terça-feira, 29 de setembro de 2009, 19:16 | Online
Revista irá ampliar a divulgação dos casos; valor arrecadado será revertido para manutenção da ONG
Agência Brasil
Inicialmente, a revista, que virá acompanhada de um cupom para que o comprador concorra a prêmios pela loteria federal, será vendida nas lotéricas do Estado de São Paulo ao preço de R$ 3. Os recursos obtidos com a venda da revista serão revertidos para a manutenção da ONG.
Segundo a presidente da Mães da Sé, Ivanise Esperidião da Silva Santos, todos têm a obrigação de prevenir o desaparecimento de um filho e fazer isso é muito simples. Ela disse que, na maioria dos casos, as crianças desaparecem em situações nas quais estão desprotegidas, além dos casos de fuga, sequestro, adoção ilegal e aliciamento para fins criminosos.
"Se seu filho tiver noção do perigo que corre e se você ensinar coisas simples, que ele precisa saber desde cedo, ele não desaparece. Coisas como o nome dos pai, telefone, endereço. Se ele tem algum probleminha, alguma necessidade especial coloque uma pulseira de identificação. Se ele se perde, é fácil de devolver para a família."
Ivanise recomendou ainda que os pais só deixem seus filhos saírem acompanhados de um adulto de sua confiança. "Procure ser, acima de tudo, amigo de seu filho, porque muitas vezes a criança está passando por um tipo de problema, sendo ameaçada, passando por algum tipo de violência e não conta para os pais porque não tem uma relação de amizade." Segundo ela, algumas crianças fogem por medo ou vergonha da situação à qual está exposta.
A presidente da Mães da Sé explicou que não há no Brasil estatísticas confiáveis sobre o número de crianças e adolescentes desaparecidos. Entretanto, há estimativas de que, anualmente, 200 mil pessoas desapareçam - 70% desse total é de crianças e adolescentes. Cerca de 15% dessas pessoas nunca mais retornam às suas casas.
"São Paulo é o estado que tem o maior número de pessoas desaparecidas, com nove a 10 mil crianças e adolescentes desaparecidos por ano, o que soma 43% do total de pessoas que desaparecem no estado. É um número alto e que poderia ser evitado. Se você pode evitar você tem a obrigação de fazer isso."
A ONG Mães da Sé nasceu há 13 anos quando a filha de Ivanise desapareceu. Atualmente, a organização conta com mais de 7 mil associados de todo o Brasil e já foi a responsável por localizar 2.036 pessoas desaparecidas.
A entidade presta atendimento às famílias que tiveram um parente desaparecido, assessoria jurídica quando necessário, apoio psicológico e ainda faz o encaminhamento das pessoas para a Delegacia de Pessoas Desaparecidas, com quem tem parceria. "Nossa ferramenta de trabalho é a divulgação. Quanto maior a divulgação maior a possibilidade de encontrar uma pessoa desaparecida. Nós contamos com a colaboração das
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