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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Kassab e Serra são vaiados pelo público no Anhembi


Plantão | Publicada em 20/02/2009 às 22h52m

Flávio Freire, O Globo

SÃO PAULO - A popularidade do prefeito Gilberto Kassab e do governador José Serra não andam das melhores. Ambos chegaram juntos ao Sambódromo do Anhembi, onde acompanharão a primeira noite de desfiles em São Paulo no camarote da Prefeitura, e foram vaiados pelo público presente nas arquibancadas tão logo começaram a andar pelo sambódromo. Ainda assim, tanto o prefeito quanto o governador - cercados de seguranças - estavam sorridentes e acenavam principalmente para os camarotes do Anhembi. Algumas pessoas, no entanto, aplaudiram os dois.

- Tem quem goste e tem quem não goste. É natural - disse Kassab.

O governador José Serra diz que não ouviu vaias nem aplausos.

Para Kassab, o Carnaval de São Paulo evoluiu bastante nos últimos anos e está bem próximo do Rio de Janeiro.

- Todos nós temos muito orgulho do carnaval carioca. Não há brasileiro que não goste do carnaval do Rio de Janeiro. O de São Paulo quer se aproximar do carnaval carioca. Estamos crescendo e chegando lá.

Segundo o prefeito, foram investidos este ano no Carnaval cerca de R$ 20 milhões.

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26/10/2008 free counters

Dívida de drogas leva traficantes a sequestrar e espancar duas jovens em Itapevi


Publicada em 20/02/2009 às 12h06m

Tahiane Stochero, Diário de S.Paulo, O Globo

SÃO PAULO - Uma adolescente de 16 anos e uma jovem de 22 anos foram sequestradas e espancadas por traficantes por causa de uma dívida com traficantes em Itapevi, na Grande São Paulo. As duas foram sequestradas por volta de 10h desta quinta-feira e levadas a um barraco na Favela do Areião, em Itapevi. Trancafiadas, as duas apanharam.

A maior violência foi usada contra Marluce dos Santos Rosa, de 22 anos, natural de Caraguatatuba, litoral norte paulista.

Além de apanhar com pedaços de pau e ferro, como a adolescente, ele teve ferimentos na cabeça provocados por facão.

" Apanhei porque acharam que eu sabia onde estava a droga "

Ainda internada, a jovem afirmou que os traficantes estavam em busca de um lote de cerca de 10 quilos de drogas, avaliado em R$ 50 mil, que havia desaparecido da favela e acharam que as duas jovens, que se dizem usuárias, teriam furtado ou sabiam onde o entorpercente está.

- Apanhei porque acharam que eu sabia onde estava a droga - disse Marluce, que ficou com o rosto quase desfigurado e olhos inchados.

A Polícia Militar recebeu denúncia anônima e chegou ao barraco usado como cativeiro por volta de 19h30m desta quinta. Policiais da 3ª Companhia do 20º Batalhão de Polícia Militar encontraram as jovens machucadas, com muitos hematomas. Aos policiais, elas contaram outra história: disseram que haviam ido comprar droga e que a polícia chegou, levando os bandidos a fugirem. No local havia um quilo de cocaína e as duas ficaram com a droga, mas não pagaram.

Os traficantes teriam então sequestrado as duas para dar "uma lição" e um aviso para que paguem a droga ou devolvam. Elas não disseram ainda o que fizeram com a droga surrupiada.

Segundo a PM, o cativeiro ficava na favela Rua André Manoel Laronga, 158, casa 2, no Jardim Paulista. A jovem de 22 anos continua internada.

A polícia instaurou inquérito para apurar a agressão e a Vara da Infância e Juventude vai decidir o destino da adolescente, que já tem passagens por furtos, que teria cometido para comprar drogas.

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26/10/2008 free counters

Janaína, filha de Osmar Prado, faz novela


TV Globo / Divulgação

Janaína Prado

Janaína Prado

A jovem atriz, com longa experiência no teatro e algumas minisséries como Amazônia (2007), está no elenco da novela Caminho das Índias, de Glória Perez, na Rede Globo, na qual fará a personagem Sonya, amiga de Deva (Cacau Melo) e Maya (Juliana Paes), que trabalhará no callcenter no lugar da protagonista quando ela de lá sair. Esta é a primeira participação de Janaína em uma novela. Ela diz estar adorando o clima das gravações. "Procuro não ter expectativas. Estou curtindo e aprendendo muito. O elenco me recebeu muito bem. A televisão é nova para mim, que sou atriz de teatro. Estou me divertindo", contou ao Portal CARAS. Sua primeira cena foi ao ar ontem e a próxima irá no dia 25 de fevereiro.

Mesmo estando no mesmo folhetim que seu pai, que interpreta Manu, pai de sua amiga na trama (Maya), ela ainda não sabe se terá a oportunidade de contracenar com ele, já que a primeira vez que atuaram um ao lado do outro foi quando ela tinha 15 anos, em um teleteatro no SBT. "A Glória (Perez) é quem sabe, eu gostaria de contracenar com ele. Há algum tempo que estamos buscando um texto legal, mas ainda não achamos nada. Agora que estou na mesma trama que ele pode ser que aconteça, mas não sei", disse.

Janaína já gravou suas primeiras cenas e em uma delas contracena com Juliana Paes. "Ela é uma fofa, muito gracinha, alto-astral", afirmou. Como estará no núcleo da Índia, ela usou o figurino indiano e gostou da experiência. "Achei o figurino esquisito. A figurinista disse que você se acostuma e é verdade. Depois você não quer mais tirar, quer usar no dia-a-dia. Ele é largo e muito confortável", declarou.

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26/10/2008 free counters

Família de Heath Ledger ainda não decidiu quem receberia Oscar do ator








Los Angeles - A família do australiano Heath Ledger, morto em janeiro de 2008, pode receber a estatueta de melhor ator coadjuvante caso o astro conquiste o prêmio, apesar de a filha de três anos da estrela ser, pelas regras, a encarregada de recolher o Oscar, informou hoje a imprensa local.

A Academia das Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos ainda não confirmou quem subirá ao palco caso Ledger ganhe o prêmio, embora os pais do australiano já tenham aterrissado em Los Angeles, depois de viajar da Austrália.

Apesar de a Academia não ser favorável a que as estatuetas sejam recolhidas por pessoas que não sejam o premiado, costuma-se abrir uma exceção quando se trata de falecimentos.

Nesses casos, as estatuetas são entregues aos parentes mais próximos, que, neste caso, seria a filha de Ledger.

No entanto, a situação do ator é mais complicada, já que sua herdeira direta, Matilda, tem três anos e não pode receber o prêmio; a mãe da menina, Michelle Williams, nunca foi casada com Ledger e os dois tinham se distanciado, e, por isso, os pais do astro poderiam ocupar esse vazio.

Ao chegar ao aeroporto internacional de Los Angeles, o pai do ator, Kim Ledger, confirmou ao site "TMZ.com" sua intenção de levar a estatueta à Austrália. "Guardaremos para ela (Matilda) para sempre", disse Kim Ledger, que deve subir ao palco do teatro Kodak.

O destino de alguns dos muitos prêmios recebidos por Ledger este ano ainda não foi decidido, como é o caso do troféu do Sindicato de Atores (SAG).

"Ainda o temos aqui até que se conclua a tramitação de papéis, como é preciso", explicou a produtora Kathy Connell, enquanto o Globo de Ouro e o Critics Choice Awards foram enviados ao escritório da representante de Ledger, Mara Buxbaum.



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26/10/2008 free counters

Morre o empresário e ex-deputado Sérgio Naya


Do UOL Notícias*
Em São Paulo
O ex-deputado e empresário Sérgio Naya, 65, foi encontrado morto na tarde desta sexta-feira (20) em um quarto do hotel Jardim Atlântico, em Ilhéus, no sul da Bahia. Ele estava hospedado desde o dia 13 de fevereiro e participava de reuniões de negócios. Naya era proprietário da construtora Sersan, que construiu o prédio Palace 2, no Rio de Janeiro, que desabou em fevereiro de 1998 matando oito pessoas. Ele pretendia construir um shopping center em Ilhéus.

Causa da morte seria infarto

  • 04/02/2004 - Ichiro Guerra/Folha Imagem

    Corpo foi encontrado na tarde desta sexta (20) em um quarto de hotel em Ilhéus, na Bahia


O ex-deputado federal Jorge Viana (PMDB-BA), que vive em Ilhéus e era amigo de Naya, disse ao UOL que foi avisado da morte e acompanhou o legista que teria constatado que Naya morreu de infarto. "Assim que eu soube, fui para lá. Depois de constatar a causa da morte, os legistas levaram o corpo para o necrotério de Ilhéus, onde ele está sendo embalsamado", disse Viana.

Segundo o deputado, o irmão de Naya, Paulo Naya, irá buscar o corpo neste sábado e o levará para Laranjal, em Minas Gerais, a cidade natal da família. Funcionários do hotel onde Naya estava hospedado contaram que o motorista do ex-deputado solicitou que ele fosse chamado, pois não estava no lugar marcado para encontrá-lo. Os funcionários chegaram a procurá-lo em outras dependências do hotel, antes de entrar no quarto com uma chave reserva.

De acordo com o hotel, até ontem Naya estava aparentemente bem, foi simpático com todos e viajava à cidade algumas vezes, a negócios. O corpo foi encontrado na cama, coberto, por volta das 16h.

Palace 2
No próximo dia 22, o desabamento do Palace 2 completa onze anos. Na ocasião, oito pessoas morreram e 150 famílias ficaram desabrigadas. Nos dias seguintes, com a área já isolada, houve outras quedas. Por fim, o local foi implodido.

O empresário teve o mandato de deputado federal cassado meses depois, mas foi absolvido em processo judicial que o apontava como réu do crime de responsabilidade pelo desabamento. Naya chegou a ficar preso, mas sua defesa argumentou que ele não era responsável pelo planejamento e execução da construção. Em 2004, o empresário voltou a ser preso quando tentava fugir para Montevidéu, e ficou detido por mais quatro meses.

O ex-deputado foi condenado a pagar indenizações que variavam entre R$ 200 mil e R$ 1,5 milhão a cerca de 120 famílias do Palace 2. Alegou, contudo, não ter dinheiro, e seus bens começaram a ser leiloados.

Há um ano, quando o desabamento completou dez anos, famílias ainda aguardavam para receber a indenização.

Em entrevista, Sérgio Naya negou culpa por Palace 2

Afastado da vida política e profissional e vivendo "parte em Brasília e parte em Laranjal [Minas Gerais]", ele disse que nunca mais passou em frente ao terreno



Deputado
Sérgio Naya cumpriu três mandatos como deputado federal por Minas Gerais, após ter assumido como suplente. Foi eleito em 1990 pelo PMDB e reeleito em 1995 pelo PP.

Após o desabamento, teve o mandato cassado pela Câmara em abril de 1998, tornando-se inelegível por oito anos, e seus bens e os da Sersan foram bloqueados pela Justiça em julho de 2002.

*Com informações de Heliana Frazão, do UOL Notícias em Salvador (BA), e das agências Estado e Brasil

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26/10/2008 free counters

Paulo José e Mariana Ximenes quase se afogaram em Salvador.

Atores levam susto em praia na Bahia

Paulo José e Mariana Ximenes quase se afogaram em Salvador.
Os dois foram socorridos e passam bem.

Do G1, em São Paulo, com informações do iBahia.com


Os atores Paulo José e Mariana Ximenes quase se afogaram na praia de Itapuã, em Salvador, nesta sexta-feira (20). Os dois foram arrastados pela correnteza.

Imagens feitas por um cinegrafista amador mostram o momento em que o ator Paulo José é retirado da água por salva-vidas e seguranças da pousada em que está hospedado. Ele foi atendido ainda na areia.

Mariana foi retirada da água por um dos seguranças da pousada. Ela chora e é consolada por uma amiga. Os dois atores estão em Salvador para a gravação de um filme.

Depois do susto, os dois atores voltaram para pousada e passam bem.

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26/10/2008 free counters

Morre em Ilhéus (BA) o empresário e ex-deputado Sérgio Naya


Naya ficou conhecido pelo desabamento do edifício Palace II.
Ele era proprietário da Sersan, responsável pela construção do prédio.

Mariana Oliveira, Amauri Arrais e Isabelle Moreira Lima Do G1, em São Paulo


Cercado por advogados, o ex-deputado Sergio Naya (centro) deixa carceragem em Benfica, na zona norte do Rio de Janeiro, onde esteve preso, em 2004 (Foto: Alaor Filho/Agência Estado)

O empresário e ex-deputado Sergio Naya, 66 anos, morreu na tarde desta sexta-feira (20), em Ilhéus, no litoral da Bahia. Na noite desta sexta, um médico legista ainda fazia exames para verificar a causa da morte. A suspeita é de um infarto.

Naya era proprietário da Sersan, empresa responsável pela construção do edifício Palace II, no Rio, que desabou em 1998 e provocou as mortes de oito pessoas e deixou 120 famílias desabrigadas.

Ele foi encontrado morto em um quarto do hotel Jardim Atlântico, onde estava hospedado.

Leia mais notícias sobre Sérgio Naya

A proprietária do hotel, Néia Machado, disse que o corpo foi levado para o necrotério de Ilhéus e posteriormente será transferido para Laranjal (MG), cidade natal do empresário.

O dono da funerária São José, Samuel Ferreira de Miranda, informou que o corpo de Naya chegou ao local por volta de 17h30. A delegada Adriana Taternostro afirmou que o corpo foi retirado do hotel sem autorização da polícia.

De acordo com o dono da funerária, depois de preparado o corpo, terá início o velório. Miranda disse que informou familiares de Naya, que, segundo ele, iriam se deslocar de Minas para Ilhéus.

Cliente habitual

De acordo com a dona do hotel, Néia Machado, Naya era um cliente habitual. Segundo ela, nesta sexta, o empresário tomou café e voltou para o quarto. Horas depois, o motorista de Naya estranhou a ausência dele e pediu a uma funcionária para que fosse aberta a porta do quarto.

Primeiramente, segundo Néia Machado, o motorista chamou um médico particular do empresário e, depois, um legista constatou a morte.

Naya foi deputado federal por Minas Gerais por três mandatos (1987-1991 e 1991-1995 pelo PMDB e 1995-1999, pelo PP).

Segundo a Prefeitura de Ilhéus, ele estava na cidade para negociar a construção de um shopping.

Sersan e Palace II

O empresário era dono da empresa Sersan (Sociedade de Terraplanagem Construção Civil e Agropecuária), responsável pela construção do edifício Palace II, no Rio de Janeiro.

O desabamento do Palace II completa 11 anos neste domingo. O edifício caiu em 22 de fevereiro de 1998. Oito pessoas morreram. Cento e vinte famílias ficaram desabrigadas e perderam tudo.

O empresário e ex-deputado Sérgio Naya em 1998 (Foto: Roberto Stuckert / Ag. O Globo)

O laudo técnico apontou que houve erro de cálculo na obra do prédio. No processo cível, Naya foi condenado a pagar R$ 60 milhões de indenização para as vítimas.

O advogado das vítimas disse que, mesmo com a morte de Naya, nada muda em relação à necessidade de pagamento das indenizações.

Investigações indicaram que um dos pilares do edifício estava danificado, outros dois precisavam de reforço e que a obra tinha sido feita com material reaproveitado e de baixa qualidade.

Sérgio Naya chegou a passar 106 dias preso, acusado de falsidade ideológica e falsificação de documentos públicos. Por causa do desabamento, foram mais 27 dias de prisão, mas o ex-deputado foi considerado inocente do desabamento do prédio.

Naya teve todos os seus bens bloqueados e alguns leiloados. No entanto, a quantia referente às vendas só foi suficiente para pagar, em parcelas espaçadas, 15% do valor das indenizações estipuladas pela Justiça.

Em fevereiro do ano passado, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou à Justiça Federal o empresário Sérgio Naya pelo crime de fraude de execução fiscal.

Carreira parlamentar

Engenheiro civil formado pela Universidade Federal de Juiz de Fora, Sérgio Naya foi deputado federal por Minas Gerais em três legislaturas e foi filiado a três partidos: PMDB, PP e PPB.

Naya chegou à Câmara dos Deputados como suplente, exercendo o mandato em três oportunidades até ser efetivado em maio de 1989, na vaga do deputado Márcio Bouchardet.

Em 1990, elegeu-se deputado federal pelo PMDB, sendo reeleito em 1995, desta vez pelo PP.

Recebeu, durante a atuação parlamentar, diversas condecorações, como o Mérito Alvorada, do governo do Distrito Federal, a Medalha de Honra da Inconfidência, do governo do estado de Minas Gerais e a Ordem do Mérito Legislativo, da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

Cassado

Após o desabamento do Palace II, em 22 de fevereiro de 1998, o então deputado teve o mandato cassado e as contas bancárias bloqueadas pela Justiça. No entanto, foi absolvido em processo judicial que o apontava como réu por crime de responsabilidade no desabamento do edifício.

Naya foi cassado por quebra do decoro parlamentar no dia 15 de abril de 1998. O placar da votação, secreta, foi de 277 votos pela cassação, apenas 20 além dos 257 necessários, e 163 contra, com 21 abstenções e dez votos em branco.


O empresário abandonou a vida política e chegou a ser condenado a dois anos e oito meses de prisão em regime semiaberto, pena convertida em prestação de serviços comunitários e pagamento de multa.

O empresário e ex-deputado chegou a ser detido duas vezes. Em 1999, ficou 26 dias na Polinter, no Rio, após ser preso em Brasília. Em 2004, voltou a ser preso em Porto Alegre, quando tentava fugir para Montevidéu, e ficou preso por quatro meses.

A defesa de Sérgio Naya argumentou que ele não era responsável pela construção e execução do prédio.

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26/10/2008 free counters

"El gran obstáculo de Dilma Rousseff es el apoyo de Lula"


JAVIER LAFUENTE - Madrid - 19/02/2009


El ministro de Justicia de Brasil, Tarso Genro (1947), suspira cuando se para a pensar en los dos intensos años de actividad política que se le vienen encima. A los acontecimientos previstos, como las elecciones presidenciales de 2010 o la reforma política que le encargó el pasado año el presidente Luiz Inácio Lula da Silva, se le ha unido la crisis económica global y, entre otros asuntos espinosos, el conflicto diplomático que mantienen con Italia, después de que Roma llamase a consultas a su embajador en Brasil por conceder asilo y no extraditar al escritor y ex terrorista Cesare Battisti.


    Lula da Silva

    A FONDO

    Nacimiento:
    27-10-1945
    Lugar:
    (Garanhuns)
    Brasil

    Brasil

    A FONDO

    Capital:
    Brasilia.
    Gobierno:
    República Federal.
    Población:
    191,908,598 (2008)

Célebre por crear, como alcalde de Porto Alegre, el presupuesto participativo; histórico líder del gobernante Partido de los Trabajadores (PT), del que llegó a ser presidente, Tarso Genro se reunió ayer en Madrid con su homólogo Mariano Fernández Bermejo, con quien firmó un acuerdo para agilizar la extradición de delincuentes, un texto que también respaldaron los Gobiernos de Argentina y Portugal.

Pregunta. El próximo año habrá elecciones en su país. ¿Qué Brasil le espera al primer presidente de la era post-Lula?

Respuesta. Una gran conquista del presidente Lula es haber conseguido que todo el mundo comprenda que las decisiones democráticas están consolidadas. Difícilmente, hoy, una persona comprometida con la democracia, con la transparencia, que no esté comprometida en la lucha contra la corrupción, que tenga una visión personalista, es muy difícil que llegue a la magistratura de la república.

P. Usted, durante mucho tiempo, ha estado situado como posible candidato a suceder a Lula. ¿Cómo recibió la decisión de nombrar a Dilma Rousseff como candidata del PT?

R. Me sentó normal. Soy un político con cierta experiencia. Yo sé que estas cuestiones no se resuelven por una relación personal. En los últimos 15 meses he verificado que Lula pretendía una candidatura que no supusiera una polarización dentro del PT. Y yo, junto a cuatro o cinco compañeros, tuvimos una oposición muy fuerte a la anterior dirección del partido. Entiendo perfectamente su opción; nunca hago una romantización de las posiciones políticas a partir de relaciones personales de amistad. Yo me siento muy valorado por el presidente. He ocupado cuatro ministerios, ocupé la presidencia del PT en un momento de crisis...

P. ¿Le hubiese gustado optar a la presidencia?

R. Cualquier político con prestigio nacional, que tenga amor por su país, tiene la aspiración, un día, de ser presidente.

P. ¿Ha desistido entonces de lograrlo?

R. No es una cuestión, sinceramente, a la que dedique mucho tiempo. Estoy pensando mucho más en cómo afrontar las decisiones y las tareas pendientes en el Ministerio de Justicia.

P. ¿Cómo ve a Dilma Rousseff en la carrera hacia la presidencia?

R. Es una buena candidata, tiene buena capacidad de gestión, pero, sobre todo, tiene el obstáculo más grande que pueda poseer alguien que opte a la presidencia: el apoyo del presidente Lula. Creo que le va a afectar mucho. Además, la oposición tiene constancia de eso. Ninguno de los candidatos que se presentan dicen que lo hacen contra Lula, sino que lo hacen para gobernar post-Lula. Es una señal de la importancia que tiene el presidente.

P. ¿Qué posibilidades tiene entonces para convertirse en presidenta?

R. Hay que tener un respeto por nuestros rivales, porque tienen un candidato fuerte que es el senador Jose Serra [actual gobernador del Estado de São Paulo, y uno de los pesos pesados del Partido de la Social Democracia Brasileña (PSDB)], una persona que, por su visión, se encuadra en lo que siempre se ha considerado como el sector más de centro izquierda del anterior Gobierno de Fernando Henrique Cardoso, que, por cierto, tuvo el mérito de dar solidez a la democracia en Brasil, pero que en el terreno de reconstrucción de proyectos de desarrollo, en el terreno del reforzamiento de las políticas públicas, no tuvo éxito.

P. El pasado fin de semana, una menor brasileña estuvo retenida más de 29 horas en el aeropuerto de Barajas; el número de brasileños expulsados no ha cesado. ¿Teme que se vuelva a repetir el conflicto diplomático con España del pasado año?

R. Es un asunto que depende más del Ministerio de Relaciones Exteriores. Pero son cuestiones muy fáciles de resolveR. No creo que éste sea un problema político entre los dos Estados; es más una cuestión puntual.

P. ¿No le dan entonces mucha importancia a lo sucedido?

R. Esperemos que no. Pero, por si acaso, nuestra Cancillería está hablando nuevamente para verificar por qué se ha dado esta nueva situación, que no es buena ni para Brasil ni para España.

P. ¿Cómo le han sentado las críticas, por parte de Italia, al no extraditar a Césare Battisti?

R. No voy a responder a las críticas que parten de algunos ministros italianos, como el de Defensa. No estamos acostumbrados, en nuestras relaciones internacionales, a utilizar cierto tipo de lenguaje; tenemos una educación política en América Latina que no nos permite dirigirnos a un ministro de otro país de una manera desairosa, maleducada. El caso Battisti es una cuestión jurídico política y de soberanía. En última instancia se trata de verificar si los delitos imputados a Battisti en Italia son aceptados en Brasil como delito político. Yo creo que sí, en base a cuatro decisiones del Tribunal Supremo, que puede ahora cambiar su posición. No hay ningún interés en Brasil en elevar la temperatura de las relaciones con Italia.

P. ¿Les ha sorprendido la actitud de Roma?

R. A mí sí me sorprendió su actitud. No creo que sean lenguajes adecuados para el entendimiento entre naciones. Estamos acostumbrados, insisto, en América Latina, a tener relaciones entre Gobiernos y ministros de distintas ideologías políticas un nivel mucho más elevado que la forma con la que lo han tratado algunos ministros italianos.

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26/10/2008 free counters

Brasil cierra el paso al gas de Chávez


Brasil anunció esta semana su desmarque del proyecto del presidente venezolano, Hugo Chávez, para construir el gasoducto del sur, un gigantesco tubo que transportaría gas natural desde el Caribe venezolano hasta la región más austral de Argentina, atravesando Brasil de norte a sur. Brasilia dio el paso el lunes, tan sólo horas después de que Chávez ganara el referéndum que le abre la puerta a su reelección indefinida.

    Hugo Rafael Chávez Frías

    Hugo Chávez

    A FONDO

    Nacimiento:
    28-07-1954
    Lugar:
    Sabaneta

    Lula da Silva

    A FONDO

    Nacimiento:
    27-10-1945
    Lugar:
    (Garanhuns)
    Brasil

    Brasil

    A FONDO

    Capital:
    Brasilia.
    Gobierno:
    República Federal.
    Población:
    191,908,598 (2008)
    Venezuela

    Venezuela

    A FONDO

    Capital:
    Caracas.
    Gobierno:
    República.
    Población:
    26,414,815 (est. 2008)

La decisión supone un nuevo y duro revés a las pretensiones del líder venezolano de consolidarse como el gran líder integrador del subcontinente suramericano. También da al traste con la intención del Gobierno de Caracas de garantizar la venta de sus hidrocarburos en todo el Cono Sur.

De esta manera, Brasil continúa su senda imparable hacia la autosuficiencia energética. El presidente Luiz Inácio Lula da Silva ha convertido este asunto en uno de los caballos de batalla en materia económica de su segundo mandato, porque sabe que de ello también dependerá la consolidación de su país como nueva potencia en el tablero internacional. En los últimos años, el gigante suramericano no ha parado de descubrir petróleo y gas natural en sus aguas, ha potenciado a tope la producción de los biocombustibles y, poco a poco, ha ido cortando su dependencia de gas y petróleo provenientes de países vecinos como Bolivia o Venezuela. Es en este contexto donde el Gobierno de Brasilia ha comunicado su salida del proyecto de gasoducto que conectaría el norte de Venezuela con la Tierra del Fuego.

"Sólo una gran carencia de gas en la región podría justificar un proyecto como el Gasoducto del Sur, pero no es el caso. Brasil podrá ofrecer en breve gas de calidad producido en nuestro territorio a países vecinos del sur, como Argentina o Chile", comenta a EL PAÍS una fuente gubernamental brasileña conocedora de las negociaciones desarrolladas para la puesta en marcha del gasoducto. Brasil tiene claro que en cuanto alcance su pleno autoabastecimiento de petróleo y gas, algo que según los especialistas sucederá a corto plazo, el siguiente paso será entrar en la pelea de los grandes productores por el mercado energético internacional. "Contamos con un volumen de petróleo y gas que aun desconocemos, pero que debe dar miedo por su magnitud", abunda la misma fuente. Sin duda alguna, Venezuela será uno de los países más perjudicados por la irrupción brasileña en el mercado de los hidrocarburos.

El encargado de hacer el anuncio de la congelación de los planes fue Marco Aurelio García, asesor de Lula para Asuntos Internacionales. "El Gasoducto del Sur está provisionalmente archivado, en primer lugar por tratarse de una obra de grandes dimensiones que demandaría estudios técnicos y financieros que, en las actuales condiciones de crisis, es muy difícil que puedan concretarse a corto plazo", declaró a la emisora Eldorado.

Según el consejero de política internacional del entorno más cercano de Lula, el presupuesto para construir el Gasoducto del Sur fue estimado inicialmente entre 20.000 y 25.000 millones de dólares (entre 16.000 y 20.000 millones de euros). "Todos sabemos que esos precios son siempre subestimados", apuntaló. El argumento de Brasilia es incontestable, sobre todo en un momento en que desde el Gobierno se están implementando medidas contrarreloj para parar la onda expansiva de la crisis financiera internacional. Entre otras, algunas tan traumáticas como la congelación del 25% de los presupuestos generales de 2009 para ahorrar 37.200 millones de reales (unos 12.827 millones de euros). Las políticas que se verán más afectadas por los recortes son las de turismo, deportes, medio ambiente, cultura, justicia, desarrollo agrícola, agricultura y defensa.

Hallazgos de crudo y gas

El segundo argumento esgrimido por el Gobierno brasileño para meter en el congelador el proyecto de Chávez es, si cabe, más sangrante para Venezuela. En este sentido, el asesor de Lula recordó los recientes hallazgos de magníficas reservas de crudo y gas natural en aguas ultraprofundas del litoral brasileño, para concluir que este hecho ha acabado por restarle trascendencia y entidad al Gasoducto del Sur, siempre desde el punto de vista de los intereses brasileños.

Los hallazgos petrolíferos en el litoral de São Paulo y Río de Janeiro han puesto a Brasil sobre el tablero de los grandes países productores de crudo. Hasta hace poco Brasil tenía unas reservas estimadas en 20.000 millones de barriles, pero con el descubrimiento frente a las costas de Río y São Paulo de los yacimientos de petróleo de excelente calidad y de gas natural bautizados como Carioca (considerado el tercero mayor del planeta), Tupí y, más recientemente, Júpiter, estas reservas podrían dispararse hasta los 53.000 millones de barriles, colocando a Brasil en la novena posición del ranking mundial de países petrolíferos.

Estos descubrimientos están en el origen de que Brasil pretenda cortar poco a poco su dependencia de países productores vecinos, como Venezuela o Bolivia. Hace poco más de un mes Brasilia también decidió unilateralmente reducir sus importaciones de gas boliviano, sencillamente porque ya no lo necesita en la medida de los meses anteriores. Ante el preocupante anuncio, el Gobierno de Evo Morales envió de inmediato a la capital brasileña una delegación compuesta por tres ministros que, tras dos horas de reunión, consiguieron una reducción del recorte.

Dificultades técnicas

En Brasilia se opina que el Gasoducto del Sur es de una ambición ilimitada desde el punto de vista técnico, algo que también complica sobremanera su ejecución. Varios estudios de viabilidad ya plantearon que su larga extensión y calibre, los problemas para mantener a lo largo de todo su recorrido altos niveles de presión y su nefasto impacto medioambiental hacen su ejecución poco menos que utópica.

Sin embargo, Brasil quiere compensar a Venezuela con la rúbrica de un acuerdo para que el ente petrolero estatal venezolano PDVSA entre como socio minoritario de la brasileña Petrobras en la refinería Abreu e Lima, que está siendo construida en el Estado de Pernambuco, en el litoral norte brasileño. Las negociaciones se encuentran actualmente paralizadas por las diferencias entre ambos países sobre la distribución de lo que produzca la refinería y sobre el precio que se pagará por el petróleo suministrado por Venezuela.

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26/10/2008 free counters

Tarso pede correção por frase sobre Dilma


O ministro da Justiça, Tarso Genro, pediu ao jornal espanhol El País que se corrija a declaração, dada por ele numa entrevista publicada ontem, sobre o fato de Lula ser um “obstáculo” para a candidatura de Dilma Rousseff. Segundo a BBC Brasil, Tarso afirma que usou a palavra “handicap”. “No Brasil, tem uma conotação positiva. No entanto, ela foi interpretada num sentido completamente oposto ao que me referi.” Uma consulta ao Houaiss mostra que handicap pode ser “vantagem que se concede a um ou mais competidores (pessoa ou animal) para compensar deficiências de sua parte” ou, por derivação, “qualquer desvantagem que torna mais difícil o sucesso”. Conclusão: o jornalista espanhol errou ao não tirar a dúvida sobre uma declaração polêmica ali, na hora da conversa, mas convenhamos que Tarso poderia ter facilitado as coisas. Para que usar “handicap”?

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26/10/2008 free counters

Jornalista suíço é investigado por suposto vazamento de informações sobre brasileira

colaboração para a Folha Online

O jornalista Alex Baur, da revista semanal "Die Weltwoche", é alvo de investigação da Promotoria de Zurique por suposto vazamento de informações sigilosas sobre o depoimento da brasileira Paula Oliveira no dia 13 de fevereiro, quando, segundo a Promotoria, admitiu a policiais que mentiu sobre o caso da suposta agressão.

A matéria publicada na revista forçou a Promotoria e a Polícia de Zurique a se pronunciarem sobre o assunto, confirmando a informação de que Paula admitiu ter mentido.

De acordo com o comunicado oficial emitido nesta quinta-feira (19), a Promotoria "abriu um procedimento de instrução penal com o foco, entre outros, na questão se houve ruptura do segredo de ofício". Segundo o órgão, ainda não está claro se houve mesmo vazamento.

Reprodução/TV Globo
Paula Oliveira, 26, que disse ter sido atacada por neonazistas nos arredores de Zurique, brasileira admitiu farsa, diz Promotoria
Paula Oliveira, 26, que disse ter sido atacada por neonazistas nos arredores de Zurique, brasileira admitiu farsa, diz Promotoria

"Sim, estou sendo investigado", confirmou Baur à Folha. A Procuradoria de Zurique reconheceu que a investigação dificilmente conduzirá a um indiciamento, pois não há provas de que o autor do vazamento foi um policial.

Na Suíça, violação de sigilo de Justiça por uma autoridade pública é crime. Segundo o jornalista, a consulesa do Brasil em Zurique, Vitoria Cleaver, estava no momento da confissão de Paula. A diplomata, segundo as fontes de Baur, era a única pessoa presente no quarto do Hospital Universitário de Zurique, além dos policiais.

De acordo com o consulado brasileiro em Zurique, o fato da consulesa ter estado ou não durante o depoimento não muda nada no caso. O órgão não confirmou nem negou a informação dada pelo jornalista suíço.

"Nós não precisamos prestar esclarecimentos sobre a declaração dele", disse o conselheiro do Itamaraty Acir Pimenta Madeira Filho, que foi enviado ao país também por causa da repercussão do caso. Segundo ele, o papel do consulado no caso é prestar assistência à família de Paula Oliveira.

Processo penal

Paula Oliveira também é investigada pela Promotoria de Zurique, sob a acusação de ter induzido a autoridade judiciária ao erro. Segundo o promotor suíço de cuida do caso, Marcel Frei, a brasileira pode ser presa por até três anos.

Ela foi enquadrada no artigo 304 do Código Penal suíço, que trata do crime de induzir a autoridade judiciária ao erro. A brasileira não poderá deixar o país durante a investigação, já que a identidade e o passaporte dela foram bloqueados pela Promotoria.

Itamaraty

Ontem, o Ministério das Relações Exteriores informou, por meio de sua assessoria, que o Itamaraty continuará a prestar assistência à brasileira. Entretanto, o órgão não quis se manifestar sobre as declarações do Ministério Público de Zurique, que divulgou nesta quinta que a jovem teria confessado que mentiu sobre as agressões e sobre a gravidez.

De acordo com o ministério, o consulado brasileiro na Suíça acompanha o processo contra a brasileira e trabalha para garantir que Paula não seja vítima de "nenhuma discriminação, nem de nenhuma ilegalidade".

O Itamaraty informou ainda que aguarda a conclusão das investigações da polícia suíça para se pronunciar formalmente sobre o caso.

Também, nesta quinta, o chanceler Celso Amorim, após reunião no começo da tarde com o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), não manifestou surpresa com a decisão do Ministério Público da Suíça: "Nós manifestamos nosso desejo que houvesse uma apuração, (...), eles garantiram que haveria apuração e é isso que está ocorrendo".

Amorim diz que o governo brasileiro continuará dando apoio a Paula, que conta com um defensor público suíço. Ela recusou as opções de advogado que o consulado ofereceu.

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26/10/2008 free counters

De quem cobrar dívidas do condomínio?

Quando há inadimplência nas despesas condominiais, as ações de cobrança de devem ser movidas contra o proprietário do imóvel, segundo prevê o artigo 1.334, no segundo parágrafo do Código Civil. Mas quando o proprietário adquiriu o imóvel por meio de financiamento, surgem dificuldades.

Antes da implantação do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), nos contratos de financiamento habitacional, a garantia do empréstimo feito pelo agente financeiro emprestava era feita por meio da figura da hipoteca. Assim, se o comprador não efetuasse o pagamento do financiamento, o credor executava a hipoteca.

Entretanto, como a execução da hipoteca é demorada, o que gera prejuízos aos bancos, a garantia dos contratos atuais têm sido principalmente por meio de alienação fiduciária. Da mesma forma que se faz, há tempo, com financiamento de automóveis.


Esse contrato consiste na transferência da propriedade do imóvel ao credor, de forma provisória, até que o empréstimo para a sua aquisição seja quitado. O adquirente fica somente com a posse direta, podendo habitá-lo ou utilizá-lo plenamente, vindo a tornar-se proprietário com o pagamento total do empréstimo.

Quando o imóvel faz parte de um condomínio, no caso de dívida de taxas condominiais, surge a dúvida: o condomínio deve propor ação contra o agente financeiro, ou seja, o credor fiduciário ou contra o comprador, habitante do imóvel, que é o devedor fiduciante?

O extinto Segundo Tribunal de Alçada Civil, no Agravo de Instrumento nº 821.139-0/9 em que figurou como relatora a dra. Regina Zaquía Capistrano da Silva, entendeu que a cobrança judicial deve ser efetuada contra ambos.

Apenas para elucidar, como as despesas condominiais recaem sobre o próprio imóvel, independentemente de quem seja o seu dono, se alguém adquire um apartamento com dívida de condomínio, estará assumindo a dívida. Por esse motivo que, ao adquirir uma unidade condominial, se exige a declaração do síndico, com firma reconhecida e acompanhada da ata que o elegeu, de que as taxas condominiais estão em dia.

O Tribunal entendeu que ambos devem ser réus na ação, porque embora o imóvel pertença ao credor, o devedor é o seu efetivo usuário e possuidor. E, nessa condição, compete a ele “não só os ônus e responsabilidades pelo pagamento dos impostos e taxas relativos ao imóvel, mas também as despesas de condomínio”.

O julgado em questão justifica ainda a presença do adquirente do imóvel, na ação, embora não sendo o proprietário, no caso de alienação fiduciária, “porque somente o possuidor poderá argüir concreta matéria de defesa, provando o pagamento ou outras condições que possam diminuir o débito cobrado, ou finalmente, confessá-lo”.

*Daphnis Citti de Lauro é advogado, formado pela Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie e Mestre em Direito Comercial pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC e sócio da Advocacia Daphnis Citti de

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26/10/2008 free counters

Juíza determina reintegração de posse a condômino inadimplente

Condomínios não podem reter mercadorias de condôminos inadimplentes como garantia do pagamento da dívida, pois existem meios judiciais cabíveis para esse fim. Nesta quarta-feira (5 de agosto), a juíza Adair Julieta da Silva, da 17ª Vara Cível da Comarca de Cuiabá, deferiu liminar favorável a um ex-condômino do Condomínio Bela Nápole, que teve uma série de produtos apreendidos, e determinou a reintegração de posse desses bens ao autor da ação.

"Não cabe à parte requerida (condomínio) reter os bens para garantia da dívida, haja vista que para isto existe meios judiciais cabíveis, posto que a segurança e a estabilidade das relações jurídicas, e portanto, do Estado de Direito, impõe o respeito às obrigações constituídas pelas partes contratantes, desde que observadas as disposições legais", esclarece a magistrada.

Informações contidas no processo revelam que o condômino impetrou ação de reintegração de posse cumulada com perdas e danos com pedido liminar contra o condomínio. Ele firmou acordo para fazer uso de um local onde instalou uma lanchonete e desenvolveu atividades nesse local até meados de agosto de 2006. Em dificuldades financeiras e em débito com o condomínio, ele celebrou contrato de compra e venda do ponto com outra pessoa, que viria a assumir a lanchonete com todos os pertences dela. Com o dinheiro da venda, ele quitaria as despesas com o condomínio.

Contudo, quando o comprador dirigiu-se ao local para dar início às atividades na lanchonete, foi informado de que a compra estava sob chancela condominial, que seria posteriormente decidida em assembléia. Ele não conseguiu entrar no recinto, uma vez que o condomínio havia trocado a fechadura da porta, não permitindo acesso às dependências da lanchonete.

No local estavam guardados diversos bens, como chapa industrial, fogão industrial, freezer, engradados de vidro, jogos de mesas, micro system, televisão, utensílios de cozinha, dentre outros.

De acordo com a juíza Adair Julieta da Silva, os pressupostos para a concessão da liminar em ação possessória estão elencados no artigo 927 do Código de Processo Civil, que dispõe que "incumbe ao autor provar: a sua posse; a turbação ou o esbulho praticado pelo réu; a data da turbação ou do esbulho; a continuação da posse, embora turbada, na ação de manutenção; a perda da posse, na ação de reintegração".

"No caso, é possível vislumbrar, analisando os elementos das provas constantes dos autos, que é o autor proprietário dos bens móveis descritos na exordial, sendo que no local houve o ato de esbulho perpetrado pelo requerido, consistente na troca da chave do local onde o requerente realizava suas atividades comerciais, impedindo-o de retirar os bens móveis de sua propriedade", afirma a juíza na decisão.

Além disso, há prova testemunhal de que o autor da ação é proprietário dos bens móveis que estão trancados dentro da lanchonete. "De sorte que o depoimento constante dos autos, no sentido de que os bens móveis permanecem na área do condomínio, e restando comprovado o domínio do autor sobre o bem em litígio, corroboram a posse lícita do autor capaz de justificar a reintegração pretendida".

Fonte: O Documento.com.br

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26/10/2008 free counters

MANUAL DO SÍNDICO



MANUAL DO SÍNDICO

Fique à vontade para nos consultar sobre qualquer assunto ou dúvida a respeito de seu condomínio ou locação.
Faça sua consulta aqui, sem nenhum custo, e teremos um imenso prazer em responder.

Artigos juridicos:

- AS RETENÇÕES NOS CONDOMÍNIOS

- O IMPOSTO DE RENDA SOBRE A LOCAÇÃO DE PARTES COMUNS

Índice das matérias:

1 - Como escolher uma administradora.
1a - As obrigações de uma administradora - administração.
1b - As obrigações financeiras.
1c - As obrigações de recursos humanos.
1d - As obrigações na assessoria jurídica.
2 - Nossa inspeção predial.
3 - Nossa inspeção trabalhista.
4 - Nosso diagnóstico anual.
5 - O Condomínio.
6 - O síndico.
7 - Convenção e Regimento interno.
8 - As leis que regem os condomínios.
9 - Uso comum e uso privativo.
10 - Assembléias, procurações e votos.
11 - Eleições, o síndico profissional e a remuneração do síndico.
12 - Conselho Fiscal x Conselho Consultivo - a diferença.
13 - Renúncia ou destituição do síndico e conselho.
14 - Orçamento anual e arrecadação.
15 - Despesas ordinárias, extraordinárias e fundo de reserva.
16 - Inadimplência, cobrança amigável, cobrança judicial, multas e juros.
17 - Posso negativar o condômino do Serasa e protestar a cota do mês ?
18 - Lista de devedores.
19 - Responsabilidade civil no condomínio.
20 - Condômino anti-social.
21 - Garagem, locação de vagas e responsabilidade por furtos.
22 - Manutenção no condomínio.
23 - Dicas de economia (água e luz).
24 - Segurança.
25 - Informações úteis para postura de portaria - treinamento da equipe.
26 - Dicas para contratação de funcionários.
27 - Treinamento para porteiros, vigias e auxiliares de serviços e limpeza.
28 - Qualidade de serviços - como obter a excelência nos serviços.

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26/10/2008 free counters

Condomínios arrecadam mais que cidade de SP


AE - Agencia Estado


SÃO PAULO - Para viver bem e com segurança nos 22 mil prédios residenciais de São Paulo, os cerca de 4,6 milhões de paulistanos que moram em apartamentos pagam anualmente R$ 10,5 bilhões em taxas de condomínio, valor que já ultrapassa o arrecadado pela cidade em impostos municipais - R$ 8,9 bilhões no ano passado. Segundo estudo da Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios (AABIC-SP), o valor médio da taxa condominial paga em São Paulo em junho deste ano foi de R$ 665, variando de R$ 243 para apartamentos com um dormitório a R$ 1.401 para apartamentos de quatro quartos.



Isso significa uma receita mensal de R$ 878 milhões para 1,32 milhão de apartamentos na cidade - estimados pelo Sindicato da Habitação (Secovi-SP). Comparado aos gastos do paulistano de R$ 2,9 bilhões com o Imposto Territorial Predial e Urbano (IPTU), o total com a taxa condominial é 3,6 vezes maior anualmente.



Com essa verba, os edifícios empregam diretamente 132 mil funcionários, sem contar os serviços das cerca de 400 administradoras de condomínio que ajudam cerca de 90% dos síndicos na tarefa de gerir essa verba bilionária. "É difícil. Condomínios hoje são regulados por leis tão complexas como as de empresas, o que engessa a administração. A diferença é que são lugares onde as pessoas vivem, o que deixa os síndicos sob intensa pressão", afirma Angélica Arbex, gerente de Marketing da Lello Condomínios, que administra 1.350 empreendimentos em São Paulo.



Com o boom imobiliário, nos próximos dois anos, o Secovi estima que sejam lançados mais de 1.300 edifícios na cidade. É como se uma nova cidade de 273 mil pessoas se mudasse para apartamentos. Trata-se de uma alteração veloz na estrutura social da cidade, que vem mudando aceleradamente nos últimos 30 anos. Segundo a Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), entre 1977 e o ano passado foram lançados 10.006 edifícios residenciais na cidade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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26/10/2008 free counters

Internet aumenta consumo de drogas, diz ONU



Agência Brasil Sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009 - 10h20


Domínio Público
Internet aumenta consumo de drogas, diz ONU
Internet foi considerada uma das maiores ameaças no combate ao consumo de drogas pela ONU

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26/10/2008 free counters

Artista desafia gravidade com ilusão de ótica; veja


Um artista chinês está expondo em diversos países do mundo fotos onde aparenta desafiar a gravidade, caindo de prédios e janelas.

Li Wei, de 38 anos, é nascido em Hubei na China e atualmente mora em Pequim. Ele usa guindastes, espelhos e fios praticamente invisíveis para criar - com o mínimo de manipulação digital - imagens onde aparece "voando" de prédios ou pairando sobre a água.

O artista também usa seu treinamento em artes marciais para dar mais realidade às imagens.

As imagens de Li Wei já foram expostas na China, Taiwan, Coréia do Sul, Estados Unidos, Espanha e Itália. A última parada das fotos foi a galeria Mogadishni Cph, na Dinamarca, em uma exposição neste ano.

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26/10/2008 free counters

Invasão pornô no cotidiano é tema de mostra na Áustria



Stanley Kubrick, Korova Milkbar, 1971/2007, replica designed by Liz Moore, Foto/photo: © Bob Goedewaagen and Witte de With

Boneca usada em 'Laranja Mecânica' é um dos símbolos da exposição

A invasão da pornografia no cotidiano é tema de uma exposição aberta nesta semana em um dos mais respeitados museus de arte contemporânea da Europa.

"The Porn Identity - Expeditionen in der Dunkelzone" ("The Porn Identity - Expedições na zona escura") é o título da mostra inaugurada nesta quinta-feira no Kunsthalle Wien, na capital austríaca. O título faz um trocadilho com o nome original do filme americano A Identidade Bourne.

O evento discute, conforme afirmam os organizadores, a infiltração da iconografia pornô na arte, na mídia e na sociedade.

"Pornô é aquilo com que não queremos que alguém nos flagre na hora", classifica o texto de apresentação.

"Entretanto, a pornografia está em todo lugar, infiltrada nomainstream e se reproduzindo rapidamente em todos os nichos. No cotidiano, no pop e na arte", prossegue. "Essa 'pornetração' invade as mídias", resume o texto, assinado por um dos curadores da exposição, Thomas Edlinger.

O evento, segundo Edlinger, é uma tentativa de lidar com tabus como a pornografia que, embora seja encontrada em todas as áreas da sociedade, não tem reconhecimento na vida pública, por só ter consumida em segredo.

"Meine Titten, deine Titten" , 2007, © Marlene Haring

Segundo curador, a mostra é uma tentativa de lidar com um tema tabu


"A sexualidade é a força motriz de nossa sociedade", lembra o diretor da Kunsthalle Wien, Gerald Matt, conhecido por organizar eventos que surpreendem e são sucesso de público.

‘Laranja mecânica'

A exibição inclui obras de 70 artistas contemporâneos, entre instalações, vídeos, filmes e esculturas.

São trabalhos que representam uma tentativa de reflexão artística sobre o desejo sexual, usando imagens fortes, envolvendo fetichismo, sado-masoquismo e até mesmo vídeos comerciais.

Por isso, a entrada só é permitida a adultos. Os mais jovens têm que mostrar documentos na entrada, provando serem maiores de 18 anos.

Um dos símbolos da exibição é a reprodução de uma boneca do cenário de "A Laranja Mecânica", filme de Stanley Kubrick de 1971.

Escândalo

"Rainbow Wall", © photo: Stephan Wyckoff; Kunsthalle Wien, 2009

"A sexualidade é a força motriz de nossa sociedade", diz diretor do museu

A relação entre poder, olhar e corpo é tema de trabalhos de John Miller usando cenários pornográficos, ou de William E. Jones, que utiliza vídeos policiais de monitoramento mostrando sexo entre homossexuais dentro de banheiros.

Já Katrina Dashner faz, em sua obra, uma versão lesbo-feminista de Lolita, de Nabokov.

Outra peça lembra um grande escândalo que estourou na década de 70, quando uma modelo estampada junto com um bebê em uma embalagem de sabão em pó de uma multinacional estreou uma produção pornô.

A empresa retirou as embalagens imediatamente de mercado e a atriz, Marilyn Chambers, ganhou fama mundial.

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26/10/2008 free counters

Fifa inicia venda de ingressos para a Copa de 2010


Cartão de crédito da Copa

Fifa espera vender todos os ingressos para os 64 jogos

A venda de ingressos para a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, começou nesta sexta-feira.

Os interessados podem se registrar no site da Fifa (www.fifa.com), preenchendo um formulário online, na primeira fase do processo.

Em abril, os ingressos para compra serão sorteados entre os fãs que se registrarem. Os preços variam de US$ 20 (reservados para torcedores sul-africanos) até US$ 900 (para a partida final).

Os ingressos serão vendidos para jogos individuais, ou por grupos de jogos de uma mesma seleção, para torcedores que queiram acompanhar o progresso de um determinado país. Eles poderão comprar até 7 ingressos.

Novas vendas

Em maio, a Fifa vai colocar novos ingressos à venda. O processo continua até abril do ano que vem, quando a federação espera vender os últimos ingressos disponíveis.

Ao todo, há cerca de três milhões de ingressos disponíveis para as 64 partidas da Copa, mas apenas metade deles deve ser vendida ao grande público.

Cerca de 120 mil ingressos "baratos" estão reservados para os sul-africanos - entre eles, há 40 mil ingressos gratuitos reservados para os operários que trabalharem na construção dos estádios.

A escolha da África do Sul para sede da Copa de 2010 vem sendo duramente criticada pelos constantes atrasos nas obras de infra-estrutura e nos estádios.

A expectativa da Fifa é de que 400 mil turistas compareçam à primeira Copa do Mundo a ser realizada no continente africano, entre os dias 11 de junho e 11 de julho do ano que vem.

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26/10/2008 free counters

Grã-Bretanha lança programa para reciclar fraldas descartáveis




Bebê com fralda (arquivo)

Cada bebê usa mais de 3,6 mil fraldas até aprender a ir ao banheiro

Várias cidades britânicas poderão adotar um esquema para reciclar milhares de toneladas de fraldas descartáveis usadas, transformando-as em produtos que vão de telhas a capacetes para ciclistas.

Metano extraído as fraldas é transformado em gás, usado para a geração de energia.

A primeira usina, em Birmigham, deverá entrar em operações em meados de 2010, e estão em discussão planos para outras instalações do tipo nas cidades de Manchester, Liverpool e Londres até 2014.

A usina de Birmigham, que custa o equivalente a US$ 17 milhões, deverá processar 36 mil toneladas de fraldas descartáveis por ano, de acordo com sua operadora, a empresa canadense Knowaste.

As fraldas contém plásticos, fibras, celulose e polímeros absorventes e, de cada tonelada de fraldas reciclada, podem ser extraídos 400 quilos de celulose e 145 metros cúbicos de gás, segundo a Knowaste.

Os bebês usam em média mais de 3,6 mil fraldas até que aprendem a usar o banheiro. Estima-se que um total de 800 mil toneladas de fraldas por ano - usadas por bebês e pessoas com incontinência - acabam em aterros sanitários na Grã-Bretanha.

Nesses locais, as fraldas podem levar até 500 anos para se decompor, segundo a Knowaste.

A empresa ressalta que os produtos criados a partir da reciclagem são seguros de usar. As fraldas que entrarem na usina serão retalhadas e lavadas. A polpa resultante será tratada quimicamente para que sejam desativados o gel absorvente e para a remoção do plástico.

A Knowaste já abriu usinas semelhantes no Canadá e na Holanda.

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26/10/2008 free counters

CONTROLADA PELA GM, SAAB PEDE CONCORDATA

Marca de carros de luxo é subsidiária da General Motors.
Com o pedido, fabricante terá três meses para se reorganizar.

Do G1, em São Paulo, com informações da France Presse


A montadora Saab, filial da General Motors (GM) na Suécia, pediu para se reorganizar dentro dos parâmetros judiciais na tentativa de evitar a falência, anunciaram nesta sexta-feira (20) a Saab e a GM.


"Fizemos o pedido hoje (sexta-feira)", disse à AFP a porta-voz da Saab, Margareta Hagstrom, acrescentando que a Saab espera que o tribunal divulgue sua decisão ainda na tarde desta sexta-feira (20).


A GM acaba de anunciar que a Saab pode se declarar em quebra a partir deste mês, a menos que receba uma ajuda do governo sueco, que este último já havia negado.


Em um comunicado separado, a GM indicou que a decisão era destinada a criar uma entidade comercial completamente independente que seria viável e capaz de atrair investidores.


A declaração de insolvência (concordata) é um procedimento legal na Suécia conduzido por um administrador independente designado por um tribunal que trabalhará estreitamente com a equipe diretora da montadora.


"Dentro deste procedimento, a Saab apresentará sua proposta de reorganização, que incluirá o reagrupamento das atividades de criação, de engenharia e de fabricação na Suécia", acrescentou a GM.


"Se o tribunal de instância aprovar a reestruturação, ela será feita num prazo de três meses e precisará de um financiamento independente", acrescentou a GM.


"Os financiamentos deverão ser tanto públicos como privados", continuou.

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26/10/2008 free counters

Os erros da imprensa no caso Paula



Jornalista brasileiro radicado na Suíça, Eduardo Simantob escreve para ÉPOCA sobre o sensacionalismo na cobertura do falso ataque neonazista
Eduardo Simantob*

Aparentemente, a história tinha tudo para ser um grande escândalo que transbordaria os modestos limites geográficos da Suíça: um brutal ataque xenófobo cometido por três skinheads contra uma indefesa brasileira grávida de gêmeos, com detalhes gráficos saborosos – corpo retalhado de cortes com a inscrição SVP, sigla alemã para Partido do Povo Suíço – e um aborto como consequência. Só que era tudo mentira, e o caso real, se deixado nas mãos das autoridades locais, provavelmente mereceria não mais que uma matéria de fait-divers assim que os fatos tivessem sido devidamente apurados.

Mas não. O caso Paula Oliveira (ou Paula O., como preferiu chamar a imprensa local, cuidadosa em manter a privacidade da suposta vítima, procedimento desconhecido da imprensa brasileira) assumiu dimensões de ópera bufa, ou quase uma comédia, não fossem as consequências da farsa tão trágicas para Paula e sua família. Que também têm sua parcela de culpa na armação desse circo midiático o qual, se não chegou a provocar um incidente diplomático de fato, em muito contribuiu para atiçar os sentimentos xenófobos da população, encorajando os mais exaltados a expressar livremente pela internet, blogs e comunidades virtuais, seus sentimentos mais obtusos.

Pouco depois de acionar a polícia e dar queixa do incidente supostamente ocorrido na estação de trem do subúrbio zuriquenho de Stettbach, Paula Oliveira comunicou a família. O pai, Paulo Oliveira, pediu ao namorado da filha que fotografasse as marcas pelo corpo, e, na qualidade de bem-relacionado assessor parlamentar, não hesitou em enviá-las aos seus contatos privilegiados na mídia e no governo.

A mídia não é pai (Deus é Pai), mas um corpo profissional dotado de regras de procedimento básicos, como por exemplo, critérios de apuração. Ou assim deveria ser.

Pode-se entender a atitude de Paulo Oliveira. Afinal, antes de mais nada, ele é pai, e é perfeitamente cabível que acreditasse piamente na versão da filha. A mídia, no entanto, não é pai (Deus é Pai), mas supostamente – advérbio mais frequente na história toda, também riscado dos manuais de redação nacionais – um corpo profissional dotado de regras de procedimento básicos, como por exemplo, critérios de apuração. Ou assim deveria ser.

Passando por cima de todas as regras éticas e de conduta que qualquer estudante de jornalismo supostamente aprende em seu primeiro ano de faculdade, a imprensa brasileira em poucas horas criou todo um circo de histeria e sensacionalismo. O cuidado da polícia zuriquenha, buscando resguardar a privacidade da vítima e o sigilo das investigações, foi considerado no Brasil como evidência de incompetência e, mais grave, de racismo da própria instituição. Afinal, os policiais ousaram até questionar a versão da pobre Paula. Quanta falta de sensibilidade.

O primeiro ponto da história de Paula que saltou aos olhos de qualquer pessoa informada acerca da cena de extrema-direita na Suíça foi a sigla do partido SVP arranhada na pele da brasileira. É importante esclarecer: nem todo racista é nazista (o Brasil mesmo não tem nenhum movimento neo-nazista que mereça a alcunha, e quem tem coragem de dizer que não existe racismo no país?), e os neo-nazistas aqui pouco se identificam com o Partido do Povo Suíço.

O SVP é sim um partido de direita, estupidamente conservador, nacionalista, de base originalmente rural, e que atraiu, nos últimos 15 anos, parte da elite econômica e a classe média temerosa das transformações radicais provocadas pela globalização. Nesse período, deixou de ser um partido de expressão marginal para se tornar a maior agremiação política do país. O partido ganhou ainda notoriedade internacional com suas campanhas recheadas de símbolos xenófobos e racistas, provocando ojeriza até mesmo entre os conservadores dos países da Comunidade Europeia – da qual, é bom lembrar, a Suíça não faz parte.

Os neo-nazis podem até votar para o SVP ou se identificar com partes de sua plataforma, mas o caráter burguês do partido causa repulsa aos radicais. Eles jamais ostentam bandeiras do SVP ou saem às ruas em sua defesa. Seus laços políticos são muito mais fortes com o "movimento", ou seja, a chamada "internacional fascista" que agrega grupelhos dos EUA à Rússia, mesmo que, paradoxalmente, também se baseiem em fortes tintas nacionalistas. Até mesmo suásticas parecem ser um símbolo ultrapassado para a cena neo-nazi, que desenvolveu um design mais moderninho para padrões antigos (inclusive uma grife própria de roupas, além de terem adotado a marca inglesa Lonsdale de roupas esportivas).

O médico legista Walter Baer, que examinou os cortes em
Paula, foi categórico: trata-se de um caso "clássico" de
cortes auto-infligidos

Ataques e agressões de cunho xenófobo de fato existem – números oficias dão conta de 355 denúncias entre 1995 e 2006 –, e observam um sensível aumento nos últimos anos. Mas o caso de Paula foge dos padrões normais. As vítimas em geral são homens, e a grande maioria árabes/muçulmanos, africanos, europeus do leste e ex-iugoslavos.

Assim que a mistura de SVP com skinheads na versão de Paula serviu de saída apenas como sinal da própria ignorância da brasileira acerca das coisas locais. E levantou mais de um sobrolho entre os investigadores.

O médico legista Walter Baer, que examinou os cortes em Paula, foi categórico: trata-se de um caso "clássico" (lehrbuchmässig, em alemão, que significa literalmente "saído do manual") de cortes auto-infligidos: todos ao alcance das mãos da vítima, relativamente superficiais e poupando partes mais sensíveis do corpo e da genitália.

As críticas à perícia de Baer proferidas na mídia brasileira agravam ainda mais os sinais de amadorismo jornalístico. Depois de todo o circo que armaram, os jornalistas criticaram o fato de Baer conceder uma coletiva de imprensa antes do fim das investigações – e note-se que, conforme deu a entender a secretária cantonal de polícia, Esther Maurer, na mesma ocasião, a coletiva foi organizada para baixar um pouco o histrionismo midiático que o caso estava sofrendo, e dar uma resposta oficial às acusações de que a Suíça é um país racista.

Walter Baer, aliás, é um dos mais respeitados legistas do país e, ao contrário do passado recente do Brasil (alguém se lembra do caso PC Farias?), não se tem notícia de manipulação política ou de qualquer outro tipo por parte do Instituto de Medicina Legal da Universidade de Zurique.

A gravidez que não existiu levantou mais um par de sobrolhos. Detalhes de como a polícia conduziu o interrogatório com Paula, o exame ginecológico que desmentiu a existência dos supostos gêmeos, a arma do crime, possíveis motivações aventadas pela polícia e, por fim, a confissão final da brasileira, saíram publicados na revista Weltwoche da quarta-feira (18). A publicação coincidiu com saída de Paula do Hospital Universitário de Zurique e com a abertura de um processo contra ela pelo Ministério Público local por crimes de falso testemunho e por induzir a autoridade judiciária ao erro. A ex-vítima e agora ré deverá acompanhar o processo em território suíço e seu passaporte encontra-se apreendido pelas autoridades de modo a impedir sua saída do país, para desgosto da opinião pública local (e do SVP), que clamam pela deportação da brasileira.

Criou-se até mesmo uma comunidade no site Facebook chamada "Deportação para Paula Oliveira" (Ausschaffung für Paula Oliveira), reacendendo o cansativo debate sobre o comportamento de estrangeiros no país.

O caso de Paula é agora de um problema de caráter pessoal, sem qualquer interesse público, e a imprensa faria bem em deixar a história morrer por aí
Enquanto isso, o circo midiático continuava a toda. Segundo o diplomata Acir Madeira, despachado de Brasília especialmente para tratar do caso com a imprensa, o assédio incansável dos jornalistas até na porta de casa já fez o pai de Paula arrepender-se profundamente de sua atitude no início do caso. E pior, com um processo agora nas costas, tudo que a família precisa é manter a boca fechada e se preparar para a defesa.

Assim, o que parecia uma grande história horrorosa provou-se em poucos dias ser uma grande farsa constrangedora, e tudo agora se resume a um processo penal no qual provavelmente Paula deverá apenas pagar uma multa – sem contar a possível necessidade de encarar uma longa terapia para administrar distúrbios psicológicos, que o advogado da brasileira estuda incorporar à defesa. Porém, trata-se agora de um problema de caráter pessoal, sem qualquer interesse público, e a imprensa faria bem em deixar a história morrer por aí.

Na Suíça, porém, mesmo que não tenha havido qualquer comoção pública, o caso tem sido usado para ajustes de contas internos. Uma das ironias é que a farsa de Paula serviu para colocar o SVP na condição de vítima num momento em que o partido acumula mais de um ano de derrotas seguidas em praticamente todos os plebiscitos nacionais e cantonais, seu grande líder, o populista Christoph Blocher, foi chutado do Conselho Federal (o Executivo nacional, no fim de 2007) por "falta de espírito coletivo", lideranças internas de peso pularam fora e fundaram um partido dissidente, e sua popularidade caiu mais de 5%, do pico de 29% em 2007.

Já a revista Weltwoche, a única a ter acesso aos autos da polícia no caso, e o mais influente órgão de imprensa a defender o SVP, ainda aproveitou de seu furo para achincalhar a rede estatal Swissinfo, que funciona como uma espécie de BBC local, bancada por dinheiro público e considerada pela direita como um "ninho" de jornalistas à esquerda. Segundo a Weltwoche, o comportamento da Swissinfo na cobertura do caso, especialmente por amplificar as notícias da mídia brasileira, foi um exemplo crasso de amadorismo jornalístico.

"Amadora" e "irresponsável" é também a impressão deixada pela imprensa do Brasil. Os expatriados brasileiros na Suíça podiam passar sem essa, em nome da reputação da comunidade. Como consolo, pode-se ao menos saber que os serviços consulares do Brasil funcionam, e, no caso, comportaram-se perfeitamente – ou seja, simplesmente fizeram o seu trabalho de assistência como deveria ser feito. Desta vez não foi nem o Estado, nem a polícia que pisaram na bola, mas uma advogada e um bando de jornalistas, numa triste inversão dos papéis usuais no jogo democrático.

*Jornalista brasileiro residente em Zurique

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26/10/2008 free counters