H1N1
Publicada em 03/09/2009 às 21h55m
Agência Brasil, O Globo BRASÍLIA - O diretor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, Eduardo Hage, informou nesta quinta-feira que o laboratório produtor do medicamento Tamiflu deve distribuir o remédio para farmácias e drogarias em 2010. Ele disse que o medicamento só não chegou aos estabelecimentos comerciais antes porque não havia estoque para suprir a demanda. Ele rebateu as críticas de que a pasta tenha concentrado toda a produção.
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- O próprio laboratório priorizou a demanda do Ministério, o que foi correto. Na medida em que foi aumentando a sua capacidade, ele informou que vai ter disponibilidade de atender nossa nova demanda, bem como comercializar o medicamento. A partir do momento em que oficializarem, vamos nos manifestar mas não há nenhum problema - disse ele, ao participar de audiência pública na Câmara dos Deputados.
O controle da venda do remédio em farmácias e drogarias, segundo ele, será de responsabilidade da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O medicamento só será vendido mediante prescrição médica e monitoramento..
O Brasil lidera o número de vítimas fatais por gripe suína. Boletim do Ministério da Saúde divulgado nesta quarta-feira, mostrou 657 mortes, cem a mais do que os Estados Unidos, que vinham liderando a estatística.
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Defensoria vai pedir indenização para familiares de mortos
O defensor público da União André Ordacgy disse que vai entrar com uma ação civil pública pedindo 300 salários-mínimos de indenização, por danos morais, para as famílias dos mortos pela gripe suína. No fim de julho, ele já tinha entrado com uma outra ação - para que todos os pacientes tivessem acesso ao medicamento contra a doença de forma livre. Há duas semanas, o pedido de liminar fora negado pela 15ª Vara Federal.
- É lamentável que tenham tomado uma decisão dessa depois de tantas mortes - disse o defensor.
- Duas famílias já recorreram. Estou aguardando o fim da epidemia, previsto para outubro, conforme orientação de especialistas, para elaborar a nova ação.
A decisão de entrar na Justiça com pedido livre acesso ao Tamiflu recebeu o apoio oficial do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, com base na informação de especialistas de que o uso do medicamento só seria eficaz nas primeiras 48 horas. Com base em relatos de profissionais, Ordacgy disse acreditar que, se o medicamento fosse ministrado em casos que, a princípio não são graves, talvez tivéssemos um número reduzido de casos.
Na ação, ele também contestou a decisão de concentrar a realização dos exames somente em centros de referência.
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