O PT e os seus entulhos :
17 de abril de 2011 | 8h 54
AE - Agência Estado
Com o aval do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro Fernando Haddad (Educação) começou a ser "testado" pelo PT em agendas construídas nas zonas sul e leste da cidade de São Paulo e em contato com a militância. O objetivo é aumentar a inserção do petista na base do partido e diminuir a resistência a ele em setores do PT, de modo que seja construída sua candidatura para prefeito em 2012.
Lula, que estreia como principal articulador da eleição em São Paulo nesta semana em encontro com prefeitos em Osasco, diz ter a convicção de que uma vitória na prefeitura da maior cidade do País é o primeiro passo do PT para derrotar a oposição em seu principal reduto, São Paulo, e se fortalecer para 2014.
Ainda de acordo com essa avaliação, a vitória só seria possível se o partido apresentasse um nome novo e "palatável" para a classe média paulistana. Para ele, Haddad veste esse figurino.
16/12/2010 - 20h11
Ministro do novo Enem, Fernando Haddad está no cargo desde 2005
Fernando Haddad é ministro da Educação desde 2005. Ele entrou no MEC (Ministério da Educação) em 2004, quando assumiu o cargo de secretário-executivo da gestão de Tarso Genro. Formado em direito, com mestrado em economia e doutorado em filosofia, é professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Sociais da USP (Universidade de São Paulo). Ele também é filiado ao PT de São Paulo e trabalhou na Secretaria de Finanças de capital paulista quando Marta Suplicy era prefeita.
Na gestão dele, foram implantados o Prouni (Programa Universidade para Todos) e o novo modelo do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que vem enfrentando sucessivos problemas. Em 2009, a prova vazou; neste ano, houve casos de erros de impressão e alunos precisaram refazer o teste. Ele também criou o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica).
Sua permanência no próximo governo chegou a ser questionada em função do desgaste que sofreu com os problemas. O ministro já defendeu que, para 2011, o ideal seria aplicar duas edições do Enem.
* Com informações da Agência Brasil
Há ministros que são de uma incompetência arrogante, como Dilma Rousseff (Casa Civil). Outros já exibem a incompetência circense, como Carlos Minc (Meio Ambiente). Há os incompetentes técnicos, como Temporão (Saúde). Há os incompetentes que nem sabem que o são porque isso já seria saber alguma coisa: Edison Lobão (Minas e Energia). E há os incompetentes sinceros: Fernando Haddad, da Educação.
O governo Lula, como é sabido, desmoralizou uma excelente iniciativa implementada no governo FHC: o provão. Na sua forma original, ele tinha levado as universidades e faculdades privadas a se qualificar, a buscar doutores, a contratar professores em tempo integral. Três gestões ruinosas — Cristovam Buarque, Tarso Genro e Haddad — jogaram a idéia no lixo. Muitas escolas se tornaram meras repassadoras de diploma, financiadas pelo ProUni.
Coube a Haddad desmoralizar também o Enem. O vazamento da primeira prova foi culpa sua? Foi culpa de quem imaginou que uma operação daquele tamanho — um dos maiores exames simultâneos do mundo — poderia ser conduzida por um esquema absolutamente amador. Haddad é o chefe? Então a culpa é dele. O que se viu lá não foi um fenômeno da natureza. Houve um verdadeiro esforço coletivo para que tudo desse errado. E deu.
Agora vemos a barafunda com os estudantes que tentam se inscrever nas faculdades e universidades: deu pau nos computadores — ou melhor: no sistema. Quem quer que tenha gerenciado essa área não se informou adequadamente sobre o volume de consultas que ele suportaria. Haddad é o chefe? Então a culpa dele!
E onde está Haddad? Está viajando? Está de férias? Eu não vi a sua cara! Imaginem: esse moço prometeu acabar com os vestibulares do dia para a noite. Foi chamado de gênio em certos círculos do jornalismo. Optou por um esquema em que um vagabundo qualquer esconde uma prova na cueca e deixa milhões de estudantes na mais absoluta insegurança.
As duas áreas em que a fantasia e a bazófia mais frutificaram foram as Relações Exteriores e a Educação. Celso Amorim já está começando a ficar do seu real tamanho. Um dia os desastres de Haddad virão à luz. Estes do Enem são apenas as suas trapalhadas sinceras.
Por Reinaldo AzevedoAs falhas no Enem são motivo de constrangimento para o Ministério da Educação, afirma Fernando Haddad
Ministro presta esclarecimentos sobre falhas no exame a deputados nesta terça
Gabriel Castro
O ministro da Educação, Fernando Haddad, admitiu nesta quarta-feira que a necessidade de reaplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)a parte dos estudantes inscritos constrange o Ministério da Educação. "Isso causa certamente algum transtorno, não há dúvida. E é tão constrangedor quanto o fato de que por trás desse processo tem um erro, uma falha", afirmou o ministro. Haddad presta esclarecimentos nesta quarta-feira a respeito dos problemas verificados na edição 2010 do Enem a parlamentares da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.
Para justificar as falhas no exame deste ano, Haddad utilizou-se dos mesmos argumentos apresentados ao Senado na terça-feira. O ministro alegou que problemas desse tipo ocorrem sempre. "Eu não me lembro de uma edição do Enem em que não tenha havido uma ocorrência dessa natureza", afirmou Haddad.
Sobre a eficácia da aplicação de uma prova aos mais de 2.000 alunos que tiveram problemas com o caderno de respostas, Haddad garantiu que as condições de disputa não serão afetadas por causa da Teoria de Resposta ao Item (TRI), mecanismo usado no Enem e que permitiria a avaliação equânime mesmo com a aplicação de provas diferentes.
"Não se trata do vazamento de uma prova, de uma quebra de isonomia. Trata-se de identificar caso a caso os alunos que porventura tenham sido prejudicados pelo erro gráfico e reconvocá-los. Mas a ordem de grandeza é em torno de 0,1% dos alunos, já que 3,3 milhões fizeram a prova", resumiu Haddad.
Nesta terça-feira, o ministro já havia comparecido à Comissão de Educação do Senado para apresentar explicações a respeito das falhas recentes no Enem. A expectativa, na Câmara, é de uma sessão longa: 25 parlamentares estão inscritos para fazer perguntas a Fernando Haddad.
Um bobalhão aí, que conseguiu meu e-mail sei lá como, me manda uma mensagem longuíssima — não li até o fim, não, viu? — afirmando que decidi “pegar Fernando Haddad para Cristo” e que meu problema com ele é “ideológico”. Huuummm… Comecemos pelo básico. Haddad e Cristo não combinam numa mesma frase, ainda que seja só uma metáfora hiperbólica. E há a minha máxima aqui tantas vezes enunciada: sempre que alguém se compara, de algum modo, a Cristo, sugiro primeiro a crucificação; depois a gente avalia o resto. Qual é, Mané?
Peguei “pra Cristo” nada! É um absurdo sugerir que decidi criticar Haddad agora. Eu faço isso há muito tempo. Desde que ele foi nomeado! Já o caracterizei há muito neste blog — “o típico esquerdista de fala mansa, com ar ideologicamente asseado”. Embora ela possa escrever numa linguagem herbívora, as suas intenções são carnívoras. Num livro publicado em 2004 - Trabalho e Linguagem - Para a Renovação do Socialismo - é capaz de afirmar coisas como: “O sistema soviético nada tinha de reacionário. Trata-se de uma manifestação absolutamente moderna frente à expansão do império do capital“. Fazendo um pastiche vagabundo de Marx, sentencia sobre o passado, o presente e o futuro numa linguagem que parece profunda e sábia, mas que não passa de uma espantosa coleção de bobagens: “Sob o capital, os vermes do passado, por vezes prenhes de falsas promessas, e os germes de um futuro que não vinga concorrem para convalidar o presente, enredado numa eterna reprodução ampliada de si mesmo, e que, ao se tornar finalmente onipresente, pretende arrogantemente anular a própria história. Esse é o desafio que se põe aos socialistas. A tarefa, 150 anos atrás, parecia bem mais fácil”.
Já tive cargo de chefia em redação e já tive revista. Hoje, só mando em mim mesmo, hehe — só a Pipoca me obedece, mas nem sempre. Se, naqueles tempos, um redator qualquer me apresentasse o que vai acima, eu botaria o bruto pra correr, debaixo de chicote. O que significa aquilo, além da tentativa de parafrasear Marx com a habilidade com que Tiririca tentaria se mostrar um ator dramático?
É pouco? Sabem o MST, este que está aí, ameaçando a produção com táticas terroristas? Haddad também pensa algo a respeito da turma: “Trata-se de um movimento que mudou completamente a pauta clássica de reivindicações: ele não reclama maior remuneração ou menor jornada, nem tampouco favores do Estado. (…) Revolucionariamente, o MST quer crédito, apoio técnico e autonomia. (…) São iniciativas dessa natureza, progressivas em todas as dimensões da vida social, que devem sempre chamar a atenção dos socialistas e lhes servir de inspiração para sua conduta política”.
Haddad é formado em direito e se tornou mestre em economia em 1990. O nome de sua monografia? Atenção: “O caráter sócio-econômico do sistema soviético”. Ele exalta os camaradas, é claro, e vê grandes virtudes naquele modelo. Menos de dois anos depois, a União Soviética acabou, o que dá conta da atualidade do pensamento deste rapaz e expõe as suas qualidades de visionário.
O doutorado, ele já foi fazer na filosofia: “O Materialismo Histórico e Seu Paradigma Adequado”. Ele gosta de temas complexos, como a gente nota. O que isso tem a ver com o Enem? Ora, só estou mostrando qual era a experiência intelectual de Haddad e demonstrando como ele costumava lidar com temas terrenos antes de ser levado ao Ministério da Educação para desmoralizar o provão, desmoralizar o Enem e criar a fantasia da multiplicação de universidades federais.
Imaginem se um homem com tais e tantas preocupações intelectuais, com essa cabeça sempre fervilhante, viria a público para falar sobre essa bobagem que é deixar no escuro milhões de estudantes brasileiros.
Qual é, gente? Haddad é um pensador do socialismo. Não tem tempo a perder com o povo!
Por Reinaldo Azevedo Ministro da Educação não comenta kit anti-homofobia que será distribuído nas escolas
Por Marcelo Hailer em 15/04/2011 às 15h54
Desde que o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) ganhou destaque na mídia por conta de seus arroubos racistas e homofóbicos, ele tem atacado o chamado kit anti-homofobia, promovido pelo Ministério da Educação (MEC), dizendo que o material é uma "cartilha gay" para "ensinar o homossexualismo" e chamando seus colegas para barrar o projeto.
A reportagem do site A Capa entrou em contato com o MEC com a intenção de obter acesso ao material para analisar o seu conteúdo. O objetivo era entrevistar também o ministro da Educação, Fernando Haddad. Porém, o MEC está se posicionando de maneira a blindar qualquer informação sobre o kit.
De acordo com a assessoria de imprensa do MEC, o "kit de combate a homofobia nas escolas ainda está em análise por uma comissão da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD)". "O material será composto de três vídeos e um guia de orientação aos professores. Seis mil colégios do Ensino Médio irão receber o material no segundo semestre de 2011", adiantou o ministério.
A assessoria informou ainda que o ministro Fernando Haddad não concede entrevistas para falar sobre o kit e que também não há pessoas autorizadas para comentar o material.
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