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domingo, 29 de março de 2009

Conficker, que já infectou milhões de computadores no mundo todo

Supervírus pode atacar em 1º de abril, dizem especialistas

Especialistas em segurança computacional acreditam que o poderoso vírus Conficker, que já infectou milhões de computadores no mundo todo, esteja programado para executar alguma "pegadinha" em 1o de abril, dia da mentira.

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Embora não possam determinar qual seria a ação, especialistas temem as possíveis conseqüências de um ataque programado. "É assustador pensar sobre quanto controle um hacker poderia ter sobre todos esses computadores. Eles teriam acesso a milhões de máquinas," disse Mikko Hypponen, da empresa de segurança F-Secure, ao jornal britânico The Sun.

O ataque, no entanto, pode se limitar a alguma ação específica nos computadores que já estão infectados, segundo Hypponen.

O Conficker dá a hackers acesso irrestrito aos computadores infectados, permitindo o roubo de senhas e informações pessoais, como dados bancários. O software malicioso é instalado por meio da internet e se propaga também por dispositivos de memória, como pendrives, informou o The Sun.

Para o especialista Graham Cluley, da empresa de segurança Sophos, a Microsoft fez um "bom trabalho" com atualizações de segurança para o Windows, "mas o vírus continua a infectar máquinas desatualizadas", disse ao The Sun.

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26/10/2008 free counters

Artista pinta Nova York usando iPhone como tela



No final do século XIX, identificar um artista em pleno processo de criação no meio de um parque, por exemplo, era tarefa fácil. Posicionado de forma estratégica para capturar o ângulo mais bonito da paisagem, ele estaria junto a seu cavalete, com uma paleta de tintas em uma das mãos e um pincel na outra, e talvez até usasse uma boina, como nos desenhos animados. Mas hoje, provavelmente, se você andasse pelas ruas de uma grande metrópole e visse um homem deslizando o dedo pela tela de seu iPhone, você nem desconfiaria que ele está fazendo praticamente a mesma coisa: pintando a paisagem.


Em 2009, esse "pintor" poderia ser Jorge Colombo, que usa o dedo como pincel para registrar cenas de Nova York na tela de seu iPhone. Nascido em Portugal, ele mora há 20 anos nos Estados Unidos, e seus recentes "iPhones Sketches" sucedem trabalhos com fotografia, vídeo e ilustração.

Para pintar na tela sensível ao toque do celular da Apple, Colombo usa o aplicativo Brushes ("pincéis") - que custa cerca de US$ 5 na App Store -, seu dedo e, claro, alguma habilidade.

O artista registra desde prédios, pontes e ruas, a temas mais banais, como o interior de um café visto pelo lado de fora. As cenas noturnas são bastante comuns, e mostram uma vantagem do iPhone sobre as telas de pintura tradicionais: a tela iluminada do celular dispensa qualquer outra fonte de luz.

Por enquanto, Jorge Colombo exibe as "pinturas de iPhone" em seu site, mas anuncia que em breve lançará uma edição de imagens impressas.

As imagens podem ser vistas em www.jorgecolombo.com/isketches. Em algumas delas, é possível visualizar o processo em vídeo.

Redação Terra

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26/10/2008 free counters

Bolo de aniversário


Reprodução
Bolos para todos os gostos. Presentes, sempre, em todos os aniversários
"Bolos para todos os gostos. Presentes, sempre, em todos os aniversários"

Lecticia Cavalcanti
Do Recife (PE)

Num fim de tarde em Ur, na Caldéia, três anjos foram à casa de Abraão e Sara - para anunciar que, mesmo já velhos, afinal teriam filhos. Então, segundo a Bíblia, o anfitrião pediu à esposa: "Depressa, amassa três medidas de farinha e faça bolos" (Gênese 18,6). Por esse tempo, qualquer massa adocicada assada era indistintamente chamada de pão ou bolo. E repartir essa massa, com os visitantes, era a melhor forma de celebrar aquela dádiva concedida por seu Deus. Como naquela casa, homens e mulheres vêm repetindo este gesto de comunhão, em volta de bolos, ao longo dos séculos.

Bolo é, na etimologia da palavra, tudo aquilo que tem a forma de bola. E seus primeiros registros remontam a 7.000 anos a.C., na Palestina. Eram também pintados nas paredes das pirâmides do Egito, mas só os mais apreciados pelos faraós mortos. Entre eles, quase sempre, o famoso bolo seco de Canopo - reverenciando essa antiga cidade situada na margem ocidental do Nilo. Assírios usavam receitas que misturavam ervas, farinha e mel, cozidos em recipientes de barro, tudo depois enterrado e coberto por brasas.

Mas foi com os gregos que a pastelaria começou a ser valorizada. O poeta Aristófanes (445-386a.C.) chegou a fazer versos em louvor de Théanos, maior pasteleiro da época. Novas formas de apresentação e decoração foram surgindo, usando farinha, mel e queijo branco ou azeite - depois substituídos, nas receitas, por manteiga. No bazym, um tipo de bolo mais sofisticado, acrescentava-se ameixa, figos secos, nozes, romã, uva.

Mais tarde, também os romanos se interessaram pela arte da pastelaria; e passaram a trazer profissionais, da Grécia, para ensinar esse oficio. Novos bolos foram então criados: o libium, feito com uma libra (equivale a 0,4535923 quilograma) de farinha, duas libras de queijo e um ovo; o spherita, com forma esférica e frito; o confarreatio, servido no confarreo - casamento solene, com dez testemunhas. Também o placenta, redondo, feito com queijo e mel em camadas sobrepostas - daí vindo o próprio nome do órgão que une o feto à parede do útero. A denominação se deve a Realdus Columbus (1516-1559), que, em seu "De re anatomica", comparou o órgão "in modum orbicularis placentae" (ao modo redondo da placenta).

O colonizador português trouxe com ele suas próprias receitas de bolo. O primeiro que aqui chegou foi um bolo seco de amêndoas, conhecido como fartéis (ou farte, ou fartem ou fártel). Oferecido por Cabral aos índios, não fez nenhum sucesso: "Deram-lhes ali de comer pão e pescado cozido, confeitos, fartéis, mel e figos passados. Não quiseram comer quase nada; e, se alguma coisa provaram, logo a lançaram fora", segundo carta de Pero Vaz de Caminha ao rei Dom Manuel I.

Aos poucos, outras receitas foram chegando. Algumas permanecem, ainda hoje, fiéis às suas raízes portuguesas; outras foram adaptadas, com substituição de ingredientes, como o bolo de bacia, cuja receita está no livro de Domingos Rodrigues (1680) - primeiro registro de receitas da língua portuguesa.

Aqui foram também nascendo receitas, misturando ingredientes de nossas três culturas. Os da terra usados ancestralmente por nossas índias - mandioca, batata-doce, milho, amendoim, castanha de caju, abacaxi, caju, goiaba; os trazidos pelo colonizador português - cravo, canela, gengibre, noz-moscada, amêndoas, nozes, pera, maçã; e os que usavam ingredientes dos escravos - coco e leite de coco. Bolos para todos os gostos. Presentes, sempre, em todos os aniversários.

Receita: BOLO COLCHÃO DE NOIVA

Ingredientes:
200 g de manteiga
200 g de açúcar
3 ovos
200 g de farinha de trigo
1 colher (de sopa) de fermento em pó
½ xícara de leite
Sal

Preparo:
- Bata muito bem manteiga e açúcar, até formar um creme. Reserve.
- Bata os ovos como para pão-de-ló (primeiro as claras, depois junte as gemas). Junte esses ovos à mistura anterior. Acrescente também trigo, fermento e leite, aos poucos.
- Coloque a massa em duas assadeiras redondas, untadas com manteiga e polvilhadas com trigo.
- Depois de pronto, recheie e cubra com recheio de amêndoa - ½ kg de amêndoa (sem casca, passada na máquina), 2 gemas, 3 xícaras de açúcar, 1 xícara de água. Deixe no fogo até soltar do fundo da panela.


Lecticia Cavalcanti coordena o caderno Sabores da Folha de Pernambuco, escreve na Revista Continente Multicultural e no site pe.360graus.

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26/10/2008 free counters

Avião de pequeno porte cai sobre casas em Londrina


Londrina (Paraná) - Um avião de pequeno porte caiu sobre casas no bairro Jardim Primavera, em Londrina (PR), na manhã deste domingo. Duas residências foram atingidas. Ninguém ficou ferido. Um aluno e um instrutor de voo que estavam a bordo da aeronave não se machucaram e permanecem no local do acidente até a chegada de peritos.

O avião teria batido no telhado de uma residência, depois atingido o telhado e quebrado algumas paredes de outro imóvel, antes de cair sobre um carro. Fios da rede elétrica também foram arrancados.

Moradores das residências não ficaram feridos. Apenas a dona de uma das casas foi atendida por um médico, mas não precisou ser removida para um hospital.

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26/10/2008 free counters

Piloto de helicóptero tem que desviar de prédio para pousar em SP

Os helicópteros que pousam no Campo de Marte, aeroporto localizado na zona norte de São Paulo, precisam fazer uma curva repentina para driblar a proximidade de um prédio em construção, informa reportagem de Alencar Izidoro e Moacyr Lopes Junior na edição dominical da Folha

Os pilotos atribuem a manobra --para alguns, desconfortável, e para outros, arriscada-- à obra de um edifício comercial de três andares, com dez metros de altura, que começou a ser erguido debaixo do trajeto usado desde a última década. A Infraero (empresa federal que gerencia os aeroportos) autorizou a construção do novo prédio, a 180 metros do heliponto do Campo de Marte, que recebe 180 pousos ou decolagens de helicópteros por dia.

A estatal atribui a confusão ao desconhecimento dos próprios pilotos e afirma que a antiga rampa --tipo de via aérea para a descida dos helicópteros-- foi alterada no final de 2008 para afastá-los de lá, mas que a mudança tem sido ignorada. A Aeronáutica nega: diz que a modificação da rota não havia sido oficializada até a tarde da última sexta.

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26/10/2008 free counters

El fantasma más creíble del mundo



Redacción BBC Mundo

Imagen "fantasmagórica"
¿Ilusión óptica, obra de un bromista, el fantasma de un rey?

Muchos dirían que es una foto escalofriante, o los más escépticos, al menos, reconocerían que es intrigante. Fue la ganadora de un concurso para seleccionar la "fotografía de fantasma" más convincente del mundo.

La imagen muestra una figura humana con traje de época en un ventanal en un castillo en Escocia, en el Reino Unido, en un momento en que el sitio se suponía vacío.

Tomada en mayo de 2008, la foto refleja lo que parece una persona usando una gorguera, ese adorno que se colocaba en el cuello hace varios cientos de años, y observando tras los barrotes de una ventana en el Castillo de Tantallon, en Lothian del Este.

Lo curioso es que en el castillo no se utilizan maniquíes y sus guías no usan trajes de época.

Tres expertos fotográficos confirmaron que la imagen no fue manipulada.

¿Rey o sombra?

Christopher Aitchison, un visitante del castillo quien tomó la foto, dijo: "No me percaté de alguien o algo estaba presente en la imagen hasta que llegué a mi casa y noté la anomalía".

Castillo de Tantallon
Castillo vacío, pero lleno de misterios...

Aitchison añadió: "Algunas personas han sugerido que podría tratarse del reflejo de la luz sobre las piedras".

Pero "alguien llegó a sugerir que podría tratarse del rey Jaime V de Escocia".

El concurso recibió más de 250 imágenes procedentes de varios países y su convocatoria formó parte de la 21ª edición del Festival Internacional de Ciencia de Edimburgo.

La agenda del evento incluye una jornada sobre "la ciencia de los fantasmas" en la que se analizarán supuestas evidencias de la existencia de los espíritus.

Fantasmas "en el cerebro"

El psicólogo Richard Wiseman, quien se ha dedicado a estudiar los llamados fenómenos sobrenaturales y quien hizo la convocatoria del concurso, no descartó que tal vez alguna persona aparezca y se identifique como "el espectro" de la foto ganadora.

No me percaté de alguien o algo estaba presente en la imagen hasta que llegué a mi casa y noté la anomalía
Christopher Aitchison, ganador del concurso

Wiseman, quien no cree en fantasmas, explica que la importancia que tienen la figura humana en nuestra psiquis hace que el cerebro esté programado para ver rostros incluso cuando no son reales.

Por otra parte, la doctora Caroline Watt, de la Universidad de Edimburgo y co-organizadora del festival, opina que a pesar de lo inexplicable de algunas imágenes captadas por las cámaras, las fotos "que recibimos no aportan evidencias convincentes" de la existencia de los espíritus.

"Si hay por ahí verdaderos fantasmas parecen que le temen a las cámaras", concluye.

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26/10/2008 free counters

Alta tensión en Bagdad


Redacción BBC

Soldado de EE.UU. en el distrito de Al Fadl
"Ríndanse o los trataremos como terroristas" es el mensaje.

Las fuerzas de seguridad iraquíes tomaron el control de un área de la capital, Bagdad, un día después de que se enfrentaran por horas con guardias civiles sunitas en choques que causaron la muerte de al menos tres personas.

Informes provenientes del distrito de Al Fadl, en el centro de Bagdad pero fuera de la llamada Zona Verde, dicen que los soldados estadounidenses que le prestan apoyo a las fuerzas iraquíes en la operación están usando bocinas para urgir a los residentes que entreguen sus armas.

Funcionarios de EE.UU. en Irak también están tratando de negociar la liberación de cinco soldados iraquíes que fueron tomados como rehenes durante los combates del sábado.

La violencia se desató tras el arresto de Adil al-Mashahadani, el dirigente local del movimiento Despertar Sunita.

Según informa el corresponsal de la BBC en Bagdad Hugh Sykes, a Mashahadani lo detuvieron bajo cargos que fueron descritos como "de terrorismo".

Cambios riesgosos

Miliciano entrega las armas
Varios miembros de Amanecer solían trabajar para al-Qaeda y luego se ocuparon de erradicarla.

Inmediatamente, empezó el combate entre los milicianos sunitas y las fuerzas iraquíes y estadounidenses que se lo llevaron.

Dos de los muertos cayeron en ese fuego cruzado y la tercera víctima mortal, al parecer, era un policía.

El domingo volvieron a escucharse disparos cuando las fuerzas de Irak y de EE.UU. rodearon el vecindario y se movilizaron por las calles de Al Fadl voceando un ultimátum: entreguen las armas o los trataremos como terroristas.

Al Fadl estuvo ocupado y controlado por al-Qaeda durante la mayor parte de 2006 y 2007 pero el movimiento Amanecer Sunita los erradicó.

Muchos de los miembros de ese movimiento solían luchar por la red al-Qaeda pero cambiaron de bando.

Amanecer Sunita es una de las guardias civiles vecinales, llamadas "Sahwa" en árabe, apoyadas -y aplaudidas- por el Ejército de Estados Unidos pero que desde octubre pasado pasaron a depender del gobierno de Irak, lo que provocó cierto descontento entre esos milicianos gubernamentales.

Al corresponsal de la BBC, el segundo al mando de Amanecer Sunita le dijo el sábado que le preocupaba que algunos de sus hombres fueran a ser reclutados nuevamente por la red al-Qaeda si no manejaban su futuro de una manera sensata.

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26/10/2008 free counters

Prostitución, tráfico de drogas y contrabando deberán incluirse en el PIB


Madrid, 29 mar (EFE).- España está obligada a incluir en los
próximos años la denominada economía ilegal -prostitución, tráfico
de drogas y contrabando- dentro de su contabilidad nacional, de
forma que estas actividades queden reflejadas en la evolución del
Producto Interior Bruto (PIB).
El cambio de base -parámetros de cálculo- de la contabilidad
nacional, que el Instituto Nacional de Estadística (INE) está
preparando, debe tener en cuenta estas modificaciones por mandato
europeo, explicaron fuentes del organismo.
En la actualidad, la contabilidad nacional se calcula con la base
2000. La siguiente será la base 2008, que deberá incluir, además de
la economía ilegal, otros datos que España ya calcula, como los
precios de importación y exportación, que cuentan con un índice que
elabora el INE dentro de sus estadísticas coyunturales.
Desde el INE recuerdan que será muy difícil calcular el peso de
la economía ilegal en el PIB, y señalan que los países de la Unión
Europea (UE) tratan de buscar una misma fórmula para contabilizar la
prostitución, el tráfico de drogas y el contrabando.
Más significativos aún serán los cambios que conlleve la base
2010, que incluirá un nuevo censo de población, el que se calcule en
2011, y modificará el peso que sobre el PIB tienen elementos como la
inversión en material militar o en I+D+i.
Según explicaron las citadas fuentes, la UE quiere que tanto el
material militar como el I+D+i sean considerados inversión, cuando
en la actualidad se contabilizan como consumos intermedios -bienes y
servicios que se tienen que adquirir para producir-.
Cuando esto ocurra, es previsible que la evolución del PIB varíe
sustancialmente, y es de esperar que salgan más beneficiados los
países que más inviertan en I+D+i o cuyo peso militar sea mayor.
De todos modos la mejora en el crecimiento que puedan suponer
estos cambios no siempre es positiva, ya que si aumenta, eleva
también la aportación que el Estado miembro en cuestión tiene que
hacer a la UE, que se basa en la renta nacional bruta de cada país.
Así, Holanda se ha negado hasta la fecha a incluir la
prostitución en su PIB -a pesar de que esta actividad es legal en
ese país-, porque le supondría un mayor peso económico y más
aportaciones a la UE, y por eso está esperando a que los demás
países también la incluyan.
Sea como sea, y a pesar de las dificultades que tiene
contabilizar estas actividades, los países europeos deben empezar a
hacerlo cuando antes, porque así se lo ha ordenado el Tribunal de
Cuentas de la UE, según las mismas fuentes.
Lo que cada país aporta a la UE se rige por el Sistema Europeo de
Cuentas (SEC). El actual SEC tiene como base el año 95, y ahora se
está elaborando el próximo, cuyo nuevo manual se redactará en
noviembre de este año.
Según fuentes del INE, el nuevo reglamento deberá aprobarse por
unanimidad. Y es que aunque los países valoran que determinados
cambios mejoren el resultado de su PIB, también saben que supondrá
mayores aportaciones a la UE. EFE

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26/10/2008 free counters

¿Quién mató al portátil de los 100 dólares?

La crisis también se lleva por delante al PC de los 100 dólares
Varios Gobiernos compraron la décima parte de lo que habían prometido -Los ultraligeros de 300 euros se han comido al OLPC, que no sale por menos de 175 - La mitad de la plantilla de la fundación, despedida

MERCÈ MOLIST 19/03/2009



Ni John Lennon pudo salvar al portátil de los 100 dólares. La fundación One Laptop Per Child (OLPC) usó la imagen del músico para vender sus ordenadores en Navidad, pero el resultado ha sido un fracaso. Las bajas ventas y la retirada de algunos patrocinadores han traído problemas a la fundación y encarecido el precio del PC.



Nicholas Negroponte, líder del proyecto, ha asegurado que les queda dinero para aguantar un año y que la causa de sus problemas es la crisis económica mundial. Pero los críticos sostienen que la situación viene de lejos, de una nefasta estrategia técnica y comercial.

Negroponte presentó en 2005 su idea de fabricar un ordenador portátil para los niños del tercer mundo. Tendría un bajo precio, 100 dólares, y se crearía desde cero, para adaptarse a las necesidades de los niños. Los compradores serían los gobiernos y en 2008 se habrían vendido 150 millones.

La idea provocó la ira de dos grandes de la industria, Intel y Microsoft, que quedaban fuera del proyecto porque se usaban chips AMD y sistema operativo Linux. Arropado por el aplauso de la comunidad, Negroponte afirmaba: "Cuando tienes a Intel y Microsoft en contra, sabes que estás haciéndolo bien".

Pero pronto llegaron los problemas: diseñar el portátil desde cero llevó a sucesivos retrasos y el precio es de 175 dólares más gastos de envío. No se han vendido ni un millón.

Rodrigo Arboleda, presidente para Iberoamérica de OLPC, afirma: "El proyecto no ha fallado, a pesar de que varias personas y entidades lo querrían". El gran error ha sido, "creer a los presidentes de varios países que firmaron cartas de intención por pedidos de un millón de portátiles cada uno".Según Arboleda, "con esas cartas, Negroponte fue a la fábrica en Shanghai, donde le cotizaron un precio que rondaba los 100 dólares la unidad". Pero a la hora de materializar los pedidos "había que presentar la solicitud siguiendo los trámites normales, lo que implicaba 18 o 24 meses de burocracia".

Al final, asegura, "en vez de siete millones de unidades sólo fueron 700.000. Mientras tanto, la fábrica incurrió en inversiones millonarias para anticipar los pedidos iniciales y cargó los gastos de amortización al millón de unidades que había producido el primer año, lo que obligó a elevar el precio de los portátiles".

La fundación siempre dijo que sólo vendería a países del Tercer Mundo, pero los problemas financieros la llevaron a lanzar en 2007 la campaña Give 1 get 1 (Regala 1, coge 1) en Estados Unidos: se podía comprar un portátil por 399 dólares y la fundación mandaba otro al Tercer Mundo.

Vendieron por valor de 37 millones de dólares, menos de lo que pretendían. Estas navidades lo intentaron otra vez, aliándose con Amazon, pero sólo recaudaron 2,5 millones de dólares. A eso se añade el descenso o incluso la retirada de patrocinios, que han llevado al despido de la mitad de la plantilla.

Intel, que entró en el proyecto en 2007, lo abandonaba el año pasado y comercializaba sus ordenadores para niños, los Classmate PC, una seria competencia para OLPC. La fundación firmó entonces un acuerdo con Microsoft para usar Windows en sus portátiles. La decisión generó muchas críticas, un abismo dentro de la fundación y la marcha de su responsable de software, Walter Bender. Otro peso pesado, la responsable tecnológica, se fue para crear su empresa y un futuro portátil de 75 dólares. Negroponte también pasó el testigo a Charles Kane.
Sin dirección

"Docenas de voluntarios se han ido. Cientos de mensajes de personas que quieren ayudar no obtienen respuesta. Han puesto como presidente a un especialista en cerrar empresas", asegura un comentario de Ars Technica.

Otros critican el pésimo servicio de venta y atención al cliente, con retrasos de hasta cuatro meses en la entrega durante la campaña Give 1 get 1, la poca documentación que acompaña a las máquinas, la dificultad de hallar recambios, los fallos de la Wi-Fi y la baja calidad del software.

Para el consultor tecnológico Alberto Lozano, la razón de esta debacle es que "el proyecto nació desconectado de la realidad. No es fácil producir un ordenador de 100 dólares y que sirva para algo, ni tampoco que los fabricantes se entusiasmen con montar un equipo que no les dará beneficios".

Se ha criticado también que el pedido mínimo fuese de un millón de unidades (hoy es de 50.000). Más cuando, afirma Lozano, "los gobernantes de los países deprimidos tienen poco o nulo interés en que sus súbditos dispongan de tecnología. Incluso los más democráticos antepondrán la alimentación a la computación".

Desde el punto de vista técnico, Lozano recuerda que cada portátil OLPC funciona como un punto Wi-Fi. "Para que sea efectivo habría que crear una red muy potente de comunicaciones inalámbricas gratuitas. Aunque cada ordenador cuesta 100 dólares, la infraestructura costará mucho más".

La crítica unánime es la poca visión del visionario Negroponte, al negarse a vender sus portátiles al primer mundo cuando no tenía competencia. "El efecto colateral del proyecto OLPC ha sido que los netbooks se vendan como churros", afirma Lozano.

Por poco más de 200 dólares, Acer, Asus, Airis, Lenovo y HP ofrecen ordenadores que funcionan mejor, con más memoria, pantallas más grandes e interfaces amigables. "Sin querer, iniciaron el auge del mercado de los netbooks, que ahora se los ha tragado", resume el analista Jon Evans.

Rodrigo Arboleda discrepa: "No estamos en el campo de vender computadores, sino de lograr un cambio de cultura". Y recuerda: "Tuvimos que fabricar un portátil porque nadie quería hacerlo. Sólo cuando vieron que habían metido la pata salieron corriendo a recuperar el tiempo perdido, pero lo hicieron fabricando un portátil para adultos, no para niños".

Arboleda asegura que el proyecto OLPC va "muy bien" en América Latina, que supone el 75% de la producción: "En Uruguay y Perú, donde ya hay más de medio millón, están maravillados de los cambios no sólo pedagógicos, sino sociales, de desarrollo psíquico, emocional y de actitud, y han aumentado notoriamente la asistencia escolar".

El último revés para OLPC ha sido el anuncio del Gobierno indio de vender ordenadores a 30 dólares dentro de dos años. Mientras, Negroponte recorta gastos; reorganiza su producto, para que funcione con Windows, y también el proyecto según el cual, copiando a Intel, sólo diseñará los portátiles. Empresas asociadas los fabricarán y venderán.

OLPC: www-static.laptop.org/es

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26/10/2008 free counters

Obama saca los colores a Europa


La iniciativa de EE UU para regular el sector financiero cambia el paso a la cumbre del G-20

ALEJANDRO BOLAÑOS 29/03/2009


Al segundo asalto en la pugna de los líderes mundiales por domar la mayor crisis económica desde la Segunda Guerra Mundial le han cambiado las reglas justo antes de que sonara la campana. El guión estaba ya escrito: en una esquina, Estados Unidos, que plantea que todos los países asuman su apuesta por más gasto público. En otra esquina, la Unión Europea y su exigencia de dar prioridad a la regulación del sistema financiero. La tercera esquina la ocupan los emergentes, midiendo sus primeros pasos en el ring del poder. Y en el rincón, la crisis, más grande -la recesión mundial acecha-, y más fea -los escándalos por las retribuciones a ejecutivos de entidades quebradas se suceden-, que en la primera embestida. En esto, llegó el nuevo presidente estadounidense, Barack Obama, y, como acostumbra desde su designación, mandó parar.


    Barack Hussein Obama

    Barack Obama

    A FONDO

    Nacimiento:
    04-08-1961
    Lugar:
    Honolulu


La UE rechaza que su esfuerzo contra la crisis sea menor que el de EE UU

La reforma financiera de EE UU asume enseñanzas del modelo español

"Para la regulación del sector financiero es ahora o nunca", sostiene Barroso

Es difícil que la cumbre fije límites a la retribución de los directivos

Europa quiere nuevas normas para las agencias de calificación

Porque lo que anunció el pasado jueves el secretario del Tesoro de EE UU, Timothy Geithner, deja desfasados de un plumazo los análisis que se han hecho en los últimos meses sobre qué cabía esperar de la segunda cumbre del G-20, el grupo que integra a países ricos y emergentes, improvisado puesto de mando mundial contra la crisis. A una semana de la cita de Londres, Estados Unidos acaba de asumir la agenda europea para reformar la regulación del sistema financiero. El cambio de rumbo propiciado por el vendaval Obama abre las opciones de avances significativos en este área. Y pone la presión para acordar una nueva ronda de estímulos fiscales en el alero de la UE.

"Las propuestas de Geithner muestran que vamos en la misma dirección", afirmó el viernes el portavoz del Gobierno alemán, Ulrich Wilhelm, quien trató de rebajar las expectativas: "Aún deben ser analizadas con detalle". El portavoz reveló que la reforma de la regulación financiera que presentó un día antes el secretario del Tesoro de EE UU había sido tratada en una conversación telefónica entre Obama y la canciller alemana, Angela Merkel.

No fue el único asunto en el que el líder norteamericano cogió a la dirigente alemana con el pie cambiado. Obama le adelantó que es inminente un plan de rescate para General Motors. Una papeleta para Merkel, que se ha resistido a dar ayudas para reflotar Opel, la filial europea de GM, y tiene previsto dar un discurso ante los trabajadores de la compañía el próximo martes.

Merkel simboliza mejor que nadie la negativa de la UE -con la excepción de Reino Unido que, como anfitrión de la cumbre, nada entre dos aguas-, a aumentar el gasto público. A Alemania le ha llevado más de 15 años digerir la reunificación y volver al equilibrio presupuestario. Y cuando lo consigue, la voraz crisis financiera le fuerza a una expansión fiscal para reactivar la economía.

Alemania, como el resto de países europeos -con España, por el calibre de sus medidas, a la cabeza-, asumió el compromiso fijado en el primer asalto del G-20 contra la crisis económica. La decisión unánime de elevar el gasto público fue el resultado más celebrado al cierre de la cumbre de Washington, en noviembre pasado. El Fondo Monetario Internacional (FMI) indicó entonces que los nuevos paquetes fiscales debían inyectar recursos públicos en una cantidad equivalente, al menos, al 2% del PIB de cada país.

Un informe del propio FMI, evaluando los planes anunciados para 2009, prendió la mecha de la polémica. Su conclusión fue que sólo un puñado de países del G-20 (China, EE UU, Arabia Saudí y España) había aprobado un paquete fiscal de la dimensión requerida. Y al tiempo que advertía sobre la necesidad de nuevas medidas para 2010, señalaba la débil respuesta del corazón de la zona euro (Alemania, Francia e Italia). En la UE, todo fueron quejas, no sin razón: el informe obviaba el efecto en los presupuestos y en la recuperación económica de la cobertura social (prestaciones por desempleo incluidas), mucho mayor en Europa que en EE UU. "Nuestro esfuerzo de gasto público es mayor que el de nuestros colegas estadounidenses", afirmó el presidente de la Comisión Europea, José Manuel Durão Barroso.

Las posiciones se radicalizaron. Al nuevo plan de estímulo lanzado por Obama, que prevé 600.000 millones de euros (más del 5% del PIB) en recortes de impuestos, infraestructuras y ayudas sociales, siguió una exigiencia al G-20 -"estas medidas serían más eficaces si todo el mundo fuera en la misma dirección", advirtió Obama-, reiterada luego cada pocos días. La UE alertó del riesgo de un déficit público disparado -el saldo negativo de EE UU llegará al 13% del PIB-, y volvió a reiterar que el efecto de los estabilizadores en los presupuestos elevará los déficits en Europa aunque no se tomen nuevas medidas.

El brazo europeo del G-20 insistió en poner el foco en la reforma financiera, convencido de que en la insistencia en aumentar el gasto público desde Estados Unidos, y con más cautela desde Reino Unido, los dos focos de la crisis, también pesaba la reticencia a llevar los cambios demasiado lejos. "La máxima prioridad es forjar la nueva arquitectura financiera global", afirmaron Merkel y el presidente francés, Nicolas Sarkozy, en una carta conjunta. "Para la regulación del sector financiero, es ahora o nunca", remachó Durão Barroso.

Europa devolvió la pelota a Estados Unidos. Su propuesta de elaborar en la cumbre de Londres una lista negra de paraísos fiscales, desencadenó el pánico en las plazas financieras que más abusan del secreto bancario. Donde Alemania y Francia anticipaban topes legales a las retribuciones de los ejecutivos de bancos apoyados con dinero público, Obama tenía que recular en su pretensión de reducir el bonus a los directivos de las entidades asistidas en su país. Además, Bruselas presentó una iniciativa para concentrar en tres nuevos órganos la supervisión financiera de la UE. Y, de tapadillo, señalaba a EE UU cuando se evidenciaban los escasos avances en la regulación de fondos de alto riesgo o las agencias de calificación.

Así se planteaba la cumbre de Londres hasta que, como quedó dicho, Obama cambió el guión esta misma semana. Y lo hizo con una propuesta que, en más de un aspecto, asume enseñanzas del sistema de supervisión español.

Geithner anunció el jueves que EE UU abandonará el principio de la autorregulación y fijará normas para toda la industria financiera. Aglutinará las tareas de supervisión en una única agencia, que bien podría ser la propia Reserva Federal con poderes ampliados. Se elevarán los requerimientos de capital a las principales entidades y se les instará a aumentar las provisiones cuando más crédito concedan. La supervisión se extenderá a todos los mercados, incluidos los de productos derivados y los grandes hedge funds tendrán que inscribirse, podrán ser inspeccionados y deberán compartir información con la nueva agencia. Se establecerán incluso recomendaciones para guiar la remuneración de los ejecutivos, cuyo cumplimiento también será supervisado.

"La respuesta no es reinventar el sistema", fue la admonición con la que recibió el anterior presidente de EE UU, George W. Bush a los mandatarios del G-20 en Washington. Lo expuesto por Geither el jueves es lo más parecido a reinventárselo que se le ha oído a un dirigente estadounidense en mucho tiempo. Una iniciativa que descoloca a Europa: facilita la consecución de sus objetivos al tiempo que debilita su resistencia a los incentivos fiscales.

Pero esto son sólo palabras. Los hechos que anuncian están aún muy lejos de materializarse. "El cambio en la regulación y la supervisión del sistema financiero va a ser, necesariamente, largo y complejo, las exageradas expectativas que generan las cumbres acaban en decepción", advierte José Manuel Campa, profesor de Finanzas en la escuela de negocios IESE. El G-20 se las ve con retos de magnitud mayúscula.

- El lento camino a la coordinación. "Lo primero que hay que entender es que los organismos internacionales que deben acordar los cambios de regulación en varios sectores no están bien definidos, les faltan competencias y están afrontando su propia reforma", explica Campa. El Foro de Estabilidad Financiera, piedra angular para fijar las nuevas reglas globales, acaba de culminar su ampliación. Y, salvo el Banco Internacional de Pagos, que aglutina a los principales bancos centrales, las agencias que coordinan los esfuerzos internacionales en áreas clave (seguros, contabilidad, mercados de valores...) afrontan cambios radicales en sus cometidos y estructura.

Una de las soluciones que cuenta, a priori, con mayor respaldo es la creación de colegios que integren a los supervisores de los países en los que operen grandes entidades financieras. "Aquí hay muy poco avance", sentencia el profesor del IESE. Eso sí, el aumento en los mínimos legales de capital y la constitucion de provisiones anticíclicas parecen ya dos principios afianzados en la regulación que viene.

- Al rescate del sector financiero. La cumbre de Washington se celebró apenas un mes después de que la quiebra de Lehman Brothers estuviera a punto de fundir el sistema bancario. Y consagró cualquier iniciativa pública para salvar a las entidades con "importancia sistémica", es decir con capacidad para arrastrar a otras muchas en su caida. Un paraguas que cubre la nacionalización y la compra de los activos tóxicos que originaron la crisis. Lo llamativo es la divergencia de la respuesta a ambos lados del Atlántico. Mientras Europa recapitaliza sus bancos, Obama retoma la idea de financiar la adquisición de activos, aun a costa de asumir las pérdidas. El recelo de Europa a fijar precios por activos que el mercado no quiere y la alergia de EE UU a las nacionalizaciones condicionan las respuestas.

- Paraísos amenazados al fin. "El sistema de financiación de la economía está corrompido, ha habido una regulación inadecuada, tramposa, se ha derivado una cantidad ingente de recursos a la especulación. Habría que desincentivar, con impuestos si fuera necesario, una circulación excesiva de capital. No puede haber válvulas de escape para el capital especulativo", sostiene Juan Torres, catedrático de la Universidad de Sevilla y miembro de la plataforma Attac. No hay válvula más escandalosa que la existencia de paraísos fiscales que usan el secreto bancario para entorpecer las inspecciones fiscales del resto de países. Y su perviviencia, al menos como se les conoce hasta ahora, está seriamente amenazada.

Los paraísos fiscales no tuvieron un papel protagonista en la crisis, pero varios Gobiernos quieren aprovechar la ocasión para "erradicarlos", en palabras del presidente español, José Luis Rodríguez Zapatero. Está por ver si los sucesivos anuncios (Suiza, Mónaco, Andorra, Austria, Liechtenstein...) de más intercambios de información limitan la evasión de impuestos.

- ¿Quién pone el cascabel a los sueldos? El Royal Bank of Scotland (RBS) estaría quebrado si no fuera por la asistencia multimillonaria del Gobierno británico. Pese a su nefasta gestión, Sir Fred Goodwin, el ex consejero delegado del RBS, no renunció a una pensión vitalicia valorada en más de 700.000 euros. Esta polémica decisión, como los bonos de los ejecutivos de la aseguradora AIG, es un caso llamativo, pero también sintomático, de una perversa forma de retribuir a los directivos con la que el G-20 se ha propuesto acabar. Lo que no está claro es cómo. "Habría que plantear un código de buenas prácticas específico en materia retributiva, en el que los incentivos se ajustaran a la creación de riqueza para la empresa y no con los beneficios a corto plazo", sugiere Cándido Paz-Ares, catedrático de Derecho Mercantil en la Universidad Autónoma de Madrid y socio del bufete Uría Menéndez.

Paz-Ares también cree que en los planes de opciones sobre acciones hay que delimitar qué parte de la revalorización de la compañía se debe a la labor de sus gestores. Y apuesta por normas que refuercen la independencia de los consejeros que negocian los contratos de los ejecutivos y por la publicación detallada de sus sueldos. "Luz y taquígrafos, ése es el mejor antídoto frente al fraude", afirma.

Son principios que también se incluyen en el informe del grupo de expertos al que el G-20 encargó un análisis de la situación. Menos precisa es su recomendación de que los supervisores velen por el cumplimiento de estas propuesas "Es muy complicado establecer límites desde fuera de la empresa, podría ser contraproducente"`, opina Paz-Ares.

- Límites al riesgo de las agencias de calificación. Una de las paradojas de la crisis es que las entidades a las que se adjudicó el papel de evaluar la solvencia de los títulos colocados en el mercado fueron determinantes, con sus generosas calificaciones, para diseminar complejos activos en los que se agazapaba un riesgo brutal. Los reguladores públicos están dispuestos ahora a recuperar parte de las funciones cedidas a estas agencias privadas, pero el trabajo es arduo. En la UE, está por finalizar aún el trámite para obligar a la inscripción de las agencias y, de esa manera, abrir la puerta a la inspección de sus métodos de trabajo. En Estados Unidos, sede de las tres agencias de rating que se reparten el mercado mundial, el supervisor ha fijado normas para que se den calificaciones separadas a activos complejos, en las que se avise de su riesgo. Sigue pendiente la separación del negocio de calificación de la asesoría a las entidades que emiten títulos. Un esquema que sí se implantó tras el caso Enron para auditorías y consultorías.

- La furia. "Si no se toman decisiones estructurales, con la gravedad de la crisis que tenemos delante, la gente se sublevará y tendrá razón". Sarkozy sintetizó así la preocupación de los mandatarios ante un cóctel explosivo: ayudas públicas mutimillonarias a la banca, compensaciones escandalosas a los ejecutivos y acelerada destrucción de empleo. Las manifestaciones previstas en Londres y otras capitales serán un buen termómetro del malestar social.

Lo que va de Washington a Londres

Seguir la pista a las múltiples disposiciones del acuerdo adoptado hace cuatro meses por el G-20 en la cumbre de Washington no es tarea fácil. Muchas de las iniciativas eran muy vagas y su cumplimiento, por tanto, difícil de medir, cuando no polémico. Un buen ejemplo es lo que ha sucedido con los paquetes fiscales, el pacto de más relumbrón de la cita de noviembre: el FMI propuso como referencia un gasto público equivalente al 2% del PIB de cada país, pero las divergencias sobre cómo medir ese gasto se reproducen por doquier.

Si había un mandato con fecha fija y contenido claro era el de culminar, antes de finales de 2008, la ronda de Doha para liberalizar el comercio internacional. Igual de nítido resultó el fracaso en las negociaciones. En Londres, habrá, seguro, nuevos emplazamientos a llevar a buen fin las discusiones. Pero, para esquivar el escepticismo en esta área, el líder británico, Gordon Brown, se ha apresurado a plantear la creación de un fondo de 100.000 millones de euros para respaldar los créditos a las exportaciones. Doha además tendrá que compartir protagonismo con otra ciudad, Copenhague. La capital danesa acogerá la próxima conferencia de la ONU sobre cambio climático, y el Gobierno británico, que ha hecho de este asunto una de sus banderas, quiere forzar un llamamiento para insistir en la rebaja de las emisiones contaminantes.

La pista de las propuestas sobre regulación financiera que tenían que estar listas antes del 31 de marzo se pierde en una miríada de organismos internacionales. Las agencias (una mundial, otra de EE UU), que fijan las normas contables de referencia, han publicado guías para flexibilizar la norma del "valor justo" para activos distorsionados por la falta de mercados. La coordinadora de supervisores en mercados de valores está analizando las iniciativas del sector privado para aumentar la transparencia de los derivados. Y ha editado un código de buenas prácticas para las agencias de calificación de riesgos, que servirá de base a la supervisión que plantean los Gobiernos. Tanto el Foro de Estabilidad Financiera como el comité que fija los estándares internacionales en contabilidad han ampliado su representación para dar cabida a los países emergentes, otro de los encargos del G-20.

El Banco Internacional de Pagos ha iniciado consultas para ligar los requerimientos de capital a operaciones de riesgo opaco, como las que se apuntan fuera del balance bancario o la compra de productos derivados. Para avanzar en la regulación de los derivados que cubren el riesgo de insolvencia, se han constituido dos cámaras de compensación (en EE UU y la UE) y se avanza en la elaboración de un contrato-tipo en el que se reconozca el riesgo adoptado.

El Foro de Estabilidad Financiera ha publicado las líneas maestras que deben regir en los esquemas de retribución para evitar la toma de decisiones arriesgadas y el grupo de expertos del G-20 ha terminado su informe sobre la cuestión, en el que sugiere que los supervisores controlen en el futuro si se cumplen estas recomendaciones. El Foro también ha establecido protocolos para el funcionamiento de los colegios de supervisores. Según el Gobierno británico, varios de estos colegios, que coordinan el control sobre grandes entidades financieras internacionales, se han constituido ya.

En cuanto a la reforma del Fondo Monetario Internacional, la comisión creada por el propio organismo acaba de terminar sus recomendaciones: culminar antes de 2010 los cambios en el sistema de votación para dar más poder a los emergentes y la creación de un nuevo Consejo, con mayor peso político en sus decisiones.

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26/10/2008 free counters

Por qué Europa es una amenaza para Latinoamérica


MOISÉS NAIM 29/03/2009


Están cayendo como moscas. Me refiero, por supuesto, a los Gobiernos europeos. La crisis comenzó desestabilizando a los bancos y ahora va por los Gobiernos. En muchos países de Europa, tanto del este como del oeste, los Gobiernos se tambalean al borde del precipicio, llevados allí por las furias políticas desencadenadas por la crisis económica. Los Gobiernos de Bélgica, Islandia, Letonia, la República Checa y Hungría se han visto expulsados del poder como consecuencia del crash. Bulgaria, Rumania, Grecia e Irlanda se enfrentan a una terrible situación económica que inevitablemente provocará convulsiones políticas. Y la lista es más larga. Si 2008 marcó el comienzo del crac financiero, 2009 será el inicio de un periodo lleno de terremotos políticos.


Las cifras que reflejan la debilidad económica europea son espantosas

Las cifras que reflejan la debilidad económica europea son espantosas: el déficit combinado del presupuesto publico de los cuatro países más grandes de la eurozona (Alemania, Francia, Italia y España) será, el año entrante, tres veces y media mayor de lo que fue el año pasado, y su deuda pública combinada saltará del 71% del PIB hace un año al 83% el año próximo. Y estos enormes volúmenes de deudas y déficits no tienen en cuenta ni la necesidad de un necesario y cada vez más urgente estímulo fiscal que sea mayor que el que ahora contemplan, ni la posibilidad muy real de que van a tener que financiar el rescate de algún país europeo cuya bancarrota puede causar un grave daño a toda la región. Los bancos de Austria, por ejemplo, le han prestado una cantidad equivalente al 70% del tamaño de la economía austriaca a empresas en países de Europa del este que ahora afrontan serias dificultades para pagar sus deudas. El mismo problema tienen los bancos italianos, y ni Italia ni Austria tienen cómo salvar por sí solos a sus bancos si, en efecto, los países de Europa del Este dejan de pagarles. Inevitablemente, el desempleo crece a gran velocidad. Las presiones políticas para conseguir dinero de donde sea para afianzar las maltrechas economías europeas serán enormes.

¿Qué tiene que ver América Latina con todo esto? Mucho.

Sin llegar a los extremos de Europa, los países latinoamericanos también se han visto afectados por la crisis y van a necesitar apoyo financiero de fuera de la región. Mientras se restablecen los flujos de crédito e inversión privados que ahora están colapsados, el financiamiento externo que América Latina necesita para aliviar el impacto de la crisis tendrá que venir de organizaciones como el Fondo Monetario Internacional (FMI), el Banco Mundial y entes regionales como el Banco Interamericano de Desarrollo (BID) y la Corporación Andina de Fomento.

Uno de los pocos resultados concretos de la reunión en Londres de 20 países ricos y pobres -el Grupo de los 20- será un aumento de los fondos para el FMI con el fin de que éste, a su vez, los preste a países en dificultades. Esta semana el FMI acaba de adoptar una nueva modalidad que le permite hacer aportaciones financieras muy rápidamente y sin condiciones demasiado exigentes a países en crisis. Y en esto radica la amenazadora conexión de los problemas de Europa con los de América Latina. La demanda de fondos para Europa no sólo será inmensa sino que los europeos compiten con ventaja dentro de los entes financieros internacionales que toman las decisiones de cuánto dinero darle a qué país, y cuándo. Los directorios del Banco Mundial y el FMI los integran 24 directores ejecutivos, y cada uno de ellos representa a un subgrupo de los 185 países dueños de estas instituciones. De los 24 directores (que son funcionarios nombrados por sus respectivos Gobiernos), ocho representan a Europa y tres a Latinoamérica. Saque usted la cuenta y adivine adónde irán a parar mayoritariamente los fondos de estas instituciones.

Afortunadamente, existe una alternativa: los entes financieros multilaterales de América Latina y en especial el BID. Este banco, cuyos accionistas son los Gobiernos del hemisferio occidental más algunos otros (España y China, por ejemplo) será una de las pocas fuentes de fondos que podrá compensar la injusta asimetría que existe en los órganos de dirección del Banco Mundial y el FMI. El presidente del BID, Luis Alberto Moreno, se ha impuesto la audaz y nada fácil tarea de tratar de aumentar el capital del banco para así tener cómo hacer frente a las urgentes necesidades financieras de la región; una región que, salvo raras excepciones, en esta década no ha cometido los excesos e imprudencias de Europa o Estados Unidos.

Lograr el aumento del capital del BID es prioritario para América Latina, y para otros países que se verán afectados si la región se contagia del caos político europeo. Los obstáculos para lograr este aumento son muchos, y además el BID está lejos de ser una organización sin defectos. Pero un defecto que no tiene es un directorio sesgado en contra de América Latina.

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26/10/2008 free counters

Menores, sexo y Red: Toda precaución es poca


(Foto: Jupiter)

(Foto: Jupiter)

  • Enredando por la red y viendo una entrada a un blog sobre la famosa foto de Brooke Shields desnuda a los 13 años de edad, me he hecho la pregunta de qué repercusiones legales podría tener si cuelgo en la red fotos mías de cuando era un infante o un bebé, y en las que pudiera aparecer totalmente desnudo. ¿Sería legal?

El delito de pornografía infantil, sus difusos límites con el erotismo fotográfico, y los derechos al honor, intimidad y propia imagen de los menores, son objeto de análisis por el Abogado del Navegante.

El que con niños se acuesta, amanece esposado

Siempre ha existido un difuso límite entre erotismo y pornografía, variable en función de la realidad social de cada momento. Determinadas imágenes, que en su momento fueron consideradas artísticas, quizás ofenderían la sensibilidad del espectador actual. Pensemos por ejemplo en la obra "La edad de la inocencia", de David Hamilton, o las fotos de Taormina, del Barón Wilhelm von Gloeden: fotografías eróticas de adolescentes de uno y otro sexo que están en las librerías, pero cuya difusión en Internet despierta mil suspicacias.

La censura de una portada histórica de Scorpions, o la clausura por la policía australiana de una exposición de Bill Henson, son casos recientes que evidencian la extrema precaución con que han de valorarse los desnudos de menores.

A la hora de considerar qué debe entenderse por pornografía infantil, no podemos atender a criterios artísticos, sino estrictamente jurídicos. En este sentido, el Consejo de Europa define la pornografía infantil como "cualquier material audiovisual que utiliza niños en un contexto sexual" (Recomendación R(91) 11 e Informe del Comité Europeo de Problemas Delictivos (1993).

El Tribunal Supremo español ha tenido ocasión de pronunciarse en diversas ocasiones sobre casos de pornografía infantil, advirtiendo sobre lo difícil de establecer definiciones categóricas. En la reciente sentencia de 12 de noviembre de 2008 se afirma, citando anterior jurisprudencia, que "la imagen de un desnudo -sea menor o adulto, varón o mujer- no puede ser considerada objetivamente material pornográfico, con independencia del uso que de las fotografías pueda posteriormente hacerse".

En diferentes resoluciones, nuestro Alto Tribunal ha establecido que una obra es pornográfica cuando en una consideración conjunta o global la pornografía se encuentra presente, con una ausencia absoluta de valores literarios, artísticos o de información sexual seria y responsable. En definitiva, para la consideración de que un material o grabación sea pornográfico, según lo expuesto, se precisa que el mismo consista en una inmersión en la obscenidad más grosera y procaz, recreándose en ella sin otro fin que el de conseguir la excitación sexual de quien lo contemple, y además que aquél no tenga un valor literario, artístico, científico o pedagógico.

Lo cierto es que si se examinan conjuntamente las diferentes sentencias, y en concreto los crueles abusos sexuales que en las mismas se describen, muchas dudas desaparecen: se viene considerando pornografía infantil cualquier representación fotográfica de actos sexuales en los que intervengan menores de edad o incapaces.

La evolución del delito de pornografía infantil en nuestro Código Penal

Los legisladores que aprobaron en 1995 el nuevo Código Penal español, pese a incluir un buen número de delitos informáticos de nuevo cuño, tuvieron una omisión imperdonable: no tipificar como delito la distribución de pornografía infantil.

En 1996, al poco de entrar en vigor el nuevo texto del Código Penal, se produjo la detención de dos estudiantes en Vic, acusados de distribuir imágenes pornográficas de menores. Ante el vacío legal, el juez se vio obligado a archivar la causa contra ellos, con el consiguiente escándalo.

La Ley Orgánica 11/1999, de Modificación del Título VIII del Libro II del Código Penal, vino a enmendar el entuerto, criminalizando la producción, venta, distribución, o exhibición de material pornográfico utilizando menores de edad o incapaces, así como la posesión de dicho material para la realización de cualquiera de las expresadas conductas.

La nueva redacción, si bien permitió la persecución de las redes de distribución, ofrecía una vía de escape para aquellos detenidos que alegaban que la posesión de pornografía infantil no tenía como objetivo la distribución, sino el consumo propio. Ello dio lugar a una nueva reforma legal, operada por la Ley Orgánica 15/2003, que fijó el texto del artículo 189, apartados 1 y 2, actualmente en vigor:

1. Será castigado con la pena de prisión de uno a cuatro años:

a. El que utilizare a menores de edad o a incapaces con fines o en espectáculos exhibicionistas o pornográficos, tanto públicos como prifvados, o para elaborar cualquier clase de material pornográfico, cualquiera que sea su soporte, o financiare cualquiera de estas actividades.

b. El que produjere, vendiere, distribuyere, exhibiere o facilitare la producción, venta, difusión o exhibición por cualquier medio de material pornográfico en cuya elaboración hayan sido utilizados menores de edad o incapaces, o lo poseyere para estos fines, aunque el material tuviere su origen en el extranjero o fuere desconocido.

2. El que para su propio uso posea material pornográfico en cuya elaboración se hubieran utilizado menores de edad o incapaces, será castigado con la pena de tres meses a un año de prisión o con multa de seis meses a dos años.

En los siguientes apartados del artículo 189 se establecen penas de hasta ocho años de prisión por conductas agravadas, en función de la edad de las víctimas, carácter vejatorio o violento de los abusos, pertenencia a organizaciones delictivas, parentesco, etcétera. Cabe destacar asimismo la especial prevención del apartado 7, donde se tipifica como delito la utilización de la voz o la imagen de los menores en la elaboración de pornografía, aún sin utilizar directamente al propio menor.

El peligro de compartir archivos desconocidos en redes P2P

Al tipificarse como delito la simple tenencia de material pornográfico en el que intervengan menores, se ha disparado el número de intervenciones policiales, no siendo extraño encontrar noticias sobre redadas masivas de internautas que comparten pornografía infantil mediante redes P2P. La Guardia Civil dispone de un programa de búsqueda de imágenes de contenido pedófilo que circulan por la red, mediante el cual se han podido fundamentar numerosas pesquisas.

De la lectura de las diferentes (PDF) sentencias(PDF) judiciales sobre la materia, se desprende una necesaria reflexión sobre los peligros de un uso indiscriminado de las herramientas P2P. Los internautas deben extremar las cautelas sobre el material que comparten, asegurándose de que en ningún caso puedan estar favoreciendo el tráfico de imágenes o vídeos ilegales.

Una reciente sentencia del Tribunal Supremo, de 30 de enero de 2009, estimó parcialmente el recurso de casación de un internauta que había sido condenado a cuatro años de prisión por la Audiencia de Barcelona, por compartir seis imágenes de pornografía infantil. El Tribunal Supremo rebajó la sentencia a multa, por entender que la actual redacción del Código Penal "no puede llevarnos a una interpretación tan abierta que sancione penalmente con penas de prisión que arrancan en cuatro años y se prolongan hasta los ocho años, conductas de internautas que lo único que hacen es navegar por la red, y todo lo más guardar tales imágenes en el sistema ('incoming') que se crea automáticamente por diferentes programas informáticos al uso."

Obsérvese el rigor de la vigente ley penal: la policía judicial, según la sentencia, ponía el tope "accidental" que un internauta se puede descargar por error en cinco imágenes. En el caso comentado, seis imágenes bastaron para que la Audiencia de Barcelona condenase a cuatro años de prisión. Es razón más que suficiente para extremar las precauciones sobre los ficheros que descargamos de Internet, que las redes de pederastas pueden camuflar bajo nombres aparentemente inofensivos.

Si a pesar de adoptar precauciones, apareciese en nuestra carpeta de ficheros compartidos un vídeo manifiestamente ilegal, debe ponerse dicho extremo en conocimiento de la autoridad policial a la mayor brevedad posible, aportando cuanta información pueda recabarse, a fin de que puedan dirigir la investigación contra los verdaderos culpables de la difusión del material pornográfico. Los internautas deben estar tranquilos con respecto a otros ficheros que puedan residir en los directorios compartidos: por el momento, la policía no detiene a nadie por compartir canciones o películas comerciales.

Las fotos inocentes

Así es como venimos al mundo, y como nos vamos de él: solos y desnudos. Si buscamos "bebé" en Internet, aparecen millones de imágenes de niños desnudos, con absoluta naturalidad. Ello es así porque la publicación de imágenes de bebés, despojadas de toda connotación sexual, no es materia de Derecho penal.

Sentado lo anterior, debe tenerse en cuenta, no obstante, que en lo que se refiere a la publicación de imágenes de menores, existen determinadas limitaciones derivadas de la vigente legislación en materia de intimidad, honor y propia imagen.

El artículo 4.3. de la Ley Orgánica 1/1996, de 15 de enero, de Protección Jurídica del Menor dispone que "se considera intromisión ilegítima en el derecho al honor, a la intimidad personal y familiar y a la propia imagen del menor, cualquier utilización de su imagen o su nombre en los medios de comunicación que pueda implicar menoscabo de su honra o reputación, o que sea contraria a sus intereses incluso si consta el consentimiento del menor o de sus representantes legales."

A la luz de la indicada disposición legal, resulta evidente que antes de publicar las imágenes de un menor desnudo en Flickr, Tuenti, Facebook, o cualquier otro sitio de Internet, debe calibrarse bien, y de forma absolutamente objetiva, si dicha publicación puede resultarle perjudicial. Y si los padres no son objetivos, téngase en cuenta que la Instrucción 2/2006 de la Fiscalía General del Estado, establece que el Ministerio Fiscal, ponderando las circunstancias concurrentes, deberá intervenir siempre que los intereses del menor puedan resultar perjudicados.

En lo que se refiere a las fotos de uno mismo, llegada la mayoría de edad se puede disponer libremente, siempre que no ofendan la ley o la estética. Aunque en lo que se refiere a fotos de desnudos, toda precaución es poca, y más en estos tiempos de exhibicionismo impúdico: una vez colgada una imagen en Internet, perdemos el control sobre la misma, especialmente en las redes sociales multitudinarias.

Y en caso de duda, les recomiendo tener en cuenta el adagio de mi buen amigo el Dr. Gómez, ironizando entre agujas y bisturís: "Es más fácil zurcir la virginidad perdida que la intimidad malvendida".


FONTE:

DERECHO E INTERNET

El abogado del Navegante

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26/10/2008 free counters

Detienen en Colombia a un hombre por violar a su hija durante 30 años


  • La víctima fue la que le denunció cuando comenzó a abusar de sus hijos

Un juez del departamento colombiano del Tolima ha iniciado el proceso judicial contra Arcebio Álvarez, conocido como el 'monstruo de Mariquita', que abusó sexualmente de su hija durante más de 20 años y tuvo con ella otros ocho hijos, según informaron este sábado medios locales.

Álvarez, de 58 años, y residente en una zona rural de la población de Mariquita (en Tolima, a 300 kilómetros al oeste de Bogotá), fue arrestado el viernes por agentes del Cuerpo Técnico de Investigaciones de la Fiscalía General de la Nación.

El detenido, que ha quedado bajo la custodia de un juez de Honda (Tolima), está acusado de los delitos de acto sexual abusivo, acceso carnal violento e incesto contra su hija, que en la actualidad tiene 35 años, según varias emisoras.

Este caso ha sido comparado con el del austríaco Josef Fritzl, de 73 años, acusado de encerrar en un sótano y someter a abusos durante 24 años a su hija, con quien tuvo siete hijos, y quien fue bautizado como 'monstruo de Amstwetten'. Fritzl fue condenado la pasada semana a cadena perpetua.

Según fuentes judiciales, el colombiano detenido quedó viudo cuando su hija tenía 5 años de edad y desde entonces la violó durante mas de 30 años hasta que nacieron ocho hijos que actualmente tienen entre 1 y 19 años.

La hija le denunció

El caso fue denunciado por la propia hija cuando descubrió que Álvarez empezó a intentar abusos con sus propios hijos y nietos. Mientras tanto, el Instituto Colombiano de Bienestar Familiar ofreció protección especial de la víctima y sus ocho hijos.

La concejal de Bogotá, Gilma Jiménez, destacada activista contra el abuso de menores de edad, anunció que abogará porque ese imponga pedirá la máxima pena posible contra el detenido.

Jiménez lamentó que no haya cadena perpetua para los violadores de niños o autores de conductas como las que se le imputan a Álvarez.

"La diferencia entre este episodio y el del 'monstruo' de Amstetten en Austria es que ese país se paralizó y le hizo conocer al mundo lo que encontró. Aquí sucede todos los días sin que nadie haga algo por impedirlo", manifestó la concejal a la emisora Caracol Radio.

Jiménez promueve actualmente un referendo que legitime la cadena perpetua por agresiones sexuales contra menores de edad.

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26/10/2008 free counters

Un 'Mesías' israelí con 32 mujeres y 180 hijos o más


Goel Ratson, junto a una de sus mujeres. | Canal 10

Goel Ratson, junto a una de sus mujeres. | Canal 10

El modesto barrio de Tikva, en el sur de Tel Aviv, se despierta entre la calma y unas inusuales nubes. La aparente normalidad de sus calles es el mejor aliado de un hombre de 58 años, al que unas ven como el Mesías y la mayoría como un sinvergüenza. Su nombre, Goel Ratson. Su historia, espeluznante.

"Cuando sus hijos salen por la mañana a la guardería, parece como la salida de nuestros antepasados de Egipto. ¡Es increíble cuantos niños hay!", cuenta un vecino desde la ventana de su casa. En cuatro edificios de este barrio se esconde una comunidad (¿secta?).O "una familia numerosa", que dice el propio Goel. Sirviendo a este pequeño hombre de melenas blancas y tez oscura, viven sus 32 mujeres y ¿89 hijos? Una cifra que se queda corta."Hay unos 180 hijos repartidos por todo Israel", calcula Tehlia, una de las mujeres entregadas en cuerpo y alma a Goel, que en hebreo significa redentor.

Las mujeres dicen ser independientes pero tienen prohibido comer carne, comunicarse con otros hombres, beber alcohol, fumar, vestir de forma "provocativa" o abrazar a sus propios padres.

Goel no se acuerda de los nombres de todos sus hijos pero conoce bien el cuerpo de todas sus mujeres. Algunas son hermanas o primas. Su caso provoca la indignación de la mayoría y la admiración de unos pocos que más que Mesías le consideran "una máquina sexual".

En un documental de Nesly Varda y Sheli Tapiro del Canal 10, el Don Juan divino explica el secreto: "Tengo todas las facultades que una mujer quiere las medidas que una mujer quiere Todo el cariño que una mujer busca Lo tengo todo".

En cuestión de cama, no hay competencia. Las 32 mujeres se turnan y, aunque no lo confiesen, hay una lucha cada noche por ser la afortunada. Tehlia se sincera: "Satisface todas mis voluntades y necesidades. Por eso, estoy dispuesta a compartirlo con otras aunque no siento que lo comparto. Me siento especial y única".

La secta se empezó a tejer hace 30 años. Empieza su búsqueda reclutando a su futura mujer cuando es una adolescente con problemas físicos, sociales o psicológicos. Tras su milagrosa curación terapéutica, es toda suya. Y así viene otra y otra y otra hasta el día de hoy. El presume de sus poderes sexuales pero niega usarlos con menores.

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26/10/2008 free counters

La fotografía más terrorífica


Esta es la imagen elegida como la más fantasmal.

Esta es la imagen elegida como la más fantasmal.

La silueta de un hombre asomado a la ventana de un abandonado castillo escocés se ha convertido en la imagen más fantasmal de la historia tras ganar un concurso en Reino Unido.

Según informan varios medios británicos como la BBC, Christopher Aitchison visitaba en mayo del año pasado el castillo de Tantallon en North Berwick (Escocia) cuando el ojo de su cámara apuntó hacia una de las ruinosas ventanas del castillo y capturó la silueta de un hombre que les observaba.

Lo que en un principio parecía ser un truco ahora se ha convertido en toda una atracción gracias a la ayuda de un grupo de expertos que ha confirmado su autenticidad. No es una falsificación ni un maniquí, ni un guía turístico: es un fantasma.

"Yo no me di cuenta de que alguien estaba mirando por esa ventana, sólo cuando llegué a casa y miré detenidamente la imagen me di cuenta de que alguien había ahí", explica su autor.

Pero, el misterio de esta imagen no es sólo su posible protagonista fantasmagórico, sino las especulaciones que sobre ella ya se han empezado a hacer. "Algunos creen que puede ser el reflejo de la luz sobre las piedras del castillo, pero otros apuntan a que podría ser el fantasma del rey Jaime V de Escocia", cuenta Aitchison.

Más de 250 imágenes se han presentado a este concurso que tendrá su punto algido a principios de abril en la 21ª edición del festival Internacional de Ciencia de Edimburgo donde se podrán ver todas las imágenes elegidas por el público.

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26/10/2008 free counters

Farmacêuticas dão desconto polêmico

Farmacêuticas dão desconto em troca de dados

Indústria oferece preço menor e serviço a paciente que se cadastra; especialistas defendem proibição da prática

Fabiane Leite e Simone Iwasso


Para receber um kit com álcool, algodão e seringas de aplicação de seu medicamento, além de visitas mensais de uma enfermeira, o músico José fornece dados sobre sua saúde ao laboratório Bayer Schering Pharma. A farmacêutica mantém um programa de benefícios para pessoas com esclerose múltipla, doença neurológica que pode levar a invalidez. Já o historiador Roberto só obteve desconto no remédio para asma após entregar um cadastro à empresa GlaxoSmithKline.

Assim como eles, milhares de usuários de medicamentos de uso contínuo no Brasil, com o incentivo de seus médicos, têm cadastrado dados pessoais, respondido a perguntas e recebido visitas de grandes empresas farmacêuticas para ter acesso a desconto, consultas mais baratas e acompanhamento de profissionais de saúde. Só um dos programas reúne 1,5 milhão de participantes, situação que preocupa os órgãos de regulação sanitários e de pesquisas.

No Brasil, qualquer pesquisa com seres humanos, para ser considerada ética, deve ter um consentimento livre e assinado dos pacientes. A propaganda voltada aos pacientes é vetada para a maior parte dos remédios, como aqueles para asma, diabete e esclerose múltipla - doenças crônicas alvo dos programas de benefícios. No entanto, até medicamentos usados para engravidar têm sido ofertados com descontos via cadastros, como o programa Acesso, da Merck Serono.

"O que me preocupa é o indivíduo preencher em tese todo o consenso esclarecido pelo telefone. Para não dizer só que é antiético, é imoral", afirma o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Raposo de Mello, que defende a proibição dos programas (mais informações na pág. A28). Para ele, os programas são ainda preconceituosos, pois garantiriam acesso diferenciado somente a usuários de planos privados de saúde ou clientes particulares dos médicos, e não a usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

A regulamentação dos programas de benefício, no entanto, saiu da Anvisa e será discutida na Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), da qual participam os Ministérios da Saúde, Justiça, Fazenda, Desenvolvimento e Casa Civil. Não há prazo para a decisão. Dirigentes de associações médicas e os conselhos Federal de Medicina e de Farmácia, que regulam as categorias, defendem que seus profissionais sejam proibidos de participarem desses programas.

Quando procuradas por um laboratório para participar de um programa de educação médica, que tinha entre suas cláusulas a distribuição dos cartões, as sociedades de Diabete e de Endocrinologia e Metabologia consultaram seus associados. O resultado surpreendeu: 76,5% consideraram distribuição de cartões de desconto (semelhantes ao da foto ao lado) um procedimento para controlar o receituário médico e 61% disseram não achar o consultório um local apropriado para esse tipo de ação. Outros 49% afirmaram que a entrega dos cartões violaria o sigilo médico, pois há identificação do paciente para o laboratório. Com os resultados, a sociedade desistiu da parceria.

"Essas ações se intensificaram muito e para mim são uma forma de oficializar a cópia de receitas no balcão", afirma Domingos Augusto Malerbi, coordenador da comissão de ética da Sociedade Brasileira de Diabete. "Quando se cadastra, o paciente fornece seus dados pessoais e a informação de que ele usa o medicamento, o que abre espaço para que seja montado um banco de dados para ações de marketing", ressalta. "Essa possibilidade de o médico ser intermediário cria uma relação comercial que não é adequada."

O Conselho Federal de Medicina (CFM) determina o sigilo dos dados do paciente e veta a vinculação da prescrição a vantagens materiais para o médico, mas não há prova de que quem convida pacientes a programas receba por isso. Proíbe ainda que o médico ofereça serviços via consórcios ou similares, para evitar concorrência desleal - o que em tese, limitaria a participação em programas que dão descontos nas consultas. "Se o médico oferece a possibilidade de o paciente se inscrever em um programa que tem descontos, ele está renunciando à independência. É o estabelecimento de uma situação cativa. Isso sempre acontece com medicamentos novos e para doentes com enfermidades crônico degenerativas", diz o médico José Ruben Bonfim, coordenador executivo da Sociedade Brasileira de Vigilância de Medicamentos (Sobravime).

Segundo Roberto D?Avila, vice-presidente do CFM, o objetivo é, até agosto, quando deve ser concluída a atualização do código de ética, proibir a participação dos médicos em programas de benefício. "O médico acha que é benefício, mas está sendo usado pela indústria. Os programas são uma iniquidade. A população em geral não terá acesso. O cadastro vale muito. Muitas operadoras de planos gostariam de ter acesso aos dados." No caso dos farmacêuticos, a participação se dá nas farmácias, onde sistemas bancados pelos laboratórios liberam descontos com base em um cadastro prévio. "Vamos proibir os farmacêuticos de darem esses dados. Isso tira a privacidade do paciente", diz o presidente do Conselho Federal de Farmácia, Jaldo de Souza Santos, que promete a aprovação da medida para o próximo mês.


O QUE DIZ A LEGISLAÇÃO

Ética: Pesquisas com seres humanos precisam ser feitas
com consentimento livre e assinado dos pacientes

Publicidade: A propaganda para pacientes é vetada para a maior parte dos remédios

Privacidade: Os dados dos pacientes são sigilosos

Relação: Médicos não podem vincular a prescrição de remédios ao recebimento de vantagens materiais nem participar de
consórcios e similares

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26/10/2008 free counters

DILMA, ABORTO, CHOQUE ELÉTRICO, AVIÃO QUE BALANÇA E CARTILHA QUE MATA


A ministra Dilma Rousseff, que é, no momento ao menos, a futura candidata do PT à Presidência da República, concedeu entrevista à revista Marie Claire. Como informa o Globo Online, ela defende a descriminação do aborto, diz-se distante da Igreja Católica e, parece, só reza quando há turbulência no avião. Entendo...

Dilma também conta os horrores que teria sofrido na prisão: “Tomei choques em várias partes do corpo, inclusive nos bicos dos seios. Tive até hemorragia. Depois de apanhar, era jogada nua em um banheiro, suja de urina e fezes”.

O texto não informa, mas creio que ela não conta que pertencia a um grupo que seguia uma cartilha que defendia ações terroristas e a eliminação física dos adversários. Também não deve ter falado que inocentes morreram em ações de seu grupo. Inocentes mesmo, gente sem qualquer vinculação com a luta política.

Antes que infiram que penso o contrário, é claro que nada disso justifica aquele horror que ela diz ter sofrido. A questão é outra: se é para reavivar e reviver os episódios da ditadura, que a coisa não sirva apenas a um propósito eleitoral, não é? À exposição do martírio com fins eleitoreiros. Que Dilma, então, repudie a violência dos seus algozes, mas também a paixão homicida do grupo a que servia. PAIXÃO HOMICIDA, REITERO, REVELADA NUMA CARTILHA. E eu nunca a vi fazer isso. Ao contrário: ela já disse ter orgulho do passado. Como é que alguém pode sentir orgulho daquilo? Ela nem mesmo pode dizer que era o idealismo de quem queria a democracia. Ela não queria. Queria ditadura.

Quanto ao aborto e à reza utilitária, só quando balança o avião, dizer o quê? A segunda parte, certamente o Altíssimo compreende e perdoa... Já deve ter lidado com oportunismos mais vulgares. Leia texto do Globo Online:
*
No Globo Online:
A chefe da Casa Civil, ministra Dilma Rousseff, defendeu a legalização do aborto e deu pistas de como poderá agir se suceder o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a partir de 2011.
- Tenho um imenso orgulho de fazer parte de um governo que mostrou que é possível crescer e distribuir renda ao mesmo tempo - afirmou a ministra em entrevista à revista feminina "Marie Claire", que será publicada neste fim de semana.
Desde que foi apontada por Lula como a sua preferida para disputar a eleição presidencial de 2010 pelo PT, a ministra tem se esforçado para se aproximar do eleitorado . Pesquisas de opinião, no entanto, mostram Dilma ainda muito atrás do principal pré-candidato da oposição, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB).
Sob crescentes ataques da oposição, Dilma ressaltou que, com o tempo, aprendeu a resistir às turbulências políticas. A ministra revelou que, além de ter o apoio do presidente e de colegas de ministérios, consegue se fortalecer quando tem a sensação de que as acusações são injustas.
- É preciso se lembrar de ter um distanciamento e entender que isso faz parte do jogo político -disse ela, responsável pela gestão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). - Tem um lado disso que é espuma, que vai embora.
A ministra não se esquivou de temas polêmicos.
- Abortar não é fácil para mulher alguma. Duvido que alguém se sinta confortável em fazer um aborto. Agora, isso não pode ser justificativa para que não haja a legalização - argumentou.
- O aborto é uma questão de saúde pública. Há uma quantidade enorme de mulheres brasileiras que morre porque tenta abortar em condições precárias.
Dilma também afirmou que acredita em Deus, outra questão sensível entre os eleitores brasileiros.
- Fui batizada na Igreja Católica, mas não pratico. Mas, olha, balançou o avião, a gente faz uma rezinha - disse, sorrindo.
A ministra relembrou sua atuação no período do regime militar, que durou de 1964 a 1985.
- Foi nesse período que ganhei minha sensibilidade social, a noção de que era impossível o país viver com tanta miséria - comentou.
Ex-militante da luta armada contra a ditadura, Dilma contou detalhes dos duros momentos que passou quando foi presa pelos militares, na década de 1970.
- Tomei choques em várias partes do corpo, inclusive nos bicos dos seios. Tive até hemorragia. Depois de apanhar, era jogada nua em um banheiro, suja de urina e fezes - contou.
Para a chefe da Casa Civil, a esquerda cometeu erros de avaliação sobre a situação política e econômica da época.
- Achamos que a ditadura estava em crise, mas, na verdade, o milagre econômico estava apenas começando. A gente não percebeu o quanto eles ainda iam endurecer - reconheceu.

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26/10/2008 free counters

Pacote habitacional do governo favorece Estados aliados a Lula


Por Sheila D'Amorim, na Folha:
Antes mesmo de sair do papel, o novo pacote habitacional do governo já desponta como importante arma política na corrida eleitoral do ano que vem, quando serão escolhidos os sucessores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dos governadores atuais, além dos novos deputados e senadores.
Do total de 1 milhão de casas prometidas, 63% deverão ser construídas em Estados governados por aliados de Lula, segundo distribuição inicial apresentada pelo governo. Como a quantidade de casas por Estados e cidades está sujeita a alterações em razão dos benefícios que governadores e prefeitos oferecerem, a distribuição poderá favorecer ainda mais a base de apoio política do governo.
A maior contrapartida financeira dos Estados é listada como um dos principais critérios a serem levados em conta pela Caixa Econômica Federal para priorizar os projetos que serão apresentados pelas construtoras, segundo cartilha entregue a interessados no programa.
É a partir daí que será definida a distribuição dos R$ 16 bilhões em recursos dos cofres da União, usados para construir e entregar praticamente a custo zero 400 mil casas para famílias que ganham até R$ 1.395.
Dos 26 Estados e o Distrito Federal, a oposição governa apenas 7. No entanto nesses Estados vivem 42% da população, segundo o último censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Somente São Paulo concentra metade dessa população.
E é justamente por causa de São Paulo que a participação dos governistas na distribuição dos recursos do pacote não passará de 80%. O Estado é estratégico para Lula, que não tem nele uma votação expressiva dada a relevância da região.
Interessado em fazer da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) sua sucessora na Presidência, Lula poderá colher significativos dividendos políticos na área governada pelo tucano José Serra -apontado até agora como maior adversário do governo nas eleições de 2010- se fizer o programa deslanchar.

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26/10/2008 free counters

Uma mera luta pelo poder, sem nenhum conteúdo, fará muito mal ao Brasil.

Eu diria que a Dilma não tem um projeto. Advogo que a gente tem que discutir projetos. Uma mera luta pelo poder, sem nenhum conteúdo, fará muito mal ao Brasil. Trata-se de quê? De voltar à hegemonia do PSDB-PFL ou garantir a presença do PT a qualquer preço, a qualquer circunstância? É isso que o País precisa que se ponha em discussão.


Ciro Gomes: ‘Eu diria que a Dilma não tem projeto’

‘Não posso andar mentindo; sou candidato [à presidência]’

‘ É perfeitamente possível [derrotar José Serra em 2010]’

‘A popularidade política de Lula vai cair consistentemente’

‘O que preside essas alianças [com o PMDB] é a fisiologia]’

Wilson Dias/ABr

Passado o efeito do chá de sumiço que tomara –“Tive paralisia facial que me deixou no estaleiro”—Ciro Gomes está de volta à vitrine.

“Não posso andar mentindo, como certos candidatos notórios que dizem que não são candidatos. Eu sou”, disse, em entrevista ao repórter Hugo Marques.

Mordeu Dilma Rousseff: Ela “não tem projeto”. Mas também soprou a predileta de Lula: “É uma administradora sem par”.

Sobre as pesquisas, relativizou a segunda colocação que lhe atribuem: “Isso tudo é ilusão de ótica. Na hora certa, vamos ver o que interessa”.

Desdenhou do favoritismo do desafeto José Serra. Acha “perfeitamente possível” derrotar o candidato tucano em 2010.

Também acha que Dilma, “se for apontada pelo Lula”, vai tomar o elevador, para o alto:

“O cruzamento da influência dele com a preferência relativa que o PT tem dá a ela um patamar de 25% fácil”.

Vão a seguir algumas das declarações feitas pelo presidenciável do PSB:

- Sumiço: Tive alguns problemas. Tive uma paralisia facial causada por um vírus, que me deixou no estaleiro 40 dias. Na sequência, minha sogra internou- se, minha mulher gravando uma novela, sem poder dar assistência, achei que era meu dever dar apoio a ela. Minha sogra morreu. Foram basicamente dois ou três meses que eu não podia estar na luta.

- Candidatura: Já fui candidato a presidente da República duas vezes, portanto não posso andar mentindo, como certos candidatos notórios que dizem que não são candidatos. Eu sou. Mas já tenho experiência suficiente para saber que ninguém consolida uma candidatura a tal distância do processo.

- Mordendo Dilma: Eu diria que a Dilma não tem um projeto. Advogo que a gente tem que discutir projetos. Uma mera luta pelo poder, sem nenhum conteúdo, fará muito mal ao Brasil. Trata-se de quê? De voltar à hegemonia do PSDB-PFL ou garantir a presença do PT a qualquer preço, a qualquer circunstância? É isso que o País precisa que se ponha em discussão.

- Soprando Dilma: Minha relação com ela é de muita amizade, de muita fraternidade. A Dilma é uma administradora sem par. Talvez a única lacuna na vida pública dela seja a falta de vivência política. Mas isso não é nada que não possa suprir com esforço.

- O segundo lugar nas pesquisas: Isso tudo é ilusão de ótica. Na hora certa, vamos ver o que interessa.

- Dilma sobe? Com certeza, se ela for a candidata apontada pelo Lula. O cruzamento da influência dele com a preferência relativa que o PT tem dá a ela um patamar de 25% fácil.

- Lula e a sucessão: O Lula é um gênio político. O que o Lula está fazendo? Ele conhece o PT mais que ninguém. Ele sabe que se não botasse a mão, ainda que oficiosamente, no ombro de uma pessoa, numa hora dessas as diversas correntes do PT estariam se engalfinhando. Ele bota a mão, aparentemente, na Dilma, e trava o debate. Está prevenindo a desgraceira de uma brigalhada das diversas correntes do PT pela sucessão dele.

- A popularidade de Lula: Vai cair. Nada trágico, mas vai cair consistentemente.

- O favorismo de Serra: É perfeitamente possível [derrotar o governador de São Paulo em 2010]. Sempre achei que a oposição ao governo Lula, ao nosso governo, saía do processo com certo favoritismo. Isso não quer dizer vitória de véspera.

- Minas, Aécio, FHC e Itmar: O governador de Minas tem a obrigação de expor sua posição no debate político nacional. Boa parte do que está sofrendo o Brasil deve-se ao desmantelamento da presença equilibradora de Minas Gerais na política. Tenho para mim, conhecendo bem o gênio político do Fernando Henrique, que isso foi deliberado. Fernando Henrique sabia que para reinar, ou seja, para a reeleição e para a perpetuação desse grupo plutocrata que ele lidera a partir da avenida Paulista, precisava enfraquecer Minas. Ele cuidou disso muito bem, dizimou a política mineira, destruiu a memória do Itamar Franco, espalhou a cizânia.

- 2010 passa pelo PMDB? A questão é quais são os princípios morais e intelectuais que presidem esta ou aquela aliança. Já censurei essa tática, quando o Fernando Henrique fez essa aliança com o PMDB, porque o que preside essas alianças é o ajuntamento, é a fisiologia, é o clientelismo, é a concessão à safadeza, à ladroeira, e isso não leva o país a lugar nenhum, isso é uma ilusão de alianças.

- A fisiologia sob Lula: O Brasil precisa de administração profissional e meritocrática. A administração pública brasileira não vai bem. O desempenho do PAC é sinal disso. É muito curioso, se não fosse trágico: hoje tem muito mais dinheiro que capacidade de fazer.

- O PAC: [O governo] não consegue [gastar o dinheiro do PAC] por gap gerencial, por falta de estrutura de prestação profissional. Há uma legislação estúpida na área de ambiente, estúpida na área de licitação, estúpida na área de controle de contas.

- A volta de Delúbio: No Brasil, o que é compreensível, como temos uma democracia muito verdinha, há um justiçamento por parte da imprensa. Ela não percebe que faz justiçamentos. Há direitos e garantias universais. Presunção de inocência até o julgamento final, o contraditório, o ônus da prova de quem acusa. Não vejo o Delúbio como um marginal, um perigoso gângster como vi desenhado na imprensa. Cassar direitos políticos de uma pessoa cujo julgamento está pendente é estranho.

- O BC e os juros: O [Henrique] Meirelles ajudou o Brasil de forma substantiva no primeiro mandato do presidente Lula. Mas o modelo está errado. O Banco Central cometeu um desatino quando a crise já estava instalada e tinha proporções que sabíamos terríveis. Eles fizeram essa política maluca de aumentar os juros nacionais olhando uma inflação de demanda estúpida, que não existia. Acrescentou um dado nacional desnecessário, estúpido, àquilo que seria grave. O problema é o modelo, não é o Meirelles.

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26/10/2008 free counters