[Valid Atom 1.0]

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Shoes













LAST

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

الافراج عن مدير مجلة "التونسية" بكفالة مالية













LAST

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

23 02 2012 Paul Conroy calling for help from Baba Amr field hospital + E...













LAST

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Afghan protests continue over Quran burning













LAST

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Shelling in Syria Goes On, Journalists Wounded













LAST

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

O teatro do Júri













LAST

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Helicopter shakes itself apart on landing in Brazil













LAST

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Libya: Blacks treated like Apes in the Zoo by rebels













LAST

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

galeria homem-aranha

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Metroviários de São Paulo anunciam greve para 29 de fevereiro




Guilherme Balza e Maurício Savarese
Do UOL, em São Paulo
  • Rodrigo Paiva/UOL
    Metrô quer reduzir gratificação de funcionários por baixa avaliação de usuários Metrô quer reduzir gratificação de funcionários por baixa avaliação de usuários
Em assembleia realizada na noite desta quinta-feira (23), cerca de 400 metroviários de São Paulo decidiram entrar em greve a partir de 29 de fevereiro, caso o Metrô não melhore a proposta de participação nos resultados (PR), gratificação paga anualmente aos funcionários.
Segundo o secretário-geral do Sindicato dos Metroviários, Paulo Pasin, o Metrô quer reduzir 7,21% da PR dos trabalhadores com base em uma pesquisa de qualidade feita com os usuários. A avaliação do serviço prestado pelo Metrô caiu em comparação com o ano anterior.
A categoria não aceita a redução, sob o argumento de que a queda na avaliação do metrô é resultado do aumento do número de passageiros, e não de uma piora na qualidade do trabalho dos funcionários. Em 12 anos, o número de usuários dobrou, saltando de dois para quatro milhões de passageiros diários.
“Apesar de o usuário estar mais descontente, o Metrô ainda é o transporte mais bem avaliado, e isso se deve ao nosso esforço”, diz o sindicalista.
A PR dos trabalhadores do Metrô é composta por um valor fixo --calculado, para este ano, em R$ 3.062-- somado a 40% do salário mensal. De acordo com Pasin, a proposta do Metrô é reduzir os 7,21% do total pago ao trabalhador. Na assembleia de hoje, a categoria apresentou uma contraproposta, que prevê que o desconto seja abatido apenas dos 40% do salário de cada funcionário, e não do valor fixo.
Na próxima segunda-feira (27), as partes vão se reunir no Ministério Público do Trabalho (MPT) para chegar a um acordo. Em reunião realizada hoje, também no MPT, o impasse não foi solucionado. “Eles disseram que para falar sobre a participação nos lucros seria necessário um apoio do governo estadual, mas isso não estava na mesa até agora”, afirmou Pasin.
O Metrô possui cerca de 8.000 funcionários. A categoria realizará nova assembleia no dia 28.
Procuradora pela reportagem do UOL, a assessoria do Metrô afirmou “que o Metrô e o governo de Estado mantém um canal permanentemente aberto de negociação e diálogo para resolver questões trabalhistas.”







LAST







Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Blogueiro terá de se retratar por declaração racista. Uma vitória histórica do grande jornalista Heraldo Pereira




Heraldo Pereira na bancada do Jornal Nacional: o triunfo da "maioria dos homens de bem"
Heraldo Pereira na bancada do Jornal Nacional: o triunfo da "maioria dos homens de bem"
Existe alguma interpretação positiva ou alguma leitura virtuosa para a expressão “negro de alma branca”? Acho que não! Em outro post, que chamarei de “Novas considerações sobre o racismo”, exporei em detalhes como se manifesta a discriminação racial dos supostamente bem-pensantes, que se querem “progressistas” e monopolistas da virtude. Mas fica para daqui a pouco.
Pois bem. O senhor Paulo Henrique Amorim, em seu blog, recorreu àquela expressão asquerosa para definir Heraldo Pereira, repórter, comentarista político e integrante da bancada do Jornal Nacional, da Rede Globo. Não foi a única agressão de que o jornalista foi vítima. Segundo aquele senhor, Pereira seria “empregado de Gilmar Mendes” e faria apenas “bico na Globo”. Mais ainda: comentando a intervenção de um dos mais destacados profissionais da emissora nas comemorações dos 30 anos do Jornal Nacional, escreveu que ele “não conseguiu revelar nenhum atributo para fazer tanto sucesso, além de ser negro e de origem humilde.” É pouco? Ao criticar uma entrevista que o jornalista conduziu com Mendes, mandou ver: “Pereira se agacha, se ajoelha para entrevistar Ele.”
Pois é… Não restava mesmo outro caminho que não o Judiciário. Havia dois processos, um na área criminal, ainda em curso — com denúncia feita pelo Ministério Público Federal e já aceita pela Justiça, por crime de injúria racial e racismo —, e outro na área cível, que tem agora um desfecho. Amorim terá de pagar uma indenização de R$ 30 mil a uma instituição de caridade indicada por Pereira, será obrigado a retirar do seu blog todos os ataques feitos ao jornalista e se obriga a publicar em sua página e nos jornais Folha de S.Paulo e Correio Braziliense a seguinte retratação:
“Retratação de Paulo Henrique Amorim, concernente à ação 2010.01.1.043464-9:
Que reconhece Heraldo Pereira como jornalista de mérito e ético; que Heraldo Pereira nunca foi empregado de Gilmar Mendes; que, apesar de convidado pelo Supremo Tribunal Federal, Heraldo Pereira não aceitou participar do Conselho Estratégico da TV Justiça; que, como repórter, Heraldo Pereira não é nem nunca foi submisso a quaisquer autoridades; que Heraldo Pereira não faz bico na Globo, mas é funcionário de destaque da Rede Globo; que a expressão ‘negro de alma branca’ foi dita num momento de infelicidade, do qual se retrata, e não quis ofender a moral do jornalista Heraldo Pereira ou atingir a conotação de racismo.”
Só para que vocês tenham uma idéia de como se deram as coisas, em sua defesa, referindo-se à expressão “negro de alma branca”, o réu Amorim chegou a afirmar (transcrevo literalmente):
“Com efeito, consistindo o racismo na crença de determinado grupo de pessoas de ser superior a outro, recriminando os indivíduos com base em características físicas, tais como a cor, forçoso concluir que a matéria em discussão não se enquadra no conceito racista, não possui cunho pejorativo e não menosprezou quem quer que seja, como pretendido pelo contestado, pelo contrário, enalteceu o jornalista Heraldo Pereira que, atualmente assume posição de destaque no jornalismo da Rede Globo.”
Vale dizer: o réu insistiu na tese de que “negro de alma branca” é, na verdade, um elogio…
Bem, meus caros, o que vai acima remete a um debate muito importante que está em curso no Brasil. Ele diz mais do que parece sobre certas convicções supostamente democráticas.
Heraldo Pereira ajuda a civilizar o Brasil.
Heraldo Pereira torna melhor o grupo a que todos pertencemos: a raça humana.
Heraldo Pereira não é a vingança da minoria, mas o triunfo da maioria: a maioria dos homens decentes e de bem!
Parabéns, Heraldo!
Por Reinaldo Azevedo

Pô, os "donos do progressismo" queriam o negro Heraldo livre, mas assim já é demais! O que eles fazem de sua "generosa piedade", né?
Pô, os "donos do progressismo" queriam o negro Heraldo livre, mas assim já é demais! O que eles fazem de sua "generosa piedade", né?
Por que alguém se considera no direito de tachar um dos jornalistas mais talentosos e mais bem-preparados de sua geração de “negro de alma branca” e de afirmar que ele “não conseguiu revelar nenhum atributo para fazer tanto sucesso, além de ser negro e de origem humilde”, como fez um senhor chamado Paulo Henrique Amorim com Heraldo Pereira? Minhas caras, meus caros, essa história vem de longe. E será preciso apelar aqui à origem de certas idéias, que acabaram definindo alguns paradigmas. Antes que entre propriamente no aspecto mais perverso e quase invisível do racismo, terei de fazer algumas considerações.
Vocês conhecem bem os ataques de que sou alvo porque me oponho, por exemplo, à política de cotas raciais. Alguns militantes da causa, brancos e negros, acusam-me, por isso, de “racista”. Não vou debater cotas agora porque desviaria este post de seu propósito. Já escrevi muito a respeito. Pretendo abordar um aspecto do racismo que a muitos passa despercebido porque praticado, ou cultivado, por supostos porta-vozes de causas consideradas “progressistas” ou “de esquerda”, como queiram.
Nesta madrugada, publiquei um longo post sobre o livro “Aguanten Los K”, do jornalista argentino Carlos M. Reymundo Roberts. Recomendo o artigo a quem não o tenha lido. Roberts trata justamente das hordas de partidários do “kirchnerismo” que atuam nos blogs, no Twitter e até nas rádios, para reproduzir as verdades eternas do governismo e tentar destruir a reputação daqueles considerados “inimigos”. Na Argentina como no Brasil, esses vagabundos são alimentados por dinheiro público e obedecem a um comando partidário. Lá, são “Los K”; aqui, são “os petralhas”. Tentam dividir o mundo em duas metades: a boa, “progressista e de esquerda” (eles), e a má, “reacionária e de direita” (os outros).
Outra referência bibliográfica importante nesse debate é “O Fascismo de Esquerda”, do jornalista americano Jonah Goldberg. O autor procede a uma breve reconstituição histórica de alguns valores tidos nos EUA como “liberais” (lá, essa palavra quer dizer “à esquerda”) e evidencia o seu parentesco com teses e proposta do fascismo. Nos melhores momentos do livro, demonstra como as propostas mais autoritárias, discriminatórias mesmo!, podem ser consideradas verdadeiros poemas humanistas, desde que abraçadas por “liberais”, e como valores ligados aos direitos fundamentais do homem podem ser tidos como “autoritários” se defendidos por conservadores. A síntese é esta: os ditos “progressistas” serão sempre progressistas, mesmo quando reacionários; e os ditos “reacionários” serão sempre reacionários, mesmo quando progressistas. As esquerdas, em suma, mundo afora, se tornam “donas do humanismo”.
Atenção, meus queridos! Nenhum autoritarismo, por mais deletério e estúpido que seja, é tão estúpido e deletério quanto o das esquerdas e de seus apaniguados. É a história que me dá razão. O despotismo que se instala em nome da liberdade do povo é duplamente perverso porque pratica todas as violências com as quais prometeu acabar e ainda destrói a esperança.
Todas as ditaduras são asquerosas, de direita ou de esquerda. Mas as de esquerda são mais longevas e matam muito mais — incomparavelmente mais — porque seus assassinos falam em nome do bem da humanidade. Hitler era um facínora vagabundo, um recalcado homicida, que falava claramente em nome de um grupo, de uma “raça”. Já o seu antípoda complementar, Stálin, era tido como arauto de uma “nova humanidade”. Com razão e para o bem da civilização, os partidários do bigodinho assassino são reprimidos mundo afora; sem razão e para o mal da civilização, os admiradores do bigodão assassino ainda estão por aí, pautando, muitas vezes, o “debate de resistência”. Não é preciso ir longe. Integrantes dos governos petistas que tentaram instalar uma ditadura stalinista no Brasil, Dilma inclusive, dizem hoje se orgulhar da luta pela “democracia”… É uma mentira grotesca. Muito bem! E o que isso tudo tem a ver com Heraldo Pereira?
Vamos ao centro do racismo
É possível estabelecer a genealogia da discriminação racial nos vários países, inclusive no Brasil. Por razões específicas, na Europa e na Rússia, por exemplo, ela se voltou contra os judeus; no Brasil, contra os negros; na África subsaariana, contra tribos originalmente rivais — já que a cor da pele não tem importância. Combater a cultura e a prática da discriminação é um imperativo moral e ético. É matéria que diz respeito à civilização. A causa não é propriedade privada de uma ideologia, de um partido político ou de ONGs, movimentos sociais e seus associados.
O racismo bronco pode ser enfrentado com clareza porque visível. Os estúpidos, os bucéfalos, que saem por aí a vociferar o seu ódio contra negros, por exemplo, praticam o que costumo chamar de “racismo de primeiro grau”. São crus, desprovidos de qualquer ambição intelectual, mal escondem o seu recalque: ou acham que um negro bem-sucedido está a ocupar um lugar que lhes caberia por direito natural ou entendem que a presença do “outro” ameaça o seu próprio status. Merecem ser duramente enfrentados nas ruas, nas escolas, nas empresas, nos tribunais. Não, não acredito que o caminho sejam as cotas, mas, reitero, não entro nesse mérito agora.
O racismo de segundo grau
Já o racismo de segundo grau é coisa mais complicada. Embora seus cultivadores se digam inimigos da discriminação e aliados de todos os grupos que lutam pelos direitos das minorias, não compreendem — e, no fundo, não aceitam — que um negro possa ser bem-sucedido em sua profissão A MENOS QUE CARREGUE AS MESMAS BANDEIRAS QUE ELES DIZEM CARREGAR!
Eis, então, que um profissional com as qualidades de Heraldo Pereira os ofende gravemente. Sim, ele é negro. Sim, ele tem “uma origem humilde”. Ocorre que ele chega ao topo de sua profissão mesmo no país em que há muitos racistas broncos e em que a maior discriminação ainda é a de origem social. E chegou lá sem fazer o gênero do oprimido reivindicador, sem achar que o lugar lhe pertencia por justiça histórica, porque, afinal, seus avós teriam sido escravos dos avós dos brancos com os quais ele competiu ou que a luta de classes lhe roubou oportunidades.
Sabem o que queriam os “racistas de segundo grau”, essas almas caridosas que adoram defender minorias? Que Heraldo Pereira estivesse na Globo, sim, mas com o esfregão na mão e muito discurso contra o racismo na cabeça. Aí, então, eles poderiam dizer: “Vejam, senhores!, aquele negro! Por que ele não está na bancada do Jornal Nacional?” Ocorre que Heraldo ESTÁ na bancada do Jornal Nacional. E sem pedir licença a ninguém. Enquanto alguns negros, brancos, amarelos ou vermelhos choramingavam, o jornalista Heraldo Pereira foi estudar direito na Universidade de Brasília. Enquanto alguns se encarregavam de medir o seu “teor de negritude militante”, ele foi fazer mestrado — a sua dissertação: “Direito Constitucional: Desvios do Constituinte Derivado na Alteração da Norma Constitucional”.
Quando se classifica alguém como Heraldo de “negro de alma branca” — e já ouvi cretinos a dizer a mesma coisa sobre Barack Obama porque também insatisfeitos com a sua pouca disposição para o ódio racial —, o que se pretende, na verdade, é lhe impor uma pauta. Atenção para isto:
- por ser negro, ele seria menos livre do que um branco, por exemplo, porque estaria obrigado a aderir a uma determinada pauta;
- por ser negro, ele teria menos escolhas, estando condenado a fazer um determinado discurso que os “donos das causas” consideram progressista;
- ao nascer, portanto, negro ele já nasceria escravo de uma causa.
Heraldo os ofende porque diz, com todas as letras e com sua brilhante trajetória profissional: “Sou o que quero ser, o que decidi ser, o que estudei para ser, o que lutei para ser. Eu escolho, não sou escolhido! Sou senhor da minha vida, não um serviçal daqueles que dizem querer me libertar”. Heraldo os ofende porque não precisa que brancos bem-pensantes pensem por ele. E há ainda uma ofensa adicional: não é reconhecido como um “progressista com carteirinha do partido”.
Que pena os racistas de segundo grau não poderem passar a mão na cabeça de Heraldo Pereira, condoídos com a sua condição de vítima não é!? Em vez disso, quem está no topo é Heraldo. Os que gostariam de sentir dele aquela pena militante só caminham para a lata de lixo do racismo de segundo grau.
Ladrões de alma
Caminhando para o encerramento, noto ainda que a expressão “negro de alma branca” pretende roubar do alvo da ofensa a sua individualidade, de modo a transformá-lo numa monstruosidade moral, sem lugar. Por negro, Heraldo seria sempre um estranho entre os brancos. Por ter a alma branca, sendo negro, tentaria forjar uma identidade que não é a sua. Não é difícil concluir que este ser, então, não teria lugar nem entre os brancos nem entre os negros.
Esse caso, meus caros, expõe as entranhas do pior lixo racista, que é aquele praticado pelos ditos “progressistas”. Como é mesmo?
“Nenhum autoritarismo, por mais deletério e estúpido que seja, é tão estúpido e deletério quanto o das esquerdas e de seus apaniguados. É a história que me dá razão. O despotismo que se instala em nome da liberdade do povo é duplamente perverso porque pratica todas as violências com as quais prometeu acabar e ainda destrói a esperança.”
Heraldo Pereira é um homem livre — livre, inclusive, da agenda que queriam lhe impor. E isso lhes parece imperdoável.
PS - Ah, sim! Prestem atenção ao silêncio ensurdecedor dos ditos “progressistas”…
Por Reinaldo Azevedo


Humanos de todo o mundo, uni-vos: a classe petralha é internacional! Ou: “O sonho de minha vida é ser um blogueiro petralha”

O texto ficou um tantinho longo. Mas acho que vale a pena ler até o fim. Há aqui uma dica de leitura. Imaginavam-me, no Carnaval, só com os pés na areia e a cabeça nas nuvens? Não! Estava pensando em vocês!
*
Um amigo jornalista me deu um presente delicioso: o livro “Aguanten Los K” (”Agüentem os K”), do jornalista argentino Carlos M. Reymundo Roberts, publicado pela editora Sudamericana.  E quem são “los K”? São os petralhas da Argentina; é como são conhecidos os partidários furiosos, ensandecidos, fanáticos mesmo, do casal Kirchner — no momento, de Cristina; Néstor, que morreu no dia 27 de outubro de 2010, já virou mito e estátua. No Brasil, o livro poderia se chamar “O País dos Petralhas”, hehe…  ”Aguanten Los K” reúne uma coletânea de artigos publicados na coluna “De no creer” entre 15 de janeiro de 2010 e 20 de agosto de 2011. Jornalista experiente, Roberts cobriu duas guerras (a do Golfo, em 1991, e do Peru com o Equador, em 1995), é professor universitário, um dos comandantes da redação do La Nacíon e colunista do jornal, onde trabalha há mais de 30 anos. Conhece o seu ofício.
Néstor Kirchner, amparado pela mulher, que o sucedeu, ascendeu ao poder com o apoio majoritário da imprensa. Dada a penúria a que havia chegado a Argentina e considerando a razoável, mas precária, estabilidade alcançada, o casal foi se tomando de ares imperiais. Hoje, Cristina pode ser colocada na galeria dos líderes latino-americanos que nutrem um desprezo muito pouco solene pelas regras da convivência democrática, na companhia de Hugo Chávez, Rafael Correa e Daniel Ortega. A sua investida contra a imprensa independente do país é só a face mais visível de seus arroubos autoritários. Não me estenderei agora sobre esse particular. Quero falar sobre o livro de Roberts — de que traduzo um artigo que nos fala de perto, como vocês lerão.
Liberal convicto, o autor recorreu a um truque inteligente em sua coluna. Resolveu escrever como alguém que tivesse se convertido à religião Kirchner. Criou um “alter ego” adesista, governista a mais não poder, entusiasmado mesmo! Apresenta-se, assim, com uma personalidade dividida, esquizofrênica. O editor se obriga a ser imparcial, crítico, severo, guardião dos valores democráticos. Mas o colunista… Deixemos que os dois se apresentem.
O jornalista
 ”Quero me apresentar: sou  Carlos María Reymundo Roberts, jornalista do La Nacíon há mais de trinta anos. Profundamente liberal, estou entre os antípodas do kirchenerismo. Trabalho, porém, num diário que não faz oposição, mas jornalismo independente.”
O colunista
“Quero me apresentar: sou Carlos M. Reymundo Roberts e, sob esta rubrica, público há pouco mais de um ano uma coluna política no diário La Nacíon. No início, foi, reconheço, um espaço editorial duro com os Kirchner, ainda que não só com eles. Na verdade, nem era tão duro, porque a minha não é a linguagem de quem pontifica, mas a de quem tem um olhar bem-humorado, mordaz, dos acontecimentos políticos. Como a muitos argentinos, a morte de Néstor, no fim de outubro de 2010, produziu em mim uma forte comoção. Primeiro em meu espírito; depois em minhas idéias. Dois meses depois, eu era um kirchnerista puro e duro e, por isso, pus minha coluna a serviço da causa.”
O editor reconhece que o modelo Kirchner é intolerante, aniquila a institucionalidade e destrói os valores republicanos. Já o colunista adesista acha que isso não é assim tão mau… Pode não ser, diz, uma “institucionalidade clássica, mas é a nossa”. O editor admite, atenção!, que “o governo cooptou e neutralizou todos os organismos de controle, que comprou prefeitos, governadores, opositores, juízes, intelectuais, sindicalistas, empresários jornalistas”. Já o colunista adesista pensa que “os prefeitos, governadores, sindicalistas, empresários e jornalistas se convenceram das bondades do modelo; os juízes julgam acertado o que estamos fazendo, e os intelectuais abraçam a causa nacional e popular porque nós os reconciliamos com suas velhas idéias e lhes demos uma razão para existir”.
Vejam só! O que em Roberts é uma blague, uma graça, uma saída irônica, é, em boa parte do jornalismo brasileiro, uma esquizofrenia verdadeira. Quantas vezes vocês já não viram  colunistas muito vetustos e severos a anuir com arroubos autoritários do petismo, achando que, afinal, é preciso mesmo pagar um preço “pela mudança”? As duas faces do jornalista argentino, separadas pelo humor, assumem, em certo jornalismo brasileiro, a gravidade de uma categoria de pensamento.
Humor
Como alguém que pretende se irmanar com os petralhas — ooops!, com “Los K” —, Roberts é desmedido no seu amor pelo governo e elogia, é claro!, algumas notáveis barbaridades. E aqui está uma graça adicional do livro. A cada artigo, segue-se a publicação de uma série de comentários. E a gente se dá conta da miséria intelectual destes tempos. Alguns admiradores e adversários do kirchnerismo percebem a ironia; os primeiros o desqualificam; os outros o aplaudem. Mas há aquele, de um lado e de outro, que tomam tudo ao pé da letra, e as posições, então, se invertem: os K o elogiam largamente, e os críticos do oficialismo lhe dão uma carraspana.
A exemplo de “O País dos Petralhas” no Brasil — modéstia às favas —, a seleção de artigos de Roberts serve como retrato de um período infeliz da política argentina; é visível que os instrumentos da democracia são usados pelo governo para solapar a própria democracia. Roberts inova, no entanto, ao criar esse “alter ego” governista, que expõe, pelo caminho da adesão, o ridículo do oficialismo. Fiquei cá pensando em dar vida à versão vermelha do Reinaldo Azevedo… Garanto que essa minha versão abestada saberia elogiar o governo com mais competência do que algumas expressões momescas do lulo-petismo.
Blogs
Também na Argentina — e em toda parte —, é na Internet que a canalha fascistóide se manifesta com mais virulência. Traduzo, abaixo, um dos artigos do livro, que nos fala — a mim e a vocês — mais de perto. Vejam como a “classe petralha é internacional” e como os esbirros do poder nunca surpreendem.
Vocês lerão um artigo de Roberts sobre o atual momento da política argentina e ficarão com a impressão de que ele fala do Brasil. Divirtam-se.
*
O sonho de minha vida: ser um blogueiro K
Já sei o que quero ser quando crescer: um blogueiro K. Se a vida quer me dar um presente, peço este: fazer parte de um exército de homens e mulheres deste país que, dia após dia, faça chuva ou faça sol, tomam a lança e saem em defesa do seu governo, mais para matar do que para morrer.
Em tempos de descrença generalizada, de fim das ideologias, de individualismo feroz, eles se agrupam para uma batalha diária contra os meios de comunicação e seus esbirros, os jornalistas.
A cena há de ser comovedora: milhares de jovens (bem, assim pensava eu, mas me dizem que os há de todas as idades), por pura vocação, movidos por suas mais profundas convicções democráticas e em defesa da pátria, acordam quando ainda está escuro, lêem rapidinho jornais e sites na Internet, detectam um inimigo e, antes mesmo de tomar um café ou de escovar os dentes, já estão armados, na frente de seu PCs. Convictos, entusiasmados, dão início à segunda parte de seu trabalho, que, na verdade, nem é tão complicada: consiste, basicamente, em destruir o autor do texto que ousou criticar o governo.
Destruí-lo significa isto: esmagá-lo, mexer com a sua vida, com a sua história, com seu nome, até com a sua aparência, pouco importa. Não é uma guerra de argumentos, claro! Eles não são necessários, e isso é o mais tentador do trabalho: se alguém critica os Kirchner, isso se deve ao fato de ser reacionário, fascista, atrasado; de estar a serviço da Sociedade Rural, do neoliberalismo e do capitalismo selvagem; ou, então, só o faz porque os donos do veículo de comunicação o obrigaram a escrever aquilo.
Para esse exército de esforçados servidores, não importa, ou importa muito pouco, o que diz o artigo em questão. Coitados! No apuro, nem tiveram tempo de lê-lo. Sabujos treinados, o título já lhes dá a pista. Temo que, de forma maliciosa, um dia alguém ainda escreverá um longo elogio ao governo, deixando claro na última linha que todo o que veio antes é uma farsa. Que horror! Quantos blogueiros K vão cair na armadilha! Algum deles chegará até a última linha?
O slogan dos nossos heróis parece ser este: é preciso entrar logo nos fóruns da Internet, nos blogs, no Twitter e deixar a marca. É preciso pautar o debate e fazê-lo antes dos inimigos: aqueles que gostaram do texto. Para estes, também haverá fogo, é claro!, mas sem perder de vista que são apenas soldados. O general é o autor do artigo. É preciso convencê-lo de que teria sido melhor escrever na revista dos bombeiros voluntários de seu bairro.
Será que é a admiração que me leva a identificar um blogueiro K e a não confundi-lo com qualquer outro defensor do governo? Não, não é a admiração, mas o cheiro! Há um certo ar de família nos blogueiros oficiais. Eles são madrugadores, são furiosos, não perdem tempo discutindo motivos; ficam horas diante das telas de computador, amam a desqualificação e não mostram a menor intenção de ceder nada a ninguém, nunca!
Outra característica comum é a sua reação quando alguém os descobre e os acusa — com total injustiça, é claro! — de trabalhar a soldo da Casa Rosada. Então seus mais baixos instintos despertam (se é que já não estavam despertos) e atacam sem piedade. Alguém comentava outro dia que era muito fácil entrar em um fórum e distingui-los: “Não argumentam; só insultam e agridem”.
Dias atrás, publiquei no Twitter a suspeita de que essa tropa de choque da Internet também tem a sua divisão nos programas de rádio que veiculam as mensagens dos ouvintes. Alguns telefonemas em certo programa da manhã me pareceram muito suspeitos. Alguém respondeu que era assim mesmo: são os “telefonadores K”, superiores, na hierarquia, aos “tuiteiros K”, mas inferiores aos blogueiros K “, uma espécie de tropa de elite. Concluí que nem mesmo os Kirchner, tão igualitários, conseguiram impedir que, em suas fileiras, reine a luta de classes e a discriminação.
Dada a minha intenção de ser um dia um desses soldados, estou cheio de perguntas. Quem os comanda? Quantos são? Como são recrutados? Quantas horas é preciso dedicar à causa? E o grande tema: ok, aceito que não recebam um peso, que seja tudo vocação, que seja tudo espontâneo…, mas alguém poderia me dizer a quanto chega esse soldo que não cobram?
A propósito: também me pergunto como este corpo tão coeso, tão uniforme, lerá este texto que lhe dedico. Entenderão que está escrito com a intenção do elogio, do reconhecimento, ou vão acreditar, numa leitura superficial, que isto é uma crítica, mais uma das muitas que recebem nestes tempos? Há apenas uma forma de sabê-lo: dar o texto por terminado e ouvi-los. Soldados, se chegaram até aqui, sigam em frente; vocês têm a palavra.
Por Reinaldo Azevedo
LAST







Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Em edital de concurso na Bahia de Wagner, militância sindical e partidária contava mais pontos do que curso universitário;



foi cancelado porque a “imprensa burguesa” descobriu!

Vejam esta imagem:
correio-da-bahia
É, como viram, uma manchete do jornal “Correio da Bahia”. Dá para entender por que os petralhas odeiam a imprensa e por que mantêm uma rede de difamação a soldo. Sim, O que está sintetizado aí é absolutamente verdadeiro: o governo do petista Jaques Wagner decidiu fazer um concurso em que os candidatos que fossem sindicalistas e militantes de partido — de qual, hein? — ganhariam pontos adicionais. Como a coisa veio a público, o edital foi suspenso. Ah, sim: essa militância tinha mais peso do que a formação universitária!
Da mulher de César, dizia-se que tinha de ser honesta e de parecer honesta. Naquele caso, ser e não parecer não ficava bem a alguém na sua condição. Mas, vá lá, num regime de aparências ao menos, bastaria parecer, ainda que honesta não fosse. Eu diria que os petralhas estavam nessa fase até outro dia. Nestes tempos, foi-se o último escrúpulo. Não sendo, acham já que nem precisam parecer. Estão de tal sorte convencidos de que nada nem ninguém os ameaça que podem fazer um edital escancaradamente dirigido.
Leiam trecho de reportagem de Carlos Mandeiro, no UOL:
A Secult-BA (Secretaria de Cultura do Estado da Bahia) cancelou o edital para contratação de nove representantes territoriais de cultura na tarde desta quinta (23). A seleção gerou polêmica porque a comprovação de anos de “experiência sindical e partidária” poderia acrescentar até dez pontos aos candidatos. A crítica de especialistas em concursos públicos sugere que esse item poderia favorecer militantes do PT (Partido dos Trabalhadores), que governa o Estado.
Procurada pelo UOL, a Secretaria disse apenas que o edital foi cancelado, que os itens previstos serão revistos e que não há prazo para publicação de um novo documento. Apesar de questionado, o órgão não comentou sobre os motivos que levaram à inclusão dos itens na seleção, nem informou de que forma a experiência sindical ou partidária ajudaria no exercício de um cargo na área cultural.
Tempo no sindicato valeria mais que faculdade
As inscrições deveriam ser iniciadas hoje para o certame. Os técnicos permaneceriam na função até dezembro, com salário mensal de R$ 1.980. O edital que gerou confusão foi publicado no início do mês e previa que um candidato ganhasse até 10 pontos pela atuação em sindicatos, partidos e organizações da sociedade civil. Para conseguir a pontuação, seria preciso provar que atuou por quatro anos - são 2,5 pontos por ano.
Pelos critérios do edital, o ano de atuação sindical ou política valeria mais que as atividades artísticas (atividade-fim da função), que prevê apenas dois pontos a cada 12 meses de participação. De acordo com o edital, uma pessoa que tenha feito graduação na área teria sete pontos na análise de currículo - três a menos que a atuação em sindicatos ou partidos. Já uma pós-graduação na área vale os mesmos dez pontos da atuação política. Já outras pós-graduações valeriam apenas sete pontos.
(…)
Por Reinaldo Azevedo






LAST







Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Sex offender bill creating misinformed "panicky situation"













LAST

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Annan named UN-Arab envoy on Syria













LAST

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

23 02 2012 Baba Amr Bombardment of Al Anwar Mosque + destruction + Engl...













LAST

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

$15,OOO,OOO,OOO,OOO FRAUD EXPOSED in UK House of Lords













LAST

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Wrath of the Titans Official Trailer #2 - Sam Worthington Movie (2012) HD













LAST

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Confira 10 bons programas grátis para curtir em SP



As informações estão atualizadas até a data acima. Sugerimos contatar o local para confirmar as informações
DE SÃO PAULO
Aproveite uma lista com 10 programas gratuitos para curtir em São Paulo. Há peças, exposições e atrações infantis.

Divulgação
Em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil, a exposição gratuita "Índia!" reúne mais de 350 peças
Em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil, a exposição gratuita "Índia!" reúne mais de 350 peças
-
CRIANÇA
A História da História
Seleção de histórias inspiradas nos textos lidos na Semana de Arte Moderna de 1922 e adaptadas para o público infantil por Kiara Terra.
Informe-se sobre o evento
Mitos Brasileiros em Cordel
O escritor César Obeid recria, por meio de literatura de cordel, a história dos principais mitos populares brasileiros, como o saci-pererê e o curupira.
Informe-se sobre o evento
-
EXPOSIÇÕES
O Tridimensional no Acervo do MAC: uma Antologia
São 17 esculturas da coleção do museu, de artistas nacionais e internacionais, como Maria Martins e Cildo Meireles, que ocupam apenas o térreo da nova sede, antes ocupado pelo antigo prédio do Detran. Mesmo acanhada, a coletiva tem o objetivo de aproximar o público da crise que acomete as artes visuais, sobretudo a partir do final da Segunda Guerra Mundial.
Informe-se sobre o evento
Guerra e Paz, de Portinari
Os históricos painéis "Guerra" e "Paz", além de cerca de 80 estudos preparatórios, entre desenhos, guaches, grafites e maquetes, compõem a exposição. Os painéis, que retratam dramas e tragédias sociais, têm 14 metros de altura e dez de largura.
Informe-se sobre o evento
Índia!
Dividida em três blocos temáticos ("Homem", "Deuses" e "Formação da Índia Moderna"), a exposição reúne mais de 350 peças datadas de 200 a.C. a 2011. O acervo inclui objetos de arte popular, fotografias, pinturas e esculturas sacras.
Informe-se sobre o evento
-
PASSEIOS
Zoológico Guarulhos
Criado em 1981, o local possui 70 mil m2 e conta com cerca de 400 animais de cem espécies em meio a jardins e lagos margeados por mata atlântica. É possível encontrar espécies ameaçadas, como a onça-pintada, a suçuarana e a arara-azul.
Informe-se sobre o evento
The Beatle Week Brasil 2012
O acervo é composto por variadas fotos, coleções de discos de vinis originais ingleses, além de bonecos e miniaturas. Aos amantes de instrumentos musicais, a mostra conta ainda com réplicas do baixo Hofner, autografado pelo próprio Paul McCartney, e da bateria Ludwig, de Ringo Starr.
Informe-se sobre o evento
-
SHOWS
Projeto Prata da Casa
Nesta edição do projeto, o grupo convidado é o grupo pernambucano A Banda de Joseph Tourton. Expoentes de rock instrumental bem ao estilo de grupos como Hutmold e Macaco Bong, o quarteto agrega a típica pegada dub característica dos músicos radicados em Recife.
Informe-se sobre o evento
-
Mauren Ercolani-Fiesp/Divulgação
Ator Guilherme Sant'Anna em cena da peça "L'Illustre Molière", que retrata a vida do dramaturgo francês, em cartaz no teatro do Sesi
Ator Guilherme Sant'Anna em cena da peça "L'Illustre Molière", que retrata a vida do dramaturgo francês, em cartaz no teatro do Sesi
TEATRO
L'Illustre Molière
Ambientado no século 17, a peça retrata a vida do dramaturgo francês Molière. A partir da rotina do autor, cada cena recria a efervescência de sua criatividade e de sua companhia.
Informe-se sobre o evento
O Idiota - Uma Novela Teatral
A peça, baseada no livro "O Idiota", de Dostoiévski, foi dividida em três partes, que são apresentadas em dias diferentes (para os que têm menos tempo, a companhia faz uma versão reduzida, com toda a história em apenas um dia). Na história, o príncipe Míchkin volta a São Petersburgo para se tratar de epilepsia.
Informe-se sobre o evento
Acesse o site Catraca Livre para saber informações sobre eventos gratuit








LAST







Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Ladrões fazem arrastão em prédio no Jardim Europa (SP)



Publicidade
DE SÃO PAULO
Um grupo de ao menos cinco homens fez um arrastão a um prédio na rua Jerônimo da Veiga, no Jardim Europa, zona oeste de São Paulo, na noite de quinta-feira (23).
Por volta das 21h30, os ladrões aproveitaram que um visitante deixava o prédio para render o porteiro e invadir três apartamentos. Eles fugiram no carro Hiunday Azera de um morador, levando joias e dinheiro.
Segundo a polícia, nenhum morador foi agredido pelo grupo durante o roubo.
O caso foi registrado no 14º Distrito Policial de Pinheiros.

Eduardo Anizelli/Folhapress
Fachada de prédio de luxo no Jardim Europa que sofreu arrastão de criminosos no final da noite de 5ª feira
Fachada de prédio de luxo no Jardim Europa que sofreu arrastão de criminosos no final da noite de 5ª feira



Réus do mensalão jogam suas fichas na antecipação da aposentadoria de Cezar Peluso, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), para adiar o julgamento do caso para 2013. O magistrado sai do cargo em abril. E precisa deixar a corte até setembro, quando se aposenta, aos 70 anos.



LAST







Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Precatório em SP é caso de polícia, diz OAB






23 de fevereiro de 2012 | 22h 02

MARIÂNGELA GALLUCCI - Agência Estado
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) deu hoje a partida para tentar resolver o problema da falta de pagamento dos R$ 20 bilhões em precatórios devidos pelo Estado de São Paulo e por municípios. Em reunião da qual participaram a corregedora do CNJ, Eliana Calmon, e representantes do Tribunal de Justiça (TJ) paulista e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), ficou acertado que a partir no dia 5 uma equipe do conselho vai iniciar no TJ o trabalho de ajuda à organização do setor de precatórios.
Amanhã, segundo o representante do TJ na reunião, o presidente do tribunal, Ivan Sartori, deverá se reunir com o governador Geraldo Alckmin. Conforme o estabelecido na reunião de hoje, na semana de 5 a 9 de março, a equipe do CNJ vai fazer um diagnóstico da situação dos precatórios paulistas. Em seguida, deverá ser iniciado o trabalho de reestruturação do setor.
O presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, afirmou hoje que a situação dos precatórios em São Paulo virou "um caso de polícia". "Precatório em São Paulo não é mais caso de Justiça, é caso de polícia. O que se está cometendo em São Paulo é um atentado aos direitos humanos, é um atentado à dignidade do ser humano", disse Cavalcante.
Cavalcante participou hoje da reunião no CNJ para discutir soluções para o problema da falta de pagamento das dívidas judiciais. Em São Paulo, os precatórios ultrapassam R$ 20 bilhões. Representante do TJ na reunião, o desembargador José Joaquim dos Santos reconheceu que o setor de precatórios está desorganizado. Isso ocorre, segundo ele, devido à falta de servidores e recursos.
"O tribunal está aberto a propostas. O tribunal só não trabalhou dentro da linha de ação desejada por todos porque, como eu disse, depende de recursos que provêm do Executivo. Os tribunais de Justiça, de um modo geral, são carentes do ponto de vista financeiro e estão enfrentando carência funcional", afirmou o desembargador. De acordo com ele, o presidente do TJ, Ivan Sartori, deverá se reunir amanhã com o governador Geraldo Alckmin.
A corregedora do CNJ, Eliana Calmon, informou que o órgão está empenhado em ajudar o TJ paulista a resolver o problema de organização do setor de precatórios. "Nós estamos fazendo uma primeira reunião para sairmos daqui com algumas proposições. Cada um sairá com o seu dever de casa para nós darmos uma solução. A solução será dada, mas nós vamos passo a passo para conseguirmos chegar a um denominador comum. Qual é? Vamos solucionar o problema dos precatórios no Tribunal de Justiça de São Paulo", disse a ministra.





LAST







Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Morre, em SP, vítima de câncer, a empresária Eliana Tranchesi




Por vários anos Eliana comandou a Villa Daslu, butique de luxo na zona sul da capital paulista

24 de fevereiro de 2012 | 1h 59

Ricardo Valota e Pedro da Rocha, do estadão.com.br
SÃO PAULO - Morreu na madrugada desta sexta-feira, 24, aos 55 anos, vítima de complicações causadas pelo câncer, a empresária Eliana Maria Piva de Albuquerque Tranchesi. Eliana Tranchesi, como era conhecida no mundo fashion, e estava internada no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. O enterro ocorrer na tarde desta sexta-feira no Cemitério do Morumbi. A assessoria do hospital só divulgará detalhes do falecimento de Eliana mediante autorização da família.
A empresária, que comandou por muitos anos a Villa Daslu - butique multimarcas que abrigou um dia as grifes mais luxuosas do mundo em um portentoso prédio neoclássico na Marginal Pinheiros, em São Paulo - em 2006 chegou a retirar um tumor de um dos pulmões e já passava por sessões de quimioterapia e radioterapia.
A empresária foi presa em março de 2009 pela Polícia Federal após ser condenada a 94 anos e seis meses de prisão pelos crimes de formação de quadrilha, fraude em importações e falsificação de documentos. A sentença foi proferida juíza da 2ª Vara Federal de Guarulhos, Maria Isabel do Prado, e inclui ainda o irmão de Eliana, Antonio Carlos Piva de Albuquerque, diretor financeiro da empresa na época dos fatos, e Celso de Lima, dono da maior das importadoras envolvidas com as fraudes, a Multimport.
No mesmo dia, os advogados de defesa da empresária chegaram a divulgar um relatório médico sobre o estado de saúde de Eliana, que fazia tratamento no mesmo hospital onde ela faleceu. O documento, assinado pelo oncologista Sérgio Daniel Simon, afirmava: "A Sra. Eliana Maria Piva de Albuquerque Tranchesi encontra-se sob meus cuidados médicos desde março de 2009. A paciente é portadora de Adenocarcinoma de Pulmão com metástases em coluna lombo-sacra e por esse motivo encontra-se em tratamento radioterápico e quimioterápico. A paciente recebeu dose de quimioterapia em 21 de março de 2009 com as drogas Alimta, Carboplatina e Avastin.
Na fase em que se encontra atualmente, a paciente necessita de cuidados médicos diários, para a aplicação subcutânea de medicação e controle de exames de sangue. Devido ao uso de quimioterapia, a paciente tem alto risco de infecção generalizada, motivo pelo qual está recebendo medicação diária. Além disso, o uso de Avastin aumenta o risco de crises de hipertensão arterial e sangramento, e também necessitam de atenção médica continuada. Por esses motivos, creio que a mesma não deva permanecer em prisão comum, sendo mais seguro a prisão domiciliar com os cuidados médicos apropriados".


Herdeira da Daslu, Eliana Tranchesi morre aos 56 anos em SP


DE SÃO PAULO
Morreu no início desta madrugada, aos 56 anos, a empresária Eliana Piva de Albuquerque Tranchesi, dona da Daslu. Ela estava internada no hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Eliana não resistiu ao câncer contra o qual lutava desde 2006 e que acabou por afastá-la do comando da Daslu, o maior templo do consumo de luxo do país.
Ana Ottoni/Folha Imagem
Empresária Eliana Tranchesi
Empresária Eliana Tranchesi
Em setembro de 2006, quando revelou que havia retirado um tumor do pulmão e que iniciaria sessões de quimioterapia e radioterapia, ela afirmou que "a crise da Daslu e mais o câncer me fizeram sentir como se eu fosse uma criança deixando abruptamente a Disney. Até então, eu imaginava a vida como uma grande brincadeira (...). A Daslu é a Disney, onde tudo é lindo, as vendedoras são lindas, o cabelo é lindo, a roupa é linda, é tudo bonito. É tudo agradável. Então, de repente, você sai desse mundo da Disney e cai lá dentro do [hospital Albert] Einstein já com um monte de pacientes com câncer".
Eliana herdou a Daslu da mãe, Lucia Piva. A loja nasceu quando Tranchesi tinha apenas um ano de idade, na sala da casa de sua mãe, há 55 anos. O nome da loja vem da junção dos nomes das primeiras sócias da loja, Lucia Piva e Lourdes Aranha, ambas apelidadas de Lu.
A loja virou uma grife e, a partir dos anos 90, começou a trabalhar com importados, quando as importações foram liberadas pelo então presidente Fernando Collor de Mello. Ela foi para a Europa e voltou com a mala abarrotada de marcas famosas que caíram no gosto dos endinheirados brasileiros. A partir daí, a Daslu virou referência para quem tinha dinheiro para gastar e queria ver e ser visto.
Ana Ottoni/Folhapress
Eliana em foto de 2006, quando descobriu o câncer.
Eliana em foto de 2006, quando descobriu o câncer.
Ela criou setores para atrair homens, grávidas, decoradores e adolescentes. Eliana sempre afirmou que gosta de comprar, mas nunca pensou em tocar os negócios da mãe.
Há 28 anos, porém, ela assumiu o controle da butique, após a morte da mãe e deixou de lado o sonho de ser artista plástica. Começou a trajetória como vendedora, o que, aliás, é prática na loja entre as atuais diretoras e gerentes. Desde o início, ela contou com a ajuda dos irmãos no negócio.
Eliana foi casada como o médico Bernardino Tranchesi e tinha três filhos: Bernardo, 26, Luciana, 23, e Marcela, 20.
Religiosa, tinha o hábito de ir à missa aos domingos. Na Daslu há até uma capela, onde uma missa, fechada aos mais íntimos, serviu de cerimônia de "passagem". Eliana apontou para Deus quando tentou traduzir o segredo do sucesso. "Acho que o segredo do meu sucesso é Deus e trabalhar feliz, em um astral bom", disse a empresária dias antes de inaugurar seu empreendimento na zona sul de São Paulo, em 2005.
POLÍCIA FEDERAL
Em 13 de julho de 2005, teve início a Operação Narciso, da Polícia Federal, onde Tranchesi era suspeita de cometer crime de sonegação fiscal nas importações da Daslu.
Em bilhete, Tranchesi diz que sua vida foi "revirada"; leia íntegra
Entenda o caso de fraude e sonegação na Daslu
Mastrangelo Reino/Folha Imagem
Eliana deixa a penitenciária feminina em 2009
Eliana deixa a penitenciária feminina em 2009
A dona da loja foi detida e liberada no mesmo dia. Antonio Carlos Piva Albuquerque, irmão de Eliana e seu sócio na butique, e Celso de Lima, ex-contador da Daslu e dono da importadora Multimport (uma das principais da loja) ficaram presos durante cinco dias.
Segundo o Ministério Público Federal, as investigações sobre supostos crimes cometidos pela Daslu duraram cerca de 10 meses.
À época da operação, a Daslu movimentava ao ano mais de R$ 400 milhões em vendas, segundo a conta de especialistas. Eram mil empregados, sendo 200 "dasluzetes" --apelido das vendedoras que recebem até R$ 15 mil (incluindo comissão) por mês. Entre 75% e 80% das pessoas que vão à Daslu não vão embora da loja sem comprar alguma coisa. Já em shoppings, essa taxa varia de 15% a 30%.
Em investimentos, os volumes também são altos. Para a inauguração da nova Daslu --o espaço de 20 mil metros quadrados, incluindo o terraço, aberto ao público em junho de 2005--, foram gastos R$ 200 milhões. Estima-se que R$ 40 milhões tenham sido bancados pela própria Daslu, e o restante, rateado entre as grifes que estão na operação comercial.
SENTENÇA
Em março de 2009, Eliana Tranchesi e Antonio Carlos Piva de Albuquerque foram condenados a 94,5 anos, sendo três anos por formação de quadrilha, 42 anos por descaminho consumado, 13,5 anos por descaminho tentado e 36 anos por falsidade ideológica.
Para Celso de Lima, a pena de 53 anos incluiu três anos por formação de quadrilha, 21 anos por descaminho consumado, nove por descaminho tentado e 20 por falsidade. Para André Beukers, a Justiça deu pena de 25 anos; Christian Polo recebeu 14 anos; Roberto Fakhouri Junior e Rodrigo Nardy Figueiredo receberam 11,5 anos.
As sentenças levaram em conta a teoria do "concurso material", ou seja, que os crimes não foram cometidos em sequência e num mesmo momento, o que permite que se somem todas as penas.
Em sua decisão, a juíza mencionou que a "organização criminosa" também deve ser presa por ter "conexões no estrangeiro" e ter dado prosseguimento aos crimes mesmo depois de descobertos a primeira vez (em 2005), mudando-se apenas o eixo de atuação de São Paulo para o sul do Brasil. "Os acusados praticaram crimes de forma habitual, como verdadeiro modo de vida, ou seja, são literalmente profissionais do crime", escreve Maria Isabel do Prado.
NEGÓCIOS
Em fevereiro de 2008, a BR Malls, maior empresa do setor de shoppings centers do país, anunciou que passaria a gerenciar a Villa Daslu --shopping com 70 lojas anexa à boutique de luxo Daslu.
Segundo a empresa, foi firmado um consócio onde a BR Malls ficaria responsável pela administração da Villa Daslu --na Vila Olímpia (zona sul de São Paulo)--, sem nenhuma espécie de pagamento ou troca de ações entre as duas partes.
Tanto a Daslu como a operação das marcas internacionais feitas pela boutique de luxo ficaram de fora da negociação.


Réus do mensalão jogam suas fichas na antecipação da aposentadoria de Cezar Peluso, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), para adiar o julgamento do caso para 2013. O magistrado sai do cargo em abril. E precisa deixar a corte até setembro, quando se aposenta, aos 70 anos.
LAST







Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters