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domingo, 18 de maio de 2008

Metroviários de São Paulo ameaçam parar após feriado

MARINA NOVAES
colaboração para a Folha Online

O Sindicato dos Metroviários de São Paulo decide em assembléia nesta terça-feira (20) se irá paralisar as atividades do metrô na cidade. A assembléia acontece pouco depois do anúncio da suspensão da greve dos motoristas e cobradores de ônibus, na sexta-feira (16) --a greve que estava prevista para esta segunda (19).

De acordo com o presidente do Sindicato dos Metroviários, Wagner Gomes, a possibilidade de greve não está descartada. "Vamos analisar as propostas do Metrô, que devem ser entregues nesta segunda-feira [19], e decidir se aceitaremos, ou não, o acordo. Nenhuma forma de manifestação está excluída, inclusive a greve", disse.

Segundo Gomes, caso as propostas do Metrô não agradem aos metroviários, as "manifestações" --que podem incluir a suspensão das atividades do transporte-- devem acontecer na semana após o feriado prolongado, ou seja, a partir do dia 26.

O sindicato conta com mais de 7.000 funcionários.

Reivindicações

As negociações com o Metrô acontecem há mais de 30 dias, segundo o sindicato. Entre as principais reivindicações da categoria, destacam-se o reajuste dos salários em 4,5% e o aumento de 10% na participação nos lucros e resultados da empresa.

Além disso, os metroviários exigem a recontratação dos funcionários demitidos na última paralisação, que aconteceu em agosto de 2007. "Foram 60 companheiros demitidos injustamente na última greve, e essa é uma das nossas reivindicações", afirmou Gomes.

O Metrô, por meio de sua assessoria de imprensa, afirmou que está "aberto ao diálogo" e que as negociações com o sindicato têm acontecido com tranqüilidade. A empresa ainda não se posicionou quanto à possibilidade de greve, e aguarda os resultados das negociações.

Mais de 3 milhões de pessoas utilizam o metrô diariamente, segundo informações do sindicato.

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26/10/2008 free counters

A FAVORITA (DIARIO DE PRODUÇÃO)

Flora quer provar inocência!

No dia em que sai da prisão, depois de 18 anos encarcerada, Flora jura inocência para o pai. Mas nem ele acredita na filha.

Na versão de Flora, Donatela é a verdadeira culpada pela morte do marido Marcelo. E, para o desespero da ricaça, a ex-presidiária está à solta e determinada a recuperar o tempo perdido.

No desespero, Flora tenta aliciar Irene, mãe de Marcelo. A personagem, interpretada por Glória Menezes, nunca foi de muita amizade com Donatela. Quem sabe ela acredita na versão de Flora?

Gracinha, não? Mas é malandro…

Post_Halley_1605Já deu para sacar a pinta de galã que mal saiu das fraldas? Pois seu instinto não falhou! Em A Favorita, Cauã Reymond encarna Halley, um bonitão que o que tem de carismático, tem de safado.

Mal acostumado pela mãe, que apesar de viver em condições modestas nunca deixou faltar nada para o filho, foi desde cedo uma fonte de preocupações para ela: está sempre metido em confusões!

A mãe em questão é Cilene, personagem vivida por Elizangela. Ela tanto protegeu o filho, que agora o rapagão é um folgado capaz até de desviar as economias da coitada para bancar suas farras e noitadas em vez de pagar os estudos. Quando ela descobre…

Sorte a dele que a mulherada não resiste à sua carinha de pidão! Principalmente as meninas que trabalham para Cilene. A da foto, por exemplo, é Manu, interpretada por Emanuelle Araújo.

Esse namoro dá o que falar!

post_lara_cassiano_namoroNem parece que Lara e Cassiano vivem em universos tão diferentes. Mas esse namoro dá o que falar! Enquanto ele foi criado numa vila de operários e trabalha como um deles na fábrica de Gonçalo - personagem interpretado por Mauro Mendonça -, ela é neta do dono desta mesma fábrica e mora numa mansão.

Mas eles são jovens, lindos e estão pouco se importando com isso! Já Donatela… Essa paixão é motivo de muita dor de cabeça para a ricaça, que tem outros planos para a filha.

São Paulo é cenário para A Favorita

Qua, 14/05/08 por TV Globo | categoria A Favorita

Post4_SaoPauloCom estréia prevista para o dia 02 de junho, a próxima novela das oito da TV Globo, escrita por João Emanuel Carneiro e com direção de núcleo e geral de Ricardo Waddington, realizou a primeira fase das gravações em São Paulo.

Durante cinco semanas, elenco e equipe de direção e produção – que contou com mais de 90 pessoas - percorreram diversos pontos da cidade para gravar as primeiras cenas da trama.

Praça da Sé, Ibirapuera, Teatro Municipal, Vale do Anhangabaú, Penitenciária Santana e Brás foram algumas das locações escolhidas pelo diretor Ricardo Waddington para ambientar parte da novela, que se passará nos arredores da capital paulista. Na foto acima, por exemplo, Mariana Ximenes posa à frente de um fóssil do Instituto de Geociências da USP (Universidade de São Paulo).

“Estamos contando uma fábula que tem uma base no realismo, o que nos permite toda a liberdade que uma ficção traz. O que será mostrado, portanto, não é uma São Paulo realista. É uma São Paulo sob o ponto de vista de um autor e de um diretor”, explicou Ricardo.

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26/10/2008 free counters

Madrasta de Isabella recebe visita dos pais no presídio

Eles levaram neste domingo (18) cobertor, roupas e alguns alimentos.
Anna Carolina Jatobá está presa em Tremembé desde o dia 8 de maio.
Do G1, com informações da TV

Anna Carolina Jatobá recebeu na tarde deste domingo (18) a visita dos pais na Penitenciária Feminina Santa Maria Eufrásia Pelletier, em Tremembé, a 138 km de São Paulo. É a primeira visita que ela recebe desde que chegou ao presídio no dia 8 de maio.

Caso Isabella: cobertura completa

Os pais da madrasta de Isabella chegaram à penitenciária por volta das 13h. A mãe dela entrou no presído com o rosto coberto por uma blusa juntamente com o pai, o estagiário de direito Alexandre Jatobá. Eles levaram para ela um cobertor, roupas e alguns alimentos.

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26/10/2008 free counters

Venezuela pode sofrer represálias se comprovado elo com Farc

A visita durou cerca de duas horas neste domingo (18).
Madrasta de Isabella ganhou dos pais livros sobre espiritismo.
Do G1, em São Paulo, com informações da TV

Anna Carolina Jatobá e seus pais, que neste domingo (18) foram ao presídio feminino de Tremembé, a 138 km de São Paulo, encontraram-se em uma capela, localizada nos fundos da penitenciária, segundo informou o pai dela, Alexandre Jatobá.

A visita à madrasta de Isabella durou cerca de duas horas. “Matamos a saudade. Choramos. Nos abraçamos”, contou Alexandre Jatobá, ao deixar o presídio. Os pais levaram a Anna Jatobá dois livros de Allan Kardec sobre doutrinas do espiritismo, roupas e alimentos.

De acordo com o seu pai, a madrasta continua dizendo que é inocente e que provará sua inocência. Na avaliação de Alexandre Jatobá, ela está bem “na medida do possível” e já se recupera do problema de saúde constatado por um médico na sexta-feira passada (16). Segundo o pai dela, a maior preocupação de Anna Jatobá é com os filhos.

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26/10/2008 free counters

Elevador com 12 pessoas despenca 9 metros em hospital na Grande SP

Elevador caiu do térreo até o segundo subsolo, dizem bombeiros.
Uma vítima fraturou perna e outra machucou joelho; demais passam bem.
Do G1, em São

Um elevador despencou neste domingo (18) cerca de nove metros de altura – do térreo até o segundo subsolo – com pelo menos 12 pessoas em um hospital particular em Barueri, na Grande São Paulo, segundo informações do Corpo de Bombeiros de Barueri.


Extra-oficialmente, um funcionário da secretaria do hospital confirmou as 12 vítimas, mas não passou mais informações. A direção do hospital ainda não se manifestou sobre o acidente.


Ainda de acordo com os bombeiros, apenas duas das vítimas tiveram ferimentos mais sérios – uma machucou o joelho e outra fraturou a perna. As demais passam bem. Os bombeiros ainda não sabem as causas do acidente, se houve peso além do limite permitido ou um defeito do elevador.

As vítimas estavam visitando parentes e amigos no hospital e foram atendidas no próprio local – às 17h, elas ainda estavam em observação no hospital, segundo os bombeiros. O acidente aconteceu por volta das 15h deste domingo e três equipes dos bombeiros foram enviadas ao hospital.

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26/10/2008 free counters

Bono junto a Penelope Cruz en la premiere de "Vicky Cristina Barcelona"

Bono acude a la premiere de "Vicky Cristina Barcelona".

El cantante, que ya estuvo el pasado viernes junto a Sean Pean en la premiere de la película "The Thirf Ware", ha acudido anoche al estreno mundial de la nueva película de director Woody Allen, "Vicky Cristina Barcelona", protagonizada por sus amigos Penélope Cruz y Javier Bardem.

Se le pudo ver junto a la actriz española, bromeando y haciéndose fotos a la entrada.

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26/10/2008 free counters

Lula versus Chávez

Lula Da Silva abraza a Hugo Chávez
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Lula Da Silva abraza a Hugo Chávez- AFP

Mientras Hugo Chávez se dedica a insultar a la Interpol, Lula da Silva celebra a Standard &Poor's. La Interpol existe para combatir el crimen internacional y Standard&Poor's para evaluar riesgos de inversión. Las dos acaban de emitir importantes informes. Interpol certificó que la información que vincula a Hugo Chávez con los terroristas de las FARC no fue "plantada" por partes interesadas en comprometerlo. Standard& Poor's certificó que Brasil tiene un clima muy favorable para los inversionistas.

Mientras Chávez se gasta el dinero en la globalización política y militar, Lula es líder en la globalización económica

La reacción de ambos estadistas no se hizo esperar. "Corrupto, vago, policía gringo, payaso, ridículo, innoble..." fueron algunos de los calificativos que usó el presidente Chávez para describir a Ronald Noble, el secretario general de Interpol, organismo integrado por 186 países, incluyendo Venezuela. La reacción de Lula da Silva al de Standard&Poor's fue algo diferente: "Es casi como si fuera un momento mágico para el país... Tenemos que estar felices pero con mucha seriedad y sensatez... no debemos dejar que la euforia nos haga perder la seriedad... hicimos un ajuste fiscal delicadísimo, conseguimos reducir la inflación, aumentar las reservas, aumentar las exportaciones".

Estas dos reacciones no solo reflejan el carácter de los dos presidentes sino también sus muy diferentes estrategias internacionales y sus actitudes hacia la globalización. Mientras el venezolano espanta a los inversores, el brasileño los seduce. Mientras Chávez se dedica a las FARC, a exportar la revolución bolivariana y llamarle nazi a Ángela Merkel, Lula se ocupa de promover las empresas brasileñas en el mundo y a pasar el fin de semana con George W. Bush en Camp David, persuadiéndole para que le ayude con sus exportaciones de etanol. Mientras la producción de petróleo de Venezuela ha caído por falta de inversión y PDVSA, la petrolera venezolana, es utilizada para importar pollos y exportar maletines llenos de dólares en jets privados a Argentina, su equivalente brasileña Petrobras logra, gracias a sus inversiones en tecnología, descubrir uno de los yacimientos petrolíferos más importantes de los últimos tiempos. Mientras Lula consigue que empresas brasileñas obtengan jugosos contratos en Venezuela, Chávez compra dos mil millones de dólares en armas rusas. Mientras Lula estrecha lazos con empresarios en las reuniones de Davos, Chávez estrecha lazos con Bielorrusia, Irán y Cuba.

Está claro: mientras Chávez se gasta los ingresos petroleros en promover la globalización política y militar de América Latina, Lula da Silva ya es el campeón de la globalización económica. Desde el día en que Lula fue electo en el 2002, la bolsa de Brasil ha ganado un 1.600%. En ese momento, Brasil era considerado un país de alto riesgo y se pensaba que Lula llevaría la economía al desastre. Para sorpresa de todos Lula privilegió la estabilidad económica que había conquistado su predecesor, el admirable Fernando Henrique Cardoso. Esta apuesta le ha dado resultados. Hoy, Lula es el presidente más popular que ha tenido Brasil en décadas. Las razones están a la vista y no sólo para los inversores. En los dos últimos años, 23 millones de brasileños han salido de la pobreza y, lo que es más, ahora tienen vivienda, auto y otros bienes. La desigualdad en el ingreso ha bajado y el país disfruta del mayor nivel de prosperidad en treinta años. Los niveles de consumo de comida, electrodomésticos y medicinas de las clases con menores ingresos no tienen precedentes.

Tanto Lula como Chávez son fieramente críticos de la globalización. Sin embargo, los dos la utilizan con gran provecho. Lula para estabilizar económica y políticamente a su país y Chávez para influir sobre sus vecinos. En Venezuela, el flujo de inversiones extranjeras ha caído a niveles insignificantes y hoy el país recibe menos inversiones extranjeras que algunos de los países más pequeños y pobres del mundo. Mientras tanto, Lula ha convertido a Brasil en destino obligado para los inversores.

Todo esto no quiere decir que Lula haya abandonado sus entusiasmos por el tipo de emociones políticas que provoca Chávez. Según el presidente brasileño, "Chávez es sin dudas el mejor presidente que Venezuela ha tenido en cien años". Esto sorprendió a los analistas que no encuentran en las políticas del presidente brasileño parecido alguno con las de Chávez. Pero los más sorprendidos fueron los millones de venezolanos que viven cada día con los resultados de la conducta del "mejor presidente que han tenido en cien años". Los venezolanos se preguntan: ¿Si a Lula tanto le gusta Chávez por qué no le imita? ¿O mejor aún: por qué no se lo lleva a Brasil?

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26/10/2008 free counters

Brote de violencia xenófoba en Sudáfrica

Al menos 10 muertos en una semana por ataques contra la población inmigrante



Violencia en Sudáfrica
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Un policía sudafricano trata de apagar con un extintor a un extranjero que fue quemado en el asentimiento de Reiger Park, durante el brote de violencia xenófoba.- REUTERS

AGENCIAS - Johannesburgo / Londres - 18/05/2008

Cientos de extranjeros que residen en Suráfrica se ha visto obligados a refugiarse en comisarías de policía ante la violencia desatada contra ellos durante la semana pasada, y que se ha saldado con la muerte de al menos 10 personas, muchas de ellas quemadas vivas.

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La campaña de linchamiento y persecución a los extranjeros se ha centrado en el barrio de Alexanda, situado en la capital, Johannesburgo, donde residen personas procedentes de países como Zimbabue, Mozambique y Malawi. Grupos de personas armados con armas blancas y gasolina han ido realizando incursiones en el barrio al grito de "los inmigrantes, fuera a patadas", según la cadena británica BBC.

Los protagonistas de estos ataques xenófobos proceden de áreas pobres y acusan a la población inmigrante de estar detrás del crimen y de arrebatarles los puestos de trabajo.

Los residentes que se vieron obligados a huir de Alexandra intentaron pedir ayuda de la Policía local de la barriada de Diepsloot, sólo para ser atacados también allí, entre la quema de chabolas y de tiendas. Desde entonces, la violencia se ha extendido a otras tres áreas, lo que ha provocado la condena de líderes civiles como Nelson Mandela, que ha llamado a evitar lo que consideró "una división destructiva en el país".

La Policía se ha visto obligada a intervenir con contundencia en estos barrios, para evitar no solo la quema de las viviendas donde residen los extranejeros, sino también para evitar su asesinato, realizado con armas blancas o prendiéndoles fuego.

Suráfrica es uno de los países africanos que más asilos políticos concede a personas procedentes de otros países. Se calcula que en el país viven cerca de tres millones de zimbabuenses que han huido de su país por la grave crisis económica que arrastra el país.

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26/10/2008 free counters

Lula y Alan García terminan la cumbre tocando cajones

Los presidentes de Perú y Brasil, que han mantenido una reunión bilateral posterior al encuentro del pasado viernes en Lima, acuerdan la puesta en marcha un ambicioso proyecto petroquímico

EFE - Lima - 18/05/2008


La cumbre de Lima ha tenido este sábado un epílogo festivo. Los presidentes de Perú y Brasil, Alan García y Luiz Inácio Lula da Silva, que han mantenido una reunión bilateral posterior al encuentro que los líderes de la UE, América Latina y el Caribe mantuvieron el pasado viernes en la capital peruana, han terminado sus conversaciones oficiales tocando cajones peruanos.

Luiz inácio Lula Da silva

Lula da Silva

A FONDO

Nacimiento:
27-10-1945
Lugar:
(Garanhuns)
Alan gabriel ludwig García Pérez

Alan García

A FONDO

Nacimiento:
23-05-1949
Lugar:
(Lima)

Enlace Ver cobertura completa

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La anécdota produjo poco antes de que Lula regresara a Brasil, cuando el presidente peruano le regaló 1.000 cajones para que los distribuyera en las escuelas de samba de la capital carioca. "Es un regalo modesto, pero de gran significación, una forma de que se nos recuerde con alegría: el Perú, el Perú, el Perú", terminó canturreando García. Con los cajoneros allí delante interpretando el popular Tico tico junto a varios jóvenes brasileños con bongos, timbales y maracas, los dos mandatarios no pudieron resistir la tentación de sumarse al grupo musical y acabaron sentándose a horcajadas sobre los cajones.

El presidente peruano es un gran aficionado a la música del cajón peruano, un instrumento musical de origen africano que se ha popularizado en todo el mundo gracias al jazz moderno, el nuevo flamenco y la música latino-caribeña. "Yo voy a ser el que introduzca el cajón musical peruano en las escuelas de samba de Río de Janeiro, espero que se me recuerde por eso y por otras cosas", bromeó García.

Proyecto petroquímico

Antes de esta despedida musical, Alan García y Lula pusieron en marcha el mayor proyecto petroquímico de la costa oeste de América, con tecnología punta para la producción de etileno y polietileno, que supone una inversión de 3.000 millones de dólares. El convenio fue suscrito por los responsables de las empresas Petroperú, Petrobras y Braskem.

Los presidentes firmaron también diez convenios de cooperación en materia de fortalecimiento institucional y asistencia técnica en gestión pública, trabajo, pequeñas y medianas empresas, agricultura, vivienda, salud y minería.

El gobernante brasileño anunció además la celebración en julio próximo del primer encuentro de empresarios de ambos países en Sao Paulo, que a partir de ahora se desarrollará dos veces al año en sedes alternas. "Nuestros países tienen el mismo reto, superar una pesada herencia de injusticia y desigualdad que impidió nuestro desarrollo", dijo Lula, que se comprometió a impulsar en Perú la inversión de las empresas públicas brasileñas y favorecer las del sector privado.

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26/10/2008 free counters

Zapatero transmite a Chávez un mensaje conciliador del Rey

El presidente venezolano da por zanjado el incidente de noviembre en Chile

M. GONZÁLEZ / J. MARIRRODRIGA (ENVIADOS ESPECIALES) - Lima - 18/05/2008


El presidente José Luis Rodríguez Zapatero transmitió un mensaje conciliador del Rey al jefe del Estado venezolano, Hugo Chávez, durante la entrevista que ambos mantuvieron la madrugada del sábado en Lima, al término de la V Cumbre América Latina Caribe-Unión Europea. Según fuentes gubernamentales, el mandatario venezolano se adelantó al pedir a Zapatero que trasladase sus respetos al Rey, a lo que éste contestó que don Juan Carlos le había rogado que le expresase su respeto por el pueblo y las instituciones de Venezuela y su deseo de pasar página del episodio de noviembre pasado en Santiago de Chile.

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"Somos viejos amigos", dijo el mandatario sobre el monarca español

Los mensajes mutuos entre el Rey y Chávez eran una condición necesaria para superar el desencuentro, pues fue don Juan Carlos quien protagonizó el encontronazo con el presidente venezolano, al que espetó "¿por qué no te callas?", después de que éste interrumpiera continuamente a Zapatero con críticas a José María Aznar. Era importante además que la reconciliación se produjera antes de que los dos jefes de Estado volvieran a verse las caras en la próxima cumbre iberoamericana, en octubre, en El Salvador.

Tras su reunión con Zapatero, que duró media hora y en la que sólo estuvieron acompañados por los respectivos cancilleres, Chávez dio por zanjado el episodio con el Rey, al que restó gravedad recordando que se había producido "en una dinámica muy rica y muy apasionada" de discusión entre los mandatarios. "Lo que pasó en Chile, pasó... A partir de hoy retomamos el camino de las excelentes relaciones que hemos tenido con el Gobierno español, especialmente con el Gobierno de Rodríguez Zapatero, y con el jefe del Estado, que es el rey Juan Carlos de Borbón", dijo a los periodistas. Incluso se mostró cordial hacia el Rey: "Somos viejos amigos".

Zapatero no hizo declaraciones tras la reunión, pero antes pidió a Chávez el mismo respeto hacia las instituciones españolas que él tiene hacia las venezolanas: "Mediante el respeto se recupera y se gana la confianza".

Aunque siempre impredecible, el presidente venezolano hizo gala de su mejor talante en Lima. No sólo se mostró afable con Zapatero, sino que pidió disculpas a la canciller germana Angela Merkel, a quien había calificado de heredera de la derecha que apoyó a Hitler.

De las nueve entrevistas bilaterales de Zapatero en Lima, la de Chávez fue la que despertó más expectación. Pero también fueron importantes las que mantuvo con el boliviano Evo Morales, a quien recordó el papel que tiene para España la petrolera Repsol-YPF, obligada a renegociar sus contratos en el país andino; y con la argentina Cristina Fernández, quien presionó para que el grupo español Marsans ceda a empresarios locales la gestión de Aerolíneas Argentinas.

En Lima, Zapatero anunció además importantes programas de cooperación al desarrollo, como el fondo del agua, dotado con 1.500 millones de dólares en los próximos cuatro años, o un programa conjunto con México para erradicar la malaria.

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26/10/2008 free counters

China eleva la cifra oficial de muertos por el seísmo a más de 32.000

Las autoridades chinas buscan más cadáveres bajo los escombros.- Los temblores no cesan y miles de personas son evacuadas

REUTERS/ELPAIS.com - Pekín - 18/05/2008


Los peores pronósticos se cumplen en China. La cifra oficial de muertos ha ascendido a 32.477, según informa la agencia oficial Xinhua. Mientras tanto, los temblores no cesan y las autoridades del gigante asiático mantienen la voz de alarma seis días después del seísmo, de una magnitud de 7,9 en la escala de Richter, que golpeó el suroeste del país.

China

China

A FONDO

Capital:
Pekín.
Gobierno:
República comunista.
Población:
1,294,629,555 (2004)

Nueva réplica del terremoto en China

VIDEO - - 18-05-2008

China sigue sintiendo las réplicas del terremoto que el pasado lunes causó miles de muertos. -

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El Gobierno chino, que ha declarado tres días de luto oficial en el país, elevó ayer el número de muertos en el terremoto a 28.881 y el de heridos a 198.000, aunque anteriormente había dicho que la cifra final superará seguramente las 50.000. Estas previsiones llegaban con tan sólo echar un vistazo a las zonas arrasadas por el seísmo. Casas destrozadas, desprendimientos de tierra y carreteras agrietadas ilustran un paisaje donde los equipos de rescate mantienen la búsqueda de cadáveres bajo los escombros.

A primera hora de la jornada de hoy, Pekín ha confirmado que el balance de fallecidos supera los 32.000, mientras decenas de miles de personas son evacuadas por miedo a inundaciones y nuevos temblores de tierra que se han producido, el último de una magnitud superior a 6 en la escala de Richter en la provincia de Sichuan, epicentro del brutal seísmo que ha traído la catástrofe a China.

Alrededor de 4,8 millones de personas se han quedado sin hogar. Equipos de especialistas extranjeros –de Corea del Sur, Singapur y Rusia- han comenzado a colaborar en las labores de salvamento, después de que expertos japoneses fueran los primeros en recibir autorización del Gobierno.

Pekín se había mostrado reacio en un primer momento a aceptar la ayuda exterior, pero la magnitud del desastre ha obligado al Gobierno chino a recibir apoyo de fuera por primera vez en una catástrofe natural. Un avión de las fuerzas aéreas españolas llegó a Chengdu, lugar más afectado por el seísmo, con siete toneladas de ayuda humanitaria, equipos de emergencia y medicinas.

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26/10/2008 free counters

O Círculo Eça de Queiroz




O Círculo Eça de Queiroz é uma agremiação de carácter intelectual e social, fundada em 1940, por iniciativa de António Ferro, (o nome do patrono foi sugerido por António Lopes Ribeiro), com o objectivo de fomentar o bom convívio entre os seus sócios e convidados e também o gosto pelas letras e as artes, por meio de conferências, exposições e concertos.

Desde a sua fundação, e através de muitas dificuldades, o Círculo tem procurado contribuir para a elevação do nível intelectual e social da vida portuguesa.

Os primeiros Estatutos foram aprovados por Alvará de 16.12.1940, do Governo Civil de Lisboa, com ulteriores alterações sancionadas por despachos de 3.10.1944 e de 5.1.1952, da mesma entidade. Os Estatutos actualmente em vigor foram, por sua vez, aprovados por despacho do Subsecretário da Administração Escolar de 13.3.1960.

Grandes figuras da cultura portuguesa e estrangeira, têm passado pelo Círculo, como convidados ou conferencistas. O seu primeiro sócio de honra foi Maurice Maeterlink, Prémio Nobel da Literatura. Aqui estiveram também T.S. Eliot, igualmente Prémio Nobel da Literatura, Graham Greene e Gabriel Marcel. Em 1942, Gregório Marañon proferiu neste clube uma conferência, impressa mais tarde. Dos escritores brasileiros, lembramos, entre outros, Gustavo Barroso, Plínio Salgado, Luís Viana Filho, Herberto Sales, Josué Montello, actual presidente da Academia Brasileira de Letras, e António Carlos Villaça, vice-presidente do Pen Club brasileiro. Estes três últimos escritores registaram, em livros memorialisticos, a sua passagem pelo Círculo. Ortega y Gasset e Eugénio Montes deram também o seu contributo para o prestígio cultural do Círculo.

Em Janeiro de 1946, o Círculo promoveu um ciclo de conferências para assinalar o centenário queirosiano.

Na década de 80, a Direcção empenhou-se em reintegrar o Círculo Eça de Queiroz no espírito do fundador, pela animação cultural dos “Serões Queirosianos”, e, das mais de 50 conferências proferidas nessa época, destaca-se o ciclo dedicado aos “Vencidos da Vida”, recolhidas em livro, em 1989.

Em 1994, contámos com a presença, como conferencistas, do Prof. Fraga Iribarne, Presidente do Governo da Galiza, e do Presidente da Academia Brasileira de Filosofia, Prof. Miguel Reale.

Na década de 90, outra iniciativa de animação cultural é a de “chás semanais”, seguidos de debates sobre as matérias mais diversas.

Há algum tempo, também, o Círculo Eça de Queiroz tem contado com a colaboração da Orquestra Metropolitana de Lisboa, que aqui realiza um recital mensal, na sua sede.

Esta Associação, ao longo da sua existência de mais de 50 anos, tem mantido intercâmbios com as mais diversas entidades públicas e privadas, nomeadamente:

- Sociedade Histórica da Independência de Portugal
- Instituto de Filosofia Luso-Brasileira
- Academia de História
- Academia das Ciências
- Academia Brasileira de Filosofia
- Grémio Literário
- Centro Nacional de Cultura
- Grupo dos Amigos de Lisboa
- Fundação Eça de Queiroz
- IADE
- Embaixadas de Espanha, Brasil, Israel e Ministério dos Negócios Estrangeiros
- Comissão Nacional para o Centenário de Eça de Queiroz.

Vários Clubes congéneres da Europa e do Brasil têm com o Círculo Eça de Queiroz relações preferenciais, nomeadamente no intercâmbio de serviços prestados aos respectivos sócios. Referimos o Cercle de l`Union Interalliée (Paris), Savile Club (Londres), Circulo Ecuestre (Barcelona) e Grémio Luso-Brasileiro (São Paulo-Brasil).

O Círculo Eça de Queiroz vive das quotizações dos sócios e das receitas provenientes de algumas actividades desenvolvidas. Recebeu apoios financeiros ocasionais da Fundação Gulbenkian e da Secretaria de Estado da Cultura.

Esta Associação propõe-se continuar a orientação e finalidades que até aqui o têm orientado, através de conferências, concertos e exposições, obedecendo à temática programada anualmente.

No ano do Centenário de Eça de Queiroz, já promoveu algumas conferências na sua sede e outras estão previstas, além de iniciativas de vários tipos, relacionadas com essa efeméride.

O número de associados do Círculo é, actualmente, de 270. Tem havido um grande número de candidatos a sócios, sendo elevado o grau de exigência na admissão.

Por este historial, necessariamente sucinto, pelo clima cultural criado na zona histórica do Chiado, pelo património artístico existente na sede do Círculo, afigura-se justificada a concessão do Estatuto de Utilidade Pública, em 2005, a esta associação.

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26/10/2008 free counters

FOTO: Cafu e Serginho deixam o MilanN

Lateral-direito se despede em grande estilo e faz gol contra o Udinese

GLOBOESPORTE.COM Milão, Itália

Agência/AP

Cafu e Serginho se despediram do Milan neste domingo. O lateral-direito atuou por cinco temporadas no rubro-negro de Milão. E o esquerdo iniciou sua passagem pelo San Siro em 1999. A dupla iniciou a vitória por 4 a 1 sobre o Udinese no banco de reservas e entrou no segundo tempo. Cafu teve mais sorte, pois conseguiu deixar a sua marca na despedida. Ele fez o terceiro gol do Milan


APROVEITANDO PARA DIVULGAR:



Cidade Futebol

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26/10/2008 free counters

Delegado que investigava milícias é assassinado no Recreio

Ronaldo Braga, Vera Araújo e Isabel Kopschitz - O GloboBernardo Moura - Extra

RIO - O delegado Alcides Iantorno de Jesus, da 20ª DP (Vila Isabel), Zona Norte do Rio, foi assassinado na manhã deste domingo no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio. O delegado levou um tiro na nuca quando entrava no supermercado Zona Sul, na Avenida das Américas, onde tomaria café-da-manhã ao voltar para casa retornando do plantão.

Iantorno investigava o possível envolvimento de policiais com as ações de milícias na favela Kelson's, na Penha, Zona Norte do Rio. A polícia suspeita de execução e já descartou a possibilidade de roubo, informou a delegada Valéria de Castro, que acompanha as investigações.

- Já estamos assistindo as imagens e temos testemunhas. Tudo o que a polícia tiver que fazer será feito. Já descartamos a hipótese de roubo, até porque nada foi levado. Agora o que se passou nas imediações ainda não sabemos - afirmou.

Dois homens teriam seguido o delegado até o local e efetuado os disparos. Um dos criminosos, segundo testemunhas, teria atirado para o alto pouco após atingir o delegado. Segundo testemunhas, os executores estavam em um carro, que saiu em alta velocidade logo após os disparos. A ação dos criminosos foi registrada pelo circuito interno do supermercado, e as fitas já estão sob o poder da polícia, mas há informações de que as imagens não apresentam boa qualidade.

Segundo o irmão da vítima, Milton Iantorno, o delegado andava armado e aparentemente não teria inimigos. Alcides Iantorno morava no Recreio, tinha 63 anos e trabalhava para a polícia há mais de 40 anos, período em que chegou a ser diretor da Polinter e coordenou delegacias especializadas, como a de Repressão à Roubos e Furtos de Veículos.

A execução atraiu a atenção de vários delegados, investigadores e comandantes de batalhões da Zona Oeste, que seguiram para o local na manhã deste domingo, pouco após o crime. O delegado teria sido morto por volta das 8h15, mas somente após as 11h o corpo foi retirado do local.

O chefe de Polícia Civil, delegado Gilberto Ribeiro, informou que a Delegacia de Homicídios irá auxiliar a 16ª DP (Barra) nas investigações sobre a morte do delegado. Gilberto Ribeiro negou que o delegado Alcides Iantorno viesse sofrendo algum tipo de ameaça.

A investigação ficará a cargo da Delegacia de Homicídios na Zona Oeste da cidade.

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26/10/2008 free counters

Europa tem 75 mil prostitutas do Brasil

Jamil Chade


Em ruas de prostituição de Genebra, na Suíça, português é língua corrente. Nos classificados de jornais europeus, apresentar-se como "brasileira" costuma render mais clientes e programas mais caros. Não por acaso estrangeiras fingem ser do País para competir pela atenção dos homens.

Estimativas da Organização Internacional de Migrações (IOM), agência ligada à ONU, apontam quase 75 mil prostitutas brasileiras trabalhando hoje na Europa. E esse número só cresce. "Espanha, Holanda, Suíça, Alemanha, Itália e Áustria são os principais destinos", diz a entidade. E o total de mulheres que deixam o Brasil é bem superior ao de homens. Na Itália, dos 19 mil brasileiros vivendo legalmente no País em 2000, 14 mil eram mulheres. O número elevado de prostitutas contribui para a diferença.

Dados do governo espanhol apontam existência de 1,8 mil prostitutas brasileiras no país e 32 rotas de tráfico de mulheres. Muitas usam Portugal como porta de entrada e praticamente todas chegam ao continente com documentos falsos.

Reportagem do jornal escocês Scottish Daily Record apontou envolvimento de cerca de cem gangues e grupos mafiosos no tráfico de sul-americanas à Europa. E, uma vez lá, elas são mantidas, até de forma violenta por causa de dívidas, pelos agentes que facilitaram suas viagens. "Quando fui trazida para a Europa, nem sabia onde ficava a Suíça. Sabia apenas que ia ganhar muito dinheiro porque aqui os homens gostam da gente. Banqueiros suíços adoram brasileiras", conta, orgulhosa, a cearense Daisy.

O número de brasileiras é tão grande que algumas chegam a cargos de chefia em associações locais. Edna da Silva foi eleita na quinta-feira integrante do Comitê Executivo da Aspasie, entidade que luta pelos interesses das prostitutas em Genebra. "Tenho 49 anos e saí do Brasil com 20 para trabalhar na indústria do sexo. Nunca vi tanta brasileira trabalhando no ramo como agora. Há uma leva impressionante."

Algumas chegam a montar casas de prostituição. Em Zurique, um edifício de três andares no bairro do Paquis é ocupado por 40 brasileiras. Elas pagam aluguel simbólico pelos quartos e têm alimentação no local - uma cozinheira baiana garante feijoada aos sábados. Mas são obrigadas a deixar pelo menos metade do que recebem nas mãos da dona, um travesti.

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o tráfico de pessoas para exploração sexual transformou-se num dos negócios mais rentáveis do mundo - US$ 28 bilhões por ano. Nas próximas semanas, uma campanha suíça combaterá o tráfico de latino-americanas. Segundo a imprensa local, elas estariam sendo contratadas por R$ 100 mil para casar com supostos terroristas de Bangladesh para garantir-lhes visto. A denúncia foi feita por uma ex-prostituta brasileira.

(É POR ESSAS E OUTRAS QUE SOMOS MAU VISTOS NO EXTERIOR)

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26/10/2008 free counters

O futuro do petróleo - corra, Lula, corra

Luís Fernando Panelli César


Corra, Lola, Corra é um filme alemão sobre uma garota de cabelos laranja, que corre alucinadamente atrás de 100 mil marcos para salvar a vida de seu amado, capturado por um gângster que o matará, caso o dinheiro do resgate não apareça em 20 minutos. O destino de Lola - feliz ou trágico - dependerá, em última instância, das soluções que ela adotar, no curto prazo. Uma metáfora perfeita sobre o futuro do petróleo no Brasil: ou corremos para explorar nosso potencial brilhante (final feliz) ou morreremos na praia por incompetência ou inação (final trágico).

O preço do barril se aproxima velozmente de US$ 150 o barril. O barril pode baixar de novo a US$ 60? Teoricamente pode, mas acreditar nessa hipótese é panglossiano. Mais verossímil é apostar no barril a US$ 200. Corra, Lola, corra.

A disparada dos preços transfere um volume fantástico de recursos das mãos dos consumidores para os produtores, mas certamente esses petrodólares ou petroeuros voltarão rapidamente para os cofres dos países desenvolvidos, como já ocorreu no passado. Somente as economias desenvolvidas têm condições para reciclar lucrativamente essa catadupa de dinheiro. O mais interessante é que boa parte dos ganhos será destinada ao desenvolvimento de fontes alternativas de energia. A segurança energética dos ricos depende disso. Essa bandeira assumiu contornos ideológicos, o que a torna irreversível. Não nos esqueçamos: tecnologia é ideologia.

Quando o jovem lorde do Almirantado britânico Winston Churchill decidiu alterar a forma de propulsão da Armada inglesa, trocando carvão por óleo combustível, pouco antes da 1ª Guerra, decretou o fim da era do carvão, inaugurando, de fato, a era do petróleo, que persiste até hoje como o maior e mais lucrativo negócio do mundo.

A tecnologia nova sempre teve o condão de expulsar ou marginalizar a tecnologia obsoleta. A decisão de superar a era do petróleo já está tomada pelos países desenvolvidos. A ideologia da energia mais limpa e sustentável é uma realidade incontornável. Qualquer anúncio de carro por lá só fala de híbridos, de baixa emissão de CO2, de economia de combustível. Petróleo e desperdício viraram palavras feias. O petróleo desaparecerá da equação energética mundial neste século? Seguramente, não. Mas uma substituição de 20% ou 30% dos hidrocarbonetos por formas alternativas de energia, nas próximas duas ou três décadas, parece muito provável, o que seria desastroso para a indústria do petróleo. De resto, os preços atuais aceleram essa substituição, turbinada por máquinas cada vez mais eficientes, diminuindo ainda mais a demanda por hidrocarbonetos. Corra, Lola, corra.

Os suplementos de tecnologia da prestigiosa revista The Economist têm veiculado dezenas de artigos sobre novas formas de energia. São tantas as possibilidades que é quase impossível se manter informado plenamente do que está acontecendo. Até nossa Embraer planeja testar jatos com etanol de segunda geração, a partir de óleos de babaçu e mamona. A Boeing já usou óleo de babaçu do Brasil na primeira demonstração mundial de um avião comercial movido a biocombustível. Corra, Lola, corra.

As Forças Armadas norte-americanas, segundo a revista Wired, estão trabalhando full time nos cenários alternativos ao petróleo. Em recente encontro da Defense Advanced Research Projects Agency (Darpa), o secretário da Força Aérea, Michael Wynne, afirmou sem volteios: "Nós precisamos já de novas alternativas limpas aos hidrocarbonetos, (...) alternativas que nos livrem dos ditadores mesquinhos e dos cartéis." Quando as Forças Armadas dos EUA, o maior cliente individual de petróleo do mundo, pregam o abandono dos hidrocarbonetos, é preciso prestar atenção a essa mudança de atitude.

O Brasil desponta como a mais promissora província petrolífera da década. As novas descobertas no offshore, ainda em fase inicial de exploração, são alvissareiras, mas sua plena utilização tardará mais de uma década. O valor dos investimentos necessários para desenvolver os campos de Tupi, Júpiter e Carioca é estratosférico. Isso sem levar em conta prováveis novas descobertas no pré-sal da Bacia de Santos. Como podemos ser ingênuos a ponto de crer que a Petrobrás sozinha poderá levar a termo tal desafio? A Petrobrás é, sem sombra de dúvida, uma grande empresa, mas não é grande o bastante para dar conta das demandas do País. Precisamos como nunca dos capitais e tecnologias de novas empresas petrolíferas, brasileiras ou estrangeiras, para explorar a pleno vapor nosso magnífico potencial. Corra, Lola, Corra.

A realização de novos leilões da Agência Nacional do Petróleo (ANP) se tornou uma prioridade imperiosa. O governo, contudo, não se pronuncia sobre a 8ª rodada (suspensa por decisão judicial, que já caiu). Tampouco sobre a 10ª rodada, que até agora não tem data para se realizar. A propalada auto-suficiência não passa de 2012, mantido o atual patamar de crescimento econômico. A retirada recente dos blocos do pré-sal dos leilões da ANP foi um erro que pode trazer conseqüências graves para a economia nacional. Por que mudar um modelo que tem sido coroado de êxito? Qual o sentido de defender a reestatização do setor, com a criação de uma espécie de "Petrobrás do B", o que seria uma loucura sem tamanho?

A julgar pela velocidade da mudança dos padrões tecnológicos e pela lenta maturação dos projetos petrolíferos, os brasileiros podem ser vítimas de um terrível paradoxo: descobrir reservas bilionárias, mas acabar sentados em cima delas, por falta de demanda. Precisamos estar conscientes do que está acontecendo e cobrar providências urgentes dos governantes e do Congresso. Não nos podemos dar o luxo de esperar. O petróleo é nosso, sem dúvida, mas ele só se torna bem econômico quando vem à tona.

Corra, Lula, corra.

Luís Fernando Panelli César diplomata, foi secretário-executivo da ANP

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26/10/2008 free counters

Marina e a estética ambiental

Gaudêncio Torquato

A saída da ministra Marina Silva do governo Lula é plena de significados. A começar pela antinomia dos signos que se cruzam em torno de seu perfil. Mesmo com o título de “mãe do PAS”, o Plano Amazônia Sustentável, atribuído a ela pelo presidente da República, a ex-empregada doméstica do Acre, nossa maior propagandista no mapa mundial do meio ambiente, não conseguiu segurar a barra. Era precária a base para sua sustentação, conceito pelo qual tanto lutou. Não que lhe faltasse força para enfrentar os dissabores de uma guerra no seio da administração e que exibe, de um lado, os desenvolvimentistas e, de outro, o batalhão ambientalista. Afinal, quem resistiu à hepatite, a metais pesados dos rios do garimpo e a opositores que procuraram minar sua ação no Ministério do Meio Ambiente (MMA) reúne condições para continuar a luta. Marina deixa a cena por ter concluído que sua presença no governo perdera sentido. Restava-lhe um trato com a consciência, arrumar a mala da crença e enrolar a bandeira verde amazônica para estendê-la em outra freguesia, no Senado Federal, onde a sua expressão rica de referências a biomas poderá ser bem acolhida.

A saída da ministra sinaliza ainda a vitória da companheira que se esforça para associar o nome ao conceito de progresso: Dilma Rousseff, a “mãe do PAC”, o Programa de Aceleração do Crescimento. A ministra-chefe da Casa Civil encarna o pragmatismo de uma gestão que decidiu levar a cabo - a ferro e fogo - programas que batem de lado na cara da “mãe ecológica”: transgênicos, implantação de Angra 3, transposição das águas do São Francisco e usinas hidrelétricas do Rio Madeira, entre outras ações. A dose extra de óleo de rícino que o companheiro Lula quis empurrar garganta abaixo de Marina Silva pode até ter sido a designação do polêmico ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, para o papel de “pai” do PAS. Mas a decisão da ministra foi o ponto final de uma reflexão amadurecida sob irrefutável diagnóstico: o governo optou por colocar o mastro do crescimento na frente da bandeira ecológica.

O dilema de Lula, agora, é responder ao mundo como preservar a estética ambiental sem a estátua principal do jardim. Ele bem sabe que a mudança no comando do MMA terá mais impacto externo que interno. É fácil entender. O Brasil tem a maior biodiversidade do planeta. Por conta da região amazônica, que sempre esteve no centro das atenções mundiais, é um marco da sustentabilidade. Esse era o pano de fundo quando Luiz Inácio apareceu no Fórum Mundial de Davos, em 2003, proclamando-se patrono dos pobres. Na cabeça dos poderosos, a imagem do presidente tinha este contorno: ex-metalúrgico, origem humilde, história construída na luta sindical e lapidada na arena da esquerda e compromisso prioritário com a defesa do meio ambiente. O figurino caboclo de Marina Silva, uma dos sete ocupantes de Ministério que até a semana passada permaneciam na foto do primeiro ciclo do governo, era a fiança de que o País levaria a sério a política ambiental. Ademais, associava-se ainda a ação da ministra a Chico Mendes, com quem fundou a Central Única dos Trabalhadores no Acre. Tudo isso desaparece.

A política ambiental não mudará, garante Lula. Ora, Marina, com sua frágil figura, mais parece um logotipo ambulante. Nela a estética ecológica se imbrica à tenacidade de militante dos povos da floresta. A nova ordem exigirá mudança na forma de agir, adaptação ao vocabulário consagrado na cartilha lulo-rousseffiana: crescimento, obreirismo faraônico, P de plano e de palanque, A de ação e C de crescimento e também de comício. Carlos Minc, secretário fluminense do Meio Ambiente, chega ao MMA sob o manto do pragmatismo. É um ecologista midiático. Desembrulhou, ligeirinho, a burocracia para iniciar o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, o mais importante programa do PAC. É do jeito que Lula e Dilma gostam. Quanto à avaliação de que as oposições capitalizarão a saída da mãe do PAS, porque a sociedade é sensível ao discurso ambiental, trata-se de balela. O povo aplaude quem lhe proporciona bem-estar. O eleitor, este ano, cederá o voto olhando para o bolso e o estômago. A necessidade imediata, a micropolítica, suplantará o campo abstrato das altas idéias, a macropolítica. A temática ambiental, apesar de ganhar adeptos na gigantesca onda da defesa do planeta, no Brasil ainda não entrou nos buracos onde pisa o homem da rua. E, para arrematar o jogo eleitoral, Lula conseguiu forjar uma opinião popular sintonizada em seu discurso.

No painel das significações que se pinçam da saída de cena de Marina Silva, percebe-se, ainda, o movimento de massas em processo de fusão. A impressão é de que, a cada governo, o progresso material cresce e o progresso espiritual diminui. Os valores da existência assumem a forma de pesos jogados na balança das circunstâncias. O ideário de preservação ambiental há de se moldar às metas do crescimento do País. A dimensão econômica suplanta a dimensão socioambiental. E, assim, utopias fenecem e crenças não passam de registros de livros dos tempos em que ainda se sonhava. Esse é o preço do progresso. Um preço que a humanidade (e o Brasil) tem de pagar. Matreiro, Lula promete que nada vai mudar. Bulhufas. A não ser que recite o mesmo código do coronel Marcondes Alves de Souza, eleito em 1912 governador do Espírito Santo. Ao subir a bela escadaria do palácio, viu as helênicas esculturas de mármore, ligando a cidade baixa à cidade alta. Enfurecido, ordenou ao secretário de obras: “Mande tirar essas estátuas sem-vergonha de mulheres nuas.” Pasmo, o secretário retrucou: “Governador, vamos tirar a estética da escadaria.” Ainda mais bravo, o coronel fulminou: “E quem mandou tirar a estética, imbecil? Retire as estátuas e deixe a estética.”

A retirada da estátua da ministra Marina do jardim não deixa margem a dúvidas: vai embora também a estética ambiental do governo.

Gaudêncio Torquato, jornalista, é professor titular da USP e consultor político

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26/10/2008 free counters

Mortos por tremor chegam a 32 mil e China declara luto

Pequim interrompe trajeto da tocha olímpica; cerca de 33 mil sobreviventes são retirados de escombros

  • Ouça relato da jornalista Cláudia Trevisan
  • Premiê Wen afaga vítimas e reforça popularidade
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  • Confira as imagens e os números da tragédia causada pelo terremoto que abalou o país e relembre os principais desastres dos últimos 40 anos





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26/10/2008 free counters

''É a América Latina que nos interessa''

Em entrevista exclusiva, ministro francês fala sobre acordo estratégico com o Brasil, reforma da ONU e Ingrid Betancourt

Andrei Netto


Preterida pelos EUA nos últimos oito anos, durante os quais o presidente americano, George W. Bush, ignorou a região, a América Latina está no centro das atenções geopolíticas de outra potência mundial: a França, um dos pilares da União Européia. A afirmação foi feita em entrevista exclusiva ao Estado por Bernard Kouchner, ministro das Relações Exteriores do país.

A aproximação dos franceses com os governo latino-americanos pode ganhar porte ainda maior, já que o presidente da França, Nicolas Sarkozy, assumirá a presidência da União Européia no segundo semestre.

Na entrevista, Kouchner aborda a parceria estratégica com o Brasil - quando admite um acordo de transferência de tecnologia na indústria bélica - e revela detalhes sobre a proposta francesa de reforma do Conselho de Segurança da ONU. Fala também sobre economia, garantindo que o país deve afastar-se do protecionismo. "Não vamos reforçar os subsídios agrícolas." A seguir, Kouchner explica quais serão as prioridades da presidência francesa da UE, o que Sarkozy pretende fazer a respeito de Afeganistão e Iraque, e como tentará resolver o drama de Ingrid Betancourt, franco-colombiana seqüestrada pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). "As Farc deixaram passar uma oportunidade de liberar Ingrid", disse, referindo-se à missão francesa de socorro que fracassou em abril.

Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolas Sarkozy devem se encontrar quatro vezes ao longo deste ano. Para que servem essas múltiplas reuniões e o que tanto eles discutirão?

Esses encontros mostram a qualidade e a densidade da relação entre França e Brasil. O Brasil não é apenas o país com o qual partilhamos nossa maior fronteira terrestre, é sobretudo um gigante do futuro, um parceiro com o qual devemos discutir uma série de questões mundiais: governança, manutenção da paz, segurança internacional, desenvolvimento sustentável, mudanças climáticas. É por isso que construímos com o Brasil uma parceria estratégica. Nós queremos, aliás, que essas trocas não se limitem às chancelarias. Em 2009, o Ano da França no Brasil permitirá que franceses e brasileiros se aproximem, se conheçam melhor. Será a repetição do sucesso fenomenal que foi o Ano do Brasil na França, em 2005.

O governo brasileiro indicou em fevereiro que um acordo de parceria estratégica com a França será assinado em breve. O governo francês aceitaria, por exemplo, construir no Brasil aviões Rafale e submarinos Scorpène, que são desejados pelas Forças Armadas brasileiras?

A parceria estratégica entre os dois países já está em curso. A discussão agora é para aprofundar essa parceria, tanto em nível político quanto econômico. Muitas empresas francesas querem acompanhar o crescimento do Brasil, especialmente em energia, espaço e defesa, para citar apenas alguns exemplos importantes. Em fevereiro, na Guiana, Sarkozy e Lula discutiram a fabricação no Brasil de um submarino Scorpène. Sobre a questão dos aviões de combate, como também sobre os helicópteros, trata-se de uma questão de transferência de tecnologia e de fabricação. As discussões continuarão nos próximos meses.

Sarkozy afirmou ser favorável à ampliação do Conselho de Segurança da ONU para incluir o Brasil. O projeto de reforma, porém, está parado. Quando as reformas serão transformadas em resultados objetivos?

A França apóia a candidatura legítima do Brasil, assim como dos outros países do G-4 (Alemanha, Japão e Índia), da mesma forma como defendemos a justa representação da África. Como você destacou, há uma certa resistência nas negociações.

Como romper o impasse?

Propusemos uma reforma temporária. Ela criaria uma nova categoria de assentos, os mandatos seriam mais longos do que os dos membros não-permanentes, hoje de dois anos, e seriam imediatamente renováveis. No fim do período temporário, esses novos assentos poderiam tornar-se permanentes. Naturalmente, só um engajamento político dos Estados, em mais alto nível, poderá concluir essa reforma.

Quais serão as prioridades da França quando o país assumir a presidência da UE, no segundo semestre?

Sarkozy quer que a presidência francesa se esforce para encontrar soluções para os principais problemas que preocupam os cidadãos europeus. Nós identificamos quatro temas prioritários: uma estratégia de desenvolvimento sustentável, que inclua aspectos energéticos, uma política comum de imigração, o futuro da Política Agrícola Comum (PAC) e a defesa. Sobre esses quatro assuntos, trata-se verdadeiramente de fazer avançar a Europa política, de ajudar a criar os meios para uma forte influência em um novo mundo, onde o Brasil está fadado a desempenhar um papel importante.

Qual a importância que terá a agricultura na presidência francesa da UE?

O futuro da agricultura será evidentemente um tema importante. Não se trata de reforçar os subsídios agrícolas. Pelo contrário, devemos continuar nossa política agrícola comum, mas suprimindo essas restrições. A PAC pode constituir um modelo para os agricultores dos países mais pobres da Europa e ajudá-los a melhorar sua produtividade. É o único meio sustentável de responder às necessidades das populações. É preciso que todos participem desse esforço.

O presidente Sarkozy defende a reaproximação da França com os EUA. Quais serão os temas-chave dessa reaproximação? Eles terão caráter mais político ou econômico?

Temos vários vínculos com os EUA, tanto políticos quanto econômicos. E são antigos, mesmo que a reaproximação que você menciona tenha sido destacada por causa da visita recente de Sarkozy aos EUA. Significa principalmente que, ao contrário de vários ex-presidentes, não queremos fazer da hostilidade aos EUA a pedra angular de nossa política externa, mas sim ter com os americanos uma verdadeira relação de confiança.

Isso significa um alinhamento automático com as políticas de Washington?

Não. Sobre temas importantes como as mudanças climáticas, a ampliação da OTAN, o Líbano e o Kosovo é fácil identificar nossas diferenças de posição. A importância que nós atribuímos ao diálogo e ao respeito ao direito internacional nos conduz, às vezes, a algumas diferenças. Entretanto, o fato de termos desenvolvido uma relação de confiança com os americanos nos autoriza a lhes falar, quando necessário, em um tom mais duro.

A França decidiu aumentar seu contingente militar no Afeganistão mesmo após o presidente Sarkozy ter prometido durante sua campanha eleitoral que não o faria. Por que tomar essa decisão, sabendo que essa guerra é impopular na França?

Nós temos uma obrigação de vitória no Afeganistão. O que está em jogo é a luta por direitos elementares do povo afegão. São coisas concretas, como a escolarização de meninas e o direito de voto paras as mulheres. É também uma luta contra o terrorismo da Al-Qaeda. Por fim, é um esforço para a reconstrução e o desenvolvimento do país. Não destacamos suficientemente nossas vitórias no Afeganistão.

Que tipo de vitória?

Graças ao acesso aos cuidados médicos, 40 mil crianças afegãs estão sendo salvas a cada ano. Isso porque, não estamos em guerra contra o Afeganistão. Nós combatemos, ao lado do povo afegão, contra todos os que querem semear o terror e mandar novamente o país para a Idade Média. É nesse contexto que nós enviamos mais soldados para a região. Se formos mais fortes militarmente, teremos mais chances de atingir rapidamente nossos objetivos e passar o poder para os afegãos.

O governo do ex-presidente francês Jacques Chirac preferiu não apoiar a guerra no Iraque e não quis fazer parte da aliança entre EUA e Grã-Bretanha. Sarkozy é muito mais atlantista. A posição da França em relação a essa guerra mudou também?

O passado é passado. Ainda vivemos no Iraque uma situação extremamente grave, com riscos consideráveis para a região. Além disso, a região ainda é um risco para toda a comunidade internacional. Ninguém pode hoje se dar ao luxo de não se interessar por esse tema.

O senhor afirmou que a França teria "objetivos ambiciosos" para a paz no Oriente Médio durante sua presidência da UE. Quais serão esses objetivos?

A França encorajará especialmente as negociações entre Israel e Palestina para que saia um acordo de paz antes do fim de nossa presidência da UE. Nós estamos em um momento histórico. Devemos ajudar israelenses e palestinos a encontrar o melhor caminho para um acordo. É por isso que realizamos a Conferência de Paris, em dezembro. Para ajudar os palestinos.

A prioridade da diplomacia francesa para a América Latina nesse momento é a libertação de Ingrid Betancourt?

A libertação de franceses seqüestrados no exterior é mais do que uma prioridade. É uma obrigação do governo francês. A libertação de Ingrid, e também de todos reféns na Colômbia, é uma causa nacional francesa, para a qual contamos com o apoio dos países latino-americanos.

O interesse da França vai além de Ingrid?

A questão dos reféns na Colômbia é um assunto relevante para toda a região, mas não queremos enganar ninguém: é a América Latina, em seu conjunto, que nos interessa. Como prova disso, quero que o presidente Sarkozy se encontre com a maioria dos chefes de Estado da região em, no máximo, um ano.

A França tem uma proposta concreta de acordo humanitário entre o governo Uribe e as Farc?

Em dezembro de 2005, tínhamos apresentado, juntamente com os governos da Espanha e da Suíça, uma proposta bem detalhada para facilitar a abertura de negociações entre o governo colombiano e as Farc. O presidente Uribe aceitou. A guerrilha não respondeu. Após as seis libertações de reféns obtidas graças à negociação do presidente venezuelano, Hugo Chávez, foi criada uma dinâmica que nós precisamos reforçar para poder avançar. É por essa razão que trabalhamos em um ritmo alucinante pela libertação dos reféns, para conseguir um acordo humanitário e, sobretudo, a paz.

Como o senhor analisa as ações do presidente colombiano Álvaro Uribe e a opção que ele fez por operações militares como a que provocou a morte de Raúl Reyes, violando a soberania do Equador?

As autoridades colombianas fizeram, nos últimos meses, vários gestos significativos. Libertaram Rodrigo Grande, em junho de 2007. Adotaram o decreto 880, que facilitou um acordo humanitário em março. Ao mesmo tempo, realizaram ações de guerra, como a que levou à morte de Raul Reyes em território equatoriano. Isso mostra que a questão dos reféns pode ser um fator de instabilidade na região andina. É preciso buscar meios de resolver esse problema.

Por que o governo francês decidiu realizar uma missão humanitária sem contar com a autorização das Farc? O senhor vê nessa missão um fracasso da estratégia francesa?

Enviamos uma missão médica à Colômbia porque nós tínhamos recebido, de diversas fontes, inclusive das Farc, informações alarmantes de que Ingrid não se alimentava e não seguia mais o tratamento médico. Vários indícios nos levaram a pensar que as Farc queriam um apoio médico. Diante da urgência humanitária, tentamos fazer o que foi possível. Temos o dever de assumir esse tipo de risco. Trata-se de salvar vidas humanas.

Então o erro foi das Farc?

Eu diria que a guerrilha deixou passar uma ótima oportunidade de liberar Ingrid e, talvez, outros reféns. De toda maneira, essa missão nos permitiu recolher preciosas informações sobre a saúde de alguns reféns e outros temas sensíveis.

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26/10/2008 free counters

IMPOSTÔMETRO - BRASIL - Medida do quanto você paga de imposto, eu pago de imposto, nós pagamos de imposto







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