Marco Maia
“A Câmara não abre mão da sua prerrogativa de indicar os ministros do TCU”.
Marco Maia, presidente da Câmara, sobre a ideia de impedir que o Tribunal de Contas da União seja controlado por ex-colegas de políticos cujas despesas a instituição deve manter sob estreita vigilância, numa linha de argumentação que, aplicada ao sistema penitenciário, conferiria aos presos o direito de escolher os carcereiros.
Tags: Câmara, Marco Maia, ministros, TCU
“E então, presidente Marco Maia: a bancada do PSOL está dando muito trabalho ao senhor?”
Rodrigo Rollemberg, senador da base alugada, setor PSB, guichê do Distrito Federal, em conversa com Marco Maia, presidente da Câmara, sobre a Frente Parlamentar pela Reforma Política.
“E como! Você nem imagina…”
Marco Maia, presidente da Câmara, com um suspiro de resinação.
“E eles são três. Imagina se fossem 30…”
Rodrigo Rollemberg, resumindo um pesadelo.
“Se eles fossem 30, seriam mais moderados”.
Marco Maia, encerrando a conversa com a revelação de que os contratos de aluguel só abrangem partidos com pelo menos 30 parlamentares.
Com trajetória relâmpago no Congresso, gaúcho fez primeira campanha de Fusca e ganhou força no movimento sindical de Canoas (RS)
Fred Raposo e Adriano Ceolin, iG Brasília | 01/02/2011 07:00
Foi em 1988. Com os anos de chumbo saltitando no retrovisor e um movimento sindical em marcha Brasil afora, o jovem Partido dos Trabalhadores escalara um jovem torneiro mecânico para disputar a prefeitura de Canoas, no Rio Grande do Sul.
Após uma campanha de poucos recursos, o metalúrgico e hoje presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, então com 28 anos, foi derrotado por Hugo Simões Lagranha, de 70 anos – o terceiro de cinco mandatos de Lagranha, sendo dois como prefeito biônico da própria Canoas.
“Foi (uma candidatura) bem simbólica. O Marco ficou em segundo lugar com 21% dos votos numa época em que o PT nem tinha sede, era alugada. Andava no Fusca emprestado de um militante, no Chevette dele ou no meu Volkswagen”, lembra a Secretária Municipal de Estratégia e Inovação de Canoas, Maria Eunice Wolf.
Foto: Agência Estado
O deputado Marco Maia (PT-RS) conta com apoio de 21 entre 22 partidos na disputa pela Presidência da Câmara.
Na época, Maria Eunice coordenou a campanha do petista. “Os panfletos foram rodados em mimeógrafo. Fazíamos festinhas de São João para arrecadar fundos para o material de campanha. O Marco gostava de fazer campanha, botava o pé no barro”, afirma.
Embora a paixão por campanhas permaneça, não é necessariamente em barro que Maia - eleito para o terceiro mandato de deputado federal - anda pisando nos últimos meses. Mirando a eleição pela presidência da Câmara, ele atravessou o país em janeiro para pedir apoio de parlamentares.
Com apoio de 21 entre 22 partidos – incluindo o PR, de seu único rival, o deputado Sandro Mabel (GO) –, sua eleição é dada como certa. Se confirmada, o gaúcho será o primeiro torneiro mecânico - profissão que exerceu nas fábricas de Canoas - a ocupar o terceiro posto na hierarquia da República.
Na categoria, é superado apenas pelo ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, que transitou pelos chãos de fábrica de São Bernardo, em São Paulo, antes de iniciar a vida política pelas mãos do movimento sindical. Caminho, aliás, também seguido por Maia.
Nascido em 27 de dezembro de 1965 em Canoas, Maia elegeu-se dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos local em 1984. “O movimento sindical de Canoas naquela década, e em certa medida hoje também, estava para Rio Grande do Sul como São Bernardo está para Brasil”, filosofa Maria Eunice.
Quando o sindicato foi fundado, em 1960, Canoas era um importante pólo industrial e comercial. Produzia-se desde máquinas agrícolas a equipamentos da chamada linha branca. A entidade passou por maus momentos a partir da instalação do regime militar, em 1964, até o final da década de 70.
Com as restrições impostas pela ditadura, as vacas dos movimentos sociais afinaram. Quando Maia entrou em cena, na primeira metade da década de 80, o país vivia a abertura gradual do regime. Ele integrou a geração seguinte à que suplantara o sindicalismo considerado assistencialista, sem expressão e combatividade junto ao empresariado.
“Era um momento de negociações duras, de buscar respeito e reconhecimento patronal”, afirma o deputado estadual Nelsinho Metalúrgico (PT-RS). “Foi logo após explodir o movimento sindical em São Bernardo, com o Lula. Isso nos ajudou a construir a pauta de reivindicações”.
Para o gaúcho, filiar-se ao PT, em 1985, seria o passo natural. “Maia era um jovem bem articulado, comprometido com as causas sociais e com vontade de vencer”, recorda o senador Paulo Paim (PT-RS), que ajudou a lançar a candidatura do petista em 1988. “Como ele era muito jovem, fui na casa dele pedir autorização para o seu pai. Disse que não ia se arrepender”.
Homem de confiança de Lula
Maia disputou outras duas eleições para a prefeitura de Canoas, em 2000 e 2004. Foi derrotado em ambas. Em 2001, assumiu a Secretaria de Administração e Recursos Humanos do governo do Rio Grande do Sul e, em 2003, presidiu a Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A. (Trensurb).
Chegou ao Congresso em 2005, como primeiro suplente do deputado Ary Vanazzi (PT-RS), que renunciou para assumir a prefeitura de São Leopoldo (RS).Desde então, teve uma ascendência relâmpago na Câmara. Após se reeleger em 2006, ganhou projeção ao ser indicado relator da CPI do Apagão Aéreo.
Homem de confiança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conquistou espaço dentro do PT por ser ligado à corrente majoritária Construindo um Novo Brasil (CNB). Trata-se do mesmo grupo do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio, Palocci e do dirigente petista José Dirceu. Ligação que também ajudou na escolha para ser candidato a presidente da Câmara.
Acreditava-se que o grupo estivesse ao lado do líder do governo , deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP). No entanto, um racha promovido pela bancada de Minas Gerais ajudou Maia a conquistar a vaga de candidato.
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Um legítimo esquerdista fecha as duas tampas do vaso e faz xixi na pia.
Um legítimo esquerdista tem a foto do José Dirceu na carteira.
Um legítimo esquerdista tema carteira de outra pessoa no bolso com a foto do Josè Dirceu.
Um legítimo esquerdista começa a frase com “eu sou José Dirceu, e você?”.