar as chamas.
Resolução traça diretrizes da atuação da legenda na próxima campanha. Partido quer candidatura própria e prévia caso não haja acordo sobre nome.
Do G1 SP
A Executiva Municipal do PT em São Paulo divulgou nesta quinta-feira (4) resolução adotada no último dia 2 de agosto segundo a qual o partido afirma que, durante o processo eleitoral de 2012, fará oposição ao prefeito Gilberto Kassab, criador do PSD, lutará por candidatura própria e defenderá a realização de prévias caso não haja consenso. Segundo o documento, esse consenso não pode ser imposto.
A resolução afirma que buscará o diálogo com as outras instâncias do partido (estadual e nacional), mas deixa claro que não aceitará imposições.
"A direção municipal, em conjunto com as direções nacional e estadual, tem a responsabilidade e a tarefa de buscar garantir a unidade partidária e a construção de uma candidatura de consenso. Mas esse consenso não será verdadeiro caso seja imposto. Ele deve ser fruto do debate político, da compreensão comum da conjuntura e dos desafios colocados ao PT para o próximo período", afirma o documento.
A resolução reafirma também a manutenção da oposição ao prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, fundador do Partido Social Democrático (PSD). "Na cidade de São Paulo somos oposição à gestão do prefeito Kassab", diz a nota.
A resolução também afirma que o PT terá candidatura própria. "O PT terá candidatura própria à Prefeitura da cidade de São Paulo, a ser construída no debate com os pré-candidatos, com as direções partidárias e com a militância até o final deste ano."
O presidente do Diretório Municipal do PT, vereador Antonio Donato, diz que a resolução busca definir uma posição sobre o debate sobre a ocorrência ou não de prévias em São Paulo. Ele afirma que o acordo em torno do nome escolhido pelo partido sairá de um processo de conversações entre os diretórios municipal, estadual e nacional, passando pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a avaliação de qual o melhor nome para a conjuntura.
São pré-candidatos petistas à Prefeitura de São Paulo o ministro da Educação, Fernando Haddad, apoiado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os senadores Marta Suplicy e Eduardo Suplicy e os deputados federais Carlos Zarattini e Jilmar Tatto.
A trader works on the floor of the New York Stock Exchange in New York, the United States, Aug. 4, 2011. The sell-off in the Wall Street accelerated on Thursday, with the blue-chip Dow plunging more than 500 points, as investors rushed out of equities and other riskier assets on fears of an economic slowdown and European debt contagion. (Xinhua/Shen Hong)
NEW YORK, Aug. 4 (Xinhua) -- The sell-off in the Wall Street accelerated on Thursday, with the blue-chip Dow plunging more than 500 points, as investors rushed out of equities and other riskier assets on fears of an economic slowdown and European debt contagion.
All three major indexes ended down more than 10 percent from 2009 highs and technically in the correction territory after Thursday's plunge.
Basic materials and energy sectors were leading the slide, plunging about 6 percent after crude prices tumbled more than 5 percent and settled at the lowest level since Feb.18.
The worst day for stocks since January 2009 came partly because contagious concerns on the European debt problems reemerged in the market
On Thursday, after leaving the interest rate unchanged at 1.5 percent, the European Central Bank said it resumed buying government bonds after a four-month break in response to the deepening sovereign debt crisis.
Fears of a worsening debt scenario sent European shares tumbling and the Wall Street quickly followed suit.
Thursday's data came in better than expected, but still pictured a tepid economy.
The Labor Department said on Thursday that weekly applications for unemployment benefits edged down 1,000 to a seasonally adjusted 400,000, the lowest in four months.
The report showed the jobs market may slowly recovered, but the initial claims have been hovered at or above 400,000 since March. Meanwhile, recent data such as manufacturing, consumer spending and hiring by private companies were all below the levels considered indicative of a healthy, growing economy.
As of Thursday's close, the Dow Jones industrial average tumbled 512.76 points, or 4.31 percent, to 11,383.68. The Standard & Poor's 500 plunged 60.27 points, or 4.78 percent, to 1,200.07. The Nasdaq Composite Index plummeted 136.68 points, or 5.08 percent, to 2,556.39.
A presidente Dilma Rousseff receberá o ministro da Defesa, Nelson Jobim, às 20 horas, no Palácio do Planalto. Segundo fontes do governo, a presidente já conversou hoje com Jobim por telefone e avisou a ele que ou ele pede para sair ou será demitido.
A situação do ministro Jobim teria ficado insustentável depois das últimas declarações dadas por ele em uma entrevista à Revista Piauí, na qual afirma que a ministra Ideli Salvatti (de Relações Institucionais) "é fraquinha" e a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) "não conhece Brasília". Jobim estava em Tabatinga (AM) e antecipou sua volta a Brasília, inicialmente prevista para às 22 horas.
STF prevê gastos de R$614 milhões em 2012 com novos salários e obras
Autor(es): agência o globo:Carolina Brígido
O Globo - 04/08/2011
STF prevê gastos de R$614 milhões em 2012 com novos salários e obras
Projetos incluem torre de Niemeyer e novo prédio para TV Justiça
BRASÍLIA. Em reunião administrativa, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) aprovaram ontem proposta de orçamento para a Corte, em 2012, incluindo previsão para um eventual aumento no salário dos ministros e dos servidores. Também foram contempladas obras e projetos - como a construção de um prédio de três mil metros quadrados para abrigar a TV Justiça. Os gastos totalizam R$614 milhões. Desse total, R$391 milhões correspondem a despesas com a folha de pagamento e R$18,9 milhões com as obras.
A proposta deverá ser enviada hoje ao Palácio do Planalto, que a encaminhará ao Congresso. Em votações, os parlamentares têm poderes para fazer cortes na contabilidade do STF. Na sessão de ontem, o presidente do STF, ministro Cezar Peluso, lembrou que a presidente Dilma Rousseff não pode reformar o orçamento apresentado:
- No ofício de encaminhamento da mensagem à presidente já faço esse alerta.
Segundo projeto de lei que tramita no Congresso Nacional e ainda não foi votado, o salário de ministro do Supremo aumentaria 14,79% - saltaria de R$26.723 para R$30.677. Também aguarda a votação dos parlamentares proposta de aumento de salário dos servidores do Judiciário.
Entre as obras previstas para o edifício sede do STF estão a troca das esquadrias e a substituição dos vidros comuns das janelas por vidros blindados. Os dois itens foram orçados em R$4 milhões. Há também expectativa de compra de novo carpete, estimada em R$800 mil.
Outra ideia é construir uma torre com três elevadores na fachada frontal do Anexo II, onde ficam os gabinetes dos ministros. O projeto será assinado por Oscar Niemeyer e sua execução custará R$3 milhões. Também haverá a ampliação da garagem do STF, ao custo de R$2,8 milhões. Hoje, há 463 vagas para automóveis e aproximadamente 20 vagas para motos. Ainda não se sabe quantas vagas haverá após a reforma. Além disso, serão gastos R$800 mil para melhorar o sistema de exaustão das garagens.
Os ministros também aprovaram a construção de um prédio para a TV Justiça. Ele será instalado ao lado do Anexo II. Foram previstos gastos de R$2,8 milhões com o projeto.
Há ainda previsão de investimento de R$12 milhões em um novo projeto de informática do STF, o e-Jus, além de R$11 milhões para os projetos já implantados.
Uma declaração feita nesta quinta-feira pelo ex-presidente Lula irritou o ex-líder colombiano Álvaro Uribe, que fez duras críticas ao brasileiro em seu perfil do Twitter.
Durante o Fórum de Investimento Brasil-Colômbia, em Bogotá, Lula afirmou que sua relação com Uribe era de "desconfiança mútua".
"Tenho certeza de que você [o atual presidente colombiano Juan Manuel Santos] e a presidente Dilma Rousseff podem fazer muito mais do que fizemos eu e o Uribe, que tínhamos uma boa relação, mas com muita desconfiança", disse Lula. "Não confiávamos totalmente um no outro."
A afirmação irritou o ex-presidente Uribe, que disparou duras críticas contra Lula em seu perfil no serviço de microblogging Twitter (@alvarouribevel), resgatando inclusive episódios da época em que os dois estava no poder.
"Lula criticava Chávez em sua ausência, mas tremia quando ele estava presente", afirmou Uribe em uma de suas publicações.
*'MELHOR AMIGO'
Em outra mensagem, o ex-mandatário da Colômbia afirmou: "Lula hoje nos maltrata, mas quando estava no governo, fingia ser o melhor amigo".
Uribe também criticou Lula dizendo que ele era incapaz de qualificar as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) de "terroristas".
Ainda sobre as Farc, o colombiano acusou Lula de vetar a transmissão pela TV de um debate entre líderes latinos sobre o grupo guerrilheiro, que ocorreu em Bariloche, na Argentina, em 2009.
Uribe também qualificou Lula de "mau perdedor", e disse que Lula estaria "bravo porque ganhamos o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) com Luis A. Moreno".
A afirmação faz referência à disputa para a presidência do banco, no qual o diplomata colombiano vendeu o economista brasileiro João Sayad.
Uma boneca que simula a amamentação está sendo alvo de críticas nos EUA.
Chamada de Breast Milk Baby ("bebê do leite materno"), ela vem com uma blusa para a criança vestir.
Divulgação
A boneca Breast Milk Baby está recebendo críticas porque faz sons e se mexe como se estivesse mamando no peito
Na região dos seios, a roupa tem duas flores. Quando a boca da boneca chega perto das flores, sensores na blusa captam o movimento.
Ela começa, então, a fazer movimentos e sons como se estivesse mamando. Lançada na semana passada, custa US$ 69,99 (R$ 109).
De acordo com o site da fabricante, e segundo os jornais "New York Times" e "Guardian", o lançamento provoca polêmica porque o brinquedo induziria uma sexualidade precoce nas crianças.
Segundo Dennis Lewis, representante da marca Berjuan, que fabrica o Breast Milk Baby, o produto permite que as meninas brinquem de cuidar do bebê de forma natural, em vez de usar mamadeira, como em outros brinquedos do tipo.
"As meninas podem aprender mais uma forma de cuidar de um bebê, assim como se estivessem trocando, dando banho ou ninando", disse Lewis em comunicado.
DEBATE NA TV
A discussão sobre a boneca parou no programa do apresentador de TV Bill O'Reilly, do canal de notícias Fox News, de grande audiência nos Estados Unidos.
O'Reilly afirmou que a boneca não é apropriada. "Só quero que as crianças sejam crianças", disse ele, enquanto um convidado do programa dizia que o brinquedo o deixava "horrorizado".
A fabricante da boneca respondeu dizendo que o canal de TV apoia grandes empresas que querem que os bebês se alimentem com fórmulas infantis, "ainda que a ciência já tenha demonstrado os benefícios do leite materno".
A Berjuan diz ainda que a boneca é feita para ensinar às meninas que a maneira mais natural de alimentar um bebê é a amamentação.
A empresa publicou nesta semana um comunicado no site dizendo que "Deus apoia a boneca", ao lado de uma imagem da Virgem Maria com Jesus no colo.
O novo ministro da Defesa, Celso Amorim, afirmou ao último programa "É Notícia" que o Brasil deve retirar suas tropas do Haiti. As declarações foram dadas ao jornalista Kennedy Alencar no programa exibido na madrugada desta segunda-feira (1).
Jobim pede demissão e Celso Amorim será o novo ministro
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ANA FLOR DE BRASÍLIA
A presidente Dilma Rousseff convidou o ex-ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, a assumir a pasta da Defesa. Amorim aceitou, mas a posse ainda não foi marcada.
Em uma rápida reunião na noite desta quinta-feira, o ministro Nelson Jobim entregou sua carta de demissão.
O ministro cancelou a participação em evento da Defesa na tarde desta quinta-feira e antecipou a volta de Tabatinga (AM) a Brasília para se encontrar com Dilma.
A presidente conversou por telefone com Jobim e, segundo a Folha apurou, disse a ele que, diante da polêmica criada por suas declarações, a única saída era ele pedir demissão. Do contrário, teria afirmado Dilma, não lhe restaria outra opção a não ser ela mesma demiti-lo.
O ministro tem feito declarações polêmicas e desagradado o governo. À revista "Piauí" ele disse que a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) é "fraquinha" e que Gleisi Hoffmann (Casa Civil) "sequer conhece Brasília".
O ministro, no entanto, negou na tarde de hoje que tenha se referido de forma pejorativa ao trabalho das ministras.
Os trechos da entrevista foram antecipados pela coluna de Mônica Bergamo na edição da Folha desta quinta.
Após a declaração, o governo espera que o ministro se antecipe e formalize seu pedido de demissão. Considera essa a melhor alternativa. Jobim está em missão oficial a Tabatinga, ao lado do vice-presidente Michel Temer e do ministro José Eduardo Cardozo (Justiça).
POLÊMICAS
A situação do ministro já havia ficado insustentável nos últimos dias após a declaração de que votou em José Serra nas eleições de 2010. A revelação foi feita no programa "Poder e Política - Entrevista", conduzido pelo jornalista Fernando Rodrigues no estúdio do Grupo Folha em Brasília. O projeto é uma parceria do UOL e da Folha.
Apesar disso, Dilma preferiu não tomar nenhuma atitude em meio a uma semana politicamente conturbada.
Jobim também causou constrangimento ao Planalto recentemente, na solenidade de homenagem ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Na ocasião, disse ser preciso tolerar a convivência com "idiotas", que "escrevem para o esquecimento". Ele explicou ter se referido a jornalistas, mas petistas entenderam como recado ao governo.
Novo ministro não deixou saudade no Itamaraty
Obcecado por construir uma política externa 'independente' das grandes potências, Amorim levou a diplomacia a situações constrangedoras
Gabriel Castro
Celso Amorim terá como missão dar fim ao processo de escolha dos caças (Eduardo Anizelli/Folhapress)
Celso Amorim nasceu em Santos (SP), tem 69 anos de idade e é diplomata desde 1965. Ele havia deixado o governo com o fim do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em cuja gestão comandou o Ministério de Relações Exteriores. Antes disso, havia chefiado o Itamaraty também na gestão de Itamar Franco.
Amorim foi o artífice do alinhamento brasileiro a algumas das piores ditaduras do globo durante o governo Lula. Também guiou a política externa para uma constrangedora proximidade com o regime nuclear do Irã, cujo ápice da insensibilidade foi a recusa brasileira em condenar o apedrejamento de mulheres no país islâmico.
A leniência diante do ataque boliviano às refinarias da Petrobras foi outra marca do mandato de Amorim. Na gestão dele, o Brasil acelerou o contato com organismos multilaterais como tentativa de criar um eixo alternativo no cenário de poder global. Apesar de alguns avanços, o Itamaraty gastou tempo e energia com empreitadas com pouco futuro, como a Unasul do ditador venezuelano Hugo Chavez.
Missões - Filiado ao PT, Amorim deixou o cargo na gestão de Dilma Rousseff para dar lugar a Antonio Patriota, que deu um perfil mais moderado à política externa.
Na Defesa, Amorim terá como uma das principais missões dar fim ao longo processo de escolha dos caças que irão substituir parte dos aviões de combate da Aeronáutica. O governo tem adiado a compra, especialmente depois do corte orçamentário implementado pelo governo Dilma Rousseff.
Jobim e Amorim: até a oposição é capaz de dizer: -- Fica, ministro Jobim! Fica!
O ex-chanceler Celso Amorim está sendo cogitado para ocupar o lugar do ministro da Defesa, Nelson Jobim.
Amorim, que meu amigo Augusto Nunes costumava chamar de “chanceler de bolso”, foi, como se sabe, um dos grandes articuladores da política externa do lulalato, que incluiu a amizade calorosa com ditadores com os irmãos Castro, de Cuba, o facínora que preside o Irã, Mahmoud Ahmadinejad, os governantes “bolivarianos” da Venezuela, Bolívia e Equador, além das frequentes abstenções do Brasil em votações na ONU sobre violação dos direitos humanos.
Meu Deus do céu, Celso Amorim, na Defesa…
Já pensaram?
Com todas as trapalhadas que vem cometendo, daqui a pouco até a oposição vai estar pedindo:
Segundo a filha Mabel Veloso, Dona Canô teve dores de coluna. Ela chegou ao hospital na terça-feira e pode ter alta na sexta, diz Mabel.
Do G1 BA
Dona Canô havia sido internada no mês de julho (Foto: Reprodução/TV Bahia)
Claudionor Veloso, de 103 anos, conhecida como Dona Canô, voltou a ser internada no Hospital São Rafael, em Salvador, na tarde de terça-feira (2).
A matriarca da família Veloso chegou à unidade se queixando de dores na coluna, segundo informações de Mabel Veloso, filha de Dona Canô, que a está acompanhando no hospital.
"Ela chegou aqui na terça-feira. Se queixou de dores na coluna, dessa vez foi tudo ortopédico, mas ela está bem. Ela está aqui perguntando quem é [no telefone] e pediu para agradecer. Com fé em Deus, ela vai ter alta amanhã", disse Mabel ao G1 por telefone.
Dona Canô é mãe dos cantores Caetano Veloso e Maria Bethânia. Ela esteve internada em Salvador durante sete dias no mês de julho, devido a problemas respiratórios. Após ter alta no dia 14 de julho ela voltou para a cidade de Santo Amaro, no Recôncavo Baiano, e chegou a receber o ex-presidente Lula e o governador da Bahia Jaques Wagner em uma visita ao município.
Na ocasião, a matriarca da família Velloso, Dona Canô, falou aos repórteres presentes sobre seu estado de saúde: “Eu já estou recuperada, meu filho, há muito tempo. Essa visita me deu uma satisfação muito grande”. Dona Canô mostrou ao ex-presidente as marcas da injeção, resquício do período em que esteve internada .
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na tarde desta quinta-feira (4) não sentir "nenhum constrangimento" pelo fato de denúncias de corrupção estarem atingindo integrantes de seu governo. "Eu ficaria constrangido se não estivessem apurando", afirmou. "O importante é que não fique impune", acrescentou.
Ele fez essas declarações após a cerimônia de abertura do 1º Fórum de Investimento Colômbia-Brasil, em Bogotá, na qual defendeu que os países sul-americanos deveriam utilizar parte de suas reservas internacionais para financiar as obras de infraestrutura que tanto necessitam para acelerar seu crescimento econômico.
Lula se queixou que a maior parte das reservas brasileiras está aplicada em títulos norte-americanos, rendendo "uma merrequinha de juros". Comentou que seria melhor aplicar em títulos brasileiros, para ganhar mais.
Para ampliar os investimentos entre os dois países, Lula sugeriu ao presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, que entre em entendimento com a presidente Dilma Rousseff para criar um foro permanente e promover encontros anuais de empresários.
"Estou convencido que a presidente Dilma tem uma vocação de integração da América do Sul porque está na formação, na visão ideológica dela". Para o ex-presidente, a região "não precisa mais da espada de fogo de Bolívar, mas de bancos de investimento".
Ao lado de Lula, Santos declarou que quando lhe perguntam o que quer ser quando crescer, ele responde que quer ser como Lula: terminar o mandato com 80% de aprovação e baixar a pobreza em 22%. "Mas claro que quero fazer em quatro anos e não em oito", acrescentou.
LULA, BIA LULA E OS 300 MIL DA OI, QUE SÃO DOS CONTRIBUINTES!
COLUNA DO AUGUSTO NUNES REVISTA VEJA A perversidade dos que expõem uma garota ingênua a comparações com Liz Taylor Interpretar personagens de William Shakespeare não é coisa para qualquer ator, muito menos para principiantes: todas as criaturas do genial dramaturgo inglês são complexas demais para que artistas apenas esforçados possam incorporá-las. Interpretar uma figura como Katharina, protagonista da comédia The Taming of the Shrew (“A Megera Domada”, na tradução brasileira), é coisa para gente grande. Só atrizes do primeiro time aceitam o papel, sobretudo depois da versão cinematográfica dirigida por Franco Zefirelli e estrelada por Elizabeth Taylor (veja o vídeo abaixo). Ser Katharina sempre foi difícil. Ser a Katharina que Liz Taylor foi é impossível. Caso a peça fosse encenada por um grupo de teatro de colégio, a complacência que merecem adolescentes que sonham com a carreira teatral autorizaria Bia Lula a acreditar que pode transformar-se na Katharina de Shakespeare, em Catarina da Rússia ou em Katherine Hepburn. Os R$ 300 mil bancados pelos contribuintes e repassados pela Oi a título de patrocínio mudam tudo. Verbas desse porte não contemplam amadores que ainda engatinham no palco. São reservadas a nomes consagrados, e com eles a neta de Lula será confrontada. O avô decerto dirá que comparar Bia a Liz é coisa de gente perversa. Perverso é quem estimula uma jovem de 16 anos a correr o risco de ser comparada a Elizabeth Taylor. Desses perigos minha gente me livrou. Somados os quatro mandatos obtidos nas urnas, Adail Nunes da Silva foi prefeito de Taquaritinga durante 16 anos ─ e prefeito, numa cidade com 30 mil habitantes, é mais que presidente. (No fim dos anos 50, uma tia professora perguntou, numa prova de conhecimentos gerais, quais eram os três Poderes da República . “Adail”, “Nunes” e “Silva”, escreveu um aluno). Mas ele me ensinou muito cedo que quem é prefeito também deixa de sê-lo, que o poder é efêmero, que a passagem pelo planalto precede a volta à planície, que nenhuma trajetória política desenha curvas sempre ascendentes. Não aceitem convites para fazer o que vocês não sabe, vivia dizendo aos três meninos. Quem faz isso está enganando o filho para iludir o pai. Minha mãe era ainda mais direta: “Não façam papel de bobo nem andem com o rei na barriga”. Professora primária, dona Biloca nunca permitiu que algum de nós levasse lanche para o grupo escolar. “Vocês comem antes e depois das aulas, os meninos da roça não comem quase nada o dia inteiro”, resumia. Eu poderia, por exemplo, ter sucumbido à tentação de começar na fanfarra do colégio pela comissão de frente dos tambores e zabumbas se não compreendesse que a melhor porta de entrada seria a dos fundos, que dava para a modesta ala dos flautistas. Sem queixas, passei meses a fio sentado nos bancos do corredor dos ônibus que levavam o time de futebol até chegar a hora de instalarme num dos assentos nobres. Os passaportes especiais, as mordomias, a ostentação inverossímil e o nariz empinado informam que os filhos e netos de Lula já chegam reivindicando a janelinha. Confrontados com algum indício de arrogância, meus amigos jamais perderam a chance da pancada pedagógica: “Não banque o filho de prefeito que isso aqui não vale nada”. Bia Lula nasceu e cresceu acreditando que o avô pode tudo. Lula ama Lula acima de todas as coisas. Se é capaz de dizer o que diz em público, o que não dirá em casa o conselheiro de Deus que se nomeou consultor-geral do mundo? Quando uma vaia atirar a neta do 20° andar, o SuperLula não chegará voando a tempo de interceptar a trajetória e depositá-la, incólume, à cama de princesa. É provável que a garota dramaticamente devolvida à realidade deseje a morte por enforcamento da plateia cruel. Mas a culpa terá sido do avô deslumbrado com o vidaço de novo rico e aboletado no trono imaginário que só escancara a nudez do rei.
Há dezenas, centenas talvez, de protestos porque publiquei aqui o vídeo, que está no YouTube, com a festa dos 15 anos de Bia Lula, a neta do “Cara”, atriz — amadora, segundo se sabe — cujo grupo de teatro conquistou o direito de captar R$ 300 mil pela Lei Rouanet. A Oi, a quem Lula prestou tão relevantes serviços, e a empresa sempre lhe soube ser grata, já se apresentou. A mamata foi garantida pelo Ministério da Cultura, cuja titular é Ana de Hollanda. É a velha aristocracia de esquerda garantindo benefícios à nova.
Vivemos este estado de coisas, em que os ladrões reivindicam o direito de assaltar os cofres públicos em nome do bem comum, porque devem ser raros os países a juntar tantos bananas. Aquela indagação feita por Juan Arias, o correspondente do El País, ainda está insuficientemente respondida: “Por que os brasileiros não se indignam?” Já ensaiei algumas respostas a sério. Talvez a verdade esteja no sarcasmo. Porque adoramos ter um nhonhô com o chicote na mão, dando ordens.
O sistema indica a origem de algumas visitas ao blog. Vi lá que veio um monte de gente do site “Amigos do Presidente Lula”, ou coisa assim. Espero que seja ao menos gente a soldo, que ganha uns trocos para fazer esse trabalho. Torram o saco: “Ah, você mistura tudo; trata-se de vida privada”. Quem mantém, ou permite que se mantenha, “vida privada” no YouTube quer que ela seja pública. Isso só para começar a conversa.
Não sabendo qual é a contribuição de Bia Lula à estética, tenho mais do que o direito — tenho é o dever — de saber por que o seu grupo mereceu a graça de Ana de Hollanda e vai fazer o seu “trabalho” com o meu dinheiro. E então pus a festa no ar. Ali está esboçado um padrão, um entendimento, por assim dizer, da “arte”. Como tudo está exposto para toda gente, esses deslumbrados reivindicam a força do exemplo. Ao divulgar a sua obra, em certa medida, eu cumpro a sua vontade. Mas não sou obrigado a gostar do que vejo.
Nota à margem - Os que vêm com aquele papinho de que gostavam do meu blog até ontem, mas, depois daquele post, não mais, respondo: a porta da rua é a serventia da casa. Há blogueiros implorando por leitores. É claro que gosto de ser muito lido, mas jamais deixarei de dizer o que penso porque “não pega bem”. Os “meus” leitores de fato sabem que não lhes puxo o saco, dizendo apenas coisas com as quais concordam. Às vezes, discordam de mim. É do jogo. Não sou populista. Não disputa eleição. Não sou candidato a blogueiro simpático do ano. Quem gosta fica aqui; quem não gosta vai embora. Ocorre que os que vêm com essa besteira não são nem leitores nem admiradores do blog.
Pobrismo Escrevi nesta manhã que o “oprimido” que chega ao poder e continua a falar a “linguagem do oprimido” é só um fascista. Alguns bobalhões tentaram acusar meu preconceito; eu estaria mangando da cafonice da festa — e, pois, “do povo”, que seria também daquele jeito: cafona. Um: a família Lula da Silva não representa os brasileiros; ele foi eleito (e seu mandato já terminou, embora não pareça); ela não foi. Dois: “povo” uma ova! A festa é brega, mas é rica, conforme demonstra uma fartura de fotos, disponíveis a quem quiser ver. Está na Internet, diga-se (aqui), para que seja vista. Até os rótulos da Coca-Cola traziam o nome da garota.
Os idiotas não me venham com a tese da natural humildade que simbolizaria o povo brasileiro. Que humildade? Que pobreza? Lula é político desde 1975, quando assumiu a direção de um sindicato. Tornou-se, por excelência, o burguês do capital alheio. Se ele próprio ou a família não souberam se aproveitar de determinados bens culturais que talvez traduzam com mais complexidade os matizes do ser humano — vale dizer: o que presta —, não foi por falta de oportunidade. Há muito ele e a família vivem como NÃO VIVE boa parte dos ricos brasileiros, que têm de zelar, sim, pelos negócios, ou a vaca vai para o brejo. São poucos os que vivem do puro “rentismo ” (se me permitem a palavra) ou da simples usura. Lula, o burguesão do capital alheio, este, sim, é um usurário da esperança. E cobra muito caro por isso — inclusive institucionalmente.
Sim, senhores! O ambiente em que floresce essa nova aristocracia é relevante porque ele nos diz muito do nosso presente e do nosso futuro. A concessão da autorização para a captação pela Lei Rouanet é mais uma evidência de que Lula transmite privilégios à sua descendência, como se não bastasse a grana da Oi na Gamecorp, de Lulinha, ou os passaportes diplomáticos concedidos a seus familiares.
Houve exageros nos comentários, e eu procurei cortá-los. Se escapou algum, volto lá e excluo. Aliás, não cheguei a publicar a metade do que foi enviado. Alguns ainda se indignam, sim, e isso é bom sinal. MAS É PRECISO TER MEDIDA NAS COISAS, E RENOVO O APELO NESSE SENTIDO. Dizer, no entanto, o que esse caras fizeram e fazem do que lhes concedeu, vá lá, o destino é mais do um direito; trata-se de uma obrigação. Sobretudo porque estão por aí, abusando de privilégios. A festança foi tornada pública de vários modos e em várias linguagens. Tudo posto na Internet para deleite das massas. Não recorri aos métodos do News of the World… A propósito: escrevi que só faltara um poema de Gabriel Chalita para abrilhantar a festa. Se houve poema, não sei, mas o “poeta” estava lá, como revelam as fotos. O evento deve render o seu 9.763º livro…
Se há sujeito que faz a devida distinção entre as esferas pública e privada, este alguém sou eu. Alguns leitores estão reclamando do vídeo abaixo, que traz a atriz Bia Lula e os seus numa festa. “Pô, diz respeito apenas à família…” Huummm… Trata-se de um vídeo-propaganda, que está no YouTube, devidamente editado para encantar. Não recebi uma fita clandestina de alguém infiltrado no evento, não!
Uma das personagens principais da festa é simplesmente a figura PÚBLICA mais conhecida do Brasil. Reitero: não é de hoje que sei da existência do vídeo. Apesar do que vai acima, deixei pra lá. Agora não. O LEITOR TEM O DIREITO DE SABER MAIS SOBRE ESTA NASCENTE ESTRELA DO TEATRO, QUE ESTRÉIA COM O BENEFÍCIO DA LEI ROUANET, GARANTIDA PELA IRMÃ DO CHICO BUARQUE, COM O NOSSO DINHEIRO.
Uma única palestra do avô garantiria os R$ 300 mil. Duas pagariam todo o custo do espetáculo. Dinheiro não falta aos Lula da Silva. Basta fazer as contas para constatar que o Apedeuta é o mais novo milionário do Brasil. Por que jogar essa conta nas costas dos brasileiros? Será que devemos isso também ao Babalorixá de Banânia?
A única justificativa razoável - e, ainda assim, eu sou contra esse tipo de incentivo - seria a chamada contribuição estética, né? Não consta que a tal montagem de “A Megera Domada” esteja destinada a ser um marco do teatro brasileiro. Considerando a idade da moça, acho que ela deveria ralar um pouco mais, né?, como fazem todos os jovens atores e atrizes. Da forma como saiu o benefício, parece-me tratar-se de um privilégio aristocrático, digno mesmo da princesa que ela simula ser na sua festa de 15 anos.
Podem ficar tranqüilos. Eu sempre pondero muito bem os limites entre o público e o privado. O Ministério da Cultura cancele a autorização politicamente pornográfica para a produção captar R$ 300 mil pela Lei Rouanet, e eu nunca mais toco no assunto. Mas isso não vai acontecer porque essa gente não tem limites.
Ricardo Stuckert/Presidência da República/Divulgação
Perfil do ex-presidente Lula: 'benefícios e mais benefícios' aos seus parentes
São Paulo - A Oi vai financiar uma peça de teatro em que uma das atrizes é a neta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de acordo com reportagem publicada pela Folha de S. Paulo neste domingo. A tele vai bancar R$ 300 mil, quase metade do custo total da peça.
Segundo o jornal, a versão da comédia Megera Domada, escrita por William Shakespeare, só conseguiu a ajuda após promover Bia Lula, de 16 anos. Ainda de acordo com a reportagem, há um ano e três meses a produção buscava sem sucesso patrocínio entre as grandes empresas e órgãos públicos.
A Oi é uma velha conhecida por financiar projetos de familiares do ex-presidente Lula. Em 2006, a tele – por meio da Telemar – foi acusada de beneficiar em R$ 5 milhões um empreendimento de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha. O escândalo ficou conhecido como caso Gamecorp, nome da empresa de games para celulares do filho do ex-presidente.
Mas a novela de ‘benefícios’ aos parentes de Lula não para por aí. Um dos casos mais emblemáticos foi a concessão por meio do Itamaraty dos passaportes diplomáticos a dois filhos do então presidente nos últimos dias do seu governo.
O ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim concedeu o documento que dá privilégios no exterior a Luís Cláudio Lula da Silva, 25 anos, e Marcos Cláudio Lula da Silva, 39 anos. Ambos têm mais de 21 anos e não têm necessidades especiais, requisitos básicos para receber o benefício – este sem aspas.
Outro lado
Em resposta à reportagem da Folha de S. Paulo, a Oi afirmou que o histórico do produtor da peça, Oddone Monteiro, pesou na escolha para o benefício. Já o produtor disse que convidou Bia Lula pois sabia que ela atrairia atenção, mas negou tê-la usado para conseguir o financiamento.
A ‘via crucis’ da saúde indígena no Brasil parece mesmo não ter mais fim. Desde 2009 o governo Lula em sua política demagógica de querer agradar a gregos e troianos, prometeu em um prazo de ‘alguns meses’ implantar a Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) e a autonomia administrativa e financeira dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas. Primeiro foi prometido até o final de 2009, depois ficou para o final de 2010, e já no governo Dilma foi adiado para o final de 2011. Pelo andar da carruagem, só acontecerá lá pelo final de 2014, pois são necessários em torno de três anos para a preparação e realização de um concurso público com esta dimensão e complexidade.
Hoje volta à pauta do governo e das instâncias de controle social a realização da Quinta Conferência Nacional de Saúde Indígena, com pelo menos dois anos de atraso, já que a última se realizou em 2005 e 2006. Resta saber se o movimento indígena conseguirá evitar os lamentáveis episódios da Quarta Conferência, realizada na luxuosa Pousada do Rio Quente em Goiás e transformada em uma grande feira cultural, em que os povos indígenas eram tratados como meros figurantes. Ao final da conferência, a maior parte da delegação indígena se retirou e encaminhou documento ao Ministério Público Federal denunciando as manipulações da Funasa durante todas as etapas da conferência, considerando as suas deliberações ilegítimas e que não seriam acatadas pelo movimento indígena organizado.
De qualquer forma, a proposta de criação da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), que polarizou as discussões durante toda a conferência e foi derrotada pelo ‘olho mecânico’ na votação em plenário, acabou sendo assumida como política de governo pelo Ministro Temporão, atendendo as intensas mobilizações indígenas que ocorreram em todo o país após a conferência. A SESAI, no entanto, não se viabilizou até hoje por falta de vontade política do governo em criar as condições necessárias de excepcionalidade e protagonismo indígena, necessárias à implementação das medidas que podem garantir o efetivo funcionamento dos distritos nos moldes preconizados pelas primeiras conferências.
Os ‘falsos convênios’ denunciados na sentença do Ministério Público do Trabalho, que apenas terceirizam recursos humanos para a Funasa, hoje estão em quase todos os distritos, e não há perspectivas para o término de suas atividades. As poucas experiências exitosas dos primeiros anos de implantação dos Distritos Sanitários Indígenas foram totalmente desconsideradas e desconstituídas, e assistiu-se em todo o país à paralisação dos programas de formação de profissionais indígenas de saúde, a precarização da assistência farmacêutica nos distritos, e a desfiguração do controle social pela distribuição dos cargos remunerados. Como conseqüência percebe-se em todo o país a piora dos índices de mortalidade infantil, cobertura vacinal, incidência de malária, tuberculose e outras endemias.
O mesmo perfil dos grupos políticos que até poucos dias controlavam o DNIT (Ministério dos Transportes), de triste memória, controlam ainda hoje a Funasa, e têm seus tentáculos no TCU, CGU, ABIN e por aí afora. Uma das estratégias mais utilizadas para paralisar o movimento indígena é a criminalização das organizações indígenas e de seus parceiros, procurando como sempre, e encontrando, o ‘chifre em cabeça de cavalo’. E assim vai caminhando a saúde indígena rumo a um poço cada dia mais profundo, enquanto o governo fecha os olhos e adia, a cada vez por mais um ano, as medidas imprescindíveis que já poderiam ter sido tomadas há mais de duas décadas. Até quando?
A decisão da presidenta Dilma Rousseff de adiar para o ano que vem o processo de compra de 36 caças para a Força Aérea Brasileira (FAB) foi um dos fatores da tensão nascida entre o governo e o ministro da Defesa, Nelson Jobim. Coroado nos últimos meses com sucessivas declarações polêmicas feitas Jobim, o desgaste na relação entre a presidenta e o auxiliar entrou em escalada desde que Dilma decidiu engavetar negociações que herdou do antecessor Luiz Inácio Lula da Silva.
Na época, auxiliares diretos de Jobim não pouparam comentários sobre a frustração do ministro, embora reconhecessem que, ao assumir a Presidência, Dilma naturalmente iria querer conhecer mais a fundo o assunto antes de tomar uma decisão final.
A decisão de renovar a frota da FAB nasceu ainda durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de quem Jobim também foi ministro. O processo, entretanto, foi iniciado depois de ele deixar a gestão tucana. Sob Lula, Jobim participou ativamente das negociações com França, Suécia e Estados Unidos.
Com custo estimado entre R$ 10 bilhões e R$ 25 bilhões, o projeto envolve três grupos estrangeiros - a francesa Dassault, a americana Boeing e a sueca Saab - e é tema recorrente nas conversas diplomáticas entre o governo brasileiro e chefes de Estado. Antes de deixar o Planalto, Lula chegou a dar como certa a vitória dos aviões Rafale, produzidos pela Dassault, mas o governo acabou voltando atrás, persistindo assim o clima de indefinição sobre o negócio.
ELIANE CANTANHÊDE COLUNISTA DA FOLHA NATUZA NERY DE BRASÍLIA
O nome mais cotado para substituir Nelson Jobim no Ministério da Defesa é o do vice-presidente da República, Michel Temer.
A presidente Dilma Rousseff conversou brevemente por telefone com Jobim nesta quinta-feira e, segundo a Folha apurou, ela disse ao ministro que, diante da polêmica criada por suas declarações, a única saída era ele pedir demissão. Do contrário, teria afirmado a presidente, não lhe restaria outra opção a não ser ela mesma demiti-lo.
Plantão | 04/08 às 15h41 Reuters/Brasil Online
BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff decidiu pedir que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, deixe o cargo, depois de supostas novas declarações polêmicas dele sobre colegas do governo.
Uma fonte do governo disse à Reuters que o pedido para que ele renuncie, ou sua demissão, pode ocorrer na noite desta quinta-feira, depois que ele retorne de missão oficial à Amazônia, ou na sexta-feira.
Jobim teria dito em entrevista à revista Piauí, antecipada nesta quinta-feira pelo jornal Folha de S.Paulo, que a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, "é fraquinha" e que Gleisi Hoffmann, titular da Casa Civil, "nem sequer conhece Brasília".
O ministro, no entanto, negou as críticas a Ideli. "Em momento algum fiz referência a ela dessa natureza", disse ele, segundo nota do Ministério da Defesa.
Segundo a nota, Jobim classificou as notícias veiculadas na imprensa como "parte de um jogo de intrigas" e uma tentativa de desestabilizá-lo. "Isso faz parte daquilo que passa pela cabeça de quem não conhece a necessidade de um país", afirmou.
Dilma se reuniu com Ideli e Gleisi nesta manhã. A presidente, segundo outra fonte, já teve acesso à íntegra da reportagem da revista Piauí com o ministro.
Jobim está no Amazonas para a criação de um plano de segurança de fronteiras em conjunto com a Colômbia e deve retornar a Brasília no final da tarde, informou a assessoria do Ministério da Defesa.
As declarações divulgadas nesta quarta-feira foram as últimas de uma série de desconfortos públicos entre Jobim e o governo.
Em junho, durante as comemorações de 80 anos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Jobim fez um discurso no qual elogiou FHC, disse que "hoje os idiotas perderam a modéstia" e que atualmente tinha que tolerá-los.
Na semana passada, Jobim reconheceu em entrevista à Folha ter votado no tucano José Serra para a Presidência da República, no ano passado.
Apesar dessas polêmicas, Jobim manteve-se no cargo.
(Por Brian Winter, em São Paulo, e Hugo Bachega, em Brasília)
para Jobim, Planalto cometeu ‘muita trapalhada’ na discussão sobre fim de sigilo de documentos
por Lilian Venturini
04.agosto.2011 13:35:01
Em entrevista à edição deste mês da revista Piauí, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, fez novas críticas ao governo da presidente Dilma Rousseff e às ministras Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil). ‘É muita trapalhada, a Ideli é muito fraquinha e Gleisi nem sequer conhece Brasília’, afirmou sobre a condução do Planalto na discussão do fim do sigilo de documentos ultra-secretos. Abaixo, trechos exclusivos da reportagem:
‘Numa quinta-feira de julho, Nelson Jobim marcou apenas um compromisso na agenda, na parte da manhã: participar da comemoração dos 80 anos de Fernando Henrique Cardoso, no Senado. De terno escuro e gravata azul-clara, foi o único ministro do governo a participar da cerimônia. Quando o aniversariante chegou, Jobim sentou-se à mesa armada no palco do auditório do Senado, cercado de políticos do PSDB e do DEM. Fez questão de falar e chamou seu discurso de um monólogo para Fernando Henrique. ‘Fui seu amanuense, ou escrivão, durante a Constituinte’, brincou. ‘Fui seu ministro da Justiça e indicado por você para o Supremo Tribunal Federal. Se estou aqui hoje, Fernando, é por tua causa.’ E encerrou o discurso com uma citação que causou surpresa na mesa e na plateia: ‘Nelson Rodrigues dizia que, no tempo dele, os idiotas entravam na sala, ficavam quietos num canto ouvindo todo mundo falar e depois iam embora. Mas hoje, Fernando, os idiotas perderam a modéstia.’ Ao fim da cerimônia, à uma da tarde, Jobim foi para o gabinete do senador Fernando Collor. (…)
Jobim deixou a sala de Collor e foi para o Ministério, onde almoçou rapidamente. Enquanto comia uma salada, comentou a discussão da liberação de documentos sigilosos do Estado. ‘É muita trapalhada, a Ideli é muito fraquinha e Gleisi nem sequer conhece Brasília’, falou, referindo-se à ministra das Relações Institucionais e à da Casa Civil.
Disse que o Collor não criaria empecilhos, mas que estava chateado porque, enquanto ele discutia o projeto, foi atropelado por um pedido de urgência na votação, feito pelo senador Romero Jucá, da base governista. ‘Ele se sentiu desrespeitado, não havia razão para o pedido de urgência’, afirmou Jobim. Na conversa, Collor lhe contou que faria um discurso contra o projeto e Jobim lhe pediu que não o fizesse, no que foi atendido. ‘Eu disse a ele que havia muito espaço para negociação e que, se ele fizesse o discurso atacando o governo, estreitaria essa possibilidade.’ Perguntado sobre por que havia tantas idas e vindas no governo na relação com o Congresso, Jobim não teve dúvidas: ‘Falta um Genoíno para ir lá negociar.’
José Genoíno se candidatou a deputado, não se elegeu e, no começo do ano, Jobim o chamou para ser seu assessor. Antes de convidá-lo, porém, informou a presidenta da sua intenção. ‘Mas será que ele pode ser útil?’, perguntou-lhe Dilma. E ele respondeu: ‘Presidenta, quem sabe se ele pode ou não ser útil sou eu.’”
Elza Fiúza/Agência Brasil
O ministro Nelson Jobim nega ter feito novas críticas ao governo
Marina Dias
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, negou publicamente que tenha criticado a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, durante coletiva às 13h30 desta quinta-feira (4), em Tabatinga, no Amazonas. Ao lado do vice-presidente, Michel Temer, e do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, Jobim desmentiu todas as declarações que foram atribuídas a ele e que devem ser publicadas na revista Piauí deste primeiro fim de semana de agosto.
"Reconheço a capacidade de Ideli e estou auxiliando a ministra na tramitação de alguns projetos no Senado", afirmou Nelson Jobim que, quando perguntado se achava que o governo da presidente Dilma Rousseff era mesmo "atrapalhado", foi categórico: "Absolutamente". Depois disso, deu a entrevista coletiva por encerrada.
O ministro da Justiça foi questionado sobre a possibilidade de substituir Jobim na pasta, caso o ministro seja demitido pela presidente nos próximos dias. Cardozo fez cara de espanto e soltou: "Eu?". Em seguida, completou: "Nunca o Ministério da Justiça e da Defesa fizeram um trabalho tão integrado e harmonioso. Todo o resto que estão dizendo é pura especulação".
'Ideli é muito fraquinha', diz Jobim a revista
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DE SÃO PAULO
O ministro Nelson Jobim (Defesa) solta o verbo mais uma vez, agora na revista "Piauí" que chega às bancas na sexta-feira (5), informa a coluna de Mônica Bergamo, publicada na edição desta quinta-feira da Folha (a íntegra da coluna está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
Ao se referir às negociações sobre o sigilo eterno de documentos, ele atira no núcleo do governo de Dilma Rousseff. "É muita trapalhada", afirma.
Lula Marques - 13.jun.2011/Folhapress
Jobim ataca o núcleo do governo Dilma ao criticar Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil)
"A [ministra] Ideli [Salvatti, das Relações Institucionais] é muito fraquinha". Já Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, "nem sequer conhece Brasília".
As críticas às ministras escolhidas recentemente por Dilma acontece pouco após Jobim ter revelado, em entrevista ao programa "Poder e Política - Entrevista", produzido em parceria pela Folha e pelo UOL (empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha), que votou em José Serra (PSDB) na eleição presidencial de 2010 (veja trecho em vídeo abaixo).
A declaração de Jobim irritou a presidente, que cogitou demitir Jobim, mas preferiu não fazer isso já. No governo avalia-se que, se o ministro tivesse pedido demissão, ela teria aceito na hora.
Na segunda-feira (1º), em entrevista ao "Roda Viva", da TV Cultura, Jobim disse que não está demissionário e que deseja permanecer no governo.
O ministro afirmou ainda ter "prazer" no cargo e rasgou elogios à Dilma.
'Não sou dissimulado', diz Nelson Jobim sobre voto em Serra 01 de agosto de 2011 • 22h55 • atualizado às 23h05
Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, gravado na tarde desta segunda-feira e que foi ao ar agora à noite, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, evitou comentar sua recente declaração de que votou no então candidato à Presidência da República José Serra (PSDB), adversário na disputa da presidente Dilma Rousseff (PT). Respondendo a questionamento sobre se a declaração refletiria algum descontentamento com o governo, o ministro afirmou que não, e que apenas foi sincero: "Alguém pode não acreditar, mas eu não sou dissumulado. Sempre fui assim."
Jobim disse que tem "um projeto para tocar" e que é ministro "por prazer". Também tratou de amenizar qualquer mal-estar com a presidente: "A presidente Dilma é extraordinária. Minha relação com ela é ótima. Ela tem uma grande visão de Estado, uma visão de futuro." O ministro frisou que apoia Dilma, mas que sua "relação com o governo é institucional". Para Jobim, "política e emoção não combinam".
Terça-feira, Dezembro 14, 2010 Molina com muita prosa & muitos versos
Do Ucho:
Cartela cheia – Na derradeira semana de atividade parlamentar no Congresso Nacional – a votação do Orçamento da União de 2011 corre o risco de ficar para o início da próxima legislatura – a Câmara dos Deputados deve levar a plenário, no máximo até quarta-feira (15), o projeto que legaliza o funcionamento dos bingos em todo o País. A base governista finge não querer votar a matéria, mas tudo não passe de um bem ensaiado jogo de cena, pois é sabido que muitos partidos, a começar pelo PT, torcem pela aprovação do projeto. A intimidade do PT palaciano com o mundo da jogatina ficou escancarada logo no começo do governo Lula, quando Waldomiro Diniz, então assessor de José Dirceu na Casa Civil, se envolveu em um escândalo de corrupção que tinha na outra ponta o bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, também conhecido na seara da contravenção como Carlinhos Cachoeira. De lá para cá, o apetite petista pelos jogos de azar ilegais só cresceu. Meses após o primeiro escândalo da era Lula, o PT enfrentou problemas para justificar um aporte financeiro de bingueiros na campanha de Antonio Palocci Filho.
Para que essa sanha pelos números da sorte que alguns destacados petistas alimentam não fique à deriva, o ucho.info lembra que Luiz Inácio da Silva e sua sempre obediente companheira Ideli Salvatti têm alguma ligação com donos de bingo.
Indicada pela presidente eleita para assumir a Secretaria da Pesca e Aquicultura, a senadora Ideli Salvatti organizou uma festa para comemorar seu aniversário, em março passado, no Golden Executive Hotel localizado Bairro Serraria entre os municípios de Biguaçu e São José, na Grande Florianópolis. O proprietário do tal hotel também é dono do Golden Bingo I, atualmente fechado e à espera da aprovação do projeto que tramita na Câmara. O evento que teve Ideli como o centro das atenções contou com a presença da agora eleita Dilma Rousseff.
Coincidência ou não – há quem diga que elas inexistem – a faraônica e comentada festa de quinze anos de Maria Beatriz Sato, neta do messiânico Luiz Inácio da Silva, teve o mesmo hotel como palco. Foi lá, no Golden Executive Hotel, que Lula bailou pelos salões do hotel com sua neta, em festa que custou mais de 200 salários mínimnos. Como nem tudo é perfeito no mundo dos escândalos, o capítulo catarinense do PT realizou um encontro partidário, em dezembro de 2009, no mesmo hotel.
Como sempre acontece quando o nome de algum destacado petista está envolvido em transgressões, alguém há de alegar desconhecimento dos fatos, mas estar autoridade requer cuidados extras que um cidadão comum tem o sacro direito de dispensar. Não se trata de acusar Lula e Ideli Salvatti de manterem relação umbilical com o bingueiro e hoteleiro, mas é preciso invocar aquela velha e popular tese que trata da honestidade da mulher de César. Não bastava a ela ser honesta, mas parecer como tal. (Foto: Vita Produções)
Ministros participam de festa de José Dirceu
Acusados de envolvimento no mensalão festejaram aniversário do ex-ministro. A comemoração foi feita na casa de uma assessora do Palácio do Planalto.
Da Agência Estado
O ex-ministro José Dirceu comemora seus 62 anos. O vice-presidente José Alencar (à esq.) foi um dos presentes. (Foto: Ed Ferreira/Agência Estado)
A festa de aniversário para comemorar os 62 anos do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu reuniu nesta terça-feira (18), em Brasília, o vice-presidente, José Alencar, e vários ministros. "Vim dar um abraço num velho amigo", disse Alencar.
Depois de acompanhar o presidente Lula numa inauguração, em Campo Grande (MS), a ministra Dilma Rousseff capitaneou o time do primeiro escalão do governo que marcou presença na festa do ex-companheiro de Esplanada. A senadora petista Ideli Salvatti (SC) chegou de carro oficial do Senado.
Além da mãe do PAC, marcaram presença os ministros José Múcio (Relações Institucionais), Hélio Costa (Comunicações) e Orlando Silva (Esportes).
Entre os convivas, também estavam os deputados José Genoino (SP) , José Mentor (SP) e Paulo Rocha (PA), todos acusados de envolvimento no escândalo do mensalão, esquema de compra de voto de parlamentares que foi, segundo o Ministério Público, encabeçado pelo anfitrião da noite.
O encontro foi animado pelo grupo Choro Livre, de Brasília, e aconteceu na casa de uma assessora do Palácio do Planalto, localizada no Lago Norte. Parte do menu, com arroz, carne, farofa e chopp, foi abastecido pelo petista e restaurateur brasiliense, Jorge Ferreira.