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sábado, 23 de outubro de 2010
Erenice Guerra, o orgulho de Dilma
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Diálogos sugerem que #Dilma ordenou produção de dossiês, diz revista
Reportagem da revista Veja desta semana apresenta diálogos em que o atual secretário nacional de Justiça, Pedro Abramovay, reclama de pedidos da candidata e do ministro Gilberto Carvalho
Conversas gravadas dentro do gabinete da Secretaria Nacional de Justiça, no início do ano, sugerem que partiram do Planalto determinações para que a Secretaria Nacional de Justiça produzisse dossiês "contra quem atravessava o caminho do governo".
Os diálogos foram revelados neste sábado, 23, pela revista Veja - "gravados legalmente e periciados para afastar a hipótese de manipulação", segundo a revista. Foram obtidos num encontro de cerca de 50 minutos entre o secretário nacional de Justiça, Pedro Abramovay, e seu antecessor no cargo, Romeu Tuma Jr. "Não aguento mais receber pedidos de Dilma e do Gilberto Carvalho para fazer dossiês. (...) Eu quase fui preso como um dos aloprados", desabafou Abramovay. O assunto foi parte de uma conversa dos dois sobre a saída do então ministro da Justiça, Tarso Genro, que deixava Brasília para se candidatar ao governo do Rio Grande do Sul.
Procurado pela revista, Tuma Jr. - que atualmente é delegado civil em São Paulo - confirmou a conversa e acrescentou que não tinha sido a única vez em que Abramovay fazia tal queixa. "O Pedro reclamou várias vezes que estava preocupado com as missões que recebia do Planalto", afirmou o delegado. "Ele realmente me disse que recebia pedidos da Dilma e do Gilberto para levantar coisas contra quem atravessava o caminho do governo".
O próprio autor da frase, no entanto, negou à revista que tivesse dito o que estava gravado. "Nunca recdebi pedido algum para fazer dossiês, nunca participei de nenhum suposto grupo de inteligência da candidata Dilma Rousseff e nunca tive de me esconder - ao contrário, desde 2003 sempre exerci funções públicas."
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#Lula evita responder sobre agressão contra Serra
Presidente participou de cerimônia em Brasília para comemorar o Dia do Aviador
BRASÍLIA - Ao contrário de ocasiões anteriores, quando deu declarações à imprensa para criticar a campanha do candidato à Presidência José Serra (PSDB), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não quis falar nesta sexta-feira, 22, com os jornalistas depois de participar de cerimônia comemorativa do Dia do Aviador, na Base Aérea de Brasília. Perguntado se teria se precipitado ao afirmar que Serra teria sido atingido na quarta-feira, 20, por uma bolinha de papel, Lula sorriu, acenou e foi embora.
Veja também:
Ouça o relato da repórter do 'Estado' sobre a confusão no Rio
Novas imagens divulgas na quinta-feira, 21, à noite mostram que Serra foi atingido por outro objeto, mais pesado, além da bolinha de papel, que o presidente se referiu. Durante a cerimônia desta sexta-feira, foi lida mensagem presidencial em comemoração ao dia do Aviador. Nela, Lula enalteceu o trabalho das Forças Armadas e disse que, ao assumir a Presidência, constatou a importância do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.
Ele agradeceu também a presteza dos militares durante o seu mandato e fez um balanço das medidas que adotou para beneficiar as Forças Armadas. Entre elas, o aumento "significativo" da infraestrutura, recomposição dos quadros, criação da estratégia nacional de defesa e reordenamento do Ministério da Defesa. No final da cerimônia, Lula posou para fotografias e permaneceu ao lado do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski.
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Em nota, Heloísa Helena comunica afastamento da presidência do PSOL
Ela alegou 'falta de identidade' com as posições do partido.
Ex-senadora afirma que saída confirma 'o que de fato já é realidade há meses'.
A ex-senadora Heloísa Helena divulgou nota oficial comunicando seu afastamento da presidência do PSOL. Ela alegou divergências com a direção nacional e "falta de identidade" com as posições assumidas pelo partido. Heloísa Helena citou como exemplo a decisão do PSOL de recomendar "voto crítico" em Dilma Rousseff (PT) ou "voto nulo" no segundo turno das eleições 2010.
"Em respeito à nossa Militância e aos muitos Dirigentes que tanto admiro e por total falta de identidade com as posições assumidas nos últimos meses pela maioria das Instâncias Nacionais (culminando com o apoio a Candidatura de Dilma!) tenho clareza que melhor será para a organização e estruturação do Partido o meu afastamento", diz Heloísa Helena em trecho da nota.
Heloísa Helena exerce atualmente o mandato de vereadora em Maceió. Nesta eleição, ela disputou uma vaga no Senado e chegou a liderar as pesquisas de intenção de voto, mas foi derrotada e terminou a disputa em terceiro lugar.
Durante a campanha eleitoral, Heloísa Helena fez declarações favoráveis à candidatura da senadora Marina Silva (PV) à Presidência da República, fato que desagradou a direção do PSOL e o candidato do partido à Presidência, Plínio de Arruda Sampaio. Nas prévias partidárias, Heloísa não apoiou a candidatura de Plínio.
"Comunico à Direção Nacional e Militância do PSOL a minha decisão de formalizar o que de fato já é uma realidade há meses, diante das alterações estatutárias promovidas pela maioria do DN me afastando das atribuições da Presidência", afirmou Heloísa Helena em trecho da nota.
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A inteligência do PT
Um dos mais valorizados dons humanos, especialmente importante quando se trata do exercício do poder, a inteligência está no centro dessas eleições. Graças ao PT.
Na hipótese de Dilma Rousseff ser a próxima presidente do Brasil, pelo que se tem visto ultimamente, não vai faltar inteligência no governo.
Uma das expressões mais repetidas pelo noticiário, a inteligência do PT tem sido quase onipresente na campanha. Está por trás de boa parte dos episódios mais eloqüentes da disputa.
Há bem pouco tempo, por exemplo, Lula vociferava no palanque perguntando “cadê esse tal de sigilo?”. Como se vê, o próprio presidente subestimou a inteligência do PT. Ela sabia como ninguém onde estava o tal do sigilo, conforme revelado agora pelo jornalista que o comprou.
A violação dos dados fiscais de pessoas próximas do candidato adversário serviria à inteligência do PT. Mas como ela é muito inteligente, já lançou a versão de que era intriga de Aécio Neves contra José Serra. Muito inteligente e muito criativa.
A versão durou pouco, porque a esperteza nem sempre é amiga da inteligência. A tese de que o jornalista caçador de sigilos servia a um jornal obediente a Aécio seria perfeita, se o jornalista não tivesse decidido se demitir, já a caminho do novo emprego – na inteligência do PT.
Não seja por isso. Lula assumiu imediatamente o posto de porta-voz da Polícia Federal, e anunciou o que a instituição deveria concluir sobre o caso.
O diretor da PF, que também é suficientemente inteligente para não contrariar o chefe, declarou que o escândalo nada tinha a ver com a campanha de Dilma. O Brasil então ficou conhecendo uma nova modalidade de inteligência: o grito.
Lula falou, tá falado. Com esse nível de clareza, quem é que vai ficar exigindo inquérito, processo legal e outras formas primitivas de inteligência?
Foi assim também no caso da intervenção de Dilma na Receita Federal para aliviar os Sarney, no caso do dossiê FHC montado a quatro mãos com Erenice, a grande mãe da Casa Civil, e outras obras da inteligência do PT. No que a coisa desanda, vem a ordem de cima para o cala a boca dos órgãos estatais de investigação.
Se o silêncio pode ser uma forma superior de inteligência, como dizem alguns sábios, o PT chegou ao topo da sabedoria.
Não existem más intenções no partido de Lula e Dilma. É tudo uma questão de dialética. A finalidade é permanecer no poder, causa nobre que a tudo sintetiza. No meio do caminho há percalços, como oposição, imprensa livre e outros ruídos.
É deles que a inteligência do PT cuida, para limpar o terreno rumo ao final feliz que esses desafortunados não enxergam.
Seria melhor se José Serra tivesse simulado o atentado com uma bolinha de papel. Lula já tinha até comparado o incidente com o teatro do goleiro Rojas no Maracanã. O fato de Serra ter sido realmente atingido por um objeto contundente só polui o triunfal enredo petista.
A vida real é burra. Não entende a inteligência do PT.
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#dilma : “apoio completo” de Dilma
A ação afirma que Dilma sabia do projeto, porque participou de uma conferência em Frankfurt, onde o assunto foi tratado. Confrontada com o assunto, na semana passada Dilma disse que o tema não foi discutido na reunião. “Isso foi choro do banco, que errou ao conceder o empréstimo”, afirmou Dilma. ÉPOCA obteve um depoimento que desmente essa versão. De acordo com o executivo Ludolf Rischmüller, do KfW, ocorreu uma exposição sobre a garantia aos financiamentos na conferência, com a presença de Dilma. Rischmüller diz ainda que os projetos teriam obtido o “apoio completo” de Dilma. s
Valter Cardeal, homem de confiança de Dilma, nega que tivesse conhecimento das garantias ilegais dadas pela subsidiária da Eletrobras
Os e 157 milhões foram emprestados pelo KfW para financiar a construção de sete usinas geradoras de energia a partir de biomassa no Paraná e no Rio Grande do Sul. Cinco nunca saíram do papel, uma ficou pela metade e a outra está parada desde 2008. A declaração de Rischmüller de que Dilma sabia das operações já fora feita em julho de 2007, durante uma reunião, no Rio de Janeiro, entre Eletrobras, Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE) e KfW.
A afirmativa consta de um documento sobre o encontro (leia acima), incluído pelo banco na ação judicial. De acordo com o texto, assinado por Rischmüller, Dilma teria visto, em janeiro de 2006, a apresentação em Frankfurt sobre o financiamento das usinas. Dela constava a informação de que as garantias de pagamento ao banco seriam dadas por uma subsidiária da Eletrobras, a CGTEE. Essas garantias são ilegais e não poderiam ser concedidas por uma empresa estatal, de acordo com a Lei da Responsabilidade Fiscal.
A reportagem de ÉPOCA repercutiu na campanha eleitoral e foi apresentada na propaganda na televisão do candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, como mais um escândalo petista. Homem de confiança de Dilma no setor elétrico, Cardeal, segundo o KfW, teria conhecimento, desde o início, da emissão de garantias ilegais e fraudulentas pela CGTEE, para que duas empresas privadas brasileiras, Winimport e Hamburgo, obtivessem o empréstimo internacional. Por ter assinado as garantias ilegais, Carlos Marcelo Cecin, diretor técnico da CGTEE, foi preso pela Polícia Federal, demitido e responde a processo na Justiça Federal.
A Justiça espera agora para ouvir outro personagem fundamental para esclarecer a história: o empresário chileno naturalizado alemão Erwin Jaeger, que fala bem português. Ele é acusado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público de ser o mentor do golpe. Jaeger foi um dos membros da delegação do Brasil na conferência de Frankfurt, chefiada por Dilma, então ministra da Casa Civil. Embora participasse de uma comitiva que reunia membros do governo e de estatais brasileiras, Jaeger representava uma multinacional privada: a alemã CCC Machinery, fornecedora de equipamentos para usinas interessada em fazer negócios no Brasil. Três meses antes, Jaeger organizara uma viagem de trabalho de autoridades brasileiras à Alemanha. Ele acompanhou Valter Cardeal, então presidente interino da Eletrobras, e Carlos Cecin, da CGTEE, em visita à CCC Machinery.
Um dos sócios da Winimport, o empresário Luciano Prozillo diz que Jaeger teve papel fundamental no negócio. “Fui com ele algumas vezes à Alemanha. Foi ele quem estruturou a operação com o financiamento pelo banco e a venda dos equipamentos pela CCC Machinery”, afirma. Em entrevista a ÉPOCA, Prozillo disse que, no caso da Winimport, o negócio foi acompanhado passo a passo pelos técnicos e dirigentes da Eletrobras. “Em nossos empréstimos e avais não houve falsificação.” A denúncia de que assinaturas de diretores da CGTEE e atas de reunião foram falsificadas se refere ao empréstimo de e 109,9 milhões do KfW à empresa Hamburgo Energia. Nesse negócio, Jaeger também atuou.
A obra de usina de biomassa inacabada no Paraná (acima) e o documento em que o executivo alemão Ludolf Rischmüller afirma que Dilma sabia desde 2006 das garantias dadas ao projeto pela subsidiária da Eletrobras
Na semana passada, em nota distribuída pela Eletrobras, Cardeal afirmou que só soube dos empréstimos e das garantias para o financiamento das usinas em maio de 2007, quando o KfW cobrou a conta atrasada da CGTEE. Tal versão é contestada por Cecin. Em depoimento à Justiça Federal, ele afirmou que intermediou uma reunião entre Cardeal e Jaeger em 2005, na sede da Eletrobras, no Rio de Janeiro. Segundo Cecin, depois que Jaeger fez a apresentação do projeto, Cardeal se mostrou entusiasmado. “E se virou para mim e disse: ‘Cecin, toca esse projeto’.”
Procurado por ÉPOCA, o advogado de Jaeger, Dárcio Vieira Marques, disse que seu cliente está disposto a colaborar e virá ao Brasil em novembro para prestar esclarecimentos. Ele tem muito a falar. Em seus depoimentos, Cecin e Prozillo disseram que os projetos das usinas de biomassa foram amplamente discutidos na diretoria e no Conselho de Administração da CGTEE. Segundo eles, todos sabiam o que estava acontecendo. Pela quantidade de personagens e pelo dinheiro envolvido, há muito a esclarecer. Jaeger terá a oportunidade de mostrar a qualidade de seu português diante da Justiça brasileira.Sphere: Related Content
#Lula contra Lula
Lula tinha tudo para fechar maravilhosamente seu mandato: a economia cresce, a inflação está baixa, batem-se recordes de empregos, melhora a distribuição de renda, milhões de pessoas saem da pobreza. Sua candidata, tirada do anonimato, é a franca favorita. Nesse momento, o único inimigo verdadeiro de Lula é o próprio Lula - um inimigo terrível.
Raras vezes eu assisti a tamanha falta de compostura de um presidente brasileiro como nesse episódio da agressão a José Serra. Mesmo que tivesse sido apenas uma bola de papel atirada contra o candidato do PSDB, um presidente jamais deveria referendar, mesmo que tacitamente, um gesto desrespeitoso. Depois que se viu, na TV, que era mais do que uma bolinha, Lula continua no ataque, como se não fosse um presidente, mas um chefe de bando.
Com todo seu prestígio, Lula deveria saber o perigo de determinadas atitudes para a criação de padrões no país. Um presidente é, antes de mais nada, um educador diante de uma gigantesca sala de aula. Nessa sala de aula de aula, ele se comportou não como um professor, mas como um daqueles alunos baderneiros.
Gilberto Dimenstein, 53 anos, é membro do Conselho Editorial da Folha e criador da ONG Cidade Escola Aprendiz. Coordena o site de jornalismo comunitário da Folha. Escreve para a Folha.com às segundas-feiras.
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#dilma Assessor era cobrado por dossiê, diz Tuma Jr.
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MARIO CESAR CARVALHO
DE SÃO PAULO
O ex-secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Jr. afirmou à Folha que o advogado Pedro Abramovay, seu ex-colega no ministério e atual secretário nacional de Justiça, reclamou diversas vezes do que considerava ser a pior parte do seu trabalho --fazer dossiês. "Ele vivia dizendo que era um saco ter de fazer esses dossiês."
A revista "Veja" afirmou ontem que Abramovay disse a Tuma Jr. que as ordens para confecção de dossiês partiam da ex-ministra da Casa Civil e atual candidata à Presidência, Dilma Rousseff, e do chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho.
De acordo com a reportagem, Abramovay disse a Tuma Jr.: "Não aguento mais receber pedidos da Dilma e do Gilberto Carvalho para fazer dossiês. (...) Eu quase fui preso como um dos aloprados".
A revista não traz informações se os dossiês supostamente encomendados por Dilma e Carvalho foram efetivamente produzidos nem sobre quais temas tratariam.
Por meio da Secretaria de Imprensa do Palácio do Planalto, Gilberto Carvalho negou ter pedido confecção de dossiês para o advogado.
ABRAMOVAY NEGA
Abramovay não foi localizado ontem. Ele negou à "Veja" ter recebido algum pedido para fazer dossiês.
As assessorias da campanha de Dilma, do Ministério da Justiça e da Polícia Federal não se manifestaram até a conclusão desta edição.
Segundo a "Veja", o diálogo travado entre Tuma Jr. e Abramovay foi gravado, mas a data e as circunstâncias não foram reveladas.
O segundo diálogo divulgado pela reportagem menciona uma reunião ocorrida entre Tuma Jr., o ministro da Justiça, Luiz Barreto, e sua chefe de gabinete, Gláucia Paiva. No encontro, segundo a revista, Barreto reclamou não ter ascendência sobre o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa.
GRAVAÇÃO
Tuma Jr. disse ontem à Folha suspeitar que a conversa com Abramovay tenha sido gravada pela Polícia Federal por meio de escuta ambiental, feita com gravadores instalados no seu gabinete no Ministério da Justiça.
Ele diz não saber se a gravação foi autorizada pela Justiça. Segundo Tuma Jr., esses diálogos não fazem parte da transcrição do inquérito que a PF instaurou para investigá-lo sob suspeita de ter ajudado chineses ilegais a obter vistos no Brasil.
Abramovay foi secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça até abril deste ano. Deixou o cargo para disputar um posto no escritório das Nações Unidas para o Combate ao Crime e Drogas, em Viena. Mas acabou no lugar de Tuma Jr., quando ele foi demitido do cargo em junho.
Colaborou a Sucursal de Brasília
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#PT alerta militância para risco de confrontos no Rio
Um comunicado da diretório do PT no Rio de Janeiro, distribuído na sexta-feira, alerta os militantes para a possibilidade de confrontos no fim de semana, quando estarão na cidade a candidata do partido, Dilma Rousseff, e o adversário tucano, José Serra. Em nota distribuída para orientar os petistas sobre as atividades de campanha na manhã de domingo, o comando regional do partido alerta sobre “rumores” de que “estaria sendo preparada uma armação para tentar imputar a militantes petistas atos de hostilidade ao candidato José Serra ou contra sua comitiva”.
O presidente regional do partido, deputado Luiz Sérgio, recomenda aos militantes e simpatizantes da candidatura de Dilma Rousseff que evitem atividades de campanha durante a caminhada do tucano, programada para as 10 horas na Praia de Copacabana. A nota diz ainda que o PT ocupará a orla a partir das 14 horas, com o desfile do Bloco da Dilma e outras atividades.
A nota destaca que, na manhã de domingo, a principal programação da campanha petista é a carreata de Dilma com o presidente Lula na zona oeste do Rio. A fim de evitar novos confrontos como o que ocorreu no calçadão de Campo Grande, na zona oeste, na tarde de quarta-feira, o PT fluminense pede que sejam evitados conflitos com os adversários. “Nosso papel é manter a cabeça fria. Repetimos nossa recomendação: não devemos provocar nem aceitar provocações. Também não podemos nos empolgar com os resultados divulgados até agora. É preciso manter a mobilização e reforçar a campanha em todas as cidades do Estado. Nossa vitória depende disso”, diz a nota do PT-RJ.
Herança de Marina - Em jogo no estado está a herança de Marina Silva, do PV, que alcançou 31% dos votos no Rio, seu melhor desempenho entre os estados do sudeste. Para o cientista político da PUC-Rio Cesar Romero Jacob, que vem analisando os mapas eleitorais, os dois candidatos fizeram boas escolhas. “Os dois estão fazendo o dever de casa. Na reta final, não se pode dar tiro a esmo”, explica.
Serra fará uma caminhada pela manhã na Praia de Copacabana, na zona sul, onde deve ter contato com eleitores de maior poder aquisitivo e maior escolaridade. O programa preparado pela coordenação de campanha é de um grande passeio na pista, fechada para lazer, ao lado de nomes fortes do partido, como Aécio Neves – um rosto bastante conhecido no Rio – e Geraldo Alckmin. O time de lideranças cariocas que dará apoio ao tucano inclui, além do candidato a vice, Indio da Costa, o verde Fernando Gabeira, que disputou o governo do Rio, e o ex-prefeito Cesar Maia, do DEM, que não conseguiu se eleger senador.
O domingo carioca será também a última oportunidade para o presidenciável tucano tentar aumentar sua participação de 22% dos votos fluminenses – desempenho de Serra no primeiro turno. Para Cesar Maia, a escolha da zona sul como local para a campanha é acertada. “Reforça a região em que Serra foi vitorioso no primeiro turno”, avalia Maia. O ‘cinturão’ de maior aprovação ao tucano ficou justamente nos bairros de São Conrado, Leblon, Ipanema e parte de Copacabana – todos na zona sul. Copacabana está ainda ao lado da maior concentração de eleitores de Marina: os bairros da Urca, Flamengo e Botafogo reuniram grande parte dos votos do PV para presidente.
Apesar de Serra ter sido atingido na cabeça por militantes petistas em sua última visita ao estado, a equipe de segurança da comitiva não será alterada para o domingo. Eles esperam que as iniciativas petistas de conter novas agressões surtam efeito entre os militantes. E, como o próprio PT anunciou, há um trabalho de convencimento para evitar provocações na reta final da campanha, o que só prejudicaria ainda mais a imagem de Dilma. A direção nacional do PT tem conversado com representantes de movimentos pró-Dilma para reforçar o pedido de que sejam evitadas mais confusões.
Campanhas separadas por 45 km - Apesar de as duas campanhas escolherem o Rio, José Serra e Dilma Rousseff estarão a 45 quilômetros um do outro no domingo – pelo menos durante as manifestações, já que ambos devem se hospedar na zona sul. A campanha da petista programou uma carreata na zona oeste, região onde houve o confronto que resultou na agressão ao tucano.
A programação do PT também ocupará a parte da manhã do domingo. Já foram escalados os senadores eleitos pelo Rio, Lindberg Farias, do PT, e Marcelo Crivella, do PRB, o governador reeleito do estado, Sérgio Cabral, do PMDB, e o presidente Lula.
A exemplo de Serra, Dilma também decidiu concentrar sua atenção na região onde conseguiu bom desempenho no primeiro turno. No estado do Rio, a candidata do PT obteve 43% dos votos, com maior concentração nas zonas norte e oeste, que têm maior parte da população nas classes C, D e E. Essa área também tem grande concentração de evangélicos pentecostais, que estiveram ao lado de Marina e que, agora, Dilma se esforça para atrair, depois de oscilar de opinião sobre a legalização do aborto.
Lindberg Farias vê uma razão a mais para a campanha do PT no Rio. “O estado representa uma chance de Dilma ampliar a vantagem sobre Serra, com o prestígio de Sérgio Cabral. No estado, Dilma obteve 3,7 milhões de votos, menos que o governador, que se reelegeu com 5,2 milhões”, analisa o senador eleito.
(Cecília Ritto, com Agência Estado)
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#dilma #lula #pt Intrigas de estado
Diálogos entre autoridades revelam que o Ministério da Justiça, o mais antigo e tradicional da República, recebeu e rechaçou pedidos de produção de dossiês contra adversários
RELAÇÕES PERIGOSAS: As conversas às quais VEJA teve acesso mostram que o braço direito do presidente Lula, Gilberto Carvalho, e a candidata à Presidência Dilma Rousseff tentaram usar o Ministério da Justiça para executar “tarefas absurdas” (Montagem Sambaphoto/Folhapress)
Estamos a menos de uma semana das eleições e, como escreveu o correspondente Stuart Grudgings, da agência noticiosa Reuters, políticos e jornalistas correrão às bancas mais próximas para ver se será esta a edição de VEJA que vai abalar a liderança de Dilma Rousseff nas pesquisas eleitorais. Embora a análise do funcionário da Reuters demonstre um total desconhecimento do que seja jornalismo, atividade em que os fatos fazem as notícias e não o contrário, ele acertou em seu diagnóstico a respeito da ansiedade que as capas de VEJA provocam no meio político. A reportagem que se vai ler a seguir não foge à regra. Ela revela, talvez da maneira mais clara até hoje, o tipo de governo produzido pela mentalidade petista de se apossar do estado, aparelhá-lo e usá-lo em seu benefício partidário. VEJA já havia demonstrado nas reportagens “O polvo no poder” e “A alegria do polvo” como a Casa Civil fora transformada em um balcão de negócios, em que maços de dinheiro vivo apareciam nas gavetas de escritórios a poucos metros da sala do presidente da República. A presente reportagem relata as tentativas ousadas de petistas de alto coturno de conspurcar um dos mais antigos e venerandos ministérios da República, o da Justiça.
Jose Cruz/Abril
“Não aguento mais receber pedidos da Dilma e do Gilberto Carvalho para fazer dossiês. (...) Eu quase fui preso como um dos aloprados.”
Pedro Abramovay, atual secretário nacional de Justiça, em conversa com seu antecessor, Romeu Tuma Júnior
É conhecido o desprezo que o PT nutre pelas instituições republicanas, mas o que se tentou no Ministério da Justiça, criado em 1822 por dom Pedro I, ultrapassa todas as fronteiras da decência. Em quase 200 anos de história, o ministério foi chefiado por homens da estatura de Rui Barbosa, Tancredo Neves e quatro futuros presidentes da República. O PT viu na tradicional instituição apenas mais um aparelho a serviço de seu projeto de poder. Como ensina Franklin Martins, ministro da Supressão da Verdade, “às favas com a ética” quando ela interfere nos interesses po-líticos e partidários dos atuais donos do poder. VEJA teve acesso a conversas entre autoridades da pasta que revelam a dimensão do desprezo petista pelas instituições. Os diálogos mostram essas autoridades incomodadas com a natureza dos pedidos que vinham recebendo do Palácio do Planalto. Pelo que é falado, não se pode deduzir que o Ministério da Justiça, ao qual se subordina a Polícia Federal, cedeu integralmente às descabidas investidas palacianas. “Não aguento mais receber pedidos da Dilma e do Gilberto Carvalho para fazer dos-siês. (...) Eu quase fui preso como um dos aloprados”, disse Pedro Abramovay, secretário nacional de Justiça, em conversa com seu antecessor, Romeu Tuma Júnior. Abramovay é considerado um servidor público exemplar, um “diamante da República”, como a ele se referiu um ex-ministro. Aos 30 anos, chegou ao Ministério da Justiça no início do governo Lula pelas mãos do ex-ministro Márcio Thomaz Bastos. A frase dele pode confirmar essa boa reputação, caso sua “canseira” tenha se limitado a receber pedidos e não a atender a eles. De toda forma, deveria ter denunciado as ordens impertinentes e nada republicanas de “produzir dossiês”.
Mesmo um alto funcionário com excelente imagem não pode ficar ao mesmo tempo com a esmola e o santo. Em algumas passagens da conversa, Abramovay se mostra assustado diante das pressões externas e diz que pensa em deixar o governo. Não deixou. Existem momentos em que é preciso escolher. Antes de chegar ao ministério, ele trabalhou no gabinete da ex-prefeita Marta Suplicy, na liderança do PT no Senado e com o senador Aloizio Mercadante. Vem dessa etapa da carreira a explicação para a parte da frase em que ele diz “quase fui preso como um dos aloprados”. A frase nos leva de volta à campanha eleitoral de 2006, quando petistas foram presos em um hotel ao tentar comprar um dossiê falso contra José Serra. A seu interlocutor, Abramovay sugere ter participado do episódio e se arrependido, a ponto de temer pedidos semelhantes vindos agora do Palácio do Planalto. Ele disse que quase foi preso na época do escândalo e que, por isso, teve de se esconder para evitar problemas. “Deu ‘bolo’ a história do dossiê”, comenta. Em pelo menos três ocasiões, Abramovay afirma que não está disposto a novamente agir de forma oficiosa. E justificou: “...os caras são irresponsáveis”.
Dida Sampaio/AE
“O Pedro reclamou várias vezes que estava preocupado com as missões que recebia do Planalto. Ele realmente me disse que recebia pedidos da Dilma e do Gilberto para levantar coisas contra quem atravessava o caminho do governo.”
Romeu Tuma Junior, ex-secretário nacional de Justiça
Os diálogos aos quais a reportagem teve acesso foram gravados legalmente e periciados para afastar a hipótese de manipulação. As ordens emanam do coração do governo — do chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, e da candidata a presidente, Dilma Rousseff. A conversa mais longa durou cinquenta minutos e aconteceu em janeiro deste ano, no gabinete do então secretário nacional de Justiça e antecessor de Abramovay no cargo, Romeu Tuma Júnior. Os interlocutores discutem a sucessão do ex-ministro Tarso Genro. Ao comentar sobre o próprio futuro, Abramovay revela o desejo de trabalhar na ONU. Em tom de desabafo, o advogado afirmava que já não conseguia conviver com a pressão. Segundo ele, a situação só ia piorar com a nomeação para o cargo de Luiz Paulo Barreto, então secretário executivo, pela falta de força política do novo ministro, funcionário de carreira da pasta, em que também angariou excelente reputação. “Isso (o cargo de ministro) é maior que o Luiz Paulo. (...) Agora eles vão pedir... para mim... pedir para a Polícia (Federal)”, desabafou.
Procurado por VEJA, Abramovay disse: “Nunca recebi pedido algum para fazer dossiês, nunca participei de nenhum suposto grupo de inteligência da campanha da candidata Dilma Rousseff e nunca tive de me esconder — ao contrário, desde 2003 sempre exerci funções públicas”. Romeu Tuma Júnior, seu interlocutor, porém, confirmou integralmente o teor das conversas: “O Pedro reclamou várias vezes que estava preocupado com as missões que recebia do Planalto. Ele me disse que recebia pedidos de Dilma e do Gilberto para levantar coisas contra quem atravessava o caminho do governo”. Acrescentou Tuma: “Há um jogo pesado de interesses escusos. Para atingir determinados alvos, lança-se mão, inclusive, de métodos ilegais de investigação. Ou você faz o que lhe é pedido sem questionar, ou passa a ser perseguido. Foi o que aconteceu comigo”, afirma o ex-secretário, que deixou a pasta em junho, depois que vieram a público denúncias de que teria relacionamento com a máfia chinesa. Tuma Júnior atribui a investigação contra si — formalmente arquivada por falta de provas — a uma tentativa de intimidação por parte de pessoas que tiveram seus interesses contrariados. Ele não quis revelar quais seriam esses interesses: “Mas posso assegurar que está tudo devidamente documentado”.
Sergio Lima/Folhapress
Para o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, o diretor da PF, Luiz Fernando Corrêa (à dir.), se valeu do aparato policial para monitorar autoridades. O ministro suspeitou que ele próprio houvesse sido vítima de grampos ilegais e que até o presidente Lula tivesse sido constrangido por Corrêa
O clima de desconfiança no Ministério da Justiça contaminou até o mais alto escalão. A certa altura das conversas, o chefe da pasta, Luiz Paulo Barreto, manifesta suspeita de que seu subordinado Luiz Fernando Corrêa, diretor-geral da Polícia Federal, o espione. Em inúmeras ocasiões, Barreto revelou a seus assessores não ter ascendência sobre Corrêa. O ministro chega a expressar em voz alta sua desconfiança de que o diretor da PF tem tanto poder que se dá ao luxo de decidir sobre inquéritos envolvendo pessoas da antessala do presidente da República. Um desses casos é relatado por Barreto em conversa no seu próprio gabinete, ocorrida em meados de maio. À sua chefe de gabinete, Gláucia de Paula, Barreto fala sobre o possível indiciamento de Gilberto Carvalho, braço direito do presidente Lula. Em 2008, a PF interceptou telefonemas em que o chefe de gabinete da Presidência conversava com o advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, um dos investigados na Operação Satiagraha, que prendeu o banqueiro Daniel Dantas.
Fotomontagem
Em um dos diálogos, o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto (à esq.), sua chefe de gabinete, Gláucia de Paula, e o então secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Júnior conversam sobre a origem do poder do diretor da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa — que teria conseguido, entre outras coisas, evitar o indiciamento de Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente Lula.
Gláucia de Paula
O Gilberto (Carvalho, chefe de gabinete da Presidência) foi indiciado?
Ministro Luiz Paulo Barreto
O processo foi travado. Deu m... (...) O negócio do grampo. O Luiz Fernando falou pra não se preocupar.
Gláucia de Paula
Tem certeza disso?
Ministro Luiz Paulo Barreto
O ministro Márcio (Thomaz Bastos) que me contou isso. O Gilberto (Carvalho) me contou isso.
Tuma
Esse cara tem alguma coisa, não é possível (...).
O ministro, que diz ter tido conhecimento do indiciamento pelo próprio Gilberto Carvalho, revela que o diretor da PF promoveu uma encenação para iludi-lo, numa manobra para mostrar que seu poder emanava de fora da hierarquia do Ministério da Justiça. A conversa toma um rumo inesperado. Um dos interlocutores fica curioso para saber a fonte real de poder de Luiz Fernando, que lhe dá cobertura até para desafiar seu próprio chefe sem temor de represálias. “Ele deve ter alguma coisa...”, afirma. Procurado, Luiz Paulo Barreto informou que não comentaria nada antes de ter acesso ao áudio da conversa. Gilberto Carvalho negou que já tenha feito algum pedido a Pedro Abramovay, a mesma resposta de Dilma Rousseff. As conversas e sua vinda a público funcionam como o poder de limpeza da luz do sol sobre os porões. Elas são reveladoras da triste realidade vivida por instituições respeitadas quando passam a ser aparelhadas por integrantes de um projeto de poder.
Fotomontagem
O quartel-general da pré-campanha de Dilma Rousseff foi usado para espionar adversários. A mando de Luiz Lanzetta (à esq.), o ex-jornalista Amaury Ribeiro Jr. (abaixo) comprou a quebra do sigilo fiscal do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge (à dir.), e de aliados de José Serra
Outra demonstração disso surgiu na semana passada, quando a Polícia Federal forneceu a mais recente prova de quanto pode ser perniciosa a simbiose entre partido e governo. Na quarta-feira, depois de revelado que o ex-jornalista Amaury Ribeiro Jr., integrante do “grupo de inteligência” da campanha de Dilma, foi o responsável pela violação do sigilo fiscal de Eduardo Jorge e de outros integrantes do PSDB, o militante petista Lula, atualmente ocupando a Presidência da República, anunciou ao país que a PF faria revelações sobre o caso — antegozando o fato de que um delegado, devidamente brifado sobre o que deveria dizer, jogaria suspeitas das patifarias de Amaury Ribeiro sobre os ombros do PSDB. Mais uma vez, a feitiçaria dos petistas resultou em um tiro no próprio pé. Nunca aprendem que, uma vez aberta a caixa de Pandora, os fantasmas escapam e voam sem controle.
Em junho passado, VEJA revelou que o comitê de campanha de Dilma Rousseff arregimentou um grupo de arapongas para espionar o candidato José Serra, seus familiares e amigos. A tropa começou os trabalhos com o que considerava um grande trunfo, um dossiê intitulado “Operação Caribe”, produzido por Amaury e que narrava supostas transações financeiras de pessoas ligadas ao PSDB. As únicas peças do dossiê fajuto que não podiam ser lidas no Google haviam sido obtidas de forma preguiçosa e venal, compradas de bandidos com acesso a funcionários da Receita Federal — e pagas com dinheiro vivo. Os dados fiscais violados serviram de subsídio para o tal relatório que circulou no comitê de campanha. Como “previu” o militante petista que ora ocupa a Presidência da República, horas depois de sua entrevista apareceram as tais “novidades”. Um delegado anunciou que, com a identificação de Amaury, o caso estava encerrado, já que o ex-jornalista, ao violar o sigilo, ainda era funcionário do jornal O Estado de Minas, portanto não haveria nenhuma ligação com a campanha do PT. O delegado Alessandro Moretti foi o escolhido apenas para comunicar à nação as graves revelações obtidas pelo trabalho policial — formalmente ele não participou do inquérito. A lealdade no caso era mais vital do que o profissionalismo policial. Número dois na diretoria de Inteligência da PF, Moretti é produto direto do aparelhamento na Polícia Federal.
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#lula A verdade está na cara, mas não se impõe
O que foi que nos aconteceu? No Brasil, estamos diante de acontecimentos inexplicáveis, ou melhor, “explicáveis” demais. Toda a verdade já foi descoberta, todos os crimes provados, todas as mentiras percebidas. Tudo já aconteceu e nada acontece. Os culpados estão catalogados, fichados, e nada rola. A verdade está na cara, mas a verdade não se impõe. Isto é uma situação inédita na História brasileira. Claro que a mentira sempre foi a base do sistema político, infiltrada no labirinto das oligarquias, claro que não esquecemos a supressão, a proibição da verdade durante a ditadura, mas nunca a verdade foi tão límpida à nossa frente e, no entanto, tão inútil, impotente, desfigurada, broxa. Os fatos reais: com a eleição de Lula, uma quadrilha se enfiou no governo e desviou bilhões de dinheiro público para tomar o Estado e ficar no poder 20 anos. Os culpados são todos conhecidos, tudo está decifrado, os cheques assinados, as contas no estrangeiro, os tapes , as provas irrefutáveis, mas o governo psicopata de Lula nega e ignora tudo. Questionado ou flagrado, o psicopata não se responsabiliza por suas ações. Sempre se acha inocente ou vítima do mundo, do qual tem de se vingar. O outro não existe para ele e não sente nem remorso nem vergonha do que faz. Mente compulsivamente, acreditando na própria mentira, para conseguir poder. Este governo é psicopata. Seus membros riem da verdade, viram-lhe as costas, passam-lhe a mão na bunda. A verdade se encolhe, humilhada, num canto. E o pior é que o Lula, amparado em sua imagem de “povo”, consegue transformar a Razão em vilã, as provas contra ele em acusações “falsas”, sua condição de cúmplice e comandante em “vítima”. E a população ignorante engole tudo. Como é possível isso? Simples: o Judiciário paralítico entoca todos os crimes na fortaleza da lentidão e da impunidade. Só daqui a dois anos serão julgados os indiciados — nos comunica o STF. Os delitos são esquecidos, empacotados, prescrevem. A Lei protege os crimes e regulamenta a própria desmoralização. Jornalistas e formadores de opinião sentem-se inúteis, pois a indignação ficou supérflua. O que dizemos não se escreve, o que escrevemos não se finca, tudo quebra diante do poder da mentira desse governo. Sei que este é um artigo óbvio, repetitivo, inútil, mas tem de ser escrito... Está havendo uma desmoralização do pensamento. Deprimo-me: “Denunciar para quê, se indignar com quê? Fazer o quê?”. A existência dessa estirpe de mentirosos está dissolvendo a nossa língua. Este neocinismo está a desmoralizar as palavras, os raciocínios. A língua portuguesa, os textos nos jornais, nos blogs, na TV, rádio, tudo fica ridículo diante da ditadura do lulo-petismo . A cada cassado perdoado, a cada negação do óbvio, a cada testemunha, muda, aumenta a sensação de que as idéias não correspondem mais aos fatos! Pior: que os fatos não são nada — só valem as versões, as manipulações. No último ano, tivemos um único momento de verdade, louca, operística, grotesca mas maravilhosa, quando o Roberto Jefferson abriu a cortina do país e deixou-nos ver os intestinos de nossa política. Depois surgiram dois grandes documentos históricos: o relatório da CPI dos Correios e o parecer do procurador-geral da República. São verdades cristalinas, com sol a pino. E, no entanto, chegam a ter um sabor quase de “gafe”. Lulo-petistas clamam: “Como é que a Procuradoria Geral, nomeada pelo Lula, tem o desplante de ser tão clara! Como que o Osmar Serraglio pode ser tão explícito, e como o Delcídio Amaral não mentiu em nome do PT? Como ousaram ser honestos?”. Sempre que a verdade eclode, reagem. Quando um juiz condena rápido, é chamado de “exibicionista”. Quando apareceu aquela grana toda no Maranhão (lembram, filhinhos?), a família Sarney reagiu ofendida com a falta de “finesse” do governo de FH, que não teve a delicadeza de avisar que a polícia estava chegando... Mas agora é diferente. As palavras estão sendo esvaziadas de sentido. Assim como o stalinismo apagava fotos, reescrevia textos para coonestar seus crimes, o governo do Lula está criando uma língua nova, uma novi-língua empobrecedora da ciência política, uma língua esquemática, dualista, maniqueísta, nos preparando para o futuro político simplista que está se consolidando no horizonte. Toda a complexidade rica do país será transformada em uma massa de palavras de ordem, de preconceitos ideológicos movidos a dualismos e oposições, como tendem a fazer o populismo e o simplismo. Lula será eleito por uma oposição mecânica entre ricos e pobres, dividindo o país em “a favor” do povo e “contra”, recauchutando significados que não dão mais conta da circularidade do mundo atual. Teremos o “sim” e o “não”, teremos a depressão da razão de um lado e a psicopatia política de outro, teremos a volta da oposição mundo x Brasil, nacional x internacional. A esquematização dos conceitos, o empobrecimento da linguagem visa à formação de um novo ethos político no país, que favoreça o voluntarismo e legitime o governo de um Lula 2 e um Garotinho depois. Assim como vivemos (por sorte...) há três anos sem governo algum, apenas vogando ao vento da bonança financeira mundial, só espero que a consolidação da economia brasileira resista ao cerco político-ideológico de dogmas boçais e impeça a desconstrução antidemocrática. As coisas são mais democráticas que os homens. Alguns otimistas dizem: “Não... este maremoto de mentiras nos dará uma fome de verdades!”. Não creio. Vamos ficar viciados na mentira corrente, vamos falar por antônimos. Ficaremos mais cínicos, mais egoístas, mais burros. O Lula reeleito será a prova de que os delitos compensaram. A mentira será verdade, e a novi-língua estará consagrada. |
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#dilma #lula #politica 1981 - Atentado no Riocentro
30/04/2008 - 06:00 | Enviado por: Ana Paula Amorim
Duas bombas explodiram no Riocentro quando era realizado um show em homenagem ao 1º de Maio, com a participação de vários cantores de música popular brasileira.
A primeira bomba explodiu no interior do automóvel Puma cinza metálico RJ - 0297 que manobrava na pista do estacionamento enquanto, a 120 metros de distância, a cantora Elba Ramalho abria o show promovido pelo Centro Brasil Democrático. Uma segunda bomba explodiu 10 minutos depois, na casa de força do Riocentro. Uma terceira bomba que não explodiu foi recolhida pela polícia no automóvel destruído.
Os passageiros do Puma eram o Sargento Guilherme Pereira do Rosário, que morreu na hora, e o capitão Wilson Luis Chaves Machado, que ficou gravemente ferido. O carro estava cheio de explosivos e ficou parcialmente destruído. Os policiais encontram e recolheram partes dos corpos dos seus ocupantes em pontos distantes mais de 50 metros do carro.
A área teve sua faixa de isolamento ampliada e o policiamento foi duplicado, tendo sido proibido fotografar a qualquer distância do local. A intenção dos policiais era evitor que os fotógrafos e as câmeras de televisão documentassem o ocorrido. O Exército assumiu a responsabilidade de investigar o atentado.
Em 1974, Ernesto Geisel havia sinalizado, através de discursos e declarações, que iniciaria a abertura política de forma lenta, gradual e segura. Os civis e militares contrários à redemocratização iniciaram então um processo violento contra os grupos que faziam oposição ao regime militar. Foram vários os casos de tortura, assassinatos, bombas, e execuções por esquadrões da morte.
A bomba explodiu no governo
A bomba arrebentou com a credibilidade do governo. O Exército assumiu as investigações e, contra os laudos periciais que indicaram que uma das bombas explodira no colo do sargento, concluiu que os dois militares, em vez de autores do atentado, teriam sido vítimas de um ato terrorista.
Foi realizada uma nova investigação, que não respondeu à principal pergunta: quem mandou explodir a bomba no Riocentro e até que ponto o conhecimento desse atentado subiu a escala hierárquica das Forças Armadas.
Até hoje o atentado não foi totalmente esclarecido.
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MANIFESTO: DE REPÚDIO ÀS MENTIRAS DE LULA, DE RESPEITO A FHC e DE APOIO A JOSÉ SERRA!
Só que, ao contrário do que apregoa o PT, nada disso se deve a Lula.
Em 2002, essa rede beneficiava 37,6 milhões de brasileiros, com investimento de R$ 30,0 bilhões.
Os petistas dizem que FHC quebrou o monopólio do petróleo. É mentira.
Torço para que Dilma e Dirceu não transformem o Brasil numa imensa Argentina.
Por isso, voto em José Serra e também peço seu voto para que salvemos o Brasil.
Texto recolhido da página de uma amiga.
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