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sexta-feira, 23 de março de 2012

Geralda Lúcia Ferraz Guabiraba : Casal viu Geralda ser atacada por animais





Testemunhas garantem que cachorros desfiguraram rosto de mulher encontrada morta na Pedra da Macumba Thaís Nunes

Reprodução A investigação sobre a morte da dona de casa Geralda teve uma reviravolta A investigação sobre a morte da dona de casa Geralda teve uma reviravolta
A investigação sobre a morte da dona de casa Geralda Lúcia Ferraz Guabiraba, de 54 anos, teve uma reviravolta após o casal que chamou a Polícia Militar prestar depoimento ao DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) na semana passada. Na ligação para o 190, eles avisaram que havia um corpo sendo atacado por animais em frente à Pedra da Macumba. Foi através desse telefonema que a polícia localizou Geralda.

Mais de dois meses após o início das investigações, essa foi a primeira vez que o casal foi ouvido. Há 15 dias, o DHPP, unidade especializada na investigação de homicídios, assumiu o caso após determinação da alta cúpula da polícia.
Os investigadores encontraram as testemunhas através do registro de atendimentos do Copom (Centro de Operações da PM). Esse documento ainda não havia sido solicitado.
Moradores de um condomínio a poucos metros da Pedra da Macumba, os namorados contaram que voltavam para casa por volta das 2h quando viram a caminhonete Tracker de Geralda abandonada no meio da estrada e vários cachorros em volta do rosto dela.
Para o DHPP, o testemunho ocular do casal é considerado um “elemento fortíssimo” para que a hipótese dos olhos e a pele do rosto de Geralda tenham sido retirados propositalmente seja descartada. Se os laudos comprovarem que o rosto foi desfigurado por animais, todas as linhas de investigação (leia abaixo) seguidas até então estavam erradas.

Além dos depoimentos, uma mancha semelhante a pata de um cachorro na camiseta branca usada pela dona de casa reforçam a nova tese da investigação. A perícia deve indicar o significado da marca nas próximas semanas.
Com os novos elementos levantados pela delegacia especializada, ganha força a linha de investigação que aponta para o suicídio de Geralda.
Conforme o DIÁRIO revelou, o laudo do IML (Instituto Médico Legal) confirma que a dona de casa ingeriu medicamentos controlados e chumbinho (veneno de rato) antes de  ser encontrada morta.

No computador apreendido  havia uma pesquisa minuciosa sobre os efeitos do chumbinho, quantidade que deveria ser tomada para que a ingestão fosse letal e em quanto tempo a substância levaria à morte.
No inquérito há depoimentos de familiares confirmando que Geralda passava horas em frente ao computador. A hipótese de que ela tenha sido assassinada ainda não foi completamente desconsiderada. A perícia concluiu que a causa da morte da dona de casa foi esgorjamento (corte no pescoço). A informação é questionada nessa nova fase da investigação. Para o DHPP, o caso está próximo de ser esclarecido.

Geralda era conhecida por ser uma mãe e avó dedicada. Religiosa, integrava o grupo de apóstolas da Congregação dos Guanellianos e participava ativamente dos trabalhos religiosos na paróquia que frequentava na Zona Norte.
Ela costumava rezar na casa de pessoas doentes e organizava missas e eventos da igreja. Tinha medo de sair sozinha à noite e não possuía inimigos.

Foi o perfil caseiro de Geralda e o simbolismo do lugar onde ela foi encontrada que tornaram sua morte um dos maiores mistérios da crônica policial recente. A Pedra da Macumba é um local conhecido pela prática de rituais ligados a religiões de matriz africana.

De formação católica, a dona de casa repugnava outras vertentes religiosas e fez um escândalo quando encontrou uma oferenda em frente à paróquia. “Ela exigiu que tirassem na hora”, contou o padre Geraldo Ascari, à época. O pároco foi ouvido duas vezes pela Delegacia de Mairiporã, que cuidava do caso, e vai prestar novos depoimentos. A equipe do DHPP descarta qualquer envolvimento religioso na morte de Geralda.
Antes de dirigir até a Pedra da Macumba, a dona de casa jogou os medicamentos que tomava no lixo e saiu de casa sem bolsa, celular e documentos. Até os anéis que ela usava todos os dias foram deixados para trás. O marido não percebeu sua saída porque estava dormindo, sob efeito de remédios para o coração. Geralda sofria de depressão e chegou a ser internada.
ENTENDA O CASO
O corpo de Geralda Guabiraba foi encontrado em frente à Pedra da Macumba, na Estrada da Santa Inês, em Mairiporã, na madrugada do dia 14 de janeiro.
INÍCIO DO MISTÉRIO
Mulher de José Pereira Guabiraba, diretor comercial do Grupo Estado, Geralda nunca sofreu ameaças e tinha uma vida normal. Familiares dizem que ela falava muito sobre morte.
NO COMPUTADOR
A polícia encontra pesquisas sobre chumbinho e vídeos de mortes violentas. Geralda tomava remédios para depressão e tinha suspendido o tratamento por conta própria.
VAZAMENTO DAS FOTOS
As fotos do corpo de Geralda Guabiraba vão parar na internet e viram hit em sites especializados em assuntos mórbidos. A polícia apura o vazamento das imagens.
CRIME E RELIGIÃO
A investigação passa a ser conduzida com base nos indícios de que a morte de Geralda estava ligada à congregação que ela frequentava. Nada foi comprovado.
PRESSÃO DA POLÍCIA
A demora no esclarecimento da morte fez com que a alta cúpula da polícia encaminhasse o caso para o DHPP, unidade especializada  na investigação de homicídios.
Investigação foi de pai de santo até a fé em Santa Luzia
Foram muitas as tentativas de esclarecer a misteriosa morte de Geralda Guabiraba. Conforme as evidências surgiam, novas linhas de investigação eram seguidas e o trabalho da polícia ficava ainda mais difícil.
No início, a Delegacia de Mairiporã divulgou à imprensa que o crime se tratava de um ritual de magia negra. A delegada que conduzia o inquérito chegou a ouvir um pai de santo para entender quais eram os rituais praticados por religiões  de matriz africana e seitas ligadas ao ocultismo. Logo assumiu que a suspeita era infundada.
A dedicação de Geralda às atividades da igreja e o depoimento contraditório de uma testemunha ligada à paróquia fizeram com que a mira da investigação se voltasse para as atividades religiosas da dona de casa. A forma como Santa Luzia, a quem Geralda tinha extrema devoção, foi morta também chamou atenção dos policiais – as duas tiveram os olhos retirados e teriam sofrido um corte profundo no pescoço. As coincidências eram muitas: dentro da Congregação dos Guanellianos, na Vila Rosa, Zona Norte, as orações eram realizadas em frente a uma rocha idêntica à Pedra da Macumba. Um carro da igreja chegou a ser examinado, mas a perícia não encontrou nada de suspeito. O DHPP desconsidera todas as provas ligadas a essa parte do inquérito.
A POLÍCIA QUER ESCLARECER
 
Quais são os ferimentos  de Geralda

O mais importante para a investigação neste momento é saber o tipo de corte no rosto de Geralda. As marcas de mordidas de animais (cachorros e roedores) são diferentes dos cortes provocados por  objetos contundentes. Os exames feitos pela perícia não tinham apontado, até o momento, indícios de mordeduras.  A Pedra da Macumba está  localizada em um local com mata nativa, onde circulam diversos animais. 
A quantidade de veneno no sangue

A quantidade de chumbinho ingerida por Geralda pode revelar qual a letalidade do veneno no organismo  da dona de casa. A perícia também deve explicar se o efeito é maior caso seja combinado com remédios controlados.
A verdadeira causa da morte

A perícia concluiu que a causa da morte de Geralda foi esgorjamento (corte profundo na frente do pescoço). Com as novas provas, a investigação quer descobrir quem fez esse corte e onde a arma foi jogada. A camiseta branca usada por Geralda não tinha marcas de sangue compatíveis com as típicas em vítimas de esgorjamento. A polícia ainda não sabe se os ferimentos foram feitos antes ou depois da morte. 
O significado da Pedra da Macumba no caso
Independentemente da natureza do crime, a polícia sabe que o local não foi escolhido aleatoriamente e está relacionado à motivação do caso. Resta saber qual a importância da Pedra da Macumba no quebra-cabeça da investigação.


23/03/2012 12h23 - Atualizado em 23/03/2012 12h50

Mulher morta em Mairiporã estava cercada por cães, diz testemunha

DHPP investiga se animais causaram ferimentos no rosto de dona de casa.
Vítima foi encontrada em estrada conhecida por rituais religiosos.

Do G1 SP
24 comentários
As duas primeiras pessoas a encontrarem o corpo da dona de casa Geralda Lúcia Ferraz Guabiraba, de 54 anos, em uma estrada de Mairiporã, na Grande São Paulo, em janeiro, disseram à polícia que ela estava cercada por cachorros. As informações foram obtidas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que voltou a ouvir testemunhas após assumir o caso. Os animais podem ter causado os ferimentos no rosto da vítima, que estava desfigurada, como informou o SPTV desta sexta-feira (23).
A informação pode modificar o rumo das investigações – até agora, a única hipótese da polícia era a de homicídio, já que um laudo apontou que a causa da morte foi um corte no pescoço. O DHPP quando assume uma investigação, procura ouvir o depoimento da primeira pessoa que denunciou o crime – no caso, um casal que viu o corpo da mulher na Estrada de Santa Inês e o carro dela abandonado.
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As testemunhas disseram que o corpo de Geralda estava cercado por animais, e que os cachorros mordiam o rosto dela – o que pode explicar o fato de a face da dona de casa estar desfigurado.
“Tem um laudo do IML [Instituto Médico-Legal] dizendo que teria sido um corte no pescoço, mas tudo isso será investigado. Não é só o laudo pericial que esclarece os crimes, é um conjunto de provas que nos permite concluir se foi homicídio ou se foi suicídio”, disse o delegado Jorge Carrasco, diretor do DHPP. “Nós temos que investigar o porquê. Dentro na nossa experiência, tem alguns suicídios que a pessoa esta envolta em uma série de situações para castigar alguém.”
Câmeras de segurança do prédio onde morava a dona de casa, na Zona Norte de São Paulo, registraram a última vez que ela saiu, no dia 14 de janeiro. Horas depois, a mulher foi encontrada morta na Estrada de Santa Inês, em Mairiporã – um lugar cercado por mata e conhecido pela prática de rituais religiosos.
O carro dela estava com a chave no contato e dentro havia uma garrafa com um líquido esbranquiçado. O rosto da dona de casa estava desfigurado. A perícia concluiu que a morte foi um corte no pescoço.
Geralda tomava remédios para depressão e tinha suspendido o tratamento por conta própria. Dados encontrados no computador apreendido na casa dela revelaram que a mulher havia feito pesquisas sobre veneno de rato, conhecido como chumbinho, e assistido vídeos sobre mortes violentas.
Desde o começo da investigação a polícia trabalhou com duas hipóteses – ritual macabro ou vingança. Várias pessoas foram ouvidas, mas nenhum suspeito foi identificado.

24 comentários


  • Maria Miranda
    os cachorros até poderiam fazer isso,só que em estado avançado de decomposição e os atrairia pelo odor,não poucas horas após a morte,isso ta mal contado
    13 horas atrás
  • Zero Berto
    Agora os "meganha" vem com esse fato? Polícia no Brasil parece piada. Um bando de amadores sem igual. Desse jeito só em 2099 irão desvendar o crime.
    16 horas atrás
  • Fim Tempos
    é estranho
    16 horas atrás
  • Valéria Lima
    Estranho isso agora!! pq os cachorros só comeu o rosto e o corpo não!! Ou tem alguma mordida de cachorro pelo corpo??
    17 horas atrás
  • Pedro Henrique
    Henrique Lima e Geo Alves, vão achando que tudo lá nos EUA é facil como vocês pensam... tem detetives (incluindo do FBI) que tentaram processar programas como CSI, pois enquanto "casos veridicos" lá eles resolviam projetos em um dia ou dois, na "vida real" demoravam meses... a população acreditando no CSI, começou a taxar a policia americana de "incopetente" ... quem sabe esse programa não seja no mesmo nivel e vocês bobos acham que tudo lá é as mil maravilhas
    17 horas atrás
  • Geo AlvesSuzano, SP
    concordo com Henrique, ja assisti em em 48h la ja ta qse tudo resolvido, aki é 30 dias pra tudo..
    17 horas atrás
  • Henrique Lima
    Quem já assistiu o Reality Show "The Firts 48" que acompanha os detetives de homicídios norte-americanos (como um Polícia 24h, aqui) sabe que esse caso é mais um dentre as centenas de casos fracassados no Brasil. Lá nos EUA eles resolvem um caso como esse, ou piores, em apenas 48 horas. Passadas as 48 horas sem nenhuma pista do suspeito o caso corre o risco de fracassar.
    18 horas atrás
  • Nena Pepa
    No começo das investigações disseram que o rosto dela havia sido desfigurado cirurgicamente. E agora vem essa história dos cães. Tudo isso está muito mal contado. Ou será que os cães usaram bisturi?
    19 horas atrás
  • Soares
    Pô, será que os "CSI" de sampa não conseguem distinguir ferimentos causados por animais e por instrumentos?? Isso foi crime cometido por mulher, ou por encomenda demulher. Quem viver verá.
    20 horas atrás
  • Larissa Dias
    Naum muda em nada ! pra mim foi assassinato sim
    20 horas atrás
  • Leonardo Blabla
    Concordo com a Elaine, os cachorros são serial killers com bacharel em medicina, diabo dos olhos amarelosss kkkkkkkkkkkkk muito boa. San e Dean já estão trabalhando no caso. srsr
    20 horas atrás
  • Ricardao Peruzao
    Culpa do Diabo dos olhos amarelo !
    20 horas atrás
  • Elaine
    *não acrescenta
    21 horas atrás
  • Elaine
    Certo, mas isso não carescenta muito, visto que já informaram que encontraram o corpo dela estirado no chão com um cesto em cada mão... Disseram também que a pele do rosto foi removida por alguém que já tem prática. Ou então os cachorros tem prática em devorar o rosto dos outros??
    21 horas atrás
  • Rosedete Sena
    Acredito que o marido é o verdadeiro motivo do suícidio. Pois alguma coisa aconteceu entre este casal para uma pessoa sair de casa ( casada há décadas com a outra) e ninguém saber, questionar para onde estava indo. Tem mulher nesta história podem escrever. Acho que ela se matou e ainda quis fazer alguma bruxaria para alguém ou deixar alguém com sentimento de culpa. Tem algo de muito PODRE NESTA HISTÓRIA! PENA QUE NOSSA POLÍCIA É DEVAGAR QUASE PARANDO.
    21 horas atrás
  • Jess Aparecida
    no minimo estranho
    21 horas atrás
  • Jess Aparecida
    no minimo estranho..
    21 horas atrás
  • Leonardo Blabla
    HAHA, e mais uma vez os jornais encobrindo as reais noticias para nao ocorrer desornem na sociedade, kkkkkk é cada uma viu, e tem trouxas que ainda acreditam.
    22 horas atrás
  • Breno Queiroz
    Suicidio com magia negra... Que situação essa mulher estava passando, pra chegar a esse ponto. É muita falta de Deus no coração.
    22 horas atrás
  • Thais Dias
    Iris Costa sei não mas se num foi suícidio essa aprontou porque ninguém morre do nada
    23 horas atrás
  • Marcelo Moura
    acho que essa mulher se entregou ao demo! afinal pq diabos saira de sua casa aquela hora para esse lugar macabro???
    23 horas atrás
  • Nilson
    Jornalzinho desgraçado feito por desgraçados. Rituais religiosos? Estão querendo o que com isso? Porque não colocaram "rituais de magia negra", "rituais satânicos"? Mas não, colocam como se tudo fosse a mesma coisa.
    23 horas atrás
  • Iris Costa
    Não sou especialista, mas na minha opinião todas as evidências apontam para um suicídio!
    23 horas atrás
  • Silvio Ferreira
    Acho, que este crime, tem um pimenta neves melhorado, que nem deixou rastro!!!
LAST







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