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quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Frustrada e feliz


A autora lamenta a baixa audiência de Os Maias,
mas comemora a qualidade da série, um marco
na teledramaturgia brasileira

Carlos Graieb

Claudio Rossi

"Fiz alteração de peso no final da série.
O espectador anda sedento de bons exemplos éticos"

Maria Adelaide Amaral vive uma contradição: está desapontada e, ao mesmo tempo, satisfeita. Ao longo de vários meses, a escritora e dramaturga trabalhou num dos projetos mais ambiciosos já feitos na televisão brasileira – a adaptação para a Rede Globo do romance Os Maias, obra-prima do português Eça de Queiroz. Apuradíssima no texto e no visual, a série, que termina na próxima sexta-feira, deixou no entanto de cativar a massa. Sua média de audiência é de 14 pontos, menos da metade do esperado. Daí a frustração. A contrapartida vem da constatação de que a série atingiu momentos de beleza e sofisticação nunca vistos na TV brasileira. Nascida em Portugal há 58 anos, Maria Adelaide mudou-se para São Paulo com a família, ainda criança. Foi operária, balconista, escriturária e pesquisadora da Editora Abril (que publica VEJA). Escreveu peças de teatro e livros – o mais recente, O Bruxo, inspirado no câncer que teve. Para a TV, assinou a bem-sucedida adaptação de A Muralha. "Nunca me passou pela cabeça fazer teledramaturgia para uma elite", disse ela nesta entrevista.

Veja – A teledramaturgia brasileira é bastante consagrada. O que contribuiu para o surgimento dessa boa linhagem de autores de novela?
Maria Adelaide – Acho que o que distingue os melhores teledramaturgos brasileiros é o fato de possuírem raízes em áreas da chamada "alta cultura". Aguinaldo Silva era contista, assim como Doc Comparato. Dias Gomes fazia teatro, mesmo caso de Lauro César Muniz. Manoel Carlos, que eu considero o nosso Tchekov, pela visão profunda que tem da vida cotidiana, sempre foi um leitor e um autor refinado de poesia. Enfim, são pessoas com bagagem cultural respeitável. Isso transparece quando você compara a produção brasileira com a dos outros latinos e mesmo com as soap-operas, as novelas americanas. A novela brasileira forma um capítulo à parte na televisão mundial.

Veja – Eles seriam então os autores de uma boa literatura de massa, de uma literatura de entretenimento que, segundo o crítico e poeta José Paulo Paes, fazia falta ao Brasil?
Maria Adelaide – José Paulo Paes tinha razão. O escritor brasileiro padece da doença da genialidade. Ele só pega a caneta para criar supostas obras-primas. Mas são os autores médios, dispostos a comunicar-se com um grande público, que sustentam uma indústria cultural. E numa indústria cultural pujante é bem mais fácil o autor experimental eventualmente encontrar seu espaço e seu público. O cinema brasileiro padeceu por muitos anos do mesmo problema. Faltaram filmes despretensiosos, menos imbuídos da obrigação de ser geniais. Só agora isso está mudando.

Veja – O final de Os Maias reserva alguma surpresa?
Maria Adelaide – Sim, eu fiz uma alteração de peso. No livro, Carlos Eduardo vai para a cama com Maria Eduarda diversas vezes, mesmo depois de descobrir que ela é sua irmã. Não tem coragem de lhe revelar o terrível segredo, por isso pede ao amigo João da Ega que lhe conte tudo e a despache para a França. É um final cruel, ainda que consistente com o propósito de Eça, que era o de retratar uma sociedade tíbia, corroída pelo ócio. Resolvi alterar esse final perturbador numa concessão à lógica da teledramaturgia. Com um Carlos Eduardo tão fraco, o espectador, que anda sedento de bons exemplos éticos, se sentiria traído, abandonado pelo herói por quem torceu. E torceu mesmo, porque Fábio Assunção representou o seu papel com um ar de dignidade e retidão de caráter que o personagem do livro não possui. Por isso, em minha versão, os dois irmãos só sucumbem à tentação uma vez. Depois disso, Carlos Eduardo é atingido em cheio pela repugnância de seu ato e toma as atitudes que um homem de fibra tomaria. A cena final da série é uma das mais belas que já escrevi.

Veja – Essa mudança vem se juntar a outras, que foram muito criticadas. A senhora acha que cometeu algum excesso na adaptação?
Maria Adelaide – Se eu e minha equipe cometemos algum pecado, foi ser extremamente reverentes com a obra de Eça. Nenhuma das alterações é relevante se comparada com a fidelidade com que seguimos a história e seu espírito, e todas se justificam do ponto de vista da dramaturgia. Eu cortei alguns personagens, ampliei a participação de outros e até incluí na trama figuras dos livros A Relíquia e A Capital, o que deixou muitos queirozianos de cabelo em pé. Entre os personagens que eliminei, por exemplo, está o Conde de Steinbroken, que tem uma função anedótica em Os Maias, mas não contribui em nada para a ação. Quanto ao núcleo de personagens que extraí de A Relíquia, estou com a consciência tranqüila. Ele faz muito sucesso, diverte as pessoas. Os queirozianos me diziam: por que introduzir essa gente se a matéria cômica de Os Maias já é tão rica? Mas seu humor é refinado demais, requer conhecimentos da história de Portugal que nem os portugueses dominam hoje em dia. Essa espécie de ironia é quase inacessível ao público de televisão.

Veja – Por que a audiência de Os Maias foi baixa?
Maria Adelaide – A maior falta de sorte foi não conseguirmos editar o primeiro capítulo da maneira necessária. O programa que foi ao ar não foi o mesmo que escrevi. Eu redigi seis blocos, mas as pessoas viram apenas dois. Isso desorganizou a dramaturgia da série. Mas não se pode apontar culpados. Todos fizeram o melhor, todos queriam atingir um vasto público. A emissora investiu alto numa produção como nunca se viu na TV brasileira. Seria uma injustiça, por exemplo, responsabilizar Luiz Fernando Carvalho, que dirigiu o programa. Dizem que a vocação dele é mais cinematográfica que televisiva, e isso é verdade. Mas sob todos os aspectos ele fez um programa belíssimo. Eu me frustrei com a baixa audiência, não com aquilo que eu vi na tela, que é de uma beleza rara.

Veja – O ibope está sempre em sua mente quando escreve para a televisão?
Maria Adelaide – É um dado importante. Nunca quis fazer teledramaturgia para uma elite. Minha ambição é fazer produtos de alta qualidade que atinjam várias pessoas. Para A Muralha, por exemplo, não me limitei ao livro de Dinah Silveira de Queiroz. Eu adoro pesquisar e fiz leituras extensas sobre a história paulista. Também empreguei uma linguagem difícil, que trazia o sabor de outras épocas. E nem por isso a audiência foi baixa. Quem poderia dizer que A Muralha faria sucesso? O próprio Daniel Filho, diretor do núcleo de produção do programa, dizia que aquele era um produto de risco. Escrevi Os Maias com o mesmo espírito, também pesquisando, também usando um linguajar elaborado. Não subestimo o espectador e, sinceramente, não achava que houvesse riscos desta vez.

Veja – A senhora, hoje, atribuiria a pequena audiência da série a características da própria obra de Eça? Ele ficou datado?
Maria Adelaide – De jeito nenhum. Ele é agradabilíssimo, é absolutamente moderno.

Veja – Eça ou Machado de Assis?
Maria Adelaide – É muito mais fácil adaptar a obra do Eça para a dramaturgia, porque ele fazia concessões ao folhetim, enquanto o Machado de Assis não. Mas, do ponto de vista literário, eu acho que essa é uma questão fastidiosa. Os dois são mestres da língua, têm estilo único e são importantes para as literaturas de seus respectivos países. Para que comparar alhos com bugalhos?

Veja – O que a senhora diria aos que afirmam que Machado aprendeu tudo com Eça, ou aos que dizem o contrário – que Machado foi melhor que o português?
Maria Adelaide – Eu diria que existe, nos meios acadêmicos, a tendência a discutir sempre os mesmos temas e os mesmos autores. Há muita coisa a dizer sobre a história cultural e literária do Brasil. O Ruy Castro, por exemplo, acaba de focalizar, em seu novo livro, o grupo que vivia em torno do poeta Olavo Bilac. São figuras interessantíssimas, como Paula Ney, Artur Azevedo e Emílio de Menezes. Mas o Ruy Castro é jornalista, e fez isso num livro de ficção. Por que os acadêmicos não se debruçam sobre essas coisas? Por que ficar conhecido apenas como queiroziano ou machadiano?

Veja – A senhora é católica praticante. Vivendo entre intelectuais, em algum momento da vida sofreu patrulha ideológica por causa disso?
Maria Adelaide – Nunca. Até porque, nos anos 60 e 70, quando isso talvez fosse possível no meio intelectual de esquerda, eu fiquei afastada da religião institucional. Eu era comunista. Eu não ia à igreja. Mas, no fundo, nunca perdi a fé. Mesmo minha adesão ao comunismo era uma espécie de fé, segundo outro catecismo. E vou lhe contar um segredo: jamais deixei de rezar para o anjo da guarda.

Veja – Seu novo livro fala muito de astrologia. A senhora acredita nos astros?
Maria Adelaide – Quem acredita em astrologia está muito bem acompanhado. Leonardo da Vinci e Fernando Pessoa, por exemplo, acreditavam. Eu sou adepta. Os padres de minha igreja não gostam nada dessa história, mas o que posso fazer? A sedução pelo mistério é uma coisa humana.

Veja – A senhora lê Paulo Coelho e outros esotéricos?
Maria Adelaide – Prefiro que leiam Coelho a Sidney Sheldon. Pelo menos é um brasileiro. Mas não tenho afinidade nenhuma com ele. Detesto todo tipo de literatura esotérica. De modo geral, é literatura de baixo nível. Só a astrologia se salva para mim. Ao longo dos anos, comprovei que ela tem fundamentação.

Veja – Cite alguma.
Maria Adelaide – Um astrólogo previu meu câncer. Ele me disse: "Você tem um nódulo no seio esquerdo. Vá ao médico quanto antes". Eu fui, e era verdade. Meses depois ele fez a mesma afirmação a uma de minhas amigas, e mais uma vez estava certo. A primeira pessoa que fez meu mapa foi um amigo escritor, o Caio Fernando Abreu. Ele me disse que eu ficaria conhecida – e também tinha razão.

Veja – A senhora se submeteu a um tratamento bem-sucedido contra o câncer. Qual a carga simbólica que a doença carrega hoje em dia?
Maria Adelaide – A doença que tive me atingiu no seio. O seio é aquilo que uma mulher tem de mais feminino, é o órgão da nutrição. Nesse sentido, foi um baque. Mas acho que cada vez menos o câncer está investido daquela carga sombria. Eu fazia radioterapia à noite, me encontrava com muitas pessoas que tinham tumores e trabalhavam. Ninguém se sentia estigmatizado, estavam todos lá na sala de espera do hospital conversando, tocando a vida. Não vivíamos numa atmosfera de tragédia. Além disso, tive sorte. Meu câncer era leve e teve diagnóstico precoce. Eu não precisei extrair o seio inteiro. Minha vida afetiva e sexual continuou igual depois da doença, ou até melhor, porque tudo ficou mais claro em minha vida, inclusive os afetos e as amizades. Minha experiência com a doença está em boa parte descrita no romance O Bruxo. Também me considero uma pessoa de sorte por isso: fui capaz de transformar essa miséria em literatura.

Veja – Nos últimos anos, no teatro e na literatura, a senhora se aproximou dos temas femininos, o que nem sempre foi uma característica de sua obra. Por quê?
Maria Adelaide – Porque as mulheres ficaram mais interessantes. O trabalho as transformou. Nas últimas décadas, o desemprego começou a ameaçar as famílias. Enquanto os homens ficavam em casa, mergulhados na depressão, as mulheres foram para a vizinhança vender empadinha, depois foram se educar, depois entraram com força no mercado de trabalho. As mulheres não haviam sido preparadas para enfrentar o mercado, mas se mostraram inventivas e responderam aos desafios com muita rapidez.

Veja – A mulher que fica em casa cuidando dos filhos não é uma pessoa interessante?
Maria Adelaide – A questão não é essa. A questão é que cada vez menos você tem esse tipo de mulher. Mesmo o casamento não é mais uma instituição eterna.

Veja – Uma de suas principais peças, Bodas de Papel, fala sobre o mundo dos executivos. É um tema raro. Por que os autores brasileiros têm tanta dificuldade para falar do mundo dos negócios e do mundo dos ricos?
Maria Adelaide – Eu falei dos executivos porque era casada com um executivo de multinacional. Na primeira leitura que fiz da peça, um amigo escritor ficou escandalizado. Ele disse: "Mas essa gente não me interessa. Eu não vou pagar um ingresso de teatro para ver isso". Essas pessoas não parecem interessantes ao meio intelectual brasileiro. E o intelectual brasileiro conhece muito pouco as classes altas. De modo geral, mete os pés pelas mãos quando tenta retratá-las. O Gilberto Braga, na televisão, é uma das poucas exceções.

Veja – No ano passado houve muita polêmica em torno da novela Laços de Família, por ela tratar de assuntos como prostituição e por trazer atores infantis. As novelas são uma má influência?
Maria Adelaide – As novelas refletem a realidade. É como aquela história do pintor Pablo Picasso. Os nazistas visitaram seu ateliê durante a II Guerra Mundial e, diante do quadro Guernica, que retrata o horror da guerra, perguntaram: "Foi você que fez isto?". E ele respondeu: "Não, foram os senhores". Na verdade, os melhores autores de novela têm usado a teledramaturgia para estimular a vida cívica, não o contrário. Todos nós temos usado a televisão para veicular boas mensagens e até campanhas. Na novela, isso tem muito resultado, porque pega o espectador pela emoção. É mais efetivo que um slogan político ou publicitário. Você mobiliza o corpo e a alma das pessoas.




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26/10/2008 free counters

'Dalva e Herivelto são como Courtney Love e Kurt Cobain'


6 de janeiro de 2010

Por Maria Carolina Maia


Maria Adelaide Amaral, com retrato do casal Dalva e Herivelto ao fundo (Foto: Renato Rocha Miranda/TV Globo)

Enquanto se prepara para voltar às novelas, gênero com que ingressou na TV, em 1990, Maria Adelaide Amaral faz uma nova incursão pelas minisséries, formato que a consagrou. Dalva e Herivelto, seu novo trabalho, estreou na última segunda-feira, explorando a relação afetivamente explosiva e musicalmente fértil de dois dos maiores nomes da era do rádio. Para a escritora, Dalva de Oliveira e Herivelto Martins formavam um casal como Courtney Love e Kurt Cobain, os roqueiros grunges que compartilharam drogas, escândalos e depressões. "É uma história repleta de drama, paixão, ciúme, traições e egos feridos", resume a dramaturga.


Quando casados, Dalva e Herivelto dividiram palcos, fãs e boemia. Separados, protagonizaram polêmicas, trocando acusações por meio da imprensa e de canções agressivas. "E a culpada foi ela/ Transformava o lar na minha ausência / Em qualquer coisa abaixo da decência", disparou Herivelto em Caminho Certo, uma parceria com o jornalista David Nasser. Ao que Dalva teria respondido, gravando Errei, Sim, de Ataulfo Alves: "Mas foste tu mesmo / O culpado / Deixavas-me em casa / Me trocando pela orgia." Na entrevista abaixo, Maria Adelaide fala da minissérie, da relação com os herdeiros de Dalva e Herivelto e do retorno aos folhetins com o remake de Tititi, que deve ocupar o horário das 19h a partir do segundo semestre de 2010.

Dalva e Herivelto são representantes da era de ouro do rádio e de um Brasil que não existe mais. A senhora acha que eles são capazes de atrair o público jovem?
Dalva e Herivelto são bem parecidos com algumas figuras que os jovens conhecem bem: Courtney Love e Kurt Cobain, Nancy e Sid Vicious, e outros casais explosivos.

Como a senhora descreve a relação entre Dalva e Herivelto, como parceiros profissionais e como casal?
Ele foi um grande compositor e intuiu que ela, excelente cantora, era o que estava faltando à Dupla Preto e Branco, formada por ele e Nilo Chagas. Os três constituíram o Trio de Ouro, que durou até 1949, quando eles se separaram e ela começou efetivamente a carreira solo, com grande sucesso. Ele não esperava por isso.

Os atores Adriana Esteves e Fabio Assunção como Dalva e Herivelto (João Miguel Jr./TV Globo)Com outras boas histórias sobre a cena cultural brasileira, por que narrar a vida desse casal?
Na verdade, quando fui ao Rio, minha proposta era fazer uma série sobre a Isaurinha Garcia. Mas o diretor musical Mariozinho Rocha me lembrou de Dalva e Herivelto. Imediatamente, começamos a recordar o famoso rompimento dos dois e as músicas que isso gerou. É uma história repleta de drama, paixão, ciúme, traições e egos feridos. E dava para contar em cinco capítulos.

A senhora se especializou em narrativas curtas. É mais fácil escrever uma minissérie do que uma novela?
Tenho mais tempo para pesquisar e escrever, o que faz com que os capítulos sejam desenvolvidos com mais calma. Mas em 2010 retorno às novelas, com o remake de Tititi, do saudoso Cassiano Gabus Mendes, o homem que efetivamente me levou para a TV em 1990, para escrever com ele Meu Bem, Meu Mal.

Consta que Pery Ribeiro, filho de Dalva e Herivelto, se sentiu insatisfeito por não participar das decisões sobre a minissérie. Os herdeiros de fato foram afastados das resoluções?
Todos os herdeiros foram devidamente consultados antes e durante a redação dos capítulos. No período de gravação, a Yaçanã Martins cedeu vários documentos e objetos pessoais de Herivelto, seu pai, e deu alguns palpites na cenografia. O Pery foi consultado sobre a música de abertura, que, aliás, é cantada por ele e Dalva. A minha relação com eles transcorreu num clima de confiança desde a primeira reunião. Aliás, isso era fundamental. De outra maneira, a minissérie nem poderia ser realizada.

Fabio Assunção esteve afastado da TV por dependência química, e agora volta na pele de um boêmio que maltratava a esposa. Isso não pode depor contra o ator diante dos fãs?
A dinâmica do casal era bastante neurótica, mas curiosamente Herivelto nunca ergueu a voz para Lurdes (sua terceira mulher). Apesar da virulência de Herivelto, Fabio deu ao personagem a humanidade que naturalmente ele devia ter.


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26/10/2008 free counters

Lula, o inimigo do Estado



Exclusivo: os documentos, as testemunhas e as memórias da greve que manteve o presidente por 31 dias na prisão

por Camilo Vannuchi - 07/01/2010 - 12:23
Acervo Iconographia
Ainda não eram 6h da manhã quando três viaturas estacionaram em frente ao número 273 da Rua Maria Azevedo Florence, um sobrado de esquina em São Bernardo do Campo.

– Senhor Luiz Inácio! Senhor Luiz Inácio!

Frei Betto dormia na sala. Assessor da pastoral operária, ele se instalara na casa de Lula dias antes. “Atendia ao pedido de Dom Cláudio Hummes, bispo da região, em apoio a Lula, então presidente do sindicato dos metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema”, diz. Naquele 19 de abril de 1980, um sábado, estava acompanhado pelo deputado estadual Geraldo Siqueira, também solidário à greve, que avançava pela terceira semana.

Fazia tempo que ninguém dormia direito naquela casa. Lula demonstrava irritação com a permanente vigilância dos agentes do Departamento de Ordem Política e Social (Dops), órgão responsável por investigar crimes de natureza política. Marisa Letícia conta que se angustiava ao ver o sobrado cercado, policiais plantados na esquina e gente rondando à noite. Os três filhos do casal – Marcos, de 9 anos, Fábio, de 4, e Sandro, de apenas 1 – lamentavam a ausência do pai, sempre às voltas com assembleias e negociações.

Na semana anterior, o Tribunal Regional do Trabalho considerara a greve ilegal, por extrapolar a esfera trabalhista e insuflar a desordem. Foi a justificativa para a intervenção no sindicato e para a destituição da diretoria, na véspera. As primeiras prisões não tardariam.

Às 6h, Geraldo Siqueira e Frei Betto checaram o mandado de prisão. Oito agentes do Dops, dois deles armados com metralhadoras, esperavam por Luiz Inácio.

Frei Betto subiu as escadas e bateu na porta da suíte.

– A repressão veio te buscar, disse ele.

Lula ainda teve calma para tomar café da manhã, enquanto a mulher colocava suas roupas em uma mala. “Enfiaram o Lula no carro e sumiram”, diz Dona Marisa. “Até nosso fiatzinho esquentar, eles já tinham desaparecido.”

Às portas do último ano do segundo mandato, Luiz Inácio Lula da Silva assume um tom austero ao lembrar aquela manhã. Quase trinta anos após a prisão, o presidente grisalho que recebe ÉPOCA SÃO PAULO em seu gabinete paulistano reconhece na greve de 1980 o momento mais marcante em sua trajetória política. Depois dela, o símbolo operário se transformaria no líder político que fundou o PT e que um dia chegaria à Presidência. Naquele 19 de abril, porém, ele parecia prestes a estrear como personagem de um desgastante reality show, vivido numa cela repleta de metalúrgicos. Outros 16 sindicalistas foram detidos. “Prenderam todo mundo às 6h da manhã”, diz Lula. “Uns, eles levaram de cueca. Na casa de outros, cortaram o fio do telefone. Na minha, não cortaram nada. Só bateram, eu me preparei e fui.”

Enquanto era conduzido ao Dops, no centro de São Paulo, Lula conta que cogitou sofrer um atentado. Lembrou-se de que, anos antes, agentes do Dops costumavam dar sumiço em opositores do regime. “Havia uma cerração brava, e eu pensei: ‘Se esses caras cismarem de fazer alguma coisa aqui, ninguém está vendo’”, diz Lula. “Mas, dez minutos depois, D. Paulo Evaristo Arns (cardeal de São Paulo) anunciava no rádio que eu havia sido preso. Fiquei aliviado.” Acervo Iconographia e Arquivo do Estado de São Paulo
Cassado em 18 de abril de 1980, Lula deixa a Presidência do sindicato (à esq.) e, na calçada, faz o último discurso antes de ser preso (à dir.) e indiciado no inquérito movido em nome do “Estado e suas Instituições” (detalhe)


Vídeo que faz parte da reportagem da revista Época São Paulo sobre os documentos, as testemunhas e as memórias da greve que manteve o presidente Lula por 31 dias na prisão



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26/10/2008 free counters

“O maior pico foi de 10 mil carros em uma hora”, diz gerente de pedágio



EDUARDO ZANELATO - 07/01/2010 - 10:02

Mãe de dois filhos se divide entre a casa, na Baixada Santista, e o dia a dia de uma das maiores praças de pedágio de São Paulo


Juliana Pereira da Cruz, Gerente de Praça de Pedágio, 31 anos, três de profissão.

Renato Stockler
Juliana não pediu autógrafo para Fábio Assunção e ignorou Paulo Vilhena: "Nem sequer deu boa-noite"

Comecei no pedágio há três anos, como arrecadadora. Fui chamada para trabalhar na alta temporada, a partir de outubro. Agora, sou controladora da praça, uma espécie de gerente do pedágio. Trabalho das 6h20 às 14h45 chefiando uma equipe de 14 pessoas nos dias de semana. Nos finais de semana e feriados, o número pula para 60. É o necessário para dar conta dos 3 mil carros que passam por hora nesses dias.

Muitos famosos passam por aqui, vários na minha cabine. O Fábio Assunção, por exemplo, foi muito educado, simpático. A menina da cabine ao lado até desceu para pedir autógrafo. Não pedi, pois não gosto de incomodar. Passou também o Paulo Vilhena. Esse fingi que não reconheci, porque ele nem sequer deu um boa-noite. Passou a Caroline Bittencourt, aquela modelo. Ela foi simpática, até porque estava sem dinheiro. Eu disse que aceitava cheque, ela se surpreendeu, pagou e foi embora feliz.

Não aceitamos cartões. Quando a pessoa não tem dinheiro nem cheque, analisamos a situação e podemos abrir uma exceção. Emitimos um boleto com os dados que o usuário fornece e ele tem três dias úteis para efetuar o pagamento. Mas geralmente o usuário dá um jeitinho e acha o dinheiro perdido no carro ou na bolsa. Ou passa um cheque. Só não vale pré-datado (risos).



Uma vez ajudei a socorrer uma moça que estava apanhando do namorado (risos). Era noite e estava uma neblina muito forte. Só consegui ver uma pessoa correndo no meio da pista. Depois de prestar socorro, chamar a família e a polícia, soubemos que ela estava indo com o namorado para a praia e, buscando sinceridade no relacionamento, contou que tinha traído o parceiro. Ela quis desabafar, e ele não aceitou. Esse dia foi bem complicado.

O maior pico de movimento, desde que comecei, foi de 10 mil carros em uma hora. Quem está de fora não tem noção do que passa por aqui. É carro pra caramba. Os dias mais críticos são 30 e 31 de dezembro. Já virei o ano trabalhando na praça de São Vicente. Deu 23h30 e esvaziou, ficou sem ninguém. Mal terminaram os fogos e vi os faróis chegando. À 0h10, a praça já estava cheia de carros voltando. A gente nem pôde comemorar muito.



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26/10/2008 free counters

Manifestantes e PMs entram em confronto no centro de SP





Os manifestantes protestavam contra o aumento das passagens de ônibus Foto: Marcelo Pereira/Terra

Policial saca arma durante protesto contra aumento de passagens
07 de janeiro de 2010
Foto: Marcelo Pereira/Terra


Marcelo Pereira
Direto de São Paulo

Manifestantes do movimento Passe Livre e policiais militares entraram em confronto nesta quinta-feira nas proximidades do terminal Parque Dom Pedro, na região central de São Paulo. Os PMs utilizaram bombas de efeito moral para conter o protesto contra o aumento de passagem do transporte coletivo.

O confronto teve início após um desentendimento entre os manifestantes e os PMs, que tentavam bloquear a passagem do protesto até o terminal. A manifestação teve início na região da praça da Sé. Não há informações de detidos.

Questionada sobre a foto do policial com uma arma na mão durante o protesto, a Polícia Militar de São Paulo afirmou que, "em princípio, há incorreção de procedimentos". No entanto, a corporação disse que a imagem não permite uma análise mais abrangente do quadro operacional para verificar se a ação foi correta.




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26/10/2008 free counters

'Dalva e Herivelto' ganha dois pontos e deixa Globo com 30




Adriana Esteves e Fábio Assunção gravam Foto: TV PressAdicionar imagem

Minissérie caiu nas graças do público
26 de dezembro de 2009
Foto: TV Press


Odair Del Pozzo
De São Paulo

A minissérie Dalva e Herivelto não para de crescer. Na noite de quarta, ganhou mais dois pontos de audiência em relação à noite anterior, deixando a Globo com 30 pontos. A Record, com Poder Paralelo, ficou com 12. SBT, com Vende-se Um Véu de Noiva, 7. Band e Rede TV!, 3, respectivamente, com VídeoNews e Superpop.



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26/10/2008 free counters

Secretaria de Direitos Humanos rebate críticas da presidente da CNA

A Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) divulgou há pouco nota à imprensa contestando as críticas da presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu (DEM-TO), ao Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH). Segundo a secretaria, o plano é resultado de um "amplo e longo" debate com a participação da sociedade e atende às demandas de vários segmentos, inclusive o setor do agronegócio. Na nota, a secretaria diz que o PNDH traduz os debates com a sociedade. Ele "reflete as demandas da sociedade brasileira na sua pluralidade, o que inclui o setor de agronegócios. O objetivo do PNDH é transformar a promoção e proteção dos direitos humanos numa agenda do Estado brasileiro, tendo como fundamentos a própria Constituição Federal e os compromissos internacionais assumidos pelo país", diz trecho da nota.


Presidente da CNA diz que Plano Nacional de Direitos Humanos é contra setor rural

Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil





Brasília - A presidente da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu (DEM-TO), decidiu entrar na suposta crise entre a Secretaria Nacional de Direitos Humanos e setores das Forças Armadas por causa do Plano Nacional de Direitos Humanos. Hoje (7), a parlamentar democrata convocou entrevista coletiva para criticar o plano, argumentando que ele prejudicará os produtores rurais.

Kátia Abreu afirmou que a proposta do governo, lançada em dezembro, “representa uma tentativa de segregar o agronegócio”. Procurada pela Agência Brasil para se manifestar sobre as críticas da senadora do DEM, a Secretaria Especial de Direitos Humanos ainda não se pronunciou.

O agronegócio enfrenta processos judiciais por questões de trabalho degradante. Boa parte da lista suja do Ministério do Trabalho é composta de empresas e de fazendas do setor.

Na avaliação da CNA, se o texto do plano for aprovado pelo Congresso Nacional da forma como foi lançando haverá aumento da violência no campo por causa da flexibilização do direito de posse. Segundo a senadora, o texto prevê que, antes da concessão de liminar ou da própria reintegração de posse, no caso de invasão de propriedade, seja criada uma espécie de câmara de conciliação para tentar mediar o conflito.

“Quando se condiciona à concessão de liminares ou à reintegração de posse a qualquer mecanismo administrativo, estimula-se a violência no campo”, argumentou a senadora. “Isso significa concordar com os movimentos que estão invadindo terras no país e, de certa forma, estimular que continuem trazendo intranquilidade no campo.”

Para ela, o Plano Nacional de Direitos Humanos, que determina as diretrizes do governo em relação às ações na área de direitos humanos, é uma “plataforma amplamente socialista” e um “atestado de preconceito contra o agronegócio”. Ela direcionou suas críticas especialmente aos ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Meio Ambiente. “Estão totalmente contrários ao setor.'

A senadora disse que o plano não trata apenas da questão dos direitos humanos, mas de todas os temas da sociedade. “Esse plano extrapola sua competência, entrando na questão fundiária, agrária e em todos os setores da sociedade brasileira”, atacou. “No que diz respeito à questão fundiária, ele atropela a Constituição e sugere que sejam aprovados projetos de lei no Congresso para diminuir o direito do cidadão no acesso à Justiça.”




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26/10/2008 free counters

Notícias » Notícias Ilha australiana é invadida por migração de caranguejos




A migração fechou estradas e transformou as ruas da Ilha Christmas, na Austrália Foto: Christmas Island Tourism Association   /BBC Brasil

A migração fechou estradas e transformou as ruas da Ilha Christmas, na Austrália
07 de janeiro de 2010
Foto: Christmas Island Tourism Association /BBC Brasil


A migração anual de mais de 100 milhões de caranguejos fechou estradas e transformou as ruas da Ilha Christmas, na Austrália, em enormes tapetes vermelhos. Os cerca de 120 milhões de caranguejos, segundo o Parque Nacional da Ilha Christmas, no sudoeste da Austrália, migram todos os anos das florestas para o mar, para a reprodução e desova.

O movimento rumo ao oceano começa entre os meses de novembro e janeiro, dependendo das chuvas. Os caranguejos apenas prosseguem a migração com chuva. Esse ano, devido ao fato de a estação úmida ter vindo mais tarde, houve apenas uma desova, iniciada no meio de dezembro. A migração é tão intensa que ruas e estradas são fechadas na ilha, para impedir que os crustáceos sejam esmagados. Guardas-florestais também constroem pontes plásticas sobre as estradas para que os caranguejos atravessem sem perigo.

Tricia Ho, guarda-florestal na ilha, disse à BBC Brasil que os filhotes de caranguejos já estão emergindo aos poucos e logo deverão começar o caminho para as florestas. A movimentação da natureza, no entanto, não impede que os 1,2 mil moradores locais prossigam com suas atividades diárias. "Não é difícil ver caranguejos dentro das casas", disse Linda Cash, moradora local, à BBC Brasil.

Galápagos do Índico
O pequeno pedaço de terra no Oceano Índico foi descoberto e nomeado Ilha Christmas por um capitão britânico, que passava pela região no dia de Natal em 1643. O local é conhecido como a "Galápagos do Oceano Índico", devido à sua grande biodiversidade, comparável à do arquipélago que fica no Oceano Pacífico.

A Ilha Christmas é um paraíso para pássaros e 14 espécies de caranguejos, incluindo o maior invertebrado no mundo, o caranguejo coco. Dois terços da ilha formam um parque nacional, atraindo 1,5 mil visitantes por ano, principalmente mergulhadores e observadores de pássaros e caranguejos.

Apesar de fazer parte do território australiano, a ilha está a apenas 370 quilômetros da costa sul da Indonésia e a maioria de sua população pertence às etnias chinesa e malaia.



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26/10/2008 free counters

Barack Obama se convierte en inesperado modelo para un anuncio en Times Square

  • La firma de ropa Weatherproof ha aprovechado una foto de Obama con uno de sus abrigos para crear un anuncio.
  • La Casa Blanca pedirá la retirada del mismo.

EUROPA PRESS. 07.01.2010 - 11.26 h

El presidente de Estados Unidos, Barack Obama, se ha convertido sin pretenderlo en modelo de una reconocida firma de ropa después de que una imagen suya vistiendo uno de los abrigos de la firma en cuestión haya sido colgada de una de las fachadas del transitado Times Square, pese a que la iniciativa no contaba con el permiso de la Casa Blanca.

La empresa Weatherproof se ha servido de una fotografía en la que el presidente aparecía con un abrigo que la propia marca ya ha denominado 'chaqueta Obama'. La imagen fue tomada durante la visita del mandatario a la Gran Muralla china y aparece tanto en la conocida plaza neoyorquina como en la página web de la empresa. De hecho, la compañía trató de publicar el anuncio en varios periódicos norteamericanos, pero éstos se negaron a difundirla.

La Casa Blanca pedirá la retirada del anuncio, que considera engañoso

La Casa Blanca tiene previsto ponerse en contacto con Weatherproof para pedirle que retire el anuncio, porque es "claramente engañoso", según declaró una fuente de la Presidencia al diario The New York Times. En este sentido, denunció que "la empresa sugiere que el presidente o la Casa Blanca aprueba o respalda" la prenda.

El presidente de la compañía textil, Freddie Stollmack, explicó que reconocieron el abrigo al ver la fotografía y al pedir una copia en alta resolución se dieron cuenta de que hasta se podía leer el logotipo de marca. Weatherproof incluso difundió un comunicado el pasado mes de diciembre para alabar el supuesto bueno gusto de Obama al elegir sus abrigos.

Hasta este miércoles por la tarde, la empresa no había recibido llamada alguna de la Casa Blanca, pero Stollmack subrayó que, en caso de que dicho contacto ocurriese, secundaría "lo que haya que hacer". "No buscamos enfadar a la Casa Blanca", agregó.





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26/10/2008 free counters

El director de Greenpeace España: "Estuve en el Guantánamo del clima"

Uralde, ya en España: "Si tuviera la misma oportunidad otra vez, lo volvería a hacer"

  • Llegó a Barajas sobre las 19.30 horas.
  • El director de Greenpeace España asegura que la liberación se ha producido "gracias a la presión ciudadana e internacional".
  • Ha permanecido 20 días en una prisión danesa junto a otros tres activistas por protestar en la Cumbre del Clima de Copenhague.




A. M. / VÍDEO: ATLAS. 07.01.2010 - 23.02 h

"El trato que hemos recibido ha sido desproporcionado y excesivamente cruel". Así ha calificado su estancia en la cárcel el director de Greenpeace España, Juan López de Uralde, durante una rueda de prensa este jueves concedida tras su liberación, junto a otros tres activistas, después de permanecer encarcelados en una prisión danesa durante más de 20 días por protestar en la Cumbre del Clima de Copenhague.

El trato que hemos recibido ha sido desproporcionado y cruel López de Uralde, que asegura que la liberación se ha producido "gracias a la presión ciudadana e internacional", se ha mostrado "crítico con el proceso que se ha seguido con nosotros" durante tres semanas en las que han estado "completamente aislados". "No podíamos hacer llamadas a las familias ni hemos tenido acceso a los periódicos, e-mails o cartas", ha destacado.

El español ha subrayado también que durante su encarcelamiento, que ha definido como "el Guantánamo del clima", "los propios policías nos dijeron que no habíamos cometido ningún delito" y ha afirmado que su actuación se encaminaba a "evitar un delito mayor". Por ello, el director de Greenpeace España ha defendido que exista una "proporcionalidad entre la respuesta de las autoridades y el delito cometido". "En toda sociedad democrática debe haber un espacio y margen para la protesta pacífica", ha señalado.

Llegada a Madrid

Ataviado con una camiseta con el lema "Greenpeace, activista climático", flanqueado por sus hijos y con los brazos en alto como símbolo de victoria, López de Uralde llegó sobre las 19.30 horas de este jueves a Barajas, donde decenas de personas le esperaban al grito de "libertad" y "los políticos hablan y los líderes actúan". El problema del cambio climático continúa

"Si tuviera la misma oportunidad otra vez, lo volvería a hacer", declaró el activista tras atravesar la alfombra roja que sus amigos y familiares le habían puesto en la terminal 4.

López de Uralde declaró que "el problema del cambio climático continúa, la Cumbre terminó sin acuerdo y el tiempo se acaba" y resaltó que estos son los motivos que les llevaron a aprovechar la presencia de 120 líderes mundiales para hacerles llegar el mensaje de que "hay que actuar ya".

En toda democracia debe haber un espacio para la protesta pacífica Además de Uralde, este miércoles fueron liberados los tres activistas de la organización ecologista - la noruega Nora Christiansen, el holandés Joris Thijssen y el suizo Christian Schmutz - que desplegaron una pancarta ante los líderes mundiales pidiendo acciones en la lucha contra el cambio climático en una cena de gala el pasado diciembre. El Tribunal Superior de Justicia del país escandinavo decretó el ingreso en prisión de los cuatro activistas el 17 de diciembre, rechazando las posteriores demandas de ponerles en libertad.




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26/10/2008 free counters

Em férias, Lula tem segurança reforçada no Guarujá-SP


REJANE LIMA - Agencia Estado


GUARUJÁ, SP - Poucos dias depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter sido fotografado carregando um isopor na praia do Inema, na Bahia, a Marinha tentou impedir a imprensa de mostrar como o presidente está passando suas férias no Guarujá, na Baixada Santista. Lula, a primeira-dama Marisa Letícia e a comitiva presidencial chegaram ao Forte dos Andradas na tarde de ontem e devem permanecer no local até domingo. Essa é a quarta vez que o presidente decide descansar no forte inaugurado em 1942 e a impressão de pescadores da região é que esse ano a segurança está mais reforçada.



"Fotos do Presidente não!", disse aos fotógrafos o comandante Marcelo Ruas Nogueira, chefe da segurança do tráfego aquaviário da Capitania dos Portos do Estado de São Paulo.



Além de lentes, as redes de pescas também sofreram com a visita presidencial. Pescadores da praia do Guaiuba, vizinha ao forte, reclamaram da atuação da Marinha, afirmando que foi mais rígida dessa vez que nos outros anos que Lula visitou a região. "No ano passado a gente não podia pescar na praia do forte, mas podia ir até ali perto retirar mariscos, mas esse ano está mais difícil ainda", disse o pescador Gabriel Pedro Passos Filho, de 49 anos. Ele alega que a boia de suas redes foi cortada e com isso perdeu as dez redes que havia deixado no mar, tendo um prejuízo de R$ 2.500


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26/10/2008 free counters

Residência de Sarney, a qual ele não ocupa, prevê gastos com 5 toneladas de carne


Compra é para 'realização de reuniões, almoços e jantares para convidados' da Presidência do Senado

Leandro Colon, de O Estado de S.Paulo


BRASÍLIA - O Senado prevê neste ano a compra de 5 toneladas de carne, frango, frutos do mar e linguiça para o consumo da residência oficial da presidência da Casa, no Lago Sul, bairro nobre de Brasília. Nessa cesta, entram 360 quilos de filé mignon, 540 de picanha e 240 de camarão. Os cinco mil quilos são suficientes para um churrasco com 12,5 mil pessoas. Detalhe: o presidente José Sarney (PMDB-AP) não mora na casa. Ele vive em sua residência particular, na mesma região.


No dia 17 de dezembro, o Senado fez uma licitação para selecionar as empresas que fornecerão alimentos e materiais de limpeza para a residência oficial em 2010. As compras valerão para esse ano eleitoral em que, no segundo semestre, o Congresso fica praticamente vazio. A Casa escolheu as empresas que ofereceram os melhores preços. A concorrência foi feita em cima da estimativa do consumo na casa para 2010, segundo e último ano de Sarney como presidente.

Como ele não mora nela, essa compra será feita, segundo o próprio edital, para "realização de reuniões, almoços e jantares para os participantes convidados pela Presidência". São raras, entretanto, as recepções realizadas na residência oficial do Senado.

Na relação de alimentos estão, entre outras coisas, 360 quilos de pão francês - o que dá uma média de um quilo por dia, além de 120 quilos de "linguiça para churrasco", 480 de frango, e 120 quilos de bisteca. Há ainda milhares de quilos de acém, alcatra, bacon, carne de sol, contra filé, costelinha suína, filé de pescada, galinha caipira, lombo, entre outros tipo de carne.

Também não deve faltar massa. O Senado prevê o consumo de 300 pacotes de macarrão, sendo 120 de espaguete, 60 de penne e 120 de talharim. O setor administrativo ainda lembrou-se da sobremesa: estima, ao menos, 72 latas de doce de goiabada, 180 potes de sorvete de "sabores diversos" e 240 latas de leite condensado. O café da manhã também está garantido: 60 latas de achocolatado em pó, a mesma quantidade de pacotes de capuccino e caixas de "aveia em flocos finos", além dos frios: 72 quilos de queijo mussarela, 180 de presunto e 144 de queijo fresco. Quatro empresas venceram a concorrência para fornecer todo esse material de consumo. Só a parte de açougue ficou em R$ 76,6 mil.

A Secretaria de Comunicação do Senado informou que o quantitativo foi elaborado "com base em estimativa informada pela coordenação de serviços da Residência Oficial". "O contrato é por demanda, o que significa que os gêneros alimentícios serão utilizados na medida em que surgir necessidade, o que não vincula o Senado a gastar a totalidade do contrato", explicou a Secretaria.



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26/10/2008 free counters

Obama pide manejar más rápido la información sobre amenazas

WASHINGTON (AP) - En un mensaje a la nación, el presidente Barack Obama dijo que está ordenando cambios en la forma en que se maneja la información sobre amenazas potenciales, al tiempo que reconoció que él es el responsable de la seguridad de Estados Unidos.


En respuesta al fallido atentado en Navidad a un avión que volaba sobre Detroit, Obama también quiere fortalecer la forma en que la gente es colocada en una lista de presuntos terroristas y en otra lista de personas que tienen prohibido subir a un avión.

Además, pidió que los informes de inteligencia _especialmente los que tienen que ver con amenazas_ sean distribuidos con mayor rapidez y amplitud.

Sin embargo, agregó Obama, "cuando el sistema falla, es mi responsabilidad".

Habló desde el Comedor de Estado. Sus declaraciones tuvieron que ser demoradas en dos ocasiones mientras los funcionarios se esforzaban por desclasificar un informe en torno a las falllas de seguridad, el cual fue a dado a conocer inmediatamente después de que él habló.

La Casa Blanca está ansiosa por resolver y dejar atrás este asunto, que amenaza con dañar al presidente en lo político y distraerlo aún más de su agenda.




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EEUU niega que estadounidense detenido en Cuba sea espía

WASHINGTON (AP) - El Departamento de Estado negó el jueves la afirmación de un alto funcionario cubano de que un contratista del gobierno estadounidense detenido en la isla caribeña es un espía.
"Esos comentarios son falsos", dijo el portavoz P.J. Crowley, refiriéndose a las afirmaciones efectuadas el miércoles por el líder del parlamento cubano, Ricardo Alarcón. Este dijo que el contratista, cuyo nombre no ha sido revelado por ninguno de los dos gobiernos, había sido contratado con el fin de que trabajara para los "servicios estadounidenses de inteligencia".


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Justiça de Catanduva, em SP, condena acusados de pedofilia à prisão em regime fechado


Publicada em 07/01/2010 às 16h26m

TV TEM, O Globo

SÃO PAULO - A Justiça de Catanduva, a 379 quilômetros de São Paulo, condenou os dois principais acusados de integrar uma rede de pedofilia que teria abusado de pelo menos 30 crianças e adolescentes moradores da cidade. Foram condenados o borracheiro José Barra Nova de Melo, vulgo Zé da Pipa, e o sobrinho dele, William Melo de Souza à prisão em regime fechado. Ambos não podem recorrer da decisão em liberdade.

A sentença, da juíza Sueli Juarez Alonso, titular da Vara da Infância e Juventude do Fórum de Catanduva, foi dada no dia 28 de dezembro, mas só foi divulgada nesta quinta-feira. José Barra Nova de Melo foi condenado a 13 anos e 4 meses de prisão e William Melo de Souza, a 12 anos. Zé da Pipa está preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Rio Preto.

Segundo a sentença, Zé da Pipa foi condenado por constranger, 'mediante violência física presumida', sete menores com idades entre 7 e 12 anos de idade. Já William responderá por abusos em três menores, todos também crianças. Os crimes aconteceram no segundo semestre de 2008.

Esta é a segunda condenação do borracheiro e do sobrinho dele pelo mesmo crime. A primeira sentença saiu no começo de 2009. As investigações sobre casos de pedofilia em Catanduva começaram no final de 2007, e envolveram o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo, a polícia, e a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia do Senado.

O borracheiro e o sobrinho são acusados de abusar sexualmente de crianças na casa de Zé da Pipa, no bairro Jardim Alpino, na periferia da cidade, e também em outros locais de Catanduva, como uma casa de classe média alta, no bairro Bosque. As crianças eram aliciadas pelo borracheiro, que prometia que na casa dele as crianças ganhariam pipas e doces, além de poder jogar videogame.




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