[Valid Atom 1.0]

sábado, 30 de agosto de 2008

El alcalde de Nueva Orleans ordena la evacuación de la ciudad ante la llegada del potente Gustav



Miles de evacuados en todo el Estado de Luisiana - John McCain insinúa que podría suspenderse la convención republicana de la próxima semana

AGENCIAS - Washington / La Habana - 31/08/2008


El alcalde de Nueva Orleans Ray Nagin ha ordenado hoy la evacuación de la ciudad como medida de prevención ante la llegada del huracán Gustav, que previsiblemente se convertirá en huracán de categoría 5, con vientos de más de 250 kilómetros por hora, al tocar tierra estadounidense, lo que podría provocar una catástrofe como la del Katrina en 2005. A estas horas, el ojo de Gustav se encuentra sobre el Golfo de México, tras atravesar Cuba con vientos de 240 kilómetros por hora (categoría cuatro). No se ha informado de víctimas en la isla, pero sí de numerosos daños materiales.


Barack Obama

BARACK OBAMA

A FONDO

Nacimiento:
04-08-1961
Lugar:
(Honolulu)
John Mccain

John Mccain

A FONDO

Nacimiento:
29-08-1936
Lugar:
(Coco Solo)
Estados Unidos

Estados Unidos

A FONDO

Capital:
Washington.
Gobierno:
República Federal.
Población:
290.000.000 (2004)

El desalojo por la llegada de "la madre de los huracanes", en palabras del alcalde, no se realizará por la fuerza y comenzará con la parte más baja de la localidad, el West Bank, a las 18.00 hora local (15.00 hora local española) y continuará a las 12.00 (19.00 en España) en el East Bank. El Centro Nacional de Huracanes (CNH) de EE UU ha dicho que Gustav seguirá aumentando de intensidad de manera gradual, y tras perder algo de potencia tras abandonar Cuba, volverá a recuperar vientos superiores a 200 kilómetros por hora cuando entre en el sur del Golfo de México en dirección al estado norteamericano de Luisiana.

En todo el Estado de Luisiana, más de medio millón de personas han iniciado un nuevo éxodo, tres años después del huracán Katrina. Mientras las autopistas y carreteras se inundan de todo tipo de vehículos, los ingenieros inspeccionan el vasto sistema de diques que deben proteger a la región de las inundaciones, para evitar un desastre similar al de 2005.

La Agencia Federal de Gestión de Emergencias estadounidense (FEMA) ha declarado que ahora está mejor preparada para afrontar la amenaza de Gustav que hace tres años, cuando se produjo el desastre del Katrina. Esta vez, la agencia estadounidense, en vez de esperar a que el fenómeno meteorológico toque tierra, ya ha comenzado a evacuar a los habitants del sur del país, ha indicado David Paulison, portavoz de la FEMA. "Hemos cambiado la cultura de esta organización", ha destacado.

Bush promete "pleno apoyo"

El presidente de EEUU, George W. Bush, ha prometido a los gobernadores de Luisiana, Misisipi, Alabama y Texas "pleno apoyo" del Gobierno federal ante la amenaza del huracán, que puede tocar tierra estadounidense en las próximas horas. Según el portavoz de la Casa Blanca, Scott Stanzel, el presidente ha llamado a las autoridades de estos cuatro estados, y ante el riesgo de que el Gustav se convierta en otro Katrina, ha recibido información detallada sobre la evolución del huracán y de los preparativos de emergencia de los estados del Golfo de México. En la tragedia del Katrina, que dejó 1.500 muertos, el gobierno de Bush fue muy criticado por su lenta reacción ante el desastre. La devastación fue peor cuando las lluvias torrenciales rompieron los diques y la ciudad de Nueva Orleans se inundó. Ahora, según la FEMA, cientos de autobuses en esta ciudad ya han comenzado a evacuar a la población. Unas mil personas han viajado ya en tren de Nueva Orleans a Memphis y se han fletado aviones para el desalojo.

Gustav afecta a la campaña presidencial

Los candidatos a la presidencia de EE UU, el demócrata Barack Obama y el republicano John McCain han suspendido hoy sus campañas ante la cercanía del potente Gustav. La preocupación es tal que el candidato republicano McCain ha indicado que su partido podría estar pensando en suspender la convención que celebra la semana que viene. Está previsto que la convención comience el lunes en St Paul, en Minnesota, el mismo día que los meteorólogos prevén que impactará el huracán.

El candidato republicano ha hablado sobre la posibilidad de suspender la reunión en una entrevista para la cadena Fox News que será emitida el domingo. "No sería conveniente organizar un evento festivo bajo la amenaza de una tragedia terrible como un desastre nacional", ha indicado el senador de Arizona.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

'A favorita': Flora seqüestra Halley


Nas cenas de 'A favorita' do próximo sábado, Silveirinha (Ary Fontoura) se espantará ao saber que Lara (Mariana Ximenes) e Halley (Cauã Reymond) estão namorando. Ele avisará a Flora (Patrícia Pillar) que Cilene (Elizangela) nunca aceitará esse namoro, já que os dois são irmãos.

Aflito, o ex-mordomo relembra o dia em que seqüestrou o filho de Donatela (Claudia Raia) e o levou para casa, dizendo para Cilene que ele era filho de um irmão que morrera atropelado. Seu plano inicial era pedir resgate, mas ela se afeiçoou pela criança e ele não conseguiu seguir adiante. Cilene só soube a verdade no dia em que o ex-marido a procurou para obrigá-la a mudar seu depoimento e inocentar Flora.

Apesar de tudo, Silveirinha sente pena de Cilene e deixa claro para Flora que não quer que ela faça nenhum mal a ela. Lara convida a mãe de Halley para jantar no rancho e ela aceita com a intenção de revelar a verdade para a família Fontini. No rancho, Cilene aproveita a demora de Halley e pede a atenção de todos. Nesse momento, Flora derrama suco em sua blusa e sussurra em seu ouvido que seu filho foi seqüestrado e se falar alguma coisa, ele morrerá

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Liberada nova imagem de Rodrigo Santoro em versão gay



Plantão | Publicada em 29/08/2008 às 20h36m

O Globo Online

Rodrigo Santoro e Jim Carrey no filme 'I love you Phillip Morris'. Foto Reprodução

RIO - O ator brasileiro Rodrigo Santoro terminou de rodar no mês passado em Miami o filme americano "I love you Phillip Morris", no qual contracena com Jim Carrey e Ewan McGregor. Nesta sexta-feira, caíram na rede mais fotos da produção dirigida por Glenn Ficarra e John Requa que tem estréia prevista para o dia 25 de fevereiro de 2009.

No filme, o ator Jim Carrey é Steven Russell, um ex-prisioneiro que tem um romance com o personagem-título do filme, Phillip Morris, um ex-colega de xilindró e vivido por McGregor.

Rodrigo Santoro faz uma participação especial com o primeiro namorado gay do personagem de Carrey. Em entrevista recente, no Brasil, Santoro elogiou o colega de set Jim Carrey.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Treinador não leva Robinho para estréia do Real no Espanhol


Jogador brasileiro não fica nem no banco de reservas na partida deste domingo contra o Deportivo La Coruña

EFE


Atacante ainda sonha em jogar no Chelsea

Arquivo

Atacante ainda sonha em jogar no Chelsea

MADRI - O atacante Robinho não entrou na relação de jogadores para disputar a primeira partida do Real Madrid no Campeonato Espanhol, contra o Deportivo La Coruña neste domingo, por decisão do técnico Bernd Schuster.



O treinador do Real Madrid disse acha que o brasileiro não está concentrado devido ao fechamento do mercado de contratações em 1.° de setembro e esclareceu que Robinho não se negou a viajar. Ele falou sobre o estado do jogador e admitiu que o caso ainda não está fechado, pois ainda existe a possibilidade de transferência para o Chelsea, de Luiz Felipe Scolari.

"Gostaria que estivesse fechado, mas não é assim. Robinho não pode ir a La Coruña. Acontecem muitas coisas e hoje não pode estar tudo fechado. Estará em 2 de setembro", admitiu Schuster.

"Ele não se negou a viajar. Eu tomei a decisão. Acho que é melhor que fique, esperar que se resolva o tema definitivamente. A partir da semana que vem, quando retornar de sua seleção, saberemos como tratar isso e mudaria tudo", acrescentou Schuster.

O técnico detalhou a mudança de opinião do corpo técnico, que, a princípio, decidiu continuar contando com Robinho, até que viu o atacante brasileiro desfocado.

"Para nós, continua sendo o mesmo grande jogador, mas temos que olhar as condições nas quais chega o jogador. Nas últimas semanas, a pressão a seu redor foi mais forte, houve declarações e o jogador não está em condições".

O comandante do Real chegou a comparar a situação de Robinho como as que ocorrem na vida entre um pai e um filho e admitiu que está aconselhando o atleta a ficar na equipe da Espanha.

"Sei o que é melhor para ele, como o pai a um filho. Sabemos o que é melhor para o filho, mas ele não pensa. Com o tempo, vai se dar conta de que temos razão", assinalou.

Schuster reiterou que, em suas decisões esportivas, não há intromissão do clube. "É uma decisão minha, não do clube. Nunca o clube deu uma opinião. Deixou a decisão para mim. Nas duas últimas semanas, são decisões minhas levá-lo ou não".

O técnico mostrou sua esperança de que, no final, Robinho continue no Real Madrid, e mostrou seu desejo de que o brasileiro marque o gol 5.000 do time na história do Campeonato Espanhol

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Egito abre passagem na fronteira com a Faixa de Gaza


AE-AP - Agencia Estado


CIDADE DE GAZA - O Egito abriu a passagem de Rafah, na fronteira com a Faixa de Gaza, no sábado, permitindo que centenas de pessoas saíssem do território, disseram autoridades. Palestinos que vivem no exterior e egípcios presos em Gaza por conta da fronteira fechada se reuniram durante a madrugada em um centro esportivo próximo e foram levados em pelo menos quatro ônibus pela polícia do Hamas para a fronteira.



A passagem de Rafah foi fechada depois que o grupo militante muçulmano Hamas assumiu à força o controle da Faixa de Gaza em junho do ano passado.



O Egito disse ter aberto a fronteira como gesto de boa vontade antes do início do mês do Ramadã, na semana que vem, e permitirá que as pessoas elegíveis atravessem a passagem até domingo. Nesses dois dias, o país também deixará que estudantes palestinos matriculados em universidades no exterior saiam de Gaza, além daqueles com residências no exterior e vistos de trabalho.



"Agradecemos o presidente (egípcio) Hosni Mubarak pela abertura da fronteira hoje e esperamos que os dias de abertura sejam estendidos", disse o primeiro-ministro de Gaza, Ismail Haniyeh, em comunicado para a imprensa.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Hallados los restos del español muerto en la dictadura brasileña


La Fiscalía ordena investigar las causas de la muerte de Miguel Sabat, un barcelonés de 50 años, encontrado sin vida en su celda, en 1973

ELPAÍS.com/AGENCIAS - Madrid/ Río de Janeiro - 29/08/2008


Autoridades brasileñas han anunciado este jueves que la osamenta exhumada el uno de abril en las afueras de Sao Paulo pertenece al español Miguel Sabat Nuet, fallecido en 1973, un mes después de ser detenido por agentes de la Dirección de Orden y Política Social (DOPS), la policía del régimen militar que gobernó Brasil entre 1964 y 1985.


Brasil

Brasil

A FONDO

Capital:
Brasilia.
Gobierno:
República Federal.
Población:
191,908,598 (2008)

"La muestra forense, un fémur humano, fue identificada a partir de la comparación con el resultado de exámenes de los familiares de Sabat Nuet recolectados para el banco de ADN de la Comisión sobre Muertos y Desaparecidos Políticos de la Secretaría de Derechos Humanos", afirma una nota de la la Secretaría Especial de Derechos Humanos, que depende del Ejecutivo brasileño.

La fiscal Eugenia Fávero ha solicitado una una investigación para determinar las causas de la muerte de Sabat Nuet. La versión oficial de la época, reproducida en los medios, señaló que el barcelonés se ahorcó en la celda con su propio cinturón, y que el cadáver fue sepultado el 1 de diciembre de 1973 en un cementerio a las afueras de la ciudad. La versión del suicidio siempre ha sido negada por la familia. "Creemos que fue torturado hasta la muerte", dijo su viuda Minerva al diario Folha de São Paulo, que ha dedicado una gran investigación al caso. Desde Barcelona, su hermano Carlos señaló que "es imposible creer en el suicidio", porque "el cinturón es una de las primeras cosas que le quitan a un preso".

Fávero espera que la investigación determine los autores del presunto asesinato, para que sean sancionados por un crimen de lesa humanidad, pese a que en Brasil se polemiza sobre los alcances de una Ley de Amnistía, que ampararía los delitos cometidos durante la dictadura.

De confirmarse la hipótesis de la familia Sabat, Miguel sería el primer español asesinado por la represión militar brasileña. De acuerdo a activistas de organizaciones brasileñas de defensa de los derechos humanos, el caso puede ser remitido al juez español Baltasar Garzón, que ha investigado muchas de las atrocidades cometidas por los regímenes dictatoriales que imperaron en el Cono Sur americano en la década de 1970.

Un vendedor de coches

Sabat Nuet había emigrado a Venezuela y vivía en Caracas con una colombiana que adoptó su apellido y que hoy, a los 73 años, reside aún en la capital venezolana. Los familiares han afirmado que Sabat Nuet trabajaba en una empresa que vendía automóviles, que había viajado a Buenos Aires y que de regreso a Caracas pasó por Sao Paulo, donde fue detenido en un tren por la policía política del régimen mientras "intentaba huir". Posteriormente fue calificado como terrorista por los servicios de inteligencia del régimen militar brasileño, la fiscalía asegura que nunca se probó su vinculación a organizaciones armadas o de izquierda.

En otro registro del 12 de octubre de 1973 encontrado en archivos de la época, su nombre aparece en una lista de presos a "disposición de las autoridades". Sin embargo, no existe en Brasil ningún documento oficial que compruebe su liberación o las circunstancias de su muerte, según la Presidencia brasileña.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Casey Stoner consigue la 'pole' en San Marino y saldrá primero por delante de Rossi;

Casey Stoner consigue la 'pole' en San Marino y saldrá primero por delante de Rossi; Pedrosa, sexto -

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Primer ministro reitera que no dimitirá a pesar de la presión de protestas

TAILANDIA-PROTESTAS (previsión)

Gaspar Ruiz-Canela
Bangkok, 30 ago (EFE).- El primer ministro de Tailandia, Samak
Sundaravej, reiteró hoy que no dimitirá a pesar de la presión para
que deje el cargo que asumió hace siete meses y las protestas
callejeras, que han desembocado en la ocupación de la sede del
Gobierno.
"Yo, el primer ministro, he accedido al cargo legalmente y no voy
a dimitir por unas protestas lideradas por la Alianza Popular para
la Democracia", dijo Sundaravej durante un acto televisado celebrado
en el complejo deportivo de Bangkok, la capital tailandesa.
"Dejaré el cargo según establece la ley y no por amenazas o
manifestaciones", insistió el primer ministro, quien agregó que ha
tenido mucha paciencia y se ha resistido a usar la fuerza contra los
manifestantes.
Después de reiterar que proseguirá al frente del Ejecutivo,
Sundaravej viajó por segunda vez en menos de 24 horas al palacio del
rey Bhumibol Adulyadej en la localidad de Hua Hin, unos 150
kilómetros al sur de Bangkok, para abordar la crisis, que se acentúa
a medida que pierde apoyos en el seno de la coalición del Gobierno y
en las altas esferas del Ejército.
No está clara cual será la reacción del Ejército, cuyo jefe, el
general Anupong Paojinda, se mostró contrarió a la idea planteada
por Sundaravej de decretar el estado de excepción, y sugirió en
declaraciones a la prensa, que la solución a la crisis era su
dimisión o la celebración de elecciones anticipadas.
Banharn Silpa-archa, líder del Chart Thai (Nación Tailandesa),
partido clave en la coalición, dijo que "los socios del Gobierno
tienen la impresión de que la situación se deteriora", y apuntó que
barajan "pedir al primer ministro que decida sobre el futuro de la
coalición".
Tras consultar a sus socios, Sundaravej solicitó una reunión
urgente del Parlamento para estudiar una solución sin recurrir al
empleo de la fuerza, a las manifestaciones que exigen su dimisión y
la de su Gobierno.
El portavoz del Senado, Prasopsuk Boondej, señaló que el jefe del
Ejecutivo ha pedido la sesión extraordinaria, que podría celebrarse
mañana domingo.
Las protestas se recrudecieron el viernes después de que la
Policía antidisturbios cargara contra los manifestantes apostados en
las calles adyacentes al palacio gubernamental, donde continúan
congregadas unas 20.000 personas.
En respuesta, los manifestantes intentaron asaltar el Cuartel
General de la Policía en Bangkok para exigir la entrega de los
responsables de la incursión, pero fueron dispersados con gases
lacrimógenos antes de conseguir su objetivo.
Los aeropuertos de la isla de Phuket y la ciudad de Krabi, dos de
los principales destinos turísticos de Tailandia, permanecen hoy
cerrados debido al bloqueo de los manifestantes, lo que ha dejado en
tierra a miles de turistas extranjeros, entre los que se encuentran
un grupo españoles.
Numerosos trayectos de tren también se han visto afectados por
una huelga indefinida convocada en el servicio de ferrocarril en
solidaridad con las manifestaciones.
Las protestas comenzaron el pasado mayo, cuando los seguidores de
la alianza montaron un campamento con su escenario frente al
edificio de Naciones Unidas para protestar contra Sundaravej y su
Ejecutivo, al que tachan de corrupto y de obedecer órdenes del ex
mandatario Thaksin Shinawatra.
La alianza fue también la que llevo a cabo las manifestaciones
que precedieron al golpe de estado incruento que desalojó del poder
a Shinawatra en septiembre de 2006.
El ex primer ministro se exilió en el Reino Unido a mediados de
agosto, tras alegar que las acusaciones de corrupción que le imputan
en su país son un montaje urdido por gente vinculada al gobierno
militar que asumió el poder tras las asonada.
Los líderes de la alianza han exigido al Gobierno de Sundaravej
que soliciten al británico la extradición de Shinawatra y su esposa,
a quienes acusan de haberse enriquecido a costa del Estado.
Con apoyos entre la elite conservadora y sectores castrenses, la
alianza explota con éxito su consigna de ferviente defensora de la
monarquía en un país donde el rey Bhumibol Adulyadej está
considerado casi divinidad por gran parte de los tailandeses.
La alianza, que lideran Sondhi Limthongkul, propietario de varios
diarios, y el ex general y antiguo gobernador de Bangkok, Chamlong
Srimuang, se ha manifestado contra el sistema democrático
occidental, al que culpan de la corrupción en el Gobierno.
Los dirigentes de las protestas acusan al Gobierno de comprar
votos en las amplias zonas rurales de Tailandia, por lo que proponen
un nuevo sistema político donde sólo el 30 por ciento de los
parlamentarios serían elegidos mediante sufragio universal.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Ya han sido entregadas a sus familiares 152 de las víctimas del accidente


Madrid, 30 ago (EFE).- Ciento cincuenta y dos de las ciento
cincuenta y cuatro víctimas mortales del accidente aéreo de Barajas
ocurrido el pasado día 20 han sido ya entregadas a sus familiares,
una vez concluido el proceso de identificación de todas ellas en
nueve días.
Sólo quedan por entregar los cuerpos de dos de las víctimas a sus
allegados y, en ambos casos, un varón y una mujer, de nacionalidad
sueca y turca, la autoridad judicial está pendiente de los trámites
con sus correspondientes embajadas, en un caso para traer a los
familiares y en otro caso para ser trasladados por la propia
embajada.
Así lo ha indicado hoy el director general de Emergencias y
Protección Civil del Ayuntamiento de Madrid, Alfonso del Álamo,
quien ha hecho estas declaraciones a los periodistas a las puertas
del cementerio de La Almudena para informar del dispositivo y del
protocolo desarrollado por el Consistorio durante el proceso de
acompañamiento de los familiares.
En total, los trabajadores municipales han realizado 99 procesos
de notificación y acompañamiento desde el Hotel Auditorium hasta las
instalaciones de La Almudena, 274 intervenciones psicológicas y 321
intervenciones sanitarias.
Una vez finalizada la atención a la emergencia, el Ayuntamiento
de Madrid desarrolló una primera fase de la post-emergencia en el
recinto ferial de IFEMA, donde se consiguieron identificar y
entregar a los familiares a 48 víctimas del accidente.
Terminada la identificación de los cadáveres por huellas
dactilares, la Policía Judicial consideró necesario trasladar las
tareas forenses a las instalaciones de la necrópolis de La Almudena.
En el Hotel Auditorium, donde se alojaron la mayoría de los
familiares a la espera de la conclusión del proceso de
identificación, el Ayuntamiento de Madrid estableció una oficina de
coordinación, comunicación y atención a los familiares, y una
estructura sanitaria de soporte vital avanzado y de soporte vital
básico para responder a sus necesidades.
En esa oficina, se recibía telefónicamente la confirmación de las
sucesivas identificaciones, se comunicaba esta información a las
familias en presencia de un psicólogo y la Policía Municipal
trasladaba a aquellas que así lo decidían hasta el cementerio de La
Almudena para identificar a las víctimas.
En el camposanto de La Almudena, el Consistorio estableció un
segundo escalón de la atención, donde un equipo de sanitarios,
psicólogos y trabajadores sociales acompañaba a los familiares en el
proceso de identificación física de las víctimas y en los trámites
judiciales y administrativos.
El SAMUR Social trasladaba a los familiares desde La Almudena al
aeropuerto de Barajas donde tenían que reconocer los equipajes y
objetos personales de sus familiares y finalmente eran llevados al
hotel desde donde partían a sus destinos.
Este proceso se ha desarrollado de forma continuada veinticuatro
horas al día desde el día 22 hasta las 07.00 horas de hoy, sábado,
con la participación de 267 voluntarios de Protección Civil, de los
cuales 76 son psicólogos.
También han formado parte del dispositivo doce equipos de soporte
vital avanzado y 21 equipos de soporte vital básico de SAMUR
Protección Civil, tres supervisores, tres jefes de equipo, tres
responsables de psicólogo (uno por turno), así como los directivos
de guardia de cada día.
Del SAMUR Social han participado veinte trabajadores sociales y
treinta auxiliares sociales y, por turnos, se ha podido disponer de
cinco unidades móviles de mañana y tarde y tres por la noche.
La Policía Municipal ha dispuesto de 320 agentes en el proceso de
acompañamiento a los familiares, así como también en tareas de
vigilancia tanto en el Hotel Auditorium como en el cementerio de La
Almudena.
Más de cien agentes judiciales de la Policía Municipal han
colaborado con la autoridad judicial en el proceso de acompañamiento
y de gestión de los trámites necesarios.
Alfonso del Álamo ha felicitado a los trabajadores municipales al
considerar que han realizado "una tarea excepcional", al igual que
otras instituciones públicas y privadas, como el Ministerio del
Interior, el Colegio de Psicólogos y Cruz Roja. EFE

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

La ministra de Fomento asegura que Spanair barajó un cambio de avión tras la primera avería

Álvarez: "Spanair barajó la posibilidad de sustituir la aeronave"

CNN+ 29-08-2008


La ministra de Fomento, Magdalena Álvarez, ha asegurado en su comparecencia en el Congreso que la compañía Spanair pensó la posibilidad de cambiar el avión tras detectarse la primera avería.



Magdalena Álvarez asegura en su comparecencia en el Congreso que el sector aeronáutico español es tan seguro como el de los demás países de la UE

ELPAÍS.com / AGENCIAS - Madrid - 29/08/2008


Spanair barajó cambiar el avión Mc Donnell Douglas 82 sólo unos minutos después de la primera avería que sufrió el pasado 20 de agosto, la de un sensor que mide la temperatura. Sin embargo, la aerolínea no lo hizo y el sensor averiado sólo se desconectó. El avión volvió la pista, despegó y poco después se estrelló con 172 personas a bordo. El dato del posible cambio de avión es lo más significativo que ha dicho la ministra de Fomento, Magdalena Álvarez, en su comparecencia este viernes por la tarde en el Congreso de los Diputados sobre la catástrofe aérea del pasado 20 de agosto en la que perdieron la vida 154 personas, el cuarto mayor siniestro en cuanto a número de víctimas mortales de la aviación civil española. La comparecencia comenzó con un minuto de silencio. A continuación la ministra ha explicado su gestión tras el accidente de Barajas.

AENA

(Aeropuertos Españoles y Navegación Aérea)

A FONDO

Sede:
Madrid (España)

Enlace Ver cobertura completa

Grafico

Tragedia en Barajas

GRAFICO - El Pais - 27-08-2008

- Guadalupe Cruz, Matías Cortina/PRISACOM

La Comisión de Fomento comienza con un minuto de silencio por las víctimas



Magdalena Álvarez comparece en el Congreso para informar del accidente aéreo


Magdalena Álvarez comparece en el Congreso para informar del accidente aéreo - AGENCIA ATLAS

Magdalena Álvarez Arza

Magdalena Álvarez Arza

A FONDO

Nacimiento:
1952
Lugar:
(San Fernando)
María teresa Fernández de la vega

MARÍA TERESA FERNÁNDEZ DE LA VEGA

A FONDO

Nacimiento:
15-06-1949
Lugar:
(Valencia)

La aerolínea asegura que es "habitual" que se evalúe la posibilidad de sustituir un avión por otro cuando "por cualquier motivo se interrumpe lo programado en un vuelo"

Las primeras dotaciones de los Bomberos del aeropuerto llegaron al lugar del siniestro "tres minutos después" de la catástrofe

Ante la importancia de la información facilitada por Álvarez, Spanair ha asegurado después que es "habitual" que la compañía evalúe la posibilidad de sustituir un avión por otro cuando "por cualquier motivo se interrumpe lo programado en un vuelo". La compañía ha señalado que no está autorizada para dar más información en este caso porque, al estar en fase de instrucción el proceso judicial, no es "autoridad competente" para informar de datos específicos.

La titular de Fomento ha iniciado su discurso con la intención de disipar toda duda sobre la seguridad aérea en España y ha transmitido sus condolencias a las familias de las víctimas. Sobre lo ocurrido el 20 de agosto, el día en que el vuelo JK5022 de Spanair se estrelló poco después de despegar, ha contado: "A las 13.25 se dio permiso al avión para despegar", pero un problema en un sensor que mide la temperatura externa hizo que el comandante decidiera volver para una revisión.

La ministra ha afirmado que, por los informes que tiene AENA, Spanair barajó entonces cambiar de nave, pero no lo hizo: "La compañía indicó al aeropuerto la posibilidad de sustituir la aeronave", ha precisado, pero finalmente "comunicó al centro de inspección aeroportuaria que continuaba con la aeronave". Lo que se decidió fue que el avión pasara por el servicio técnico que, como es sabido, desconectó la parte averiada, la despachó, en el argot aeronáutico. Entonces, la aeronave "permanece en el estacionamiento hasta las 14.15", ocho minutos después la torre de control autoriza su despegue desde la misma pista, la 36 izquierda. Rugen los motores y el avión se prepara para volar hasta el aeropuerto de Gran Canaria. "A las 14.25 se produce el accidente".

Los bomberos llegaron "tres minutos después"

La torre de control "avisó de inmediato a la autoridad aeroportuaria" y a los servicios de extinción de incendios, ha subrayado la ministra respecto a la discusión surgida tras el siniestro sobre quién activó primero la alarma: si la Comunidad de Madrid o AENA. Las primeras dotaciones de uno de los parque de Bomberos del aeropuerto llegaron al lugar "tres minutos después" de la catástrofe y "localizan restos del avión". "Simultáneamente", a las 14.29, el centro de gestión inició las llamadas a medios internos y externos y "se comenzó a coordinar su llegada". Se declaró la emergencia y se recibió una llamada del 112 "para confirmar qué estaba pasando" porque había tenido llamadas de particulares. Según Álvarez, se avisó al servicio de Emergencias a las 14.32, siete minutos después del siniestro y cuatro después de que los Bomberos se encontraron con el espanto.

La ministra ha aseverado que el Gobierno no cejará "hasta que la investigación llegue al final". "Sabremos cuál o cuáles fueron las causas" del siniestro para "exigir responsabilidades". "No se pueden olvidar las caras de dolor y desolación de los familiares y la impotencia de sólo poder prestar comprensión y apoyo", ha lamentado.

El plan de emergencia se desactivó a las 16.27 del jueves

Álvarez ha querido destacar la "eficacia" de todos los servicios de rescate y del personal del aeropuerto. Tras el accidente se suspendieron las actividades en la pista de la que despegó el Mc Donnell Douglas 82 y se redujo la actividad en las otras. El plan de emergencia "se desactivó a las 16.27" del jueves, un día y una hora después de que el avión se convirtiera en una bola de fuego. "La operatividad total" la recuperó Barajas 16 horas después.

Tras esto, la titular de Fomento ha destacado que el sistema de seguridad aéreo español "coincide con el de los demás países de la UE". Álvarez se ha referido a continuación a las revisiones que las autoridades aeronáuticas y las compañías hacen de las naves. El año pasado la Administración hizo casi 600 inspecciones de los servicios técnicos que revisan los aviones. Otro tipo de inspección son las aleatorias, llevadas a cabo en la aeronave antes de que despegue. En 2007 fueron 1.025, "mientras que en 2003 no se hizo ninguna", en alusión al periodo en que gobernaba el PP.

En 2007, fueron 6.024 los controles efectuados en España, a los que se suman los 1.025 de la UE, por lo que el promedio es de casi cinco inspecciones por aeronave española. Además, ha explicado que se efectúan las revisiones de las operaciones de vuelo (en ruta, en base, de descanso de tripulaciones o de programa de entrenamiento) que llegaron a 1.213 en 2007. España efectúa casi el 18% de las inspecciones de este tipo de los países de la UE. "Teniendo en cuenta que hay 633 aviones españoles y 64 compañías, hacer 6.024 operaciones en el último año es un número elevado", ha destacado.

Este año 326 inspecciones

La ministra de Fomento ha asegurado que a Spanair se le realizaron 326 inspecciones entre el 1 de enero y el 20 de agosto -el día del accidente- de las que 26 fueron llevadas a cabo bajo la responsabilidad de la UE. Asimismo, ha mencionado que la última renovación de la licencia de Spanair acaba en enero de 2009 y que "la vida inicial del modelo de avión" es de 60.000 horas, así que "está en la mitad de su vida útil", con 21.961 horas. La ministra ha finalizado advirtiendo de la importancia del sector aeronáutico en España. Por ello, "accidentes como el ocurrido el 20 de agosto, obligan al Gobierno a llegar hasta el final y arbitrar las medidas para evitar que se repitan".

Durante la comparecencia de Álvarez, el Sindicato Español de Pilotos de Líneas Aéreas (SEPLA) ha respondido a las declaraciones de la ministra en las que aseguraba que los comandantes son los últimos responsables en tomar la decisión de si un avión debe despegar o no. Según el SEPLA, hay casos de comandantes sancionados, degradados o despedidos por garantizar la seguridad de sus vuelos, lo que hace "muy difícil" que adopten "decisiones libres". Andoni Nieto, portavoz del sindicato de pilotos, ha afirmado que "en los últimos tiempos en grandes compañías españolas" hay estos casos, un hecho "que debe reconocer el Ministerio de Fomento".

Tras Álvarez ha llegado el turno de los diversos grupos políticos. Gaspar Llamazares ha dicho que el sector aeronáutico tiene "un gran volumen económico pero es frágil y debe fortalecerse". El coordinador general de Izquierda Unida ha descartado que el Congreso sustituya a la Comisión de Investigación de Accidentes e Incidentes de Aviación Civil, que compareció esta semana y prevé tener un informe preliminar en un mes. Llamazares, en representación del grupo de ERC-IU-ICV, ha asegurado que ley que regula la seguridad aérea, aprobada en 2003, "está incumplida de la A a la Z". Además, ha reiterado la necesidad de incrementar el cuerpo de inspectores de aviones porque, dijo, sólo hay cuatro.

En este asunto, la titular de Fomento ha afirmado, por el contrario, que hay 272 personas que trabajan en labores de inspección aérea: 169 de la Dirección General de Aviación Civil y 103 de Senasa (Sociedad para las enseñanzas aeronáuticas civiles). Además, ha citado que en junio de 2006 había únicamente 112 personas dedicadas a esta labor.

El diputado de Coalición Canaria, José Luis Perestelo Rodríguez, ha solicitado que se modifique urgentemente la ley de navegación aérea, que no ha sido actualizada desde hace 31 años, y se ha preguntado por qué no ha entrado en funcionamiento la Agencia de Seguridad Aérea, prevista por ley para el pasado 2 de junio. Álvarez ha justificado este retraso en "el parón electoral" por los comicios de marzo.

Sáenz de Santamaría habla del "rigor presupuestario"

La portavoz del PP, Soraya Sáenz de Santamaría, como los demás grupos parlamentarios, no ha querido imputar "precipitadamente responsabilidades". "Lo prioritario es la atención a las víctimas, no les podemos fallar", ha señalado. Sáenz de Santamaría ha pedido agilidad en las pensiones y ayudas para los afectados, y sensibilidad para que los deudos de los fallecidos "reciban la información adecuada". "No vamos a señalar las causas del accidente porque hay que dejar trabajar al juez y a la comisión pero le pido transparencia al Gobierno", ha dicho. La portavoz popular, como el de CC, ha urgido al Gobierno a poner en marcha la Agencia de Seguridad Aérea, ya que el "rigor presupuestario" ha de ahorrar de lo superfluo, pero no de la seguridad.

En su turno de réplica, Álvarez ha descartado comunicar a los parlamentarios las conversaciones de la torre de control con el comandante del vuelo por razones del secreto de la investigación. Por último y ante las informaciones sobre la situación económica de Spanair, ha rechazado de plano que la situación de esta aerolínea sea similar a la de Air Madrid, la compañía que cerró en diciembre de 2006 tras una advertencia de Fomento por sus continuos retrasos y averías. "La situación de Spanair no tiene nada que ver con la de Air Madrid", ha concluido la ministra.

De la Vega: "Sabremos qué pasó y cómo pasó"

"Sabremos qué pasó y cómo pasó". Dos horas antes de que la ministra de Fomento, Magdalena Álvarez, compareciera en el Congreso para explicar el accidente aéreo de Barajas del pasado día 20, la vicepresidenta del Gobierno, María Teresa Fernández de la Vega, insistió en que se conocerán todos los detalles de esta catástrofe. "El Gobierno exigirá las máximas garantías en la investigación", ha asegurado. En la rueda de prensa posterior al Consejo de Ministros, De la Vega ha pedido respeto y prudencia. "En ocasiones se pone en duda el buen hacer de los profesionales", ha afirmado. En relación a la propuesta del PP de crear una subcomisión en el Congreso sobre seguridad aérea, la vicepresidenta ha recordado que existen una serie de protocolos y normas europeas encargadas de la seguridad, pero ha mostrado su disposición a considerar la iniciativa de los populares.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Spanair desmiente a la ministra y dice que nunca tuvo "intención" de sustituir el avión siniestrado


La compañía informa en un comunicado de que se limitó a señalar que tenía otra aeronave disponible por si era necesario hacer un cambio

AGENCIAS 30/08/2008


Spanair ha asegurado, a través de un comunicado, que "en ningún momento indicó que fuera su intención sustituir el avión accidentado" el pasado 20 de agosto en Barajas. Con está declaración, la aerolínea desmiente las palabras pronunciadas ayer por la ministra de Fomento, Magdalena Álvarez.


Álvarez aseguró durante su comparecencia ante la Comisión del Congreso que Spanair quiso en un principio sustituir el avión siniestrado por otro al haberse detectado en él un fallo que hizo al piloto regresar a la zona de mantenimiento. La ministra basó su afirmación en los informes remitidos por AENA.

Sin embargo, la compañía ha dado hoy una versión diferente. "Cuando el piloto del vuelo JK5022 Madrid-Las Palmas solicitó el pasado 20 de agosto volver a la plataforma, la compañía informó al aeropuerto y a todos los implicados en la operación que, ante la eventualidad de que hubiera que cambiar de avión, existía otro aparato disponible. En ningún momento indicó que fuera su intención sustituir el avión accidentado", se lee en el comunicado de Spanair.

En el mismo se aclara que "tras una evaluación inicial de la incidencia detectada y del tiempo estimado para su reparación, los técnicos de mantenimiento decidieron que no sería necesario el cambio de avión al tratarse de una reparación menor". Según la aerolínea, el procedimiento estándar ante cualquier factor técnico, operativo o meteorológico, es comprobar si se dispone de aviones de reserva por si es necesario hacer un cambio para minimizar inconvenientes y posibles demoras.

"El avión estuvo un total de 33 minutos en plataforma, por lo que no se justificaba un cambio de avión que habría implicado un retraso superior a los 60 minutos para el desembarque de pasajeros, equipaje y carga aérea y su posterior embarque en un nuevo aparato, o incluso superior en el caso de que se perdieran los derechos de despegue", concluye la nota.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Schuster descarta a Robinho para el debut ante el Deportivo

Robinho se queda en el Real Madrid

AGENCIA ATLAS 29-08-2008


El conjunto blanco no aceptó la última oferta del Chelsea


El técnico alemán alega que el brasileño sigue descentrado por sus negociaciones con el Chelsea

EFE - Madrid - 30/08/2008

no disputará el primer partido del Real Madrid esta temporada en Riazor frente al Deportivo de La Coruña. Por decisión personal de Bernd Schuster, que alega que el jugador está descentrado por el cierre del mercado de fichajes, el todavía ariete madridista no se ha negado a viajar, pero finalmente se quedará en Madrid descartado a la espera de que se resuelva el dilema de si ficha o no por el Chelsea inglés.


Bernd Schuster

BERND SCHUSTER

A FONDO

Nacimiento:
22-12-1959
Lugar:
(Augsburgo)
Róbson De souza

Robinho

A FONDO

Nacimiento:
25-01-1984
Lugar:
(Brasil)

"Me gustaría que estuviese cerrado pero no es así. No puede ir a La Coruña. Pasan muchas cosas y hoy no puede estar cerrado todo. Lo estará el día 2 de septiembre", ha admitido Schuster. "He tomado la decisión yo. Creo que es mejor que se quede, esperar a que se resuelva el tema definitivamente. A partir de la semana que viene, cuando regrese de su selección, sabremos cómo tratarlo y cambiaría todo", añade.

Schuster ha detallado el cambio de opinión del cuerpo técnico, que en un principio decidió seguir contando con Robinho, hasta que ha visto al delantero brasileño descentrado. "Para nosotros sigue siendo el mismo jugador importante, pero tenemos que mirar las condiciones en las que llega el jugador. Se ha visto que en últimas semanas la presión de su entorno fue más fuerte, hubo declaraciones y el jugador no está en condiciones", apunta.

"En la ida en Valencia nos dimos cuenta de que no podíamos ir a más porque él está preocupado, con presión y la cabeza fuera. Nosotros queríamos ganar la Supercopa, era mejor no meterle y utilizar jugadores comprometidos con nosotros. Por eso fue el cambio y ahora no le llevamos. Hasta que no se resuelva el tema no podemos utilizarle", ha explicado el técnico alemán, que compara los puntos de vista con los de un padre y un hijo. "Se lo que es mejor para él, como el padre a un niño. Sabemos lo que es mejor para el niño, pero él no lo piensa. A la larga se va a dar cuenta de que tenemos razón", ha augurado.

"Pero estoy encantado de hacer el trabajo sucio, de recuperarle anímicamente. En ese caso tengo confianza de lo que somos capaces, con la ayuda del grupo, porque los jugadores también le van a apoyar y va a estar como siempre. Lo vamos a conseguir. Estoy seguro", afirmó. Schuster ha reiterado que en sus decisiones deportivas no se mete el club. "Es una decisión mía, no del club. Nunca el club ha dado una opinión. Me ha dejado la decisión para mí. En las dos últimas semanas son decisiones mías llevarle o no".

Y mostró su esperanza de que finalmente Robinho siga en el Real Madrid, mostrando su deseo de que sea el brasileño el que marque el gol 5.000 del Real Madrid en Liga. "Es una posibilidad que lo marque Robinho. Si ganamos 1-0 en La Coruña y que el siguiente ganemos en casa. Quiero que se quede. Lo he dicho siempre y lo mantengo. Es importante que se quede. A ver si sale y marca el gol 5.000", concluye.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Georgia impone la obligatoriedad de visado a los rusos


Tbilisi denuncia que tropas rusas aún presentes en su territorio impiden el retorno de refugiados

REUTERS - Tbilisi - 30/08/2008


El Gobierno de Georgia endurecerá los requisitos para la concesión de visado de entrada al país a los ciudadanos rusos, al tiempo que ha denunciado que tropas rusas aún presentes en su territorio están impidiendo a miles de refugiados el regresar a sus hogares. A partir del próximo 8 de septiembre los ciudadanos rusos que quieran entrar en el país deberán obtener un visado en los consulados y oficinas diplomáticas de Georgia, ha informado el Ministerio de Asuntos Exteriores en un comunicado, en una medida tomada en respuesta al reconocimiento por parte de Moscú de la independencia de Osetia del Sur y Abjazia.


Georgia

Georgia

A FONDO

Capital:
Tbilisi.
Gobierno:
República.
Población:
4,630,841 (2008)
Rusia

Rusia

A FONDO

Capital:
Moscú.
Gobierno:
República.
Población:
140,702,094 (2008)

Los ciudadanos rusos que quieran solicitar un visado de entrada deberán aportar a las autoridades georgianas una carta de invitación y los visados se concederán para viajes de trabajo, familiares o humanitarios, según el ministerio.

La decisión tiene lugar después de que Tiblisi decidiera este viernes romper sus relaciones diplomáticas con Moscú tras el apoyo del Gobierno ruso a la independencia de las regiones separatistas de Osetia del Sur y Abjazia. El ministro de Exteriores georgiano precisó que informará al embajador ruso sobre la ruptura de relaciones diplomáticas antes de llamar a sus diplomáticos en Moscú. Por su parte, Rusia anunció que cerrará su Embajada en Tiblisi.

Tropas rusas dentro de Georgia

Tbilisi ha denunciado que tropas rusas aún manejan puestos de control en su territorio y están patrullando los puertos en el mar Negro, a pesar de la tregua firmada con Moscú. El gobernador de Gori, ciudad georgiana ocupada por las fuerzas rusas durante la breve guerra por Osetia del Sur, ha informado que los poblados cercanos aún están ocupados por los soldados rusos, a pesar de que Moscú retiró gran parte de sus fuerzas como parte del pacto de alto el fuego.

Estos soldados están impidiendo que los residentes regresen a sus hogares, ha denunciado. "Los rusos tiene puestos de control y aún no podemos traer a esa gente a casa. La amenaza de paramilitares, irregulares, saqueadores y asaltantes es aún muy alto", ha dicho el gobernador Lado Vardzelashvili, quien ha asegurado que unas 28.000 personas de la región de Gori no han podido regresar a sus casas. Rusia afirma que está en su derecho, bajo el acuerdo de alto el fuego firmado con Georgia, de mantener a fuerzas de paz en una zona neutral en territorio georgiano fronterizo con Osetia del Sur. En la práctica, la zona cubre algunos poblados georgianos.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Brasileiros são presos por usar documentos falsos na Espanha


Polícia prende grupo que usava documentos portugueses falsificados e entraram no país como turistas

Efe


BARCELONA - Onze brasileiros foram presos na região espanhola da Catalunha por usar documentos de identidades falsificados. As prisões aconteceram neste sábado, 30, e o grupo usava documentos portugueses. Os detidos entraram na Espanha como turistas e, no país, pagaram entre 600 e 800 euros pelos documentos, segundo informações da polícia espanhola.

Com os documentos falsos, eles puderam obter condições de trabalho como cidadãos de países membros da União Européia (UE). Os brasileiros são acusados de falsidade ideológica e usurpação do estado civil. O grupo deve ser repatriado para o Brasil.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Queda de andaime fere três na zona sul de SP, Shopping Market Place


RICARDO VALOTA - Agencia Estado


SÃO PAULO - Três pessoas ficaram feridas, no final da noite de ontem, após um andaime desabar parcialmente ao lado da passarela do Shopping Market Place, na altura do nº 920 da Avenida Chucri Zaidan, no Brooklin Novo, zona sul da capital paulista.



Com a queda da armação, feita de ferro e madeira, dois operários ficaram levemente feridos, um com dores no peito e outro com um pequeno trauma nas costas. Uma bombeira, de prenome Leandra, foi atingida nas costas por um pedaço de madeira quando socorria uma das vítimas, mas também sem gravidade.



Os três feridos foram encaminhados ao prontos-socorros da Santa Casa de Santo Amaro, do Hospital São Paulo e do Hospital Regional Sul.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Droga antiaids poderá vir de alga


FABIANA CIMIERI - Agencia Estado


RIO - Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz, da Fiocruz, anunciaram ontem a descoberta de três substancias encontradas em algas marinhas que apresentaram resultados promissores como anti-retrovirais, medicamentos para

o tratamento da aids, e germicida de uso vaginal, que poderia prevenir a doença. Os nomes estão em sigilo porque

ainda não foram patenteados.



Em laboratório, essas micromoléculas se mostraram eficazes em inibir a replicação do HIV e, ao contrário de outros anti-retrovirais, apresentaram um nível muito baixo de toxicidade. A mais promissora delas obteve 98% de eficácia com uma dose extremamente reduzida. Essa substância está entre os 30 candidatos aceitos pela Aliança para o Desenvolvimento de Microbicidas, organização internacional financiada pela Fundação Bill e Melinda Gates.



Os testes clínicos para o microbicida devem começar em

2010 e demoram, no mínimo, quatro anos para serem concluídos. Serão realizados na África, porque precisam ser testados numa população com alto índice de infecção. Para os anti-retrovirais, será preciso mais tempo. Os pesquisadores dependem de um financiamento de R$10 milhões para começarem

Os testes com animais, indispensável para a aprovação de medicamentos de uso oral ou injetável. O valor é baixo, se levado em conta que o País economizaria de R$ 50 milhões a R$ 100 milhões por ano com a compra de anti-retrovirais. Atualmente, com exceção do AZT, dos 17 medicamentos que compõem o coquetel antiaids, todos os outros são importados ou produzidos com insumos do exterior.



As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Terremoto no sudeste da China destrói casas e mata 3 pessoas


REUTERS


XANGAI - Um terremoto atingiu no sábado a província chinesa de Sichuan, no sudeste do país, destruindo casas e matando três pessoas, informou a TV estatal chinesa.

O epicentro do terremoto, que ocorreu por volta das 4h30 (horário de Brasília), foi cerca de 30 quilômetros a sudeste de Panzhihua, próximo da fronteira com a província de Yunnan, segundo o instituto geológico dos Estados Unidos. O terremoto acontece a uma profundidade de aproximadamente 10 quilômetros.

O US Geological Survey informou que a magnitude do tremor foi de 5,7 e a agência oficial de notícias da China, Xinhua, disse que ele atingiu 6,1 na escala Richter.

Partes da província de Sichuan foram devastadas por um terremoto no dia 12 de maio, que causou a morte de cerca de 70 mil pessoas e deixou 10 milhões sem casas.

(Reportagem de Edmund Klamann)

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Explosão atinge capital do Sri Lanka e fere 45


AE-AP - Agencia Estado


COLOMBO - A explosão de uma bomba na capital do Sri Lanka neste sábado feriu 45 pessoas, enquanto novos combates ao Norte mataram 18 rebeldes e três soldados, informou o Exército do país. O porta-voz do Exército Brigadeiro Udaya Nanayakkara acusou o grupo rebelde Tigres do Tâmil de colocarem a bomba em uma rua movimentada no coração de Colombo. "Eles estão desesperados por conta das derrotas nas linhas de frente ao Norte e estão alvejando civis", disse Nanayakkara.



O porta-voz do grupo rebelde Rasiah Ilanthirayan não respondeu às chamadas da agência Associated Press para comentar, mas o grupo tem o costume de negar a responsabilidade por ataques.



A bomba explodiu em uma área comercial pouco após o meio-dia (horário local), atingindo uma multidão que fazia compras no final de semana. Um porta voz de um hospital informou que 45 pessoas recebiam tratamento por ferimentos ocorridos por conta da explosão. "A maioria sofreu ferimentos leves", disse o médico Anil Jasinghe, acrescentando não haver registros de morte.



O confronto na guerra civil do Sri Lanka aumentou nos últimos meses, com o Exército capturando uma série de bases rebeldes e amplos pedaços de território. Autoridades reiteram a promessa de acabar com as guerrilhas até o final do ano. Os rebeldes dos Tigres do Tâmil lutam por um Estado independente ao Norte e Leste da ilha do Oceano Índico desde 1983.



Na sexta-feira, os confrontos nas linhas de frente que separam o território detido pelo governo e o Estado rebelde de fato ao Norte continuaram, informou o Ministério da Defesa, em comunicado. No pior dos conflitos, soldados mataram oito rebeldes em dois confrontos separados no distrito Kilinochchi. Dois soldados também foram mortos, disse o Ministério.



Outro confronto em Vavuniya, Welioya e Jaffna matou 10 guerrilheiros e um soldado, enquanto oito soldados ficaram feridos, segundo o comunicado.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

PF acobertou dirigente do PT, dizem documentos


A Polícia Federal informou ao Supremo que não pôde grampear Romênio Pereira, secretário nacional do partido, porque não tinha seus números de telefone. Documentos obtidos por ÉPOCA desmentem essa explicação
Rodrigo Rangel e Murilo Ramos
Ed Ferreira
A Justiça autorizou grampo no telefone de Romênio Pereira, mas a PF disse não ter condições de fazê-lo

Acostumada a ganhar manchetes em suas operações anticorrupção, desta vez a Polícia Federal é colocada sob a suspeita de acobertar um alto dirigente do PT, o partido do governo.

Na quinta-feira passada, ÉPOCA revelou como Romênio Pereira, secretário nacional de assuntos institucionais do partido, caiu na malha da Operação João-de-Barro, que desarticulou um grupo investigado por desviar dinheiro das obras do PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento.

A PF alegou "razões técnicas" para deixar de realizar grampos no ramal telefonico de Romênio na sede nacional do PT, embora tivesse autorização do ministro Cezar Peluso, do Supremo Tribunal Federal.

Novos documentos obtidos por ÉPOCA mostram que os policiais possuíam outros números de telefone do dirigente do PT, mas que nem sequer solicitaram autorização para grampeá-los. Conforme relatórios da própria investigação, a PF teve acesso aos números dos celulares de Romênio e mesmo ao telefone de sua residência, em Belo Horizonte.

Numa investigação sobre corrupção, tráfico de influência e troca de favores, os grampos nos telefones de Romênio poderiam ser de grande utilidade para esclarecer as conexões do esquema. Mas os números do petista foram simplesmente ignorados. Pior: em relatório encaminhado ao ministro Cezar Peluso, os delegados alegam que não podiam realizar outras interceptações porque não conheciam outros números dos dirigentes do PT. Os documentos, agora, provam que isso não é verdade.

Romênio fora flagrado em grampos feitos pela PF nos telefones do lobista mineiro João Carlos Carvalho, apontado pela própria polícia como um dos chefes do esquema. As conversas, freqüentes, eram heterodoxas e colocavam sob suspeita a relação de um alto dirigente do PT com o homem acusado de gerenciar um megaesquema de desvio de verbas públicas do PAC, o principal programa de obras do governo federal. Nas conversas, Romênio demonstrava defender interesses de João Carvalho em Brasília. Mas era preciso grampear também o petista para descobrir com quem ele falava, no governo, para atender os pedidos do lobista.


A operação João-de-Barro, deflagrada em junho, mobilizou uma imensa força policial, que realizou diversas prisões dezenas de cidades brasileiras. Gabinetes parlamentares, em Brasilia, foram alvo de operações de busca e apreensão. O lobista João Carvalho, o contato de Romênio, foi preso. O petista não foi incomodado – e seu envolvimento com Carvalho permaneceu em segredo até ser revelado por ÉPOCA, na semana passada.

Em relatório enviado ao ministro Peluso em 5 de maio, a PF primeiro explica por que não cumpriu a ordem de grampear o ramal de Romênio na sede do PT. Alega que não poderia fazer a interceptação sem ouvir "diálogos de outros integrantes da Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores, ato que não traria benefícios à investigação". É um cuidado louvável mas estranho, pois o risco de ouvir vozes não autorizadas é um problema insolúvel em todo grampo telefônico – e não há notícia de que a PF tenha desistido de outras interceptações por esta razão.

Mesmo assim, seria razoável questionar: sem condições de avançar naquele grampo autorizado, por que a Polícia Federal não pediu autorização para grampear os outros números de Romênio?

No mesmo documento os delegados afirmam: "não logramos encontrar aparelho de telefonia móvel que esteja sendo utilizado pelo investigado, o que torna esse meio de investigação, por ora, inviabilizado". Os documentos desmentem em cheio a afirmativa.

Em 25 de abril, dez dias antes de os delegados assinarem o relatório e encaminhá-lo ao ministro, o número de um dos celulares de Romênio chega a ser ditado, em alto e bom som, numa ligação da secretária de Romênio, Regina, para a secretária do lobista João Carvalho, Tamires. O grampo estava funcionando a pleno vapor nos telefones de Carvalho, e o diálogo foi capturado pela PF. Regina dá o número do celular de Romênio, com DDD de Brasília. A secretária até repete para não errar. O diálogo é transposto para o papel. Dez dias antes de a PF dizer ao ministro do Supremo que não conseguiu achar o celular do petista, ali estava, à disposição dos investigadores, o número de um dos celulares utilizados pelo dirigente petista.

 Reprodução
 Reprodução
 Reprodução
A Polícia Federal diz que não tinha nenhum celular de Romênio para efetuar a escuta autorizada pelo Supremo. Em transcrição de ligação grampeada no escritório do lobista João Carvalho

É possível imaginar que o problema tivesse sido causado por uma dificuldade comum nas operações de grampo – o diálogo até foi gravado, mas poderia ter demorado tanto para ser transcrito que a informação só chegou aos policiais interesssados quando já era tarde demais. Mas os documentos também desmentem essa hipótese: antes mesmo de encaminhar o pedido para que o ministro Peluso autorizasse a escuta nunca realizada no ramal do PT, a Polícia Federal já tinha conhecimento de outros números usados por Romênio Pereira em suas conversas suspeitas.




Um deles é o telefone da casa de Romênio, em Belo Horizonte – que, aliás, está registrado em nome do próprio petista. Como os telefones de Carvalho estavam grampeados pela PF, os números de quem falava com ele eram identificados pelo sistema de escuta. E foi assim que, em 27 de julho de 2007, o telefone residencial de Romênio ficou registrado na base de dados da investigação.

O relatório da PF ao ministro do Supremo vai se tornando mais controverso à medida que vão aparecendo mais transcrições de conversas da dupla. Nos diálogos de Romênio com Carvalho, gravados pelo grampo no telefone do lobista, o petista utiliza mais dois números de telefone celular, ambos de Brasília.

 Reprodução
 Reprodução
 Reprodução
Nos documentos da própria PF, há pelo menos mais três números de telefone de Romênio Pereira

Ou seja: quando mandou o documento para o ministro do Supremo afirmando não ter conseguido identificar os outros números do petista, só nos seus próprios arquivos, a PF já tinha o telefone da casa de Romênio e pelo menos mais três números de celulares usados por ele.

Na PF, nenhum dos responsáveis pela investigação quis dar declarações sobre o assunto, sob o argumento de que a investigação corre em segredo de justiça. A direção da instituição, por sua assessoria de imprensa, nega que tenha sofrido pressão política para proteger o dirigente do partido do governo. Procurada por ÉPOCA, afirmou que os celulares não estavam em nome de Romênio e que, por isso, os encarregados do caso decidiram não grampeá-lo.

A explicação, por si, já soa estranha. É como dar chance ao investigado – não apenas Romênio, mas qualquer um, incluindo narcotraficantes, sonegadores e contrabandistas – de driblar o grampo com a simples estratégia de falar apenas em telefones registrados em nome de terceiros.

A PF afirma, ainda, que Romênio não era parte do grupo investigado, e que só foi identificado "no final da investigação".

É outra explicação que os documentos obtidos por ÉPOCA desmentem. Em junho de 2007, um ano antes de a operação ser deflagrada, o nome de Romênio já aparecia em relatórios produzidos pela PF, devidamente identificado como dirigente do PT. Ali os policiais já suspeitavam da relação entre os dois. "JC [o lobista] recorre a Romênio para ser apresentado em órgãos públicos e eventualmente solicitar influência em nomeações para cargos", escreve a PF num relatório de julho.

Romênio Pereira, mineiro de Patos de Minas, é um petista de longa data. Já ocupou diferentes cargos na hierarquia partidária. Seu último posto, o de secretário nacional de assuntos institucionais, dava-lhe a atribuição de organizar o partido nos municípios e de fazer a ponte com prefeitos petistas de todo o país. Irmão do deputado federal Geraldo Magela (PT-DF),Romênio integra, dentro do tabuleiro interno PT, uma tendência próxima à do ministro da Justiça, Tarso Genro, e do presidente da Câmara de Deputados, Arlindo Chinaglia. A atribuição e o cargo lhe garantem trânsito certo nas altas repartições do governo em Brasília. Sua agenda indica reuniões com ministros e integrantes do segundo escalão da Esplanada dos Ministérios. E foi justamente essa facilidade de acesso que o pôs sob suspeita na Operação João-de-Barro.

No começo, ao ouvir o lobista João Carvalho, a PF deparou com conversas entre ele e Romênio. Depois, os policiais foram percebendo que essas conversas eram freqüentes – e viram que a relação entre os dois parecia ser mais que uma amizade. De junho a novembro de 2007, os dois se encontraram pelo menos sete vezes. Nos contatos por telefone com Carvalho, Romênio se mostra precavido. Evita entrar em detalhes, mas demonstra atender as solicitações do lobista para abrir portas no governo. Segundo a PF, João Carvalho é um dos cabeças de uma quadrilha envolvida com desvio de verbas do PAC destinadas a 119 prefeituras de sete estados. No rol de investigados há empresários, prefeitos e deputados federais. Somados, os repasses a esses municípios chegam a R$ 700 milhões. Semana passada, após a notícia de que está sob investigação, Romênio pediu afastamento da direção do PT por 60 dias. Procurado por ÉPOCA nesta quarta-feira (27), o petista não retornou as ligações. João Carvalho não foi localizado.

Ouça diálogos do petista com o lobista

"Tá andando bem o negócio dele, né?"
Romênio Pereira diz ter boas notícias para lobista

"Eu ia falar pra gente fazer uma farra amanhã"
Petista combina de encontrar lobista em Belo Horizonte: detalhes, só pessoalmente

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

O fim do "silêncio" sobre Isabella (PATÉTICA VERSÃO )


Renata Pontes era a delegada de plantão quando a menina foi morta. Depois de meses sem falar sobre o caso, ela revela a ÉPOCA as evidências que pesam sobre os acusados, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá
Valdir Sanches
Foto: Frederic Jean/Produção: Adriana Sant´Ana
A DELEGADA
Renata Pontes comandou a investigação do caso Isabella, que comoveu o país. Ela diz não ter dúvidas sobre quem matou a menina

Quem conversa com Renata Pontes fora do expediente esquece que ela é uma delegada de polícia. A menos que a conversa seja sobre o caso que a tornou conhecida em todo o país – a morte da menina Isabella. A delegada que comandou as investigações e pôs os acusados na cadeia, à espera de julgamento, tem uma fala tranqüila, uma certa docilidade. Reza todos os dias na capela da delegacia. Seu hobby é a pintura. Renata é uma pessoa serena como as paisagens que pinta. Mas, quando é preciso, pega em armas. Na Academia de Polícia, onde se formou há 11 anos, foi além do curso obrigatório de tiro: aprendeu a manejar a pistola calibre 45 que usa no trabalho – e metralhadoras.

Em serviço, a delegada não usa a clássica combinação de calça e tailleur. Prefere roupas mais confortáveis, sempre discretas – na terça-feira passada, vestia bata e calça legging, calçando sandálias de salto Anabela. Deixa à mão um sapato baixo, para suas saídas. Nos atendimentos do plantão, nas delegacias em que trabalhou, entrou em favela, pulou muro, andou em trilho de trem e picada no meio do mato. Enquanto trabalha, ela se concentra, procura manter um olhar técnico sobre o que investiga. No caso Isabella, Renata não resistiu. Chegava em casa angustiada, pensando “na mãe que não pode mais beijar sua filha”.

Na 9ª Delegacia, no Carandiru, zona norte de São Paulo, Renata é delegada-assistente. Em sua sala há uma boa mesa com poltrona de encosto alto, ar-condicionado e frigobar. A um canto, em pedestais, bandeiras do Brasil, de São Paulo e da Polícia Civil. No ano passado, a delegacia foi premiada por uma ONG holandesa. Às vezes, quando um colega do plantão sai em férias, Renata assume o lugar dele. Foi durante um plantão, das 20 horas às 8 da manhã, que o caso da menina Isabella chegou a sua mesa.

Num primeiro momento, a delegada falou com os jornalistas sobre o crime. Depois, decretou o sigilo do inquérito e não deu mais entrevistas. Só rompeu o silêncio na semana passada, ao receber ÉPOCA no elegante flat em que mora, na Vila Olímpia, zona sul de São Paulo. A entrevista durou três horas. Foi à beira do jardim, numa mesa externa do restaurante do flat. Pela primeira vez, Renata contou os detalhes de como conduziu a investigação e apresentou todas as razões que a levaram a acusar o pai de Isabella, Alexandre Nardoni, e a madrasta da menina, Anna Carolina Jatobá, como autores do assassinato que chocou o país.

 Reprodução
A VÍTIMA
Isabella Nardoni, assassinada aos 5 anos. O pai e a madrasta continuam presos

Enquanto investigava a morte da menina, Renata lembrou outro crime de grande repercussão, que ela também atendeu. Estava de plantão na Divisão de Homicídios, em 2002, quando uma informação chegou: o empresário Manfred von Richthofen e sua mulher, Marísia, tinham sido mortos a pauladas enquanto dormiam, numa casa de classe média alta no Brooklin. Antes de ir à delegacia, a jovem filha do casal se dera ao trabalho de examinar o escritório do pai, na casa, e de constatar que um exato valor em dólares sumira. (O caso depois passaria para a equipe da região.) Renata estranhou a falta de sensibilidade da moça – que seria condenada, com o namorado e o irmão dele, pelo assassinato dos pais.

No caso Isabella, a sensação se repetiu. Em sua entrevista a ÉPOCA, Renata lembrou a longa conversa que teve com o casal Anna e Alexandre, nas primeiras horas da investigação. Apesar de ter notado que Anna era falante e articulada enquanto Alexandre era bem menos eloqüente, Renata notou uma incomum tranqüilidade nos dois, “a ponto de o Alexandre comentar ‘Olha, eu vou sair na Rede Globo’”. Alexandre e Anna, segundo Renata, não se emocionavam nem se preocupavam em saber o que acontecera. O discurso de ambos era o mesmo. Não tinham perguntas, mas respostas. “Eles não questionavam. Vinham com uma certeza, uma afirmação: ‘O que aconteceu foi isto’. Em momento algum perguntaram ‘por que alguém jogou a minha filha?’” Diziam que um ladrão entrara no apartamento deles, com uma cópia da chave. “Falavam ‘o ladrão chegou, o ladrão cortou a tela’, usavam a palavra ‘ladrão’”. O “ladrão” teria esperado até Alexandre chegar, com a menina dormindo, e deixá-la em sua cama. O pai teria então voltado ao carro, na garagem, para pegar os dois outros filhos pequenos e Anna. Nesse meio-tempo, o “ladrão” teria esganado Isabella, apertando-lhe o pescoço, e teria jogado a menina pela janela. E ainda teria trancado a porta ao sair. Por quê?

A pergunta atormentaria Renata durante os dias seguintes. “Eu estava analisando tudo, para começar a confirmar ou descartar fatos”, diz Renata. Ela chegara à 9ª Delegacia às 20 horas do sábado. Com a morte da menina, só daria o plantão por encerrado às 3 horas da madrugada da segunda-feira. Foi para casa com uma forte suspeita: Alexandre e Anna eram os autores do crime. “Forte suspeita, mas aberta a todas as possibilidades. Porque, afinal, estávamos no começo de uma investigação. Muita gente precisava ser ouvida, haveria o resultado das perícias. Nada era descartável”.






Mastrângelo Reino
OS SUSPEITOS
Anna Carolina e Alexandre quando foram presos pela segunda vez. A delegada diz que a suspeita já pesava sobre eles no início da investigação

Não era o primeiro caso de Renata com o assassinato de crianças. Em 2005, parentes da menina Ana Beatriz, de 4 anos, começaram a notar que ela andava sumida. O padrasto da menina, o advogado Fernando Fortes Lopes, e a mãe, Jaqueline, davam desculpas inverossímeis. Um dia, Fernando disse que a menina fora seqüestrada. Não tinham feito nem boletim de ocorrência. Renata começou a investigar. A irmã de Ana Beatriz, de 8 anos, acabou contando que Fernando levara a menina. Descobriu-se que ele deixara Ana Beatriz uma semana de castigo, trancada no lavabo. Ele maltratava as filhas, se descontrolava por qualquer “malcriação”. No dia em que tirou a menina do castigo, se descontrolou, espancou-a até a morte. Renata conseguiu sua prisão temporária. Fernando acabou confessando. O corpo de Ana Beatriz foi encontrado num lixão, em Itaquaquecetuba. No caso Isabella, o cadáver estava lá – estendido no chão.

Renata gosta de investigar assassinatos. No ano em que trabalhou na Divisão de Homicídios, a seu pedido, chegava a atender seis casos num só plantão. Aprendeu a conhecer a reação dos parentes das vítimas. “Na primeira hora depois do crime, o comportamento é de choque ou questionamento, não de investigação”, afirma. Na primeira conversa, ela viu que Alexandre e Anna queriam convencê-la da existência de uma situação que os excluísse de suspeita. “Eles falavam, e eu ponderava: ‘Por que um ladrão vai jogar uma criança da janela?’”. O diálogo prosseguiu. Aqui, ele é reproduzido de acordo com o relato da delegada:

– Se o ladrão percebe que o morador chegou, a primeira coisa que faz é fugir do local. Por que despertar uma criança que estava dormindo e jogar pela janela? – questiona Renata.

– Ela pode ter acordado – diz o pai.

– Se ela acordou, ele sai correndo. Uma criança de 5 anos não vai conseguir segurar um ladrão.

– Então ela pode ter reconhecido ele.

– Nesse caso, por que criar tanta dificuldade? Se ele tem uma faca, dá uma facada. Sabendo que o pai ia à garagem e voltava, o que demora dois minutos, ele não teria todo esse trabalho de procurar a tesoura, a faca, asfixiar a menina, jogar, guardar a faca e a tesoura, sair e ainda trancar a porta.

O casal admitiu, diz a delegada, que nada fora levado do apartamento. E passou para outra hipótese: vingança.

– Vocês têm inimigos, estão sendo ameaçados, fizeram alguma coisa que justificasse uma vingança?

– Não – diz Anna –, mas ontem o zelador do prédio ficou olhando de uma maneira estranha para a Isabella e para mim.

– Mas isso será um motivo?

– Há também um pedreiro que veio instalar uma antena, o Alexandre não deixou ele entrar e ele achou ruim – afirma Anna.

O casal, diz a delegada, também tentava apontar um suspeito: o porteiro do prédio.

Renata chegara à Rua Santa Leocádia, no bairro do Carandiru, pouco depois da 1 hora do domingo 30 de março. A rua estava ocupada por 11 viaturas da Polícia Militar. Os moradores e vizinhos do Edifício London, de onde a menina fora jogada, juntavam-se às dezenas na calçada. Renata entrou no prédio. A menina, que caíra em um gramado ainda com vida, já havia sido levada. O resgate chegara 15 minutos depois da queda. Acompanhada de um PM, Renata subiu ao 6o andar. Entrou no apartamento 62. O PM chamou sua atenção para duas ou três gotinhas de sangue, no chão da sala. Elas faziam um trajeto da entrada até o sofá. No corredor, em direção ao quarto mais próximo, outras gotinhas de sangue. Mais sangue estava num lençol, no quarto. Sobre a cama próxima à janela, uma marca de sola do sapato de um adulto. A tela de proteção da janela estava cortada. Nela havia uma mancha quase imperceptível de sangue.

A delegada procurou um “instrumento cortante”, que poderia ter sido usado na tela. Não achou. Quem cortou a tela teria levado o instrumento? Jogado pela janela, ele não fora. Vistoriando o apartamento, encontrou na cozinha, em cima da pia, uma tesoura de cortar frango e uma faca, grande. As peças foram apreendidas. Na tesoura, a perícia acharia um fragmento de fio igual ao da tela cortada do quarto.

Quarenta minutos depois, já de saída do prédio, a delegada conheceu o pai da menina, Alexandre Nardoni, e o pai dele, Antonio. Voltavam da Santa Casa, para onde Isabella fora levada – e chegara morta. Antes de qualquer cumprimento, Alexandre perguntou para a delegada se o ladrão já havia sido encontrado, ou suas impressões digitais. Renata conversou rapidamente com ele. Havia muita gente em volta.

Do local do crime, a delegada foi para a Santa Casa. O corpo da menina estava no necrotério. Renata analisou os ferimentos, superficialmente. Havia um corte na testa, do qual pingara o sangue no apartamento. “Isabella parecia um anjinho dormindo. Naquele momento senti o tamanho do problema que tinha em mãos”, diz Renata. No Instituto Médico-Legal (IML), os legistas tentavam desvendar um enigma: a criança morrera ao ser jogada de 20 metros de altura, mas tinha sinais de asfixia.

Os legistas encontraram sinais de esganadura (comuns quando o pescoço é apertado por mãos). A pressão sobre um nervo do pescoço (o vago) desacelera o batimento cardíaco, deixa a vítima inconsciente, pode provocar convulsão e vômito (havia vômito no pulmão de Isabella, que ela aspirou) e levar à morte. A delegada diz que não há um laudo oficial com a comprovação de que uma mão feminina, neste caso da madrasta, tenha asfixiado Isabella. No relatório do inquérito sobre o caso, Renata conclui que foi Anna quem apertou o pescoço de Isabella. Mas baseia-se em depoimentos de testemunhas.

Um morador de um prédio vizinho disse ter ouvido uma criança gritar, no apartamento do casal: “Papai, papai, papai, pára”. Pareceu, ao depoente, que a criança não mandava o pai parar, mas o chamava, como um pedido de socorro. E dizia “pára” a outra pessoa. Dois dias depois, a delegada localizou outra vizinha, que ouvira os mesmos gritos de criança chamando pelo pai. As duas testemunhas dos gritos não se conheciam. “Uma pessoa idônea, com credibilidade, pode às vezes se deixar influenciar, ou se confundir, num cenário trágico como esse”, diz Renata. “Mas, quando vi duas pessoas que não se conheciam falando a mesma versão, não tive mais dúvidas”. Concluiu que Pietro, o filho de 3 anos, chamava o pai, porque Anna estava esganando Isabella. É o que diz também nas conclusões do inquérito. Foi naquele momento que a delegada decidiu pedir a prisão temporária do casal.


Outro fato contribuiu para a decisão de Renata. Dois dos moradores do prédio afirmaram, em depoimento, ter ouvido o casal discutir no apartamento, nos minutos que antecederam a queda da menina. Disseram que Anna falava muito alto, muitos palavrões. Depois que Isabella caiu, ouviram a mesma voz, falando palavrões pelo celular, no térreo. “Se Alexandre e Anna entraram no apartamento quando Isabella já tinha caído, como explicam a discussão entre eles e os gritos da criança chamando o pai?”

 Reprodução
MÃE E FILHA
Ana Carolina de Oliveira, com a filha que perdeu nas mãos do ex-marido. Esse não foi o primeiro caso da delegada envolvendo crianças. Mas foi o que ganhou a maior dimensão

Na madrugada da quarta-feira, o quarto dia de investigação, ela fundamentou seu pedido de prisão temporária do casal. “Eu me convenci de que era o momento, a investigação já estava bem consubstanciada.” As evidências mostravam que Isabella fora agredida ainda no carro, a caminho de casa. Ficara com um corte na testa, que sangrava. Ao chegar, Alexandre a carregara no colo, pressionando sua boca, para que não gritasse. No apartamento, a jogara no chão, ao lado do sofá. Aí a menina foi esganada, provavelmente por Anna. E lançada da janela, provavelmente por Alexandre. Os peritos constataram que a marca de calçado, sobre a cama encostada à janela, é da sandália “preta, tamanho 41, modelo havaianas” de Alexandre. Em sua camiseta, foram encontradas marcas em forma de losangos, deixadas pela tela de proteção, “quando segurava a filha pelas mãos, no momento em que foi precipitá-la”. Na noite da quarta-feira, a Justiça decretou a prisão do casal. Nove dias depois, o Tribunal de Justiça mandaria soltá-los.

Naqueles dias, Renata trabalhava muito além do expediente. Dormia três a quatro horas por noite. Numa dessas esticadas, estava na alça da Avenida 23 de Maio, para pegar a Avenida Paulista, quando o vidro direito de seu carro estilhaçou. Era meia-noite. Um assaltante quebrara o vidro com uma pedra e pegara um envelope, no banco. Ali estavam peças do inquérito. A delegada disputou o envelope com o bandido. Feriu a mão, mas conseguiu salvá-lo.

Sem falar com a imprensa, Renata se trancava em sua sala, com um retrato de Isabella sobre a mesa. Para chegar à delegacia, parava antes num posto de gasolina. Falava ao celular, e um carro vinha apanhá-la. Com 1,74 metro de altura, ela se escondia deitando-se no banco de trás. Entrava no prédio por uma porta lateral. “Se eu falasse passo a passo o que já sabia, prejudicaria a investigação. Nem os policiais da delegacia tinham ciência”. Ela diz que não lia sobre o caso nos jornais nem acompanhava o noticiário na TV. “Não queria me deixar influenciar”. Renata achava que ficaria tentada a explicar informações imprecisas e que isso desviaria seu tempo da investigação. Divulgou-se, por exemplo, que uma tia de Isabella, ou um dos avôs, entrou no apartamento antes da perícia e limpou o sangue. Isso seria impossível, diz Renata, porque a Polícia Militar chegou quase imediatamente depois da queda e, desde então, preservou o lugar. “Quem limpou o sangue foi o casal, antes de atirar a menina pela janela”, afirma.

As investigações prosseguiam. “Chegavam denúncias anônimas sem coerência, mas a gente ia atrás, checava, ouvia a pessoa para esgotar todas as possibilidades”. No inquérito, havia outros depoimentos que comprometiam Alexandre e Anna. O porteiro Valdomiro da Silva Veloso foi o primeiro a ver o corpo de Isabella caído sobre o gramado. Ouviu um baque, abriu a janela da guarita e deparou com aquela cena. Ligou para Antonio Lúcio Teixeira, que mora no 1º andar. Este saiu à sacada de seu apartamento e viu a menina. Chamou o 190, do Copom, o Centro de Operações da Polícia Militar. Ainda estava falando quando Alexandre surgiu no térreo, gritando sobre um ladrão no apartamento. Por isso, Antonio Lúcio pôde acrescentar na conversa com o Copom o detalhe de que havia um ladrão e dizer que a menina caíra do 6º andar (sabia o andar de Alexandre). O telefonema ficou registrado. Calcula-se que a menina tenha sido jogada por volta de 23h49m. Às 23h49m59s, Antonio Lúcio começou a falar. Momentos depois Alexandre surgiu no térreo, gritando.

Alexandre e Anna afirmavam ter descido juntos do apartamento, ao ver que Isabella tinha caído. Mas confirmou-se o seguinte: Antonio Lúcio ainda estava falando com o Procom quando Anna, do apartamento, ligou para seu pai. Treze segundos depois, nova ligação, agora para o pai de Alexandre. Quando Antonio Lúcio terminou de falar, ela continuava ao telefone, no apartamento. Alexandre já estava no térreo. Para Renata, o casal poderia estar tramando um ardil contra o porteiro Valdomiro.

"Para ter forças, ficar sem dormir e seguir investigando,
eu pensava na mãe que não podia beijar sua filha"

Renata volta a lembrar a primeira conversa com o casal, no domingo depois do crime. Diz que Alexandre e Anna falaram muito sobre Valdomiro. Perguntavam se ele já tinha sido investigado. “O Alexandre já chegou à portaria gritando ‘tem um ladrão, tem um ladrão’ e mandando o porteiro subir ao apartamento”, diz Renata. “O Antonio Lúcio disse para ele: ‘Não saia aí da guarita’. Se tivesse subido, o que estava disposto a fazer, Valdomiro teria encontrado Anna e de alguma forma poderiam tentar vinculá-lo ao crime”.

Nessa primeira conversa, já havia uma questão em aberto: o horário. Se Alexandre deixou Isabella no apartamento, voltou para o carro, retornou com Ana e os dois filhos e viu que a menina fora jogada, deixou muito pouco tempo para um estranho agir. Alexandre alegou que ficaram alguns minutos dentro do carro, na garagem, porque havia ali outro carro, com som alto, que poderia acordar as crianças. “Eles foram aumentando esse período para dar tempo de o suposto estranho fazer alguma coisa”, diz Renata.

Mais tarde, ao depor no inquérito, o casal calculou ter gasto 19 minutos entre sua chegada à garagem e a entrada de toda a família no apartamento. O carro de Alexandre, no entanto, tinha monitoramento por satélite. E esse sistema registrou a hora exata em que o motor foi desligado: 23h36m11s. O telefonema de Antonio Lúcio para a PM, falando da queda de Isabella, foi às 23h49m59s. Portanto, entre a chegada e a queda da menina transcorreram 13 minutos e 48 segundos.

Outra questão: a chave usada pelo suposto ladrão ou vingador para entrar no apartamento. Moradoras do prédio disseram a Renata que Alexandre falara em arrombamento da porta (que estava intacta, como a perícia constataria). Na delegacia, o casal falou na cópia da chave que existiria na portaria. O apartamento é novo, foi entregue em setembro do ano passado. O casal trocou portas e fechaduras, estas pelo modelo tetra, de quatro gomos. Os técnicos que fizeram o serviço, chamados a depor, confirmaram o trabalho. Cópias das chaves só haviam ficado na portaria enquanto os apartamentos não estavam ocupados. Depois, não. No fim da investigação, Anna Jatobá deu outra versão: tinha perdido a chave. E o assassino a teria achado.

O sangue que Renata não viu, ao vistoriar o apartamento no primeiro dia, apareceu quando os peritos usaram um reagente químico, chamado bluestar. Com ele, tornaram-se visíveis uma mancha de sangue perto do sofá e o sangue numa fralda que fora lavada e estava num balde. A delegada diz que a peça foi usada para limpar o apartamento ou estancar o sangue da testa da menina, no trajeto do carro para a moradia. “O sangue no apartamento foi suficiente para provar que era de Isabella”, diz Renata. Pelo mesmo processo, foram detectadas gotas de sangue com o perfil genético da menina no carro de Alexandre. Ali foi encontrado material genético de outras pessoas da família, que poderia ser vômito ou saliva das crianças. Mas só Isabella teve sangramento. “Por isso, posso afirmar que o sangu


No começo das investigações, Renata não esperou pelos laudos. Foi direto aos peritos. “Fiz várias reuniões com eles. Estive no IML e saí às 3 horas manhã”. Eram seis médicos, cada um explicando conclusões ligadas a sua especialidade. “As provas convergiam, uma encaixava na outra”, diz Renata. Os peritos concluíram que Alexandre entrou no apartamento com a filha no colo, sangrando, e a atirou no chão, junto do sofá. As manchas de sangue da entrada da sala até o sofá são compatíveis com essa situação.

Sobre o ferimento na testa: a menina viajava atrás do pai, que dirigia, com Anna no banco a seu lado. Renata concluiu que foi Anna quem acertou a menina na testa, erguendo o braço esquerdo. Uma hipótese é que tenha usado a chave tetra do apartamento – compatível com o ferimento. Isabella também tinha lesões na parte interna da boca e nos lábios. Sinal de que alguém comprimiu sua boca com força. Concluiu-se que Alexandre fez isso para impedir que Isabella chorasse alto ou gritasse enquanto a levava, no colo, para o apartamento.

Em 29 de abril, Renata Pontes terminou o inquérito e pediu a prisão preventiva do casal. Alexandre e Anna estão presos, à espera de julgamento. O advogado do casal, Marco Pólo Levorin, acusa a polícia de ter “criado e imaginado” os fatos e de ter sido tendenciosa. Diz deduzir, de um laudo oficial, que Isabella não foi esganada e que a asfixia deveu-se à queda. Afirma existir outro laudo, segundo o qual Alexandre não poderia, sozinho, ter jogado a menina pela janela. “Os fatos não poderiam ter ocorrido como foram demonstrados”, afirma. Para ele, a perícia oficial só comprovou a existência de sangue humano em quatro peças de roupa, o que exclui o apartamento, o carro e a fralda lavada. As peças, diz Levorin, são a calça de Isabella, uma blusa feminina, uma bermuda e uma camiseta de manga longa, encontrada no apartamento vizinho. Para ele, a camiseta “é da terceira pessoa”, o autor do crime. Levorin diz que não foram investigadas “possíveis rotas de fuga” dessa terceira pessoa. Afirma ter provas de que uma casa, que dá para os fundos do prédio, foi arrombada na noite do crime. Diz ainda que a polícia não investigou funcionários e prestadores de serviço do prédio.

Com o fim do inquérito, a foto de Isabella saiu da mesa de trabalho de Renata – e foi para seu apartamento. “A foto era para me dar motivação. Para ter forças, ficar sem dormir e seguir investigando, eu pensava na mãe que não podia mais beijar sua filha”. Pediu à mãe da menina, Ana Carolina de Oliveira, fotos para colocar no inquérito. A professora Paula Cristiane de Aquino, da Escola Isaac Newton, onde Isabella estudava, levou cerca de cem fotos. Nesse dia, Renata, que é solteira, se emocionou. Colocou no inquérito 20 fotos de Isabella. A primeira é do dia do nascimento. A última, da menina morta.


( QUANTO ESFORÇO PARA CULPAR O CASAL, QUE ESTRANHO !

PARA ABAFAR ERROS DE INVETIGAÇÃO?

PARA CONVENCER A OPINIÃO PÚBLICA , JÁ TÃO MASSACRADA COM ESSE ASSUNTO, O JÚRI VAI SER POPULAR? SERIA UM " MARKETING" JURÍDICO, PARA CONDENAR O CASAL, JÁ QUE NÃO HÁ PROVAS? )

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters