Madrid, 19 mar (EFE).- La actriz, modelo y cantante de origen ucraniano Milla Jovovich hará una pausa de dos años en su carrera profesional para cuidar de su hija Ever, de dos años y medio, una vez que ésta comience la escuela.
"Quiero tomarme un par de años de respiro y dedicarme simplemente a ser una mamá. Cuando mi hija comience el colegio, quiero estar ahí para ella", ha explicado Jovovich en una entrevista con Efe durante su paso por Madrid para presentar un bolso solidario.
sábado, 20 de março de 2010
Milla Jovovich lanza un bolso para recaudar fondos contra el cáncer
O PT e o tempo
coluna de hoje (20.mar.2010) na Folha:
BRASÍLIA - Ninguém duvida que o tempo opere milagres e cicatrize feridas. O PT sabe disso. Sigla lulo-dependente em grau máximo e capacidade de formulação mínima, decidiu seguir o conselho do presidente. Lançará novamente ao governo de São Paulo o nome do senador Aloizio Mercadante.
A ideia de Lula parece lógica: "Lancem sempre o mesmo nome para o governo de São Paulo que um dia o PT ganha". Nunca até hoje um petista disputou duas vezes o Palácio dos Bandeirantes. Mercadante será o primeiro. Com esperança de o tempo se incumbir de envernizar e lustrar sua biografia.
Economista, o senador petista tem como obra mais genial o conselho dado a Lula e ao PT em 1994. Recomendou ao partido atacar o Plano Real. Para ele, seria um fracasso certo. Errou feio. Lula foi derrotado por FHC no primeiro turno. Eleito senador em 2002, Mercadante teve 10,5 milhões de votos.
Quatro anos depois, em 2006, conseguiu a proeza de disputar o Palácio dos Bandeirantes e encolher sua marca para 6,8 milhões de votos -em meio ao escândalo da mala de dinheiro usada por um de seus assessores na tentativa de comprar um dossiê antitucano.
Líder do PT no Senado, Mercadante brilhou pouco. Sem poder, chegou a anunciar no microblog Twitter sua renúncia ao cargo em caráter irrevogável. Não concordava com alguns petistas a favor de salvar José Sarney de uma merecida investigação. A nobreza durou pouco. Enquadrado por Lula, humilhado, revogou o irrevogável.
Como senador, sua ação mais positiva foi um apoio tardio à lei que liberou o uso da internet nas eleições. Nesta semana, tirou proveito disso. Punido por aparecer na TV fazendo propaganda fora de hora, colocou seu comercial na web.
Esse será o candidato do PT ao governo paulista. Pois o tempo opera milagres -e Lula deu a ordem para o nome ser repetido à exaustão.
Movimento de docentes não significa nada, diz Serra
Sob protestos de professores e de funcionários da área da Saúde, o governador de São Paulo, José Serra, voltou a minimizar hoje a greve dos docentes da rede estadual de ensino, durante visita a Ribeirão Preto (SP). "Não tem greve, isso é um movimento que não significa nada", disse Serra após cerimônia que marcou a inclusão do setor de reabilitação do Hospital das Clínicas (HC) da Universidade de São Paulo (USP) na rede Lucy Montoro.
Antes da cerimônia, a Polícia Militar agiu contra o diretor regional do Sindicato dos Trabalhadores na Saúde do Estado de São Paulo, Ricardo Oliveira, e tomou um megafone que ele carregava. Revoltado, Oliveira prometeu processar a Polícia Militar e perguntou ao tenente coronel da PM Salvador Loureiro onde o equipamento estava. "Boa pergunta? Cadê o megafone?", repetiu Loureiro.
Já um grupo de professores foi impedido de entrar no local do evento, um deles disse que foi agredido pela Polícia Militar, e o protesto seguiu do lado de fora. Os gritos dos professores, isolados na parte externa, e de funcionários da Saúde, que conseguiram entrar, puderam ser ouvidos durante o discurso de Serra. Um professor solitário conseguiu entrar no evento e entregar uma carta a um segurança do governador, que não deu atenção.
Ao citar os valores dos investimentos na ala de reabilitação e ainda em uma unidade de radioterapia do HC da USP, Serra foi interrompido várias vezes pelos manifestantes do setor de Saúde, os quais foram vaiados pela maioria dos presentes. "Para de inaugurar maquete, Serra" e "Para Saúde não tem nada?", disse um deles. De fato, a ala do HC já funciona desde 2007 e a cerimônia marcou apenas a inclusão na rede Lucy Montoro. Um novo prédio deve ficar pronto em 2011.
Possível candidato do PSDB à eleição presidencial de 2010, Serra evitou ainda falar em política. Disse que estava em uma ação de governo e que não iria misturá-la com a candidatura a presidente da República. Indagado quando ele iria falar como candidato, Serra resumiu: "acho que você vai cansar de ouvir", concluiu o governador.
Horários divergentes ficaram de fora de relatório do caso Isabella
O Portal de Notícias da Globo
03/05/08 - 20h33 - Atualizado em 03/05/08 - 21h05
Vizinho ouviu discussão às 23h, quando casal ainda não estava no prédio.
Barulho de festa pode ser usado pela defesa para contestar inquérito policial.
Do G1, com informações do Jornal Nacional
Barulho de festa, horários desencontrados e depoimentos que ficaram de fora do relatório final da polícia. Ainda há muitos pontos a serem esclarecidos sobre a noite da morte da menina Isabella. Entre contradições e divergências que aparecem no inquérito estão os horários.
Caso Isabella: cobertura completa
Segundo o relatório final, o motor do carro de Alexandre Nardoni foi desligado às 23h36m11s e, logo em seguida, ele teria subido para levar Isabella. Para mostrar que a família não subiu ao mesmo tempo, Anna Carolina diz que esperava o marido voltar quando entrou na garagem uma caminhonete preta com som alto.
Mas, de acordo com o dono da caminhonete, ele chegou às 23h30 ouvindo música em volume médio. Não viu ninguém. Deixou o veículo na garagem e levou outro carro para estacionar na rua. Chegou ao apartamento dele por volta das 23h40, horário em que Alexandre diz que estava voltando para a garagem.
Só no segundo depoimento Alexandre citou o automóvel. Disse que o carro havia acabado de entrar na garagem e que a família ficou ali algum tempo aguardando o som cessar.
Em outros depoimentos que narram a suposta briga do casal naquela noite, o vizinho do prédio ao lado diz que ele e a mulher ouviram uma forte discussão vinda do Edifício London por volta das 23h e que durou cerca de 15 minutos. Nesse horário, Alexandre e Anna Carolina ainda não tinham chegado ao prédio.
A mesma testemunha diz que olhou para o relógio às 23h23. Justamente neste momento, ele a mulher ouviram claramente uma mulher dizendo “jogaram Isabella do sexto andar”. Segundo ele, era a voz da mulher que ouviu na discussão. Ou o relógio estava errado ou a discussão que ouviram não era do casal, que só chegou ao prédio às 23h36.
A mulher dessa testemunha lembrou que ela e o marido chegaram a achar que a discussão vinha de uma festa que estava acontecendo no térreo do prédio onde moram. Mas, ao descer, constatou que a festa tinha acabado antes da discussão.
Outra vizinha também contou à polícia que havia uma segunda festa, numa casa na rua de trás do Edifício London. O barulho das festas pode ser usado pela defesa para contestar depoimentos que narram a briga do casal.
O inquérito revela que na noite do crime duas pessoas ouviram uma criança gritar. Uma das testemunhas mora no prédio. A segunda ouviu a criança da casa dela, do outro lado da rua. Logo em seguida, Isabella foi jogada.
Segundo uma dessas testemunhas, apenas depois de cinco a oito minutos após a discussão uma mulher começou a gritar. Essa pessoa também ouviu alguém gritando: “Não toca nela, não toca nela”. Nesse momento, Alexandre já estava perto da filha e teria sido impedido por um dos moradores de tocar em Isabella.
O porteiro conta que Alexandre queria levar a criança ao pronto-socorro, mas que o vizinho que chamou o resgate gritou para que ele não mexesse em Isabella. O morador confirmou a orientação em depoimento.
A delegada Renata Pontes não incluiu essas questões no relatório final do inquérito. Procurada pelo Jornal Nacional, ela não quis fazer comentários. Por meio da assessoria de imprensa, disse que não teve tempo para abrir um capítulo no relatório sobre as contradições que, segundo ela, eram muitas.
Os advogados de defesa disseram que só vão falar sobre o caso depois que tiverem acesso ao inquérito e ao relatório final que foram encaminhados à Justiça. O promotor Francisco Cembranelli informou que vai decidir se denuncia o casal à Justiça até terça-feira (6).
NARDONI :Vizinho fala sobre desespero do pai de menina que caiu do 6º andar
31/03/08 - 13h56 - Atualizado em 31/03/08 - 16h29
'Ele olhava a criança, escutava o coração', descreve a testemunha.
Corpo da menina foi enterrado nesta manhã no Cemitério Parque dos Pinheiros.
Do G1, com informações do Jornal Hoje
Um morador do prédio na Zona Norte de São Paulo onde uma menina de 5 anos caiu na noite de sábado (29) disse que presenciou o desespero do pai dela logo após a queda. “Ele olhava a criança, escutava o coração. (...) Ele ia da criança, no jardim, até o parapeito do prédio para a rua desesperado”, contou o vizinho.
O acidente foi no fim da noite de sábado. O pai da menina contou aos policiais que a morte da menina ocorreu depois que eles voltaram da casa da sogra. Ele disse que primeiro levou a filha para um quarto, onde ela ficou dormindo. Depois, voltou à garagem do prédio para ajudar a mulher a subir com os outros dois filhos.
Ainda em depoimento, o pai disse que quando subiu de volta ao apartamento achou que havia algo estranho. A luz do quarto -que ele garantiu ter apagado- estava acesa. Alexandre também disse que não viu a filha sobre a cama, e achou que ela havia caído no chão do quarto. Depois percebeu a tela cortada. Olhou do alto e viu a filha caída no jardim do prédio.
A polícia diz que a tela de proteção foi cortada. "Ela não sofreu uma queda acidental. Alguém rompeu a tela protetora da janela e jogou essa criança", afirmou Calil Filho.
Na tarde de domingo (30), o delegado disse que a polícia ainda não tinha como apontar quem jogou a criança do sexto andar do prédio. "Não há indício forte contra ninguém. Não há indício algum de participação deste ou daquele."
O corpo da menina foi enterrado por volta das 9h40 desta segunda-feira (31). Cerca de 200 pessoas acompanharam o enterro, que aconteceu no Cemitério Parque dos Pinheiros, na mesma região.
Durante o enterro, o pai e a mãe da garota ficaram um do lado do outro. Ele e a madrasta da menina prestaram depoimento à polícia até o início da madrugada desta segunda-feira (31). O casal, segundo a polícia, não é considerado suspeito, mas apenas averiguado. Os dois fizeram exames toxicológicos.
De acordo com o delegado Calixto Calil Filho, titular do 9º Distrito Policial, no Carandiru, os resultados dos laudos vão ser peças fundamentais para que se chegue ao responsável pela queda e conseqüente morte. A polícia pretende também fazer a reconstituição do crime. O delegado descartou a hipótese de acidente e acredita que a menina tenha sido assassinada. Havia sangue no quarto onde ela estava e um buraco na tela de proteção da janela.
O corpo da menina foi levado domingo (30) ao Instituto Médico Legal (IML). De acordo com os médicos, a criança apresentava ferimentos, que podem ter ocorrido antes da queda. "Alguém possivelmente deve ter ferido essa criança, lesionado e depois arremessado. É uma das hipóteses", afirma Calil.
No prédio onde o pai da menina mora com a madrasta, o porteiro informou que a família se mudou há uma semana e que, após o caso, a segurança no local foi reforçada.
Bruno Gagliasso e Gabriela Duarte viverão casal cômico em 'Passione'
Bruno Gagliasso e Gabriela Duarte serão um casal divertido em “Passione”. Gabriela vai ser Jéssica, uma “nova rica” mimada pelo pai, Olavo ( Francisco Cuoco) , o Rei do Lixo. E Bruno, o italiano Berilo, um cara bonitão que conseguiu melhorar de vida após o casamento. Sabe como ele a chamará carinhosamente? De minha “Fragolina”, que siginifica em italiano “ Moranguinho”. E sabe como ela retribuirá? Chamando-o de”Fragoloni” , ou seja, “Morangão”!
Ponte em construção desaba em Macapá (AP) e três pessoas morreram
Plantão | Publicada em 20/03/2010 às 19h07m
O GloboBRASÍLIA - Parte de uma ponte que está sendo construída sobre o rio Vila Nova, em Macapá (AP), desabou no início da tarde deste sábado e foram confirmadas até agora as mortes e três pessoas. Dez outras estão feridas. Há uma pessoa desaparecida, Miguel Ferreira, motorista de um caminhão que estava numa balsa que passava em baixo da ponte no momento do acidente. O governador Waldez Góes (PDT) anunciou que a Polícia Civil abrirá inquérito para apurar as causas do acidente. A ponte, que ligará Macapá e Santana a cidade de Mazagão, começou a ser construída em meio de 2009 e e terá 420 metros de comprimento. A obra é da empreiteira CR Almeida.
show :Veja imagens da prisão e da chegada do casal Nardoni a delegacia
A movimentação foi intensa em frente ao prédio onde estavam hospedados Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta da menina Isabella, na noite desta quarta-feira, depois que a prisão do casal foi decretada. Jornalistas e curiosos aguardavam a saída dos dois.
Por volta das 20h30, o pai de Alexandre, Antonio Nardoni, chegou ao edifício. Duas horas depois, o casal saiu pela garagem em carros separados. Eles foram encaminhados para o 9º Distrito Policial da capital para assinar o cumprimento do mandado de prisão. Veja as imagens da chegada à delegacia.
O caminho até a delegacia foi tumultuado. Enquanto isso, na porta do DP, populares protestavam pedindo justiça. Anna Carolina Jatobá e Alexandre Nardoni chegaram por volta das 23h. O casal é acusado de asfixiar e arremessar Isabella pela janela do apartamento onde moram, na zona norte de São Paulo. Os dois devem ser encaminhados para o Instituto Médico Legal, onde passarão por um exame de corpo de delito antes de serem encarcerados.
20/03/2010
09h09 Julgamento do casal Nardoni será acompanhado por plateia de 77 pessoas
09h00 Júri do casal Nardoni começa segunda; via em frente a fórum terá faixa interditada
19/03/2010
12h53 Testemunha do casal Nardoni não é localizada e julgamento pode ser adiado
16/03/2010
19h11 Justiça de SP nega pedido para suspender júri do casal Nardoni
11/03/2010
12h45 Previsto para o dia 22, júri do caso Isabella deve ouvir 24 testemunhas
04/03/2010
19h48 STF nega recurso apresentado por defesa do casal Nardoni; júri ocorre dia 22
22/02/2010
19h50 Defesa do casal Nardoni recorre ao STF contra acusação de esconderem provas
10/02/2010
10h10 Defesa do casal Nardoni recorre ao STF contra acusação de fraude processual
15/12/2009
19h51 Justiça de SP marca para março de 2010 julgamento de casal Nardoni
14/12/2009
20h42 Defesa do casal Nardoni contesta DNA e pede novo exame à Justiça
09/12/2009
16h16 Exame comprova que sangue usado em investigações é do casal Nardoni
01/12/2009
16h53 STJ rejeita pedido para excluir acusação de fraude processual contra casal Nardoni
06/11/2009
11h37 Peritos fazem hoje coleta de material genético do casal Nardoni para análise
05/11/2009
17h10 Justiça aceita confrontar sangue achado em apartamento com DNA de casal Nardoni
04/10/2009
15h50 Justiça determina apreensão de livros sobre a morte de Isabella Nardoni
30/09/2009
16h57 Mãe de Isabella Nardoni vai à Justiça contra livro sobre morte da filha
27/09/2009
21h58 Defesa de casal diz que morte de Isabella pode ter sido acidente doméstico
11/05/2009
08h13 Mônica Bergamo: Policiais e peritos negam estar abalados com alegações da defesa dos Nardoni
08/05/2009
07h54 Sangue em apartamento dos Nardoni não é do casal, diz defesa
17/04/2009
09h47 STJ nega novo pedido de habeas corpus a Anna Jatobá
09h00 Mônica Bergamo: Nova defesa dos Nardoni quer anular acusação contra Jatobá
14/04/2009
10h28 Mônica Bergamo: Advogado abandona defesa do casal Nardoni
11/04/2009
20h03 Tendência à psicopatia pode ser detectada, diz médica; leia trecho de livro
01/04/2009
18h25 Pai de Alexandre Nardoni pede que OAB de SP fiscalize processo contra filho e nora
29/03/2009
13h25 Missa lembra um ano da morte da menina Isabella em SP
10h39 Após um ano, prédio onde Isabella foi morta ainda chama atenção de curiosos
09h45 Coleguinhas ainda perguntam por Isabella, diz diretora de escola
09h34 Morte de menina Isabella completa um ano; julgamento de casal pode sair no 2º semestre
24/03/2009
13h04 Justiça estima para o segundo semestre julgamento do casal Nardoni
24/03/2009
12h42 Justiça de SP rejeita recurso, e defesa do casal Nardoni avalia recorrer ao STJ
12h07 Desembargadores rejeitam argumentos da defesa e mantêm júri popular para casal Nardoni
10h51 Defesa dos Nardoni cita jornalista morto na ditadura para contestar júri popular
09h18 Justiça julga recurso para decidir se mantém júri popular para casal Nardoni
07h08 Após um ano da morte, mãe usa trabalho para superar ausência de Isabella
07h07 Um ano após morte de Isabella, defesa do casal Nardoni evita falar com imprensa
07h06 TJ decide nesta terça-feira se casal Nardoni será levado a júri popular
22/03/2009
21h27 Mãe de Isabella diz que estará no julgamento dos Nardoni
19/03/2009
17h12 TJ julga recurso que tenta impedir casal Nardoni de ser levado a júri popular
16/03/2009
15h46 Procuradoria dá parecer contra liberdade de acusados de matar Isabella Nardoni
27/02/2009
09h43 STJ nega pedido de habeas corpus de Anna Jatobá
22/11/2008
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17/11/2008
15h52 STF nega novo pedido de habeas corpus ao casal Nardoni
03/11/2008
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31/10/2008
22h23 Justiça decide que casal Nardoni irá a júri popular
29/10/2008
13h36 Filhos de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá visitam pais em presídios
06/10/2008
10h51 STF recebe três pedidos de liberdade para o casal Nardoni, diz Mônica Bergamo
03/10/2008
04h54 Justiça proíbe Anna Jatobá e Nardoni de ver os filhos, diz Mônica Bergamo
22/09/2008
20h41 Juiz dá a casal Nardoni chance de prestar novo depoimento
12/09/2008
22h30 Após três adiamentos, perita do caso Isabella depõe na Bahia
09/09/2008
16h36 STJ nega novo pedido de liberdade ao casal Nardoni
02/09/2008
17h24 STF nega novamente pedido de liberdade a casal Nardoni
20/08/2008
17h01 TJ volta a negar liberdade do casal Nardoni; defesa tenta derrubar testemunho
11/08/2008
18h06 Peritos voltam a fotografar edifício onde Isabella foi morta
07/08/2008
13h06 Legista contratado pela defesa do casal Nardoni depõe à Justiça
05/08/2008
16h03 Decisão do Supremo mantém casal Nardoni preso
30/07/2008
16h15 Em depoimentos, defesa tenta provar que desconhecido matou Isabella
14h24 Juiz ouve três pessoas no processo que investiga a morte da menina Isabella
08h11 Justiça ouve hoje mais três testemunhas do caso Isabella
28/07/2008
19h35 Juiz ouve três testemunhas do caso Isabella na quarta-feira
25/07/2008
13h24 STF aguarda informações para julgar liberdade dos Nardoni
17/07/2008
10h58 Gilmar Mendes pede informações para analisar liberdade de casal Nardoni
14/07/2008
20h11 Defesa de pai e de madrasta da Isabella pede habeas corpus no STF
05/07/2008
08h39 Peritos entregam laudo final com dados sobre a morte de Isabella
04/07/2008
10h36 Juiz do caso Isabella ouvirá mais três testemunhas até dia 30
00h37 À Justiça pai relata discussão de Alexandre com Ana Oliveira e a mãe dela
03/07/2008
23h44 Advogado contesta provas contra madrasta de Isabella
20h34 Pedreiros dizem que era preciso informar nome e RG Para entrar no edifício London
17h16 Gesseiro nega briga com Alexandre Nardoni e diz que foi hostilizado nas ruas
14h40 Justiça ouve depoimentos do caso Isabella; avô promete divulgar dossiê
11h05 Pai e irmã de Nardoni prestam depoimento à Justiça sobre caso Isabella
02/07/2008
19h41 Para promotor, testemunhas da defesa não mudam nada no caso Isabella
17h21 Corretora diz que visitantes entravam no edifício London sem se identificar
16h11 Jatobá era carinhosa com Isabella, afirma tia de Nardoni em depoimento
13h52 Justiça ouve testemunhas escolhidas pela defesa do casal Nardoni
11h12 Testemunhas de defesa do caso Isabella começam a depor nesta quarta
01/07/2008
12h56 Peritos confirmam que agressão a Isabella começou dentro do carro dos Nardoni
30/06/2008
19h01 Justiça volta a negar liberdade a pai e madrasta de Isabella
15h09 Defesa volta a pedir liberdade do casal Nardoni no STJ
19/06/2008
08h28 Anna Jatobá sugere que a Justiça ouça filho de 4 anos no caso Isabella
18/06/2008
23h17 Terminam depoimentos de testemunhas da acusação do caso Isabella
22h38 Síndico diz que irmão de Isabella negou presença de mais alguém no apartamento
20h33 Família de mãe de Isabella nunca aprovou namoro com Alexandre
20h15 Porteiro diz que Alexandre Nardoni chegou 2 minutos após queda da filha
18h58 Mãe de Isabella diz que ferimento na filha parecia ter sido limpo
18h49 Mãe de Isabella depõe no Fórum de Santana; veja vídeo
16h51 Família Nardoni temia deixar Isabella com a madrasta, diz Ana Carolina
15h14 Mãe de Isabella abre 2º dia de depoimentos; veja lista de testemunhas
10h45 Mãe de Isabella depõe hoje à Justiça; no total dez testemunhas são ouvidas
17/06/2008
23h49 Terminam depoimentos de caso Isabella; vizinhos relataram brigas do casal
22h08 Delegada afirma que atrasou boletim por natureza inédita do caso Isabella
21h00 Perita confirma laudo em depoimento sobre o caso Isabella
20h29 Ex-vizinha de família Nardoni depõe e pede saída de casal de audiência
18h42 Em depoimento, perita confirma informações de laudo sobre morte de Isabella
14h30 Indicada pela acusação, perita do IC depõe no caso Isabella
13h51 Delegada e peritos do caso Isabella depõem hoje à Justiça
11h37 Casal Nardoni chega ao Fórum de Santana; testemunhas depõem à tarde
16/06/2008
19h44 Casal Nardoni acompanha depoimento de testemunhas nesta 3ª feira
12/06/2008
09h01 Defesa faz vistoria no apartamento dos Nardoni
10/06/2008
13h11 Desembargador do TJ afirma que casal Nardoni mudou cena do crime
11h42 Por 3 votos a 0, desembargadores do TJ mantêm casal Nardoni preso
10h17 Pai de Alexandre Nardoni acompanha análise de liberdade do filho no TJ
08h01 TJ analisa pedido de liberdade de casal Nardoni nesta terça-feira
09/06/2008
12h32 TJ analisa pedido de liberdade de casal Nardoni na terça-feira (10)
06/06/2008
15h04 Perícia particular do caso Isabella é adiada; TJ analisa pedido de liberdade na 3ª
02/06/2008
18h55 Madrasta de Isabella é transferida para cela com outras presas
31/05/2008
17h50 Com suicídio de PM, defesa do casal Nardoni critica investigação
30/05/2008
20h30 Polícia descobre rede de pedofilia em SP; oficial da PM suspeito se suicida
29/05/2008
15h53 Para associação, legistas da família Nardoni são oportunistas
13h32 Defesa de pai e madrasta de Isabella cancela perícia em edifício
09h48 Defesa avalia como positivos depoimentos de pai e madrasta
08h42 Madrasta de Isabella diz que sofreu pressão para culpar marido
28/05/2008
22h51 Para promotor, casal Nardoni tentou desmoralizar polícia em depoimentos
20h31 Alexandre Nardoni acusa delegados e se contradiz em interrogatório
18h21 Termina depoimento de Anna Carolina a juiz; Alexandre será ouvido
17h35 Jatobá acusa policiais e admite ciúme da mãe de Isabella
16h38 Chorando e com voz embargada, madrasta nega culpa pela morte de Isabella
14h29 Casal está abalado pela falta dos filhos, diz avô de Isabella
14h13 Madrasta de Isabella começa a prestar depoimento a juiz
13h46 Peritos querem registrar queixa-crime contra Sanguinetti
13h25 Pai e madrasta de Isabella vão reafirmar inocência, diz advogado
12h43 Nardoni e Jatobá estão impedidos de conversar; avô chega ao fórum
11h06 Pai e madrasta de Isabella aguardam para prestar depoimento em fórum de SP
08h46 Pai e madrasta de Isabella prestam depoimento a juiz nesta quarta
27/05/2008
15h26 STJ volta a negar liberdade ao pai e à madrasta de Isabella
10h11 STJ julga pedido de liberdade de casal Nardoni nesta terça-feira
26/05/2008
22h19 STJ julga nesta terça-feira pedido de liberdade de casal Nardoni
18h05 Com novos laudos, defesa de casal Nardoni deve pedir anulação do processo
17h59 Isabella pode ter sido jogada de janela de cabeça para baixo, diz perita
17h04 Perito da defesa do casal Nardoni diz que Isabella não foi estrangulada
26/05/2008
08h27 Perito da defesa do pai e da madrasta de Isabella entrega análise
25/05/2008
15h37 Alexandre Nardoni recebe visita dos pais em penitenciária de Tremembé
22/05/2008
10h18 Perito contesta informações de laudo do caso Isabella
21/05/2008
10h01 Há provas contra madrasta de Isabella, afirma promotor
20/05/2008
13h24 Análise dos Nardoni pela TV é duplamente errada, diz Calligaris
12h35 Avô paterno de Isabella contrata consultoria para avaliar laudos
10h18 Inquérito não tem provas contra a madrasta de Isabella
19/05/2008
14h35 Legista que questionou laudos da morte de PC Farias diz que analisa caso Isabella
09h17 Defesa de casal Nardoni analisa pedido de liberdade ao STF
18/05/2008
19h29 Advogados do casal Nardoni discutem estratégia de defesa nesta 2ª feira
09h23 Transferido para presídio em Tremembé, Nardoni recebe visita do pai
17/05/2008
12h27 Alexandre Nardoni é transferido para presídio em Tremembé (SP)
10h39 Advogado do casal Nardoni diz que ficou surpreso com rapidez do STJ ao negar liminar
16/05/2008
23h00 STJ nega liminar para liberdade do casal Nardoni
16h19 Pedido de liberdade para o casal Nardoni chega ao STJ
13h08 Médico visita madrasta de Isabella; defesa tenta transferência do pai
12h35 Defesa do casal Nardoni protocola habeas corpus no STJ
11h10 Vara da Infância investiga situação dos filhos do casal Nardoni
15/05/2008
18h35 Licença de desembargador adia julgamento de habeas corpus do casal Nardoni
09h29 Juiz autoriza mãe de Isabella ajudar na acusação
08h02 Sorriso de Isabella assombra o Brasil, diz "Le Monde"
14/05/2008
10h28 Em CDP, pai de Isabella deve ficar dez dias sem receber visitas
13/05/2008
16h00 Polícia transfere pai de Isabella para o CDP de Guarulhos
13h14 Advogado afirma que madrasta de Isabella está física e emocionalmente abatida
12h15 Defesa recorre ao STJ contra prisão de acusados de matar Isabella
11h47 Desembargador nega contradição em manter casal Nardoni preso; leia despacho
10h54 Justiça nega pedido e mantém presos pai e madrasta de Isabella
07h58 Decisão sobre liberdade do casal Nardoni deve sair nesta terça
12/05/2008
23h32 Avô de Isabella nega ter alterado cena do crime e diz que mãe da menina mentiu
18h27 Blog do Fred Vasconcellos: Juízes criticam mídia e polícia por atuação no caso Isabella
17h37 Secretaria da Segurança espera vaga para transferir pai de Isabella
16h25 Decisão sobre liberdade do casal Nardoni deve sair terça-feira
09h00 Desembargador analisa pedido de liberdade do casal Nardoni
11/05/2008
23h38 Mãe de Isabella suspeita que ciúme tenha motivado crime
09h28 Defesa leva documento para Nardoni ficar em cela especial
10/05/2008
17h33 Defesa de pai de Isabella quer cela especial com certificado de curso superior
11h55 Após ser hostilizado por presos, Alexandre Nardoni deve ser transferido de delegacia
09/05/2008
23h11 Madrasta de Isabella tem dia tranqüilo na cadeia de Tremembé (SP)
22h22 Presidente do STF critica autoridades sob "holofotes" e prega revisão de lei
20h43 "Justiça começou a ser feita", diz mãe de Isabella
19h52 Advogados do casal Nardoni pedem anulação de despacho que prendeu casal
19h08 Advogados pedem liberdade para pai e madrasta de Isabella
17h46 Defesa de pai e de madrasta de Isabella se reúne para finalizar habeas corpus
16h50 Alexandre Nardoni recebe visita do pai na prisão; veja imagens
15h13 Avô paterno diz estar confiante em habeas corpus para pai e madrasta de Isabella
13h56 Pai visita Alexandre Nardoni em delegacia na zona norte de São Paulo
12h28 Hostilizado, pai de Isabella volta a ficar isolado em carceragem
10h56 Após ameaças, Anna Carolina é levada para unidade onde Suzane Richthofen cumpre pena
09h47 Defesa questiona acusação e apresenta habeas corpus para pai e madrasta de Isabella
09h06 Avô materno diz estar aliviado após prisões de pai e de madrasta de Isabella
00h06 Polícia transfere madrasta de Isabella para penitenciária de Tremembé
08/05/2008
18h59 Defesa de Alexandre e Anna Carolina entra com habeas corpus amanhã
17h36 Presas deixam mensagem para Isabella em chão de pátio de penitenciária
17h05 Promotor afirma que chegou a torcer para que casal Nardoni fosse inocente
11h28 Madrasta de Isabella fica isolada em prisão; defesa de casal prepara habeas corpus
10h14 Madrasta de Isabella deixa DP e é transferida para penitenciária em São Paulo
09h52 Presos, Alexandre e Anna Carolina ficam isolados em DP; defesa prepara habeas corpus
04h26 PM usa até gás pimenta para conter a multidão em frente a apartamento
04h23 Antes de Justiça decidir pela prisão, defesa já admitia pedir habeas corpus
03h43 Pai e madrasta de Isabella voltam à prisão por decisão da Justiça
02h26 Após prisão de casal, delegados acenam, são aplaudidos e tiram fotos com fãs
01h17 Casal Nardoni deixa IML de São Paulo; Alexandre chega ao 13º DP
01h07 Alexandre Nardoni ficará em cela improvisada com colchão e sem TV
00h58 Veja imagens da prisão e da chegada do casal Nardoni a delegacia
00h42 Casal Nardoni chega ao IML para passar por exame de corpo de delito
00h21 Pai e madrasta de Isabella deixam delegacia e seguem para exames no IML
07/05/2008
23h35 Polícia agride homem em frente a prédio onde estava casal Nardoni
23h21 Alexandre e Anna Carolina chegam à delegacia e multidão causa tumulto
22h33 Casal Nardoni deixa prédio em Guarulhos sob escolta da polícia
22h14 Juiz marca interrogatório de pai e de madrasta de Isabella para o próximo dia 28
22h03 Com prisão preventiva decretada, pai e madrasta de Isabella enfrentam multidão em Guarulhos
21h02 Alexandre e Anna Carolina se entregam à polícia; multidão aguarda saída
20h10 Juiz considera casal "sem sensibilidade moral e compaixão humana", leia decisão na íntegra
19h22 Defesa afirma que casal Nardoni se entregará à polícia; Justiça decreta prisão
18h38 Justiça decreta prisão preventiva do pai e madrasta de Isabella
09h45 Ouvidoria pede apuração da atuação da polícia no caso Isabella
06/05/2008
18h54 Ciúme causou briga que antecedeu morte de Isabella, afirma promotor
15h19 Promotor denuncia e pede prisão de pai e de madrasta de Isabella
11h17 Promotor denuncia casal por morte de Isabella e faz suspense sobre prisão
10h26 Conselho tutelar visita filhos de Nardoni e diz que crianças estão "tranqüilas"
05h45 Promotor apresenta hoje denúncia contra pai e madrasta de Isabella
05/05/2008
13h41 Promotor apresenta amanhã denúncia contra pai e madrasta de Isabella
09h40 Caso Isabella tem semana decisiva na Justiça
03/05/2008
09h33 Relatório contém equívocos contra pai e madrasta de Isabella
02/05/2008
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15h07 Casal não deixa apartamento há vários dias, diz advogado
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01/05/2008
21h07 Para polícia, casal Nardoni mentiu e matou Isabella por descontrole emocional
10h54 Juiz e promotor do caso Isabella analisam inquérito neste feriado
30/04/2008
19h09 Defesa de pai e madrasta de Isabella diz que laudos não sustentam acusações
14h18 Inquérito do caso Isabella pede prisão preventiva de casal; Promotoria analisa relatório
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11h11 Inquérito do caso Isabella chega a fórum; Promotoria deve se manifestar após feriado
09h21 Para promotor, casal não premeditou morte de Isabella
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29/04/2008
21h33 Polícia usou laudos do caso Isabella incorretamente, diz TV
21h16 Missa lembra um mês da morte de Isabella
12h21 Defesa nega possível fuga de casal Nardoni do país
Caso Isabella: veja os fatos que marcaram esta sexta
09/05/08 - 22h22 - Atualizado em 09/05/08 - 23h25
Alexandre Nardoni enfrentou protestos dentro e fora da cadeia.
Em Tremembé, Anna Carolina Jatobá foi novamente hostilizada por detentas.
Do G1, em São Paulo
Depois da transferência de Anna Carolina Jatobá, madrasta de Isabella, na noite desta quinta-feira (8) para a Penitenciária Feminina de Tremembé, no interior do estado, a sexta-feira (9) foi marcada pela expectativa também da transferência de Alexandre Nardoni do 13º Distrito Policial, na Casa Verde, na Zona Norte.
Caso Isabella: cobertura completa
Assim como Anna Carolina foi hostilizada na Penitenciária Feminina de Sant'Anna, na Zona Norte -o que motivou a sua mudança de cadeia-, o pai de Isabella também sofreu protestos.
Nesta sexta, alguns dos presos escreveram mensagens protestando contra a presença de Alexandre no distrito policial, que conta com uma carceragem para presos com diploma universitário.
Na quinta (8), as detentas, irritadas com a presença de Anna Carolina na penitenciária feminina, escreveram na quadra da cadeia o seguinte recado: “Homenagem Isabella, presente Dia das Mães. Assassina maldita”. E, em Tremembé, ela voltou a ser hostilizada nesta sexta.
Diante do clima tenso no 13º DP, o Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil foi até o local, por volta das 17h. Acompanhados por homens de escudos e capacetes, o supervisor do GOE, Luiz Antônio Pinheiro, entrou na cadeia e conversou com os detentos. Ele explicou aos presos que lá dentro todos tinham direito e deveres e pediu para que Alexandre Nardoni não fosse hostilizado. Cerca de 40 minutos depois, deixou o DP sem dar entrevistas.
No final da tarde, mais protestos contra o pai de Isabella, desta vez do lado de fora. Um grupo de cerca de dez pessoas, sendo quatro crianças, exibiram cartolinas para as lentes das câmeras de tevês posicionadas em frente ao distrito policial com os seguintes dizeres “Justiça” e “Não ao habeas corpus”. O frio acentuado ao avançar da noite desta sexta-feira acabou com o protesto silencioso.
O alento para Alexandre Nardoni veio com as visitas do pai, Antonio, e da irmã, Cristiane, no período da manhã. Apenas o primeiro, no entanto, teve contato com o pai de Isabella, já que o horário limite para a entrada de mulheres na carceragem havia terminado às 12h. Ao deixar o 13º DP, Antonio Nardoni declarou: "Temos certeza da revogação da prisão".
Se o pai saiu em defesa do filho, Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella Nardoni, quebrou o silêncio e comentou pela primeira vez, também na tarde desta sexta, às vésperas do Dia das Mães, a prisão preventiva do casal. “A Justiça foi feita. Estou confiando”, disse, em entrevista à rádio Jovem Pan. Quando questionada se ela esperava que o pai de Isabella pudesse ser acusado do crime, Ana Carolina afirmou: "Esperava que não fosse, mas agora aconteceu. Não tem jeito".
E, no início da noite, os advogados de defesa do casal protocolaram o pedido de habeas corpus, com mais de 100 páginas, para o casal no Fórum João Mendes, no Centro de São Paulo. Uma decisão da Justiça sobre a liberação de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, no entanto, só deverá ser anunciada na próxima semana.
O fim do silêncio sobre Isabella ( a delegada foi finalmente fotografada pela revista )
Renata Pontes era a delegada de plantão quando a menina foi morta. Depois de meses sem falar sobre o caso, ela revela a ÉPOCA as evidências que pesam sobre os acusados, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá.
Quem conversa com Renata Pontes fora do expediente esquece que ela é uma delegada de polícia. A menos que a conversa seja sobre o caso que a tornou conhecida em todo o país – a morte da menina Isabella. A delegada que comandou as investigações e pôs os acusados na cadeia, à espera de julgamento, tem uma fala tranqüila, uma certa docilidade. Reza todos os dias na capela da delegacia. Seu hobby é a pintura. Renata é uma pessoa serena como as paisagens que pinta. Mas, quando é preciso, pega em armas. Na Academia de Polícia, onde se formou há 11 anos, foi além do curso obrigatório de tiro: aprendeu a manejar a pistola calibre 45 que usa no trabalho – e metralhadoras.
Em serviço, a delegada não usa a clássica combinação de calça e tailleur. Prefere roupas mais confortáveis, sempre discretas – na terça-feira passada, vestia bata e calça legging, calçando sandálias de salto Anabela. Deixa à mão um sapato baixo, para suas saídas. Nos atendimentos do plantão, nas delegacias em que trabalhou, entrou em favela, pulou muro, andou em trilho de trem e picada no meio do mato. Enquanto trabalha, ela se concentra, procura manter um olhar técnico sobre o que investiga. No caso Isabella, Renata não resistiu. Chegava em casa angustiada, pensando “na mãe que não pode mais beijar sua filha”.
Na 9ª Delegacia, no Carandiru, zona norte de São Paulo, Renata é delegada-assistente. Em sua sala há uma boa mesa com poltrona de encosto alto, ar-condicionado e frigobar. A um canto, em pedestais, bandeiras do Brasil, de São Paulo e da Polícia Civil. No ano passado, a delegacia foi premiada por uma ONG holandesa. Às vezes, quando um colega do plantão sai em férias, Renata assume o lugar dele. Foi durante um plantão, das 20 horas às 8 da manhã, que o caso da menina Isabella chegou a sua mesa.
Num primeiro momento, a delegada falou com os jornalistas sobre o crime. Depois, decretou o sigilo do inquérito e não deu mais entrevistas. Só rompeu o silêncio na semana passada, ao receber ÉPOCA no elegante flat em que mora, na Vila Olímpia, zona sul de São Paulo. A entrevista durou três horas. Foi à beira do jardim, numa mesa externa do restaurante do flat. Pela primeira vez, Renata contou os detalhes de como conduziu a investigação e apresentou todas as razões que a levaram a acusar o pai de Isabella, Alexandre Nardoni, e a madrasta da menina, Anna Carolina Jatobá, como autores do assassinato que chocou o país.
Enquanto investigava a morte da menina, Renata lembrou outro crime de grande repercussão, que ela também atendeu. Estava de plantão na Divisão de Homicídios, em 2002, quando uma informação chegou: o empresário Manfred von Richthofen e sua mulher, Marísia, tinham sido mortos a pauladas enquanto dormiam, numa casa de classe média alta no Brooklin. Antes de ir à delegacia, a jovem filha do casal se dera ao trabalho de examinar o escritório do pai, na casa, e de constatar que um exato valor em dólares sumira. (O caso depois passaria para a equipe da região.) Renata estranhou a falta de sensibilidade da moça – que seria condenada, com o namorado e o irmão dele, pelo assassinato dos pais.
No caso Isabella, a sensação se repetiu. Em sua entrevista a ÉPOCA, Renata lembrou a longa conversa que teve com o casal Anna e Alexandre, nas primeiras horas da investigação. Apesar de ter notado que Anna era falante e articulada enquanto Alexandre era bem menos eloqüente, Renata notou uma incomum tranqüilidade nos dois, “a ponto de o Alexandre comentar ‘Olha, eu vou sair na Rede Globo’”. Alexandre e Anna, segundo Renata, não se emocionavam nem se preocupavam em saber o que acontecera. O discurso de ambos era o mesmo. Não tinham perguntas, mas respostas. “Eles não questionavam. Vinham com uma certeza, uma afirmação: ‘O que aconteceu foi isto’. Em momento algum perguntaram ‘por que alguém jogou a minha filha?’” Diziam que um ladrão entrara no apartamento deles, com uma cópia da chave. “Falavam ‘o ladrão chegou, o ladrão cortou a tela’, usavam a palavra ‘ladrão’”. O “ladrão” teria esperado até Alexandre chegar, com a menina dormindo, e deixá-la em sua cama. O pai teria então voltado ao carro, na garagem, para pegar os dois outros filhos pequenos e Anna. Nesse meio-tempo, o “ladrão” teria esganado Isabella, apertando-lhe o pescoço, e teria jogado a menina pela janela. E ainda teria trancado a porta ao sair. Por quê?
A pergunta atormentaria Renata durante os dias seguintes. “Eu estava analisando tudo, para começar a confirmar ou descartar fatos”, diz Renata. Ela chegara à 9ª Delegacia às 20 horas do sábado. Com a morte da menina, só daria o plantão por encerrado às 3 horas da madrugada da segunda-feira. Foi para casa com uma forte suspeita: Alexandre e Anna eram os autores do crime. “Forte suspeita, mas aberta a todas as possibilidades. Porque, afinal, estávamos no começo de uma investigação. Muita gente precisava ser ouvida, haveria o resultado das perícias. Nada era descartável”.
Não era o primeiro caso de Renata com o assassinato de crianças. Em 2005, parentes da menina Ana Beatriz, de 4 anos, começaram a notar que ela andava sumida. O padrasto da menina, o advogado Fernando Fortes Lopes, e a mãe, Jaqueline, davam desculpas inverossímeis. Um dia, Fernando disse que a menina fora seqüestrada. Não tinham feito nem boletim de ocorrência. Renata começou a investigar. A irmã de Ana Beatriz, de 8 anos, acabou contando que Fernando levara a menina. Descobriu-se que ele deixara Ana Beatriz uma semana de castigo, trancada no lavabo. Ele maltratava as filhas, se descontrolava por qualquer “malcriação”. No dia em que tirou a menina do castigo, se descontrolou, espancou-a até a morte. Renata conseguiu sua prisão temporária. Fernando acabou confessando. O corpo de Ana Beatriz foi encontrado num lixão, em Itaquaquecetuba. No caso Isabella, o cadáver estava lá – estendido no chão.
Renata gosta de investigar assassinatos. No ano em que trabalhou na Divisão de Homicídios, a seu pedido, chegava a atender seis casos num só plantão. Aprendeu a conhecer a reação dos parentes das vítimas. “Na primeira hora depois do crime, o comportamento é de choque ou questionamento, não de investigação”, afirma. Na primeira conversa, ela viu que Alexandre e Anna queriam convencê-la da existência de uma situação que os excluísse de suspeita. “Eles falavam, e eu ponderava: ‘Por que um ladrão vai jogar uma criança da janela?’”. O diálogo prosseguiu. Aqui, ele é reproduzido de acordo com o relato da delegada:
– Se o ladrão percebe que o morador chegou, a primeira coisa que faz é fugir do local. Por que despertar uma criança que estava dormindo e jogar pela janela? – questiona Renata.
– Ela pode ter acordado – diz o pai.
– Se ela acordou, ele sai correndo. Uma criança de 5 anos não vai conseguir segurar um ladrão.
– Então ela pode ter reconhecido ele.
– Nesse caso, por que criar tanta dificuldade? Se ele tem uma faca, dá uma facada. Sabendo que o pai ia à garagem e voltava, o que demora dois minutos, ele não teria todo esse trabalho de procurar a tesoura, a faca, asfixiar a menina, jogar, guardar a faca e a tesoura, sair e ainda trancar a porta.
O casal admitiu, diz a delegada, que nada fora levado do apartamento. E passou para outra hipótese: vingança.
– Vocês têm inimigos, estão sendo ameaçados, fizeram alguma coisa que justificasse uma vingança?
– Não – diz Anna –, mas ontem o zelador do prédio ficou olhando de uma maneira estranha para a Isabella e para mim.
– Mas isso será um motivo?
– Há também um pedreiro que veio instalar uma antena, o Alexandre não deixou ele entrar e ele achou ruim – afirma Anna.
O casal, diz a delegada, também tentava apontar um suspeito: o porteiro do prédio.
Renata chegara à Rua Santa Leocádia, no bairro do Carandiru, pouco depois da 1 hora do domingo 30 de março. A rua estava ocupada por 11 viaturas da Polícia Militar. Os moradores e vizinhos do Edifício London, de onde a menina fora jogada, juntavam-se às dezenas na calçada. Renata entrou no prédio. A menina, que caíra em um gramado ainda com vida, já havia sido levada. O resgate chegara 15 minutos depois da queda. Acompanhada de um PM, Renata subiu ao 6o andar. Entrou no apartamento 62. O PM chamou sua atenção para duas ou três gotinhas de sangue, no chão da sala. Elas faziam um trajeto da entrada até o sofá. No corredor, em direção ao quarto mais próximo, outras gotinhas de sangue. Mais sangue estava num lençol, no quarto. Sobre a cama próxima à janela, uma marca de sola do sapato de um adulto. A tela de proteção da janela estava cortada. Nela havia uma mancha quase imperceptível de sangue.
A delegada procurou um “instrumento cortante”, que poderia ter sido usado na tela. Não achou. Quem cortou a tela teria levado o instrumento? Jogado pela janela, ele não fora. Vistoriando o apartamento, encontrou na cozinha, em cima da pia, uma tesoura de cortar frango e uma faca, grande. As peças foram apreendidas. Na tesoura, a perícia acharia um fragmento de fio igual ao da tela cortada do quarto.
Quarenta minutos depois, já de saída do prédio, a delegada conheceu o pai da menina, Alexandre Nardoni, e o pai dele, Antonio. Voltavam da Santa Casa, para onde Isabella fora levada – e chegara morta. Antes de qualquer cumprimento, Alexandre perguntou para a delegada se o ladrão já havia sido encontrado, ou suas impressões digitais. Renata conversou rapidamente com ele. Havia muita gente em volta.
Do local do crime, a delegada foi para a Santa Casa. O corpo da menina estava no necrotério. Renata analisou os ferimentos, superficialmente. Havia um corte na testa, do qual pingara o sangue no apartamento. “Isabella parecia um anjinho dormindo. Naquele momento senti o tamanho do problema que tinha em mãos”, diz Renata. No Instituto Médico-Legal (IML), os legistas tentavam desvendar um enigma: a criança morrera ao ser jogada de 20 metros de altura, mas tinha sinais de asfixia.
Os legistas encontraram sinais de esganadura (comuns quando o pescoço é apertado por mãos). A pressão sobre um nervo do pescoço (o vago) desacelera o batimento cardíaco, deixa a vítima inconsciente, pode provocar convulsão e vômito (havia vômito no pulmão de Isabella, que ela aspirou) e levar à morte. A delegada diz que não há um laudo oficial com a comprovação de que uma mão feminina, neste caso da madrasta, tenha asfixiado Isabella. No relatório do inquérito sobre o caso, Renata conclui que foi Anna quem apertou o pescoço de Isabella. Mas baseia-se em depoimentos de testemunhas.
Um morador de um prédio vizinho disse ter ouvido uma criança gritar, no apartamento do casal: “Papai, papai, papai, pára”. Pareceu, ao depoente, que a criança não mandava o pai parar, mas o chamava, como um pedido de socorro. E dizia “pára” a outra pessoa. Dois dias depois, a delegada localizou outra vizinha, que ouvira os mesmos gritos de criança chamando pelo pai. As duas testemunhas dos gritos não se conheciam. “Uma pessoa idônea, com credibilidade, pode às vezes se deixar influenciar, ou se confundir, num cenário trágico como esse”, diz Renata. “Mas, quando vi duas pessoas que não se conheciam falando a mesma versão, não tive mais dúvidas”. Concluiu que Pietro, o filho de 3 anos, chamava o pai, porque Anna estava esganando Isabella. É o que diz também nas conclusões do inquérito. Foi naquele momento que a delegada decidiu pedir a prisão temporária do casal.
Outro fato contribuiu para a decisão de Renata. Dois dos moradores do prédio afirmaram, em depoimento, ter ouvido o casal discutir no apartamento, nos minutos que antecederam a queda da menina. Disseram que Anna falava muito alto, muitos palavrões. Depois que Isabella caiu, ouviram a mesma voz, falando palavrões pelo celular, no térreo. “Se Alexandre e Anna entraram no apartamento quando Isabella já tinha caído, como explicam a discussão entre eles e os gritos da criança chamando o pai?”
Na madrugada da quarta-feira, o quarto dia de investigação, ela fundamentou seu pedido de prisão temporária do casal. “Eu me convenci de que era o momento, a investigação já estava bem consubstanciada.” As evidências mostravam que Isabella fora agredida ainda no carro, a caminho de casa. Ficara com um corte na testa, que sangrava. Ao chegar, Alexandre a carregara no colo, pressionando sua boca, para que não gritasse. No apartamento, a jogara no chão, ao lado do sofá. Aí a menina foi esganada, provavelmente por Anna. E lançada da janela, provavelmente por Alexandre. Os peritos constataram que a marca de calçado, sobre a cama encostada à janela, é da sandália “preta, tamanho 41, modelo havaianas” de Alexandre. Em sua camiseta, foram encontradas marcas em forma de losangos, deixadas pela tela de proteção, “quando segurava a filha pelas mãos, no momento em que foi precipitá-la”. Na noite da quarta-feira, a Justiça decretou a prisão do casal. Nove dias depois, o Tribunal de Justiça mandaria soltá-los.
Naqueles dias, Renata trabalhava muito além do expediente. Dormia três a quatro horas por noite. Numa dessas esticadas, estava na alça da Avenida 23 de Maio, para pegar a Avenida Paulista, quando o vidro direito de seu carro estilhaçou. Era meia-noite. Um assaltante quebrara o vidro com uma pedra e pegara um envelope, no banco. Ali estavam peças do inquérito. A delegada disputou o envelope com o bandido. Feriu a mão, mas conseguiu salvá-lo.
Sem falar com a imprensa, Renata se trancava em sua sala, com um retrato de Isabella sobre a mesa. Para chegar à delegacia, parava antes num posto de gasolina. Falava ao celular, e um carro vinha apanhá-la. Com 1,74 metro de altura, ela se escondia deitando-se no banco de trás. Entrava no prédio por uma porta lateral. “Se eu falasse passo a passo o que já sabia, prejudicaria a investigação. Nem os policiais da delegacia tinham ciência”. Ela diz que não lia sobre o caso nos jornais nem acompanhava o noticiário na TV. “Não queria me deixar influenciar”. Renata achava que ficaria tentada a explicar informações imprecisas e que isso desviaria seu tempo da investigação. Divulgou-se, por exemplo, que uma tia de Isabella, ou um dos avôs, entrou no apartamento antes da perícia e limpou o sangue. Isso seria impossível, diz Renata, porque a Polícia Militar chegou quase imediatamente depois da queda e, desde então, preservou o lugar. “Quem limpou o sangue foi o casal, antes de atirar a menina pela janela”, afirma.
As investigações prosseguiam. “Chegavam denúncias anônimas sem coerência, mas a gente ia atrás, checava, ouvia a pessoa para esgotar todas as possibilidades”. No inquérito, havia outros depoimentos que comprometiam Alexandre e Anna. O porteiro Valdomiro da Silva Veloso foi o primeiro a ver o corpo de Isabella caído sobre o gramado. Ouviu um baque, abriu a janela da guarita e deparou com aquela cena. Ligou para Antonio Lúcio Teixeira, que mora no 1º andar. Este saiu à sacada de seu apartamento e viu a menina. Chamou o 190, do Copom, o Centro de Operações da Polícia Militar. Ainda estava falando quando Alexandre surgiu no térreo, gritando sobre um ladrão no apartamento. Por isso, Antonio Lúcio pôde acrescentar na conversa com o Copom o detalhe de que havia um ladrão e dizer que a menina caíra do 6º andar (sabia o andar de Alexandre). O telefonema ficou registrado. Calcula-se que a menina tenha sido jogada por volta de 23h49m. Às 23h49m59s, Antonio Lúcio começou a falar. Momentos depois Alexandre surgiu no térreo, gritando.
Alexandre e Anna afirmavam ter descido juntos do apartamento, ao ver que Isabella tinha caído. Mas confirmou-se o seguinte: Antonio Lúcio ainda estava falando com o Procom quando Anna, do apartamento, ligou para seu pai. Treze segundos depois, nova ligação, agora para o pai de Alexandre. Quando Antonio Lúcio terminou de falar, ela continuava ao telefone, no apartamento. Alexandre já estava no térreo. Para Renata, o casal poderia estar tramando um ardil contra o porteiro Valdomiro.
Renata volta a lembrar a primeira conversa com o casal, no domingo depois do crime. Diz que Alexandre e Anna falaram muito sobre Valdomiro. Perguntavam se ele já tinha sido investigado. “O Alexandre já chegou à portaria gritando ‘tem um ladrão, tem um ladrão’ e mandando o porteiro subir ao apartamento”, diz Renata. “O Antonio Lúcio disse para ele: ‘Não saia aí da guarita’. Se tivesse subido, o que estava disposto a fazer, Valdomiro teria encontrado Anna e de alguma forma poderiam tentar vinculá-lo ao crime”.
Nessa primeira conversa, já havia uma questão em aberto: o horário. Se Alexandre deixou Isabella no apartamento, voltou para o carro, retornou com Ana e os dois filhos e viu que a menina fora jogada, deixou muito pouco tempo para um estranho agir. Alexandre alegou que ficaram alguns minutos dentro do carro, na garagem, porque havia ali outro carro, com som alto, que poderia acordar as crianças. “Eles foram aumentando esse período para dar tempo de o suposto estranho fazer alguma coisa”, diz Renata.
Mais tarde, ao depor no inquérito, o casal calculou ter gasto 19 minutos entre sua chegada à garagem e a entrada de toda a família no apartamento. O carro de Alexandre, no entanto, tinha monitoramento por satélite. E esse sistema registrou a hora exata em que o motor foi desligado: 23h36m11s. O telefonema de Antonio Lúcio para a PM, falando da queda de Isabella, foi às 23h49m59s. Portanto, entre a chegada e a queda da menina transcorreram 13 minutos e 48 segundos.
Outra questão: a chave usada pelo suposto ladrão ou vingador para entrar no apartamento. Moradoras do prédio disseram a Renata que Alexandre falara em arrombamento da porta (que estava intacta, como a perícia constataria). Na delegacia, o casal falou na cópia da chave que existiria na portaria. O apartamento é novo, foi entregue em setembro do ano passado. O casal trocou portas e fechaduras, estas pelo modelo tetra, de quatro gomos. Os técnicos que fizeram o serviço, chamados a depor, confirmaram o trabalho. Cópias das chaves só haviam ficado na portaria enquanto os apartamentos não estavam ocupados. Depois, não. No fim da investigação, Anna Jatobá deu outra versão: tinha perdido a chave. E o assassino a teria achado.
O sangue que Renata não viu, ao vistoriar o apartamento no primeiro dia, apareceu quando os peritos usaram um reagente químico, chamado bluestar. Com ele, tornaram-se visíveis uma mancha de sangue perto do sofá e o sangue numa fralda que fora lavada e estava num balde. A delegada diz que a peça foi usada para limpar o apartamento ou estancar o sangue da testa da menina, no trajeto do carro para a moradia. “O sangue no apartamento foi suficiente para provar que era de Isabella”, diz Renata. Pelo mesmo processo, foram detectadas gotas de sangue com o perfil genético da menina no carro de Alexandre. Ali foi encontrado material genético de outras pessoas da família, que poderia ser vômito ou saliva das crianças. Mas só Isabella teve sangramento. “Por isso, posso afirmar que o sangue é dela”.
No começo das investigações, Renata não esperou pelos laudos. Foi direto aos peritos. “Fiz várias reuniões com eles. Estive no IML e saí às 3 horas manhã”. Eram seis médicos, cada um explicando conclusões ligadas a sua especialidade. “As provas convergiam, uma encaixava na outra”, diz Renata. Os peritos concluíram que Alexandre entrou no apartamento com a filha no colo, sangrando, e a atirou no chão, junto do sofá. As manchas de sangue da entrada da sala até o sofá são compatíveis com essa situação.
Sobre o ferimento na testa: a menina viajava atrás do pai, que dirigia, com Anna no banco a seu lado. Renata concluiu que foi Anna quem acertou a menina na testa, erguendo o braço esquerdo. Uma hipótese é que tenha usado a chave tetra do apartamento – compatível com o ferimento. Isabella também tinha lesões na parte interna da boca e nos lábios. Sinal de que alguém comprimiu sua boca com força. Concluiu-se que Alexandre fez isso para impedir que Isabella chorasse alto ou gritasse enquanto a levava, no colo, para o apartamento.
Em 29 de abril, Renata Pontes terminou o inquérito e pediu a prisão preventiva do casal. Alexandre e Anna estão presos, à espera de julgamento. O advogado do casal, Marco Pólo Levorin, acusa a polícia de ter “criado e imaginado” os fatos e de ter sido tendenciosa. Diz deduzir, de um laudo oficial, que Isabella não foi esganada e que a asfixia deveu-se à queda. Afirma existir outro laudo, segundo o qual Alexandre não poderia, sozinho, ter jogado a menina pela janela. “Os fatos não poderiam ter ocorrido como foram demonstrados”, afirma. Para ele, a perícia oficial só comprovou a existência de sangue humano em quatro peças de roupa, o que exclui o apartamento, o carro e a fralda lavada. As peças, diz Levorin, são a calça de Isabella, uma blusa feminina, uma bermuda e uma camiseta de manga longa, encontrada no apartamento vizinho. Para ele, a camiseta “é da terceira pessoa”, o autor do crime. Levorin diz que não foram investigadas “possíveis rotas de fuga” dessa terceira pessoa. Afirma ter provas de que uma casa, que dá para os fundos do prédio, foi arrombada na noite do crime. Diz ainda que a polícia não investigou funcionários e prestadores de serviço do prédio.
Com o fim do inquérito, a foto de Isabella saiu da mesa de trabalho de Renata – e foi para seu apartamento. “A foto era para me dar motivação. Para ter forças, ficar sem dormir e seguir investigando, eu pensava na mãe que não podia mais beijar sua filha”. Pediu à mãe da menina, Ana Carolina de Oliveira, fotos para colocar no inquérito. A professora Paula Cristiane de Aquino, da Escola Isaac Newton, onde Isabella estudava, levou cerca de cem fotos. Nesse dia, Renata, que é solteira, se emocionou. Colocou no inquérito 20 fotos de Isabella. A primeira é do dia do nascimento. A última, da menina morta.
Fonte: Revista Época