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sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Novo projeto prevê plebiscito sobre pedágio urbano em SP


sexta-feira, 31 de outubro de 2008,



Texto tira das mãos do prefeito a decisão; Gilberto Kassab falou que jamais colocaria a medida em prática

Da Redação


SÃO PAULO - O projeto que institui o pedágio urbano no centro expandido de São Paulo voltou à Câmara Municipal com uma nova roupagem. De autoria do vereador Carlos Apolinário (DEM), que já havia apresentado o projeto de lei anteriormente, o novo texto tira a decisão das mãos do prefeito e prevê um plebiscito para decidir sobre o pedágio.


Durante toda a campanha para a Prefeitura, Kassab afirmou que jamais colocaria em prática a medida enquanto fosse prefeito. O plebiscito seria realizado até seis meses depois da aprovação do projeto. Segundo o vereador, daria tempo para a população discutir o projeto e opinar de forma esclarecida.

Com a cobrança do pedágio, afirma Apolinário, a Prefeitura poderia deixar de cobrar pelo transporte coletivo, que passaria a ser gratuito. Em suas contas, o vereador estima uma arrecadação de R$ 2 bilhões por ano, com o pedágio a R$ 4. De acordo com o vereador, toda novidade suscita críticas, mas ele acredita na aprovação da proposta.



Eduardo Knapp/Folha Imagem
Nome: Carlos Apolinário
Nascimento: 28/04/1952, em São Paulo (SP)
Profissão: Empresário
Estado civil: Casado
Filhos: Carlos Apolinário Jr. e Cláudio Apolinário
Partido: PDT Antes de oficializar sua candidatura ao governo do Estado de São Paulo, o candidato evangélico Carlos Apolinário, do PDT, teve de vencer resistências dentro do próprio partido. O PDT-SP cogitava apoiar a candidatura do tucano José Serra na disputa pelo governo paulista.

Nasceu em 28 de abril de 1952, na zona norte da cidade de São Paulo. É casado com Dalva Apolinário e tem dois filhos: Carlos Apolinário Jr. e Cláudio Apolinário. Tem três netos.

Formado em Direito, Carlos Apolinário é empresário na área de comunicação. Foi deputado estadual de 1982 a 1994, quando se elegeu deputado federal. Está em seu segundo mandato como vereador e, em 2002, disputou a eleição para o governo do Estado, sendo o quarto candidato mais votado.

O vereador apresentou, em 2005, o curioso projeto do Dia do Orgulho Heterossexual, em oposição ao Dia do Orgulho Gay. Também é responsável pela lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas ao longo das rodovias de São Paulo e votou contra a obrigatoriedade do ensino religioso nas escolas, por considerar que o Estado deve ser laico.


Depois do Orgulho Gay, vem aí o Orgulho Heterossexual


Marcos Fernandes/Ag. Luz
Será que os homossexuais entendem como direito à liberdade dois bigodudos entrarem em um restaurante e ficarem se beijando sem respeitar os demais clientes daquele estabelecimento? - Carlos Apolinário, vereador do PDT
São Paulo - Às vésperas das comemorações do Orgulho Gay, neste domingo, o vereador evangélico Carlos Apolinário (PDT) apresentou um projeto de lei que tem tudo para criar uma grande polêmica na cidade. O parlamentar quer destinar todo terceiro domingo de dezembro como o "Dia do Orgulho Heterossexual". "Já existem muitos direitos e privilégios para os homossexuais. Está na hora de dar também direitos e privilégios para o homem e a mulher.

Na justificativa do seu projeto de lei, Apolinário afirma que embora a Constituição garanta as preferências sexuais dos cidadãos, muitos homossexuais estariam "fazendo apologia ao homossexualismo".

E o vereador vai mais longe: "Os homossexuais dizem que estão sendo discriminados pela sociedade, quando na verdade são eles que discriminam aqueles que não concordam com suas opções sexuais. Pergunto: é normal duas pessoas do mesmo sexo se beijarem em público ou na televisão?", indaga o parlamentar.

Bigodudos – Ele faz questão de lembrar dos direitos dos outros, em lugares públicos. "Será que os homossexuais entendem como direito à liberdade dois bigodudos entrarem em um restaurante e ficarem se beijando sem respeitar os demais clientes daquele estabelecimento? Deveriam ter um comportamento adequado à nossa sociedade e deixar beijos e afetos para lugares reservados ou suas casas", afirma Apolinário.

O vereador garante não ser homófobo (que não gosta de homossexuais). Segundo Apolinário, não é preciso demonstrar em público carícias mais afetuosas. "Sou casado e adoro minha mulher. Mas nem por isso fico dando beijos excessivos nela em público", conta Apolinário.

Preconceituoso – Para o vereador Carlos Gianazzi (sem partido), que realizou ontem na Câmara Municipal uma sessão em homenagem ao mês do Orgulho GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Travestis), a intenção de seu colega Apolinário ao apresentar o projeto é de auto-afirmação. Gianazzi entende que o projeto é preconceituoso.

Questão de respeito – "Quando os homossexuais aprenderem a respeitar a sociedade, com certeza a sociedade também irá respeitá-los, pois aqueles que querem respeito devem agir de forma respeitosa", cobra o parlamentar.

O vereador não compareceu à homenagem da Câmara Municipal ao mês do Orgulho GLBT. E nem vai participar da Parada do Orgulho Gay que será feita no final de semana, que já se tornou uma das maiores do mundo. "O único evento público que irei nesta semana é na Caminhada para Jesus", garantiu.

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26/10/2008 free counters

La anécdota de la XVIII Cumbre Iberoamericana


AGENCIA ATLAS 31-10-2008


El presidente del Gobierno español, José Luis Rodríguez Zapatero, esta en San Salvador (El Salvador) participando en la XVIII Cumbre Iberoamericana, cuyo tema central es "Juventud y Desarrollo" aunque la crisis económica internacional se ha convertido en el asunto estrella del encuentro.Rodríguez Zapatero fue el primer mandatario en realizar su discurso, tras la intervención del Rey Juan Carlos. Ayer, el presidente español reivindicó el papel de Latinoamérica en la resolución de la crisis. Pero la anécdota de la jornada de ayer fue que durante el discurso el jefe del Ejecutivo, en el que habló también del hambre en América latina, las cámaras grabaron a uno de los asistentes degustando su almuerzo. En buena parte de la intervención de Zapatero se ve como el hombre se come con gran satisfacción, como demostraba su cara en las imágenes, los piscolabis que se iban repartiendo entre los asistentes.



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26/10/2008 free counters

El "octubre negro" pasa la factura a los mercados latinoamericanos



CRISIS FINANCIERA-LATINOAMÉRICA (Previsión)

Sao Paulo, 31 oct (EFE).- Los mercados latinoamericanos cerraron
hoy el mes más turbulento de su historia, en el que mordieron el
polvo levantado por la crisis financiera y el temor a una recesión
mundial, a pesar del repunte evidenciado en las últimas sesiones.
La crisis que comenzó en el sistema bancario estadounidense y se
extendió al europeo hizo estragos en los distintos mercados
mundiales, y los países latinoamericanos no pudieron mantenerse
inmunes a un fenómeno considerado por especialistas como el más
grave desde 1929, el año en que comenzó la Gran Depresión.
A la quiebra de bancos en EE.UU. y Europa le siguió el derrumbe
de las principales bolsas, cuyo efecto dominó se regó por el resto
del mundo, así como la caída en picada de los precios de la materias
primas, especialmente las minerales, y la depreciación de monedas
emergentes que hasta hace unos meses parecían competir en solidez
con el dólar.
Pese a las declaraciones optimistas de algunos Gobiernos
latinoamericanos en el sentido de que la crisis era problema de
otros, y a las medidas tomadas para evitar un contagio de la
economía real, el pesimismo de los inversores ante la posibilidad de
una recesión mundial pasó la factura a empresas y bolsas.
En algunas plazas, como las de Sao Paulo y Buenos Aires, las
pérdidas en octubre llegaron a superar la semana pasada el 40 por
ciento, y en México el 30 por ciento, pero el rebote de las últimas
sesiones les permitió cerrar el mes con un balance menos desolador.
Octubre fue un mes "ruin y sombrío, de preocupación y
desconfianza que trajo perjuicios considerables" a muchas acciones y
mercados, dijo a Efe Guilherme Aguiar, director de Company Proyectos
Financieros, empresa brasileña especializada en la captación de
inversiones externas.
Agregó que "después de cuarenta días de turbulencias, en la
última semana de octubre volvió la confianza a los inversores", lo
que no quiere decir que el capítulo de la crisis financiera y el
vendaval que produjo en las bolsas pueda darse por cerrado.
"La crisis no pasó", señaló el experto, quien recordó las
millonarias pérdidas de empresas brasileñas por las operaciones con
contratos futuros que apostaban por un real fuerte y fueron
sorprendidas por la depreciación de la moneda brasileña frente al
dólar.
Si el real perdió en este mes más del 13 por ciento frente al
dólar, una situación similar experimentaron otras monedas de la
región, como el peso colombiano, que junto a la divisa brasileña era
la que más se había apreciado en este año.
Pese a los vigorosos repuntes de última hora, a las plazas
latinoamericanas no les alcanzó para recuperar todo lo perdido en
las turbulentas cuatro primeras semanas del mes.
El índice Ibovespa de la bolsa de Sao Paulo ganó en los últimos
cinco días el 18,34 por ciento, pero perdió el 24,74 por ciento en
octubre, mientras que en el año ha dejado el 41,68 por ciento.
En la Bolsa Mexicana de Valores, el Índice de Precios y
Cotizaciones (IPC) avanzó en la semana el 20,41 por ciento, pero en
el mes cayó el 17,85 por ciento y en el año está con un saldo
negativo del 30,78 por ciento.
Peor le fue el Merval de Buenos Aires, que pese a que recuperó en
la semana el 13,53 por ciento, cayó el 36,75 por ciento en el mes y
el 53,02% en lo que va de 2008.
El IPSA de la Bolsa de Comercio de Santiago cerró octubre con
pérdidas del 9,57 por ciento que se elevan al 18,42 por ciento en el
acumulado anual.
El repunte semanal del 8,31 por ciento del IGBC tampoco le
alcanzó a la Bolsa de Colombia, que anotó pérdidas del 21,86 por
ciento en el mes y del 32,43 por ciento en el año.
Una situación similar vivió el Índice General de la Bolsa de
Valores de Lima (IGBVL), que anotó en rojos el resultado del mes
(-37,02%) y del acumulado del año (-59,74%).
Para el jefe de operaciones de la consultora brasileña
Tendencias, Juan Jensen, "todavía hay muchas cosas por aparecer" en
los mercados bursátiles y cambiarios, por lo que no se puede pensar
que la crisis quedó enterrada en octubre. EFE


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26/10/2008 free counters

Los apostantes no descartan la sorpresa


Fórmula 1 | GP de Brasil


R.P. | 31/10/2008

Tener la posibilidad de repetir una situación en la que has fallado no suele ser habitual. Sin embargo, Lewis Hamilton se encuentra con esa opción. En 2007 perdió el título en Brasil cuando llegaba con siete puntos de ventaja con Raikkonen. Este año ganará el Mundial si defiende la misma renta de puntos frente a Massa.

Ante esta situación las casas de apuestas se frotan las manos con el morbo. Aún así, Hamilton es el favorito ya que su primer título se paga entre 1,12 y 1,20 por euro apostado, mientras que si es el brasileño el ganador final, los apostantes recibirán entre 3,80 y 5,25 por euro según el lugar elegido para realizar la apuesta.

En cuanto al ganador de constructores las cosas están más claras. El título de Ferrari se paga 1,04 por euro por los 8 que recibirán los que se jueguen su dinero por McLaren. Si miramos sólo el GP de Brasil, Massa es el favorito con 2,30 por euro apostado, seguido por Hamilton (3,40), Raikkonen (7) y Fernando Alonso (8).

Por último, una curiosidad: se paga 7 a 1 tanto si Hamilton gana el título por once puntos o más en la general (por ejemplo Lewis vence en Interlagos y Felipe es tercero), como si Massa es el ganador con tres puntos sobre Hamilton (la única opción es que Felipe venza y Lewis quede fuera de los puntos). Nada está decidido.

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26/10/2008 free counters

Massa: “Soy optimista, pero no todo depende de mí”


Felipe Massa se mostró “optimista al ciento por ciento” de lograr el primer título mundial de su carrera este domingo en Interlagos. “El público es un factor que está a mi favor. Soy el piloto local; soy brasileño. Seguro que la gente me animará a mí. Tengo grandes esperanzas”, señaló el piloto de Ferrari

Massa encara la carrera del fin de semana con optimismo

"Es cierto que me hubiera gustado ser yo el que cuenta con siete puntos de ventaja, pero la verdad es que soy optimista”, agregó el brasileño. Massa señaló que sólo espera “tener una buena carrera. Quiero ganar el campeonato, pero no todo depende de mí. Soy optimista al ciento por ciento”, dijo el brasileño.

Sobre las posibilidades de que llueva durante la carrera y las críticas que ha recibido por los malos resultados en agua, decía que “la gente dice que no sé pilotar en agua, pero durante toda mi vida, desde que estaba en los karts, he ganado con lluvia. Lo que pasa esta temporada es que nuestro coche sufre en condiciones de lluvia extrema porque los neumáticos no alcanzan la temperatura idónea y no alcanzan la adherencia necesaria. Ese es el problema”, precisó.

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26/10/2008 free counters

Alonso se mete en la pelea entre Massa y Hamilton


Fernando Alonso ha sido el mejor en la segunda sesión de entrenamientos libres para el Gran Premio de Brasil, mientras que en la lucha por el título, Massa se mantiene por delante de Lewis Hamilton.

Alonso marcó el mejor tiempo

Alonso marcó el mejor tiempo


Alonso marcó en la sesión vespertina el mejor tiempo de toda la jornada. El crono de 1:12.296 lo logró en su último intento para superar por sólo 57 milésimas de segundo a Felipe Massa, que por la mañana había sido el más veloz.

El español fue sexto en la tanda matinal, pero en la de la tarde volvió a dar muestras de la mejoría experimentada en su R28. Durante la segunda tanda Alonso estuvo haciendo diversas pruebas, siempre con neumáticos blandos usados, en busca del mejor equilibrio posible en su monoplaza con vistas a la carrera del domingo.

Por ese motivo Alonso, que tiene como objetivo cerrar el ejercicio con un podio, estuvo marcando tiempos discretos, hasta que en su último intento montó neumáticos blandos nuevos que le permitieron dar una vuelta perfecta con la que trepó desde el decimoctavo al primer puesto y desbancó de la primera plaza a Felipe Massa.

El piloto brasileño, que en el circuito de Interlagos necesita acabar en alguna de las dos primeras plazas y esperar después un fallo de Hamilton, que le aventaja en siete puntos, completó una brillante primera jornada de entrenamientos libres, en los que siempre estuvo por delante del británico en una jornada marcada por las bajas temperaturas y una ocasional y ligera llovizna.

Massa, espoleado siempre por su público, rodó por la mañana en 1:12.305 y aventajó en 190 milésimas al líder del Mundial, que el domingo sólo necesita acabar entre los cinco primeros para hacerse con el título.

Y por la tarde el piloto paulista estuvo siempre en cabeza de la tabla de tiempos hasta que Alonso lo apartó del primer lugar con un minuto y medio para el final. Hamilton terminó noveno por la tarde a poco más de medio segundo.

De momento los temores de Massa a las bajas temperaturas no se están cumpliendo, y su Ferrari, sobre todo los neumáticos, se están mostrando bastante competitivos en su objetivo de ganar por segundo año consecutivo el gran premio de su país, esta vez con el título como premio más deseado.

El actual campeón mundial y que el domingo tendrá sucesor, el finlandés Kimi Raikkonen (Ferrari), fue tercero por la mañana, en la que fue el único es tener dificultades (un trompo), y cuarto por la tarde.

El italiano Jarno Trulli (Toyota) consiguió colocarse en la segunda tanda en la tercera plaza, pero a haber amanecido con molestias estomacales que le han dejado bastante mermado físicamente.

Este sábado se disputará la tercera y última sesión libre, que dará paso a la de clasificación, que establecerá el orden de salida del decimoctavo y último gran premio de al temporada.

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26/10/2008 free counters

Massa empieza mejor que Hamilton



Felipe Massa ha logrado el mejor tiempo en los primeros entrenamientos libres del Gran Premio de Brasil de Fórmula 1, por delante de Hamilton, que marcó el segundo mejor crono.

Massa marcó el mejor tiempo en la primera sesión

Massa marcó el mejor tiempo en la primera sesión



El primer contacto con el circuito de Interlagos ha sido favorable para el piloto de Ferrari, que ha logrado el mejor tiempo de la sesión (1:12,305 minutos), por el 1:12,495 del piloto británico de McLaren.

Tercero fue el finlandés Kimi Raikkonen, de Ferrari, seguido del polaco de BMW-Sauber, Robert Kubica. El finlandés Heikki Kovalainen fue quinto, mientras que Fernando Alonso tuvo que conformarse con la sexta posición.

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26/10/2008 free counters

McCain pide dinero


Redacción BBC Mundo

Fotos de John McCain y Barack Obama
Los más recientes sondeos muestran una ventaja de un 13% a favor de Obama.

Dicen que los metros finales de una carrera suelen ser los más difíciles y las elecciones en EE.UU. no parecen ser la excepción a la regla.

En los últimos días de la recta final la hacia la Casa Blanca, tanto el candidato demócrata, Barak Obama, como su rival republicano, John McCain, están haciendo todo el esfuerzo posible para obtener la victoria.

No es poco común también, que cuando queda muy poco por llegar al final aparezcan nuevas piedras en el camino: a McCain parece que no le alcanza la plata y los rumores de que Obama le ofreció un puesto a un congresista bastante controvertido, no pudo sino causar polémica.

El candidato republicano -John McCain- se vio forzado a pedir donativos de emergencia para ayudarlo a ganar una batalla que algunos consideran perdida.

McCain envió correos electrónicos a sus simpatizantes en Arizona -estado por el que es senador y donde está ligeramente abajo en las encuestas- pidiendo apoyo económico para continuar.

El resto de sus energías las depositó en Ohio, un estado que debe conquistar si quiere llegar a ser presidente.

Los más recientes sondeos llevados a cabo por CBS y el New York Times lo colocan un 13% por debajo de su rival demócrata, Barack Obama.

Por su parte, el aspirante demócrata visitó los estados de Virginia, Florida y Missouri el jueves, donde se concentra el mayor número de indecisos.

A quien los últimos sondeos no han dejado muy bien parada es a la compañera de fórmula de McCain, Sarah Palin, señaló el corresponsal de la BBC en Estados Unidos, Justin Webb: un 59% de los encuestados dijeron que la gobernadora de Alaska no está lista para ocupar el cargo de vice-presidente.

¿Obama y Emanuel?

En estos días, salió a la luz que Obama se acercó a un controvertido congresista para proponerle el puesto de secretario de Estado.

Plouffe es mi secretario de Estado
Barack Obama, candidato demócrata
El congresista de Illinois, Rahm Emanuel, es considerado un político demócrata intransigente y los simpatizantes de McCain aseguran que esto demuestra la verdadera cara de la administración de Obama: un gobierno manejado desde la izquierda.

Emanuel fue presidente del Partido Demócrata hace dos años, cuando los demócratas lograron la mayoría en el congreso después de casi una década, y ocupó un cargo importante durante el gobierno de Bill Clinton.

Consultado por los periodistas apenas bajó de su avión en Missouri, Obama dejó dos frases: "Estoy tratando de ganar una elección".

Y "Plouffe es mi secretario de Estado", refiriéndose a su director de campaña, David Plouffe.

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26/10/2008 free counters

El Gobierno concederá la nacionalidad a hijos y nietos de exiliados por la Guerra Civil


El Gobierno aprueba tres decretos para el desarrollo de la Ley de Memoria Histórica.- Una comisión decidirá qué símbolos franquistas permanecen en los edificios

ELPAÍS.com / EFE - Madrid - 31/10/2008


El Consejo de Ministros ha aprobado hoy un decreto para la concesión de la nacionalidad española a los hijos y nietos de los exiliados a partir de la fecha de la insurrección militar del 17 de julio de 1936 hasta el 31 de diciembre de 1955. Entre los beneficiados se incluirá también a los que se marcharon de España por otros motivos que no fueran políticos, como los que emigraron por las dificultades económicas. Así lo ha anunciado la vicepresidenta del Gobierno, María Teresa Fernández de la Vega, quien ha afirmado que la concesión de la nacionalidad se hará de forma "paulatina" y ha reconocido que el Gobierno maneja una memoria que cuantifica los posibles solicitantes.


Foto

Texto íntegro del proyecto de ley de Memoria Histórica

DOCUMENTO (DOC - 114Kb) - 10-10-2007

El Gobierno también ha dado el visto bueno a un protocolo de actuación científica para los casos de exhumación de víctimas de la Guerra Civil y el franquismo.

El tercer decreto aprobado hoy -todos con el objetivo de desarrollar la Ley de Memoria Histórica- contempla la creación de una comisión técnica de expertos designada por el Ministerio de Cultura para determinar qué símbolos franquistas no serán retirados de los edificios públicos por su especial trascendencia en el ámbito arquitectónico, religioso o histórico. El decreto que fija los criterios para la retirada de los símbolos franquistas salva también aquellos que sean un elemento fundamental de la estructura del inmueble.

El texto legal se refiere a escudos, insignias, placas y otros objetos o menciones conmemorativas "de exaltación, personal o colectiva, de la sublevación militar, de la Guerra Civil y de la represión de la Dictadura, según contempla la Ley de la Memoria Histórica", según una nota del Ministerio de Cultura.

Excepciones

Asimismo, se exceptúan de la lista los símbolos que se encuentren en un bien calificado como de interés cultural, cuando tengan un significado histórico y arquitectónico y que estuvieran previstos en el proyecto original de construcción del inmueble. Para ello, estos símbolos deberán estar incluidos en la declaración de Bien de Interés Cultural. También perdurarán aquellos símbolos con alto valor artístico o artístico-religioso.

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26/10/2008 free counters

Obama promete introducir el "sentido común" en la política de EE UU


A cinco días de las elecciones presidenciales, el candidato demócrata protagoniza un multitudianrio mitin en el Estado de Misuri

ELPAÍS.com - Madrid - 31/10/2008


A escasos cinco días de la cita electoral en la que Estados Unidos elegirá a su nuevo presidente, los candidatos a ocupar el despacho oval continúan sus campañas.


Este jueves (madrugada del viernes en España) el demócrata Barack Obama se ha dirigido a sus votantes en el estado de Misuri, en un mitin pronunciado en la ciudad de Columbia. "No necesitamos un Gobierno más grande ni más pequeño, necesitamos un Gobierno mejor, más inteligente y más competente", ha enfatizado el senador por Illinois, en una alocución en la que ha asegurado que llevará el "sentido común" a la Casa Blanca.

Un día después de su aparición en el horario de máxima audiencia en varias cadenas televisivas, el candidato demócrata ha bromeado acerca de las acusaciones de su rival, que lo ha calificado de socialista, que en el lenguaje norteamericano llega casi a ser un sinónimo de comunismo, y ha explicado que no subirá los impuestos a la clase media trabajadora. "No se trata de elegir entre recortar los impuestos o no, sino de quién se beneficiará de la reducción de impuestos", ha dicho el senador demócrata.

Por su parte, el candidato republicano a la presidencia de Estados Unidos. John McCain, ha protagonizado un acto de campaña en la ciudad de Mentor, en el estado de Ohio, donde un sondeo realizado por la cadena CNN le sitúa cuatro puntos por detrás de su contrincante demócrata.

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26/10/2008 free counters

McCain acusa a 'Los Angeles Times' de tapar la relación de Obama con un líder palestino


DAVID ALANDETE - Washington - 31/10/2008

John McCain y Sarah Palin han acusado esta semana al diario Los Angeles Times de tratar de favorecer a Barack Obama, porque su director se ha negado a difundir una cinta grabada en 2003 en la que el senador demócrata da un discurso en una fiesta en honor al intelectual palestino Rashid Jalidi, del que los republicanos dicen que fue portavoz de la OLP en los años ochenta.



"Entre otras muchas cosas, se describió a Israel como un Estado terrorista", dijo el miércoles Palin en Ohio. "Lo que no sabemos es cómo reaccionó Obama a estas acusaciones". El mismo día, McCain reveló que en la misma comida se encontraba el ex terrorista Bill Ayers, al que ha tratado de relacionar con el demócrata.

El diario obtuvo la cinta en primavera y publicó un extenso reportaje sobre la relación del senador con los líderes árabes que residen en Chicago. En él, el periodista Peter Wallsten escribe que en el acto se acusó a Israel de practicar el apartheid, pero que el candidato demócrata "pidió en sus comentarios un entendimiento común" entre judíos y palestinos. La fuente que entregó la grabación al rotativo lo hizo con la condición de anonimato y de que no se difundiera su contenido.

Estas explicaciones no han contentado a McCain ni a Palin, que han convertido el asunto en un tema central de esta semana. El miércoles, en una entrevista radiofónica, McCain ironizó sobre el asunto, diciendo que "si hubiera una cinta de John McCain vestido de neonazi, el tratamiento de la información sería ligeramente diferente". Los Angeles Times ha pedido el voto para Obama.

Jalidi fue profesor en la Universidad de Chicago hasta 2003. Tres años antes organizó un acto de recaudación de fondos en honor de Obama, entonces senador en Illinois. Obama y Ayers eran directivos en la fundación Woods cuando esta institución concedió fondos a la Red de Acción Árabe-Americana, dirigida por Mona, la esposa de Jalidi. El profesor palestino ha negado que fuera portavoz de la OLP, que hasta 1991 estuvo en la lista de organizaciones terroristas de EE UU.

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26/10/2008 free counters

Florida gira hacia los demócratas pese al exilio cubano


La ola de cambio amenaza el escaño de los congresistas republicanos del Estado

JUAN-JOSÉ FERNÁNDEZ - Miami - 31/10/2008


Florida, que ha sido fiel a George W. Bush, parece apostar ahora por Barack Obama . Y la ola va más allá del candidato: las encuestas auguran incluso la derrota histórica de dos de los tres congresistas estatales republicanos: los hermanos Díaz-Balart.


    Barack Obama

    Barack Obama

    A FONDO

    Nacimiento:
    04-08-1961
    Lugar:
    (Honolulu)
    John McCain

    John McCain

    A FONDO

    Nacimiento:
    29-08-1936
    Lugar:
    (Coco Solo)
    Estados Unidos

    Estados Unidos

    A FONDO

    Capital:
    Washington.
    Gobierno:
    República Federal.
    Población:
    303,824,640 (est. 2008)

Si al final se cumplen estos augurios, será "a pesar del voto cubano", que favorece a John McCain según los datos más recientes. La fidelidad tradicional cubana a los republicanos ?y a los Díaz-Balart? parece a prueba de fuego y de cualquier crisis, pero el crecimiento de otras comunidades y del voto joven, harto de las viejas políticas, predicen un giro.

Una encuesta muy significativa hecha en Miami a pie de urna en las largas colas de votantes anticipados ha dado hoy resultados elocuentes. La empresa Bendixen entrevistó a 8.600 votantes en 18 de los 20 colegios electorales entre el 20 y el 29 de octubre. El 61% de los encuestados dijo votar por Obama, frente al 39% por McCain. Pero entre los hispanos aún ganó el senador republicano por 53% a 47%, fundamentalmente gracias a los cubanos, la mayoría del censo, que en un 69% optó por McCain. Pero entre los jóvenes, tanto de origen cubano como hispanoamericano, nacidos en EE UU, así como los anglosajones, Obama arrasó: 72% contra 28%. Entre los afroamericanos, el apoyo demócrata ascendió al 98%. Y entre los judíos, tradicionalmente demócratas, fue del 85%.

Cambia el voto joven

La intención del voto joven, el que ha llegado más recientemente de la isla, está cambiando día a día como consecuencia de aperturas como los viajes y el envío de dinero. Su decisión parece anunciar la derrota que pronostican las encuestas de los hermanos Díaz-Balart. La tercera congresista republicana en liza, Iliana Ros-Lehtinen, resiste mejor quizá sólo porque su rival es de origen colombiano y tiene menos experiencia.

En todo caso, palabras como socialismo son aún tabú para los cubanos cuando están a punto de cumplirse 50 años de la Revolución. Por eso, muchos de ellos desconfían de los cambios y siguen alineados con la vieja guardia del exilio más duro anticastrista. Las propuestas de Obama, que resultarían moderadas en Europa, suponen la apertura de un camino peligroso.

"Yo he luchado siempre contra el comunismo, me tuve que ir de Cuba para que no me mataran y en busca de libertad. Soy anticomunista como una de mis premisas a estas alturas de mi vida y no quiero saber nada de algo que se le parezca", subraya el septuagenario Adolfo, que defiende el legado de Bush y confía en el senador McCain. La mayoría de esta generación de exiliados teme que Obama negocio con el régimen cubano y acabe legitimándolo.

Pero también hay excepciones y no sólo entre los jóvenes. Como el sexagenario Roberto: "Ya está bien de chocar contra la pared. Aunque Obama sea negro ?un prejuicio que existe pero que muchos no dicen porque no está bien visto? siempre será mejor que el desastre de estos ocho años y que poco podrá o querrá cambiar McCain".

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26/10/2008 free counters

Tá frio, ministro


Qua, 29/10/08
por gmfiuza |

O governo brasileiro, como se sabe, andou minimizando a crise internacional. Como o otimismo já estava pegando mal, diante da crescente derrocada do mercado, Guido Mantega, nosso homem forte (sic), resolveu bater no peito e admitir que a tormenta será intensa e duradoura.

Fez isso exatamente no momento em que as bolsas voltaram a subir no mundo inteiro.

Está interessante essa brincadeira de esconde-esconde entre a autoridade e a crise. Talvez seja a hora de alguém começar a orientar Mantega na base do “Tá quente!”, “Tá frio!”, para ver se ele pára de se desencontrar dos problemas.

É uma crise que ninguém sabe direito qual é, nem onde vai dar. Mas uma coisa é certa: o mercado nunca esteve tão passional. Ou seja, é a hora dos líderes regerem as expectativas. Não de serem regidos por elas, como o ministro da Fazenda brasileiro.

As comparações com a crise de 29 nos Estados Unidos são patéticas. Naquela ocasião, o mercado financeiro, ainda de calças curtas, perdeu completamente o passo em relação às riquezas da economia. Os papéis voaram para muito longe da equivalência com os bens.

É impossível um descompasso desse nível nos dias de hoje. Por mais que o valor dos títulos seja arbitrário, há um cipoal de amarras entre o mercado financeiro e as riquezas produzidas. No mundo atual, não dá mais para os Estados Unidos dormirem ricos e acordarem com o pires na mão.

Os alertas de que poderia estar se iniciando uma nova Grande Depressão, que se arrastou por toda década de 30, podem ser alarmismo, ingenuidade ou ignorância.

A bolha imobiliária americana e as alavancas exageradas dos fundos de investimento baratinaram o sistema de crédito. A confiança foi momentaneamente para o brejo. A suposta “crise econômica” é, antes de tudo, uma crise de expectativas.

Num efeito dominó cheio de irracionalidade, em que se viram simples lojas de departamentos capando vendas a prazo antes de qualquer contração real do crédito, o componente psicológico é determinante. Aí entra o papel dos líderes.

Nos anos 30, Roosevelt não tinha só um plano. Tinha carisma. O New Deal, de certa forma, era ele.

No que depender do carisma e da presença de espírito de um Guido Mantega, a prosperidade (da crise) está garantida.



  • foto_fiuza.jpg
  • Guilherme Fiuza

    Jornalista, é autor de Meu nome não é Johnny, que deu origem ao filme. Escreveu também o livro 3.000 Dias no Bunker, reportagem sobre a equipe que combateu a inflação no Brasil. Em política, foi editor de O Globo e assinou em NoMínimo um dos dez blogs mais lidos nessa área. Este espaço é uma janela para os grandes temas da atualidade, com alguma informação e muita opinião.




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26/10/2008 free counters

Bovespa fecha em nova queda e acumula perda de 41,7% no ano


Em Nova York, o índice Dow Jones apresentou a melhor semana desde 1974 e o pior mês desde agosto de 1998

Da Redação


SÃO PAULO - A Bolsa de Valores de São Paulo fechou a última sessão do mês no vermelho, em meio a uma realização de lucros com ações de bancos e de commodities. Na contramão de Wall Street, o Ibovespa teve queda de 0,51%%, a 37.256 pontos. Com isso, o índice fechou o mês com desvalorização de 24,80%. No ano, a perda é de 41,68%.


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Em Nova York, o Dow Jones fechou em alta de 1,57% nesta sexta-feira, acumulando valorização de 11,3% na semana - a maior desde outubro de 1974. No mês, porém, a queda porcentual do índice, de 14%, foi a pior desde agosto de 1998.

Dentre os piores desempenhos da Bovespa, a Companhia Siderúrgica Nacional perdeu 8,3%, para R$ 28,71. No setor financeiro, Nossa Caixa puxou a fila, desabando 6,5%, para R$ 32,30.

No mercado de câmbio, o dólar voltou a subir, após quatro sessões em queda, e fechou o mês com valorização de 13,35%, a maior desde fevereiro de 1999. A moeda fechou em alta de 2,52% nesta sexta-feira, cotada a R$ 2,156. A atuação do Banco Central no mercado fez efeito, mas não foi suficiente para evitar que a moeda norte-americana acumulasse alta de 21,46% em 2008.

Já as bolsas de valores européias fecharam a sexta-feira em alta, impulsionadas pelos papéis do setor petrolífero e farmacêutico. O índice das principais ações européias FTSEurofirst 300 registrou alta de 2,79%, para 928 pontos. No mês, porém, o índice teve perda de 12,7%, na pior queda desde setembro de 2002, quadro alimentado pela crise de crédito e pela conseqüente desaceleração econômica.

Em Londres, o índice FT-100 subiu 85,69 pontos (2,00%) e fechou com 4.377,34 pontos. Na semana, o índice acumulou um ganho de 12,72% mas, no mês, sofreu uma queda de 10,71%. "O sentimento nos mercados parece ter revivido (nesta semana)", comentou Jeremy Batstone-Carr, chefe de pesquisas da Charles Stanley. "Temos muito caminho pela frente para uma recuperação econômica, mas os investidores se perguntam cada vez mais se a recessão global já foi precificada", disse.

Em Paris, o índice CAC-40 avançou 79,25 pontos (2,33%) e fechou com 3.487,07 pontos. Na semana, o índice teve uma valorização de 9,18% mas, no mês, registrou uma desvalorização de 13,52%.

Em Frankfurt, o índice Dax-30 subiu 118,67 pontos (2,44%) e fechou com 4.987,97 pontos. Na semana, o índice registrou um ganho de 16,12% mas, no mês, sofreu um tombo de 14,46%. BASF fechou com alta de 8,4% nesta sexta-feira. A seguradora Allianz recuou 6,4% influenciada pela queda nas ações da também seguradora Hartford, que registrou prejuízo no terceiro trimestre. Volkswagen devolveu os ganhos iniciais e fechou praticamente estável, com queda de 0,10%.

Em Madri, o índice IBEX-35 fechou com alta de 293,10 pontos (3,32%) para 9.116,00 pontos, puxado pelas ações do setor financeiro. Na semana, o índice acumulou uma alta de 9,13% mas, no mês, registrou um declínio de 17,03%. Santander subiu 5,4%, BBVA avançou 4,5% e Banco Popular subiu 6,32%.

Em Milão, o índice S&P/MIB subiu 599 pontos (2,88%) e fechou com 21.367 pontos. Na semana, o índice registrou uma valorização de 7,49% mas, no mês, sofreu uma perda de 16,31%. Nesta sexta, as ações da petrolífera ENI subiram 4,34% e as Parmalat avançaram 5,30%.

Em Lisboa, o índice PSI-20 avançou 105,59 pontos (1,69%) e fechou com 6.360,51 pontos. Na semana, o índice teve um ganho de 6,60% mas, no mês, o resultado foi negativo em 20,82%. EDP Renováveis avançou 11%, liderando os ganhos. Traders citaram uma recuperação técnica depois das quedas recentes. Galp subiu 4,7% depois que os reguladores da União Européia autorizaram a aquisição pela Galp das operações da ExxonMobil em Portugal.

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26/10/2008 free counters

GM decide por 2º período de férias coletivas no interior de SP

Fonte: Reuters News



Indústria Automobilística


Atualizada às 17h47

A General Motors anunciou a trabalhadores nesta sexta-feira que fará um novo período de férias coletivas na unidade de São José dos Campos, interior de São Paulo, em linhas que produzem os modelos Corsa, Zafira e Montana, informou o sindicato dos metalúrgicos da região, citando comunicado da montadora.


O período segue-se a um primeiro, que começou em 20 de outubro e acaba em 2 de novembro, anunciado na mesma unidade no início do mês, e também a anúncios da véspera de medidas semelhantes em fábricas da montadora em Gravataí (RS) e em São Caetano do Sul (SP).

"Face à restrição de crédito que já impacta as vendas de veículos no mercado brasileiro e visando adequar os estoques das fábricas e da rede de concessionários, a GM tomou as decisões", informou a assessoria da montadora.

Segundo cálculos do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, o novo período de férias coletivas na unidade, que emprega cerca de 10 mil pessoas, deve envolver entre 3 mil e 4 mil trabalhadores que atuam em linhas de produção de motores e também de veículos para mercado interno e externo.

A parada das atividades dos funcionários nessas linhas ocorre em três períodos distintos. Na área de produção de veículos desmontados para exportação (CKD), funcionários terão de ficar em casa por mais de um mês.

Como o período de férias coletivas nessa área vai de 24 de novembro e 23 de dezembro os trabalhadores terão de emendar com as festas de fim de ano, retornando a seus postos apenas em 5 de janeiro, segundo o sindicato.

Na montagem dos veículos Corsa, Zafira e Montana o período é entre 17 de novembro a 7 de dezembro e para os trabalhadores da área de motores (powertrain), a parada ocorre entre 17 a 30 de novembro.

No primeiro período, que envolveu 1.500 funcionários segundo o sindicato, a GM justificou a chamada de férias coletivas para se adequar à demanda externa em queda.

Números obtidos pela Reuters esta semana dão conta que até sexta-feira passada, as vendas de veículos novos no mercado interno brasileiro sofreram retração de 3,9% no mês em relação ao mesmo período de 2007, para 172.254 unidades. Na comparação com setembro, a queda foi de 12%.

Segundo os dados, a GM vendeu 35.693 unidades, queda de cinco por cento em relação ao mesmo intervalo do ano passado. Outras montadoras como Fiat e Volkswagen registraram quedas de vendas na mesma comparação.

A GM não informou no anúncio quantos trabalhadores serão atingidos pela decisão desta sexta-feira. Representantes da montadora não estavam imediatamente disponíveis para falar sobre o assunto.

"A gente está vendo que a crise está aumentando, mas ela até agora não deu esse impacto tão grande no mercado interno como as montadoras estão demonstrando com as férias coletivas. Além disso, o governo está sinalizando com crédito", disse Araújo.

"A gente teme por demissões mais para frente. Não vamos aceitar que o trabalhador seja o primeiro a ser penalizado por uma crise que não foi ele que criou", afirmou o sindicalista.

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26/10/2008 free counters

Lula: não há razão para guardar dinheiro debaixo do colchão

Economia nacional


Elaine Lina
Direto de Havana

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira, em Havana, que as medidas anunciadas pelo Banco Central (BC) na quinta para liberar mais crédito para a economia foram corretas. Segundo Lula, o Brasil continuará crescendo e não é necessário que se guarde "dinheiro debaixo do colchão".


"Para a economia continuar crescendo não pode faltar crédito. Queremos que as pessoas continuem comprando mais comida, roupas, carro, geladeira, computador. Portanto, não há razão para que as pessoas coloquem dinheiro debaixo do colchão", disse o presidente, em visita a Havana.

"Você tem uma crise financeira em que você precisa fazer uma irrigação de crédito no País. O governo federal disponibiliza do compulsório para os bancos fazerem a irrigação, maseles não querem fazer; o Banco Central teve que tomar medidas que tomou. É importante que as pessoas entendam que a responsabilidade para garantir o bem-estar do povo brasileiro não é apenas do governo federal, é de todos aqueles que têm responsabilidades com o Brasil. Nós temos que pensar neste momento nas pessoas mais humildes, nos trabalhadores, nas pessoas que vivem de salários, que vivem de pequenos negócios e que precisam de crédito", complementou.

"Não é justo, portanto, que alguns poucos se dêem ao luxo de receberem aporte financeiro da União e não repassarem para a população, para o micro e pequeno empresário." Lula disse que tem ligado todo dia para o ministro da Fazenda Guido Mantega e o presidente do Banco Central Henrique Meirelles.

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26/10/2008 free counters

Em Cuba, Lula diz que mercado é 'ovo sem gema'


Lula diz que FMI e Banco Mundial não servem para nada

Presidente quer revisão do sistema de controle das instituições.
Segundo ele, crise mostrou que 'mercado é um ovo sem gema'.

Jeferson Ribeiro Do G1, em Havana


Lula fala com jornalistas durante encontro em Havana nesta sexta-feira (31) (Foto: Adalberto Roque/AFP)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a reclamar do sistema financeiro mundial nesta sexta-feira (31) durante a viagem oficial a Cuba. Lula defendeu mudanças no sistema financeiro mundial. Segundo ele, as instituições financeiras sempre se opuseram à regulação estatal, mas recorreram aos governos em busca de socorro ao estourar a crise financeira.

“É preciso mudar a economia mundial. O FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Mundial, do jeito que funcionam hoje, de nada servem. Os países precisam regular o sistema financeiro", afirmou. “Descobriu-se que o mercado é um ovo sem gema”, completou.



Lula disse que o mercado tentou se libertar da ingerência do Estado, mas acabou recorrendo aos governos em busca de socorro. “E isso [a crise] provou que o mercado não se auto-regula, e é preciso que os países, principalmente os emergentes, que estão sendo apontados como salvadores do capitalismo, tenham direito a participar das decisões”, salientou.

Ele pediu que o mercado seja submetido a regras, como são os governantes. “Não dá para você ser submetido a uma lei e o sistema financeiro não ser”. Lula voltou a dizer que a crise é culpa dos especuladores, que “não fizeram produzir nem um botão”.

O presidente revelou ainda sua satisfação em pagar a dívida do Brasil com o FMI. “Eu tive uma alegria imensa no dia em que chamei o presidente do FMI, um espanhol chamado Rato [Rodrigo de Rato], e lhe disse: 'Não preciso mais dos seus US$ 16 bilhões, pode levar'. Vocês não imaginam a alegria que tive. Eu que passei a vida inteira dizendo 'Fora, FMI', e, como presidente da República, ter chamado o FMI para dizer 'Adeus, FMI'", comemorou.

Lula iniciou sua visita oficial a Cuba nesta quinta-feira (30) e retorna nesta sexta ao Brasil. No país, o presidente assinou acordos de cooperação na área petrolífera e discutiu ajuda humanitária a Cuba, atingido pelos furacões Ike Gustav.

Petróleo

Neste sexta, a Petrobras assinou um contrato de exploração e produção de petróleo em águas cubanas com a Cuba Petróleo. O contrato terá duração de 32 anos, sete deles destinados à prospecção, e 25 à produção.


Durante o discurso de inauguração do escritório de negócios da Agência Brasileira de Promoção das Exportações e Investimentos (Apex Brasil), em Havana, Lula disse que tem vontade de se banhar com o petróleo extraído da camada pré-sal.

“Eu tenho vontade de tomar banho de petróleo, mas o Gabrielli [Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras] disse que não pode porque tem muitos produtos químicos no petróleo cru. Mas eu ainda farei alguma coisa, porque é emocionante”, disse.

Embargo

Nesta sexta-feira, Lula criticou a manutenção do embargo econômico a Cuba mesmo após a decisão da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta semana pelo fim do bloqueio.

Lula também falou sobre a eleição dos Estados Unidos, que ocorre na próxima semana. Para ele, uma vitória de Barack Obama seria um avanço. Segundo Lula, "da mesma forma como o Brasil elegeu um metalúrgico, a Bolívia elegeu um índio, a Venezuela elegeu o Chávez e o Paraguai elegeu um bispo, seria um avanço cultural a vitória de um negro na maior economia do mundo"... bla bla bla bla

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26/10/2008 free counters

Governo não pune mídia irresponsável, diz deputado

"Que as emissoras não venham com o álibi da conduta irresponsável em nome da liberdade de imprensa", critica o deputado Ivan Valente

Diego Salmen

A Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados realizará, no dia 11 de novembro, uma audiência pública para discutir as conseqüências da cobertura feita pela mídia durante o seqüestro da menina Eloá.

Ela foi morta depois de ser mantida refém durante cinco dias pelo ex-namorado Lindemberg Alves, em um apartamento na cidade de Santo André, em São Paulo.


À época, três emissoras de televisão - Globo, Record e Rede TV! - veicularam entrevistas feitas com o seqüestrador por meio do número de celular utilizado nas negociações com a polícia.

Autor do requerimento de realização da audiência, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) qualifica a atuação da imprensa nesse período como "irresponsável". Ele considera ter havido um "vale tudo" na busca pela audiência.

- Os meios de comunicação inflamaram a psicopatia do seqüestrador, que virou uma celebridade nacional.

Em entrevista a Terra Magazine, o parlamentar destaca a importância do debate sobre a responsabilidade social e ética dos meios de comunicação, e diz que as emissoras podem ser punidas, caso haja pressão popular para tanto.

- Que as emissoras não venham com o álibi, a justificativa da conduta irresponsável em nome da liberdade de imprensa. Nós lutamos contra a ditadura pela liberdade de imprensa, enquanto vários órgãos de comunicação defendiam o regime militar.

Confira a entrevista com o deputado Ivan Valente:

Terra Magazine - Por que o senhor decidiu apresentar esse requerimento?
Ivan Valente -
Acompanhando esse evento, foi possível constatar que os meios de comunicação tiveram uma responsabilidade importante no desenlace desastroso do seqüestro, pelo tipo de cobertura que fizeram, num sistema de vale tudo pela audiência. Inclusive de contato direto com o seqüestrador... Os meios de comunicação inflamaram a psicopatia do seqüestrador, que virou uma celebridade nacional. Entrevistas com Lindemberg foram feitas por meio do celular utilizado nas conversas com a polícia.

E isso acabou dificultando o trabalho de negociação da polícia...
Tem um depoimento do promotor que esteve lá nos momentos cruciais que diz que o capitão Gianinni (responsável pelas negociações) não conseguia falar com o seqüestrador porque o telefone estava ocupado com as entrevistas com a imprensa. Por outro lado, a cobertura 24 horas por dia, procurando sempre os melhores ângulos, ocupando vários apartamentos do local e inclusive mostrando toda a movimentação policial, isso tudo certamente prejudicou e muito qualquer ação policial preventiva. Tanto é assim que ele soltou uma das reféns em troca da manutenção da água e da eletricidade para que ele pudesse acompanhar pelos meios de comunicação. Foi uma cobertura irresponsável.

As emissoras trabalham sob o regime de concessão pública. De que maneira seria possível exercer um controle mais efetivo sobre isso?
Essas concessões são renováveis, e essa renovação passa pelo Congresso. Entramos com o requerimento também na Comissão de Ciência, Tecnologia e Comunicação da Câmara, para que esse debate seja feito também sob esse ângulo, ou seja, o papel ético e de utilidade pública dos meios de comunicação. E não a busca da audiência a todo custo, desrespeitando o interesse público e gerando uma cobertura nociva à formação da cidadania brasileira. Nesse caso colocando inclusive em risco a vida de outras pessoas.

Nós sabemos que se trata ainda de uma audiência pública, mas a questão é: existe alguma chance de punição para essas emissoras?
(Pode haver) Pela lógica da renovação. O ministério das Comunicações, por pressão social e popular, pode punir; inclusive a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) pode punir. Só que não punem, são coniventes com isso. Ao dar essa visibilidade a esse debate na Câmara, nós queremos discutir sim a concessão, sua renovação e a responsabilidade social e ética dos meios de comunicação, que são concessionários. E por outro, o papel do governo na regulação, no controle e na fiscalização do conteúdo transmitido. Eu quero deixar claro que não vejo nisso nenhum tipo de censura à imprensa. Que as emissoras não venham com o álibi, a justificativa da conduta irresponsável em nome da liberdade de imprensa. Nós somos defensores da liberdade de imprensa e de manifestação. Lutamos contra a ditadura pela liberdade de imprensa, enquanto vários órgãos de comunicação defendiam o regime militar. É o contrário; em nome da liberdade de imprensa não se pode produzir conteúdos irresponsáveis à sociedade.

Há alguns anos houve também a entrevista com um falso líder do PCC no programa do apresentador Gugu Liberato...
Naquela época eu inclusive convoquei o apresentador Gugu Liberato à Comissão de Direitos Humanos. Mas ele fez tanta movimentação junto aos parlamentares no Congresso que ele conseguiu inviabilizar a presença dele lá. Vários parlamentares têm receio de pressão (por parte) dos meios de comunicação.

Terra Magazine


"Se fosse eu, tava todo mundo metendo o pau", critica o apresentador José Luiz Datena


"Jornalista não é negociador", critica Datena

Claudio Leal

No turbilhão do seqüestro das garotas Eloá e Nayara, o apresentador do programa "Brasil Urgente" (Bandeirantes), José Luiz Datena, criticou no ar as entrevistas feitas por outras emissoras com o seqüestrador Lindemberg Alves, em Santo André (SP).

A Rede Record, a RedeTV! e a Rede Globo ouviram o seqüestrador, por telefone, antes da ação da polícia. Datena, da Band, afirma que teve acesso ao número de Lindemberg, mas optou por não ouvi-lo. Em entrevista a Terra Magazine, o apresentador esclarece que não fez críticas específicas a jornalistas, mas à interferência da mídia no teatro do crime. "(Jornalista) não é negociador. Negociador é negociador". Expõe sua visão da cobertura:

- Uma palavra errada que você coloca, o cara pode pegar e matar alguém lá dentro. O fato de ele ter falado muito em televisão e aparecido muito em televisão pode ter prolongado o seqüestro, sim. Se o cara estava se sentindo o "rei do gueto", como ele falou... Isso pode ter prolongado - diz Datena.


Para ele, a imprensa não é responsável pelo desfecho trágico. Antes de julgar os policiais, prefere esperar o resultado da perícia. Guarda, porém, uma avaliação crítica do episódio e defende que ele pode servir de lição para as próximas coberturas:

- Isso tudo pode influenciar. Não é legal. Na verdade, uma cobertura como essa serve pra todo mundo aprender: a polícia, a televisão, a imprensa. Se você isola aquele local e o cara não tem imagem de televisão, acho que a situação seria outra.

Leia a entrevista:

Terra Magazine - Por que o senhor criticou a posição da imprensa de entrevistar o seqüestrador Lindemberg?
José Luiz Datena
- Eu não critiquei a opinião da imprensa, meu irmão. Critiquei o fato de terem colocado no ar... É exatamente isso que estou falando pro meu diretor agora. Critiquei o fato de, isoladamente, algumas pessoas da imprensa colocarem o sujeito, que estava sob forte pressão, com arma na cabeça de duas crianças, pra falar no ar. Primeiro que jornalista não é preparado para conversar com seqüestrador.

Não é negociador?
Não é negociador. Negociador é negociador. Não estou dizendo que o negociador da polícia cometeu erro. Se o cara que está preparado pra negociar comete erros, imagine então um sujeito que não é preparado. O cara que apresenta bem, que é bom repórter, é bom jornalista, necessariamente não é um cara preparado pra falar com um seqüestrador.

Nesses momentos, quais são os cuidados que um telejornal popular precisa tomar?
Primeiro lugar que não é telejornal popular, meu irmão. É qualquer jornal. Não foi só telejornal popular que entrevistou.

Mas, no caso, o senhor criticou o programa da Sonia Abrão.
Não foi Sonia Abrão coisa nenhuma! Eu nem sabia que ela tinha entrevistado o cara. Quem estava entrevistando era a Record. A Globo entrevistou o cara também...

Sim...
Ninguém falou de Sonia Abrão, especificamente. Eu nem estava sabendo que Sonia Abrão já tinha entrevistado o cara. É que, no meu horário, eu tinha o telefone do cara e me sugeriram falar com ele. Eu disse: "Não vou falar com o cara coisa nenhuma". "Ah, mas a Record tá dando...". Isso é problema da Record, não é problema meu. Não faço isso.

Isso influencia o comportamento do seqüestrador?
Não é questão de influenciar. Uma palavra errada que você coloca, o cara pode pegar e matar alguém lá dentro. O fato de ele ter falado muito em televisão e aparecido muito em televisão pode ter prolongado o seqüestro, sim. Se o cara estava se sentindo o "rei do gueto", como ele falou... Isso pode ter prolongado.

A cobertura foi sensacionalista?
Não sei se foi sensacionalista, mas eu sei uma coisa: se fosse só eu que tivesse entrevistado o cara, tava todo mundo metendo o pau em mim.

Em outros os momentos, o senhor errou pra justificar esse tipo de crítica?
Quem errou?

Em coberturas anteriores, houve erros que justificassem essas críticas?
Você vai aprendendo com o tempo. Agora, não foi a imprensa a principal culpada pelo cara ter matado. Aliás, temos que esperar a perícia, pra ver realmente quem atirou. Não foi a imprensa a culpada disso tudo. Eu critiquei algumas pessoas que também não são as culpadas, do meu ponto de vista. Acho que não é legal fazer isso. É minha opinião.

O senhor disse que tinha o telefone do seqüestrador e optou por não ligar, é isso?
Optei por não entrevistá-lo.

Avaliou que isso prejudicaria as negociações?
É... Mas não estou dizendo que a imprensa foi a culpada ou essas pessoas. Nem sabia que Sonia Abrão tinha entrevistado! Até falei isso no programa de sexta-feira. Não sei por que a Sonia Abrão tá metendo o pau em mim. Não falei o nome dela. Mesmo porque sempre tive ela em alta consideração.

E falou isso no ar.
Nem sabia que era ela. É que o sujeito estava dando uma entrevista, não sei se era gravada ou não, pro telejornal da Record. Todo mundo me critica - "Ah, o cara faz entrevista sensacionalista..." - e eu não coloquei o cara no ar. Acho que fui o único da televisão que não colocou. Não quero dizer que eles foram responsáveis pela tragédia que aconteceu.

Mas não cria um ambiente, em torno do seqüestro, que prejudica a negociação da polícia?
Você não viu? O cara falou que era o "rei do gueto". Aparecendo em tudo que é televisão... O fato de a menina ter voltado pra lá também. Sei lá por que ela voltou pra lá, entendeu?

Isso está em outra esfera?
Pode ser a mesma também. Porque ela estava aparecendo na televisão. Isso tudo pode influenciar. Não é legal. Na verdade, uma cobertura como essa serve pra todo mundo aprender: a polícia, a televisão, a imprensa. Se você isola aquele local e o cara não tem imagem de televisão, acho que a situação seria outra. Mas não foi o fator fundamental que propiciou a tragédia. Mesmo porque não foi ninguém da imprensa que foi resgatar as meninas. Outra coisa: falam aí que a polícia americana acha que houve falhas... Qual foi a maior falha de segurança em termos de história contemporânea?

O 11 de Setembro?
Ué! Os caras enfiaram dois aviões dentro daquelas Torres Gêmeas e mais uma avião na casa de guerra dos americanos, na maior potência do mundo. Não souberam como agir na hora. Quem são eles pra ficarem criticando a ação da polícia brasileira? Deviam olhar para o próprio quintal. O mais lamentável em tudo isso foi o desfecho. Ninguém queria que isso acontecesse. Não sei se você concorda comigo, mas é minha opinião.

Nenhuma crítica específica?
Não é específica. É minha opinião. Sempre dei minha opinião. E não gostei quando disseram: "Ah, Datena criticou os colegas..." Não critiquei colegas.

Há problema em criticar colegas? Não seria corporativismo evitar fazer críticas?
Todo mundo me critica. Eu critiquei quem colocou as entrevistas no ar. E, naquela hora, era uma crítica específica ao "Jornal da Record", que estava colocando o cara no ar. Me disseram: "A Record tá colocando o cara..." Não coloquei. O cara está seqüestrando... Bandido não fala através de televisão, não fala através de jornal. Fala através de advogados, da justiça.


Equipe médica chega ao Centro Hospitalar de Santo André para a retirada dos órgãos da menina Eloá, 15 anos, na madrugada desta segunda-feira

Pimentel: mídia foi "criminosa e irresponsável"

Diego Salmen

A cobertura feita pela Rede Record, RedeTV! e Rede Globo prejudicou as negociações com Lindemberg Alves, na avaliação do ex-comandante do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) e sociólogo Rodrigo Pimentel. Para ele, a postura das emissoras foi "irreponsável e criminosa".

- O que eles fizeram foi de uma irresponsabilidade tão grande que eles poderiam, através dessa conduta, deixar o tomador das reféns mais nervoso, como deixaram, poderiam atrapalhar a negociação, como atrapalharam.


Lindemberg Alves, 22, manteve a ex-namorada Eloá e a amiga Nayara, ambas de 15 anos, como reféns por cinco dias em um apartamento na cidade de Santo André, em São Paulo. Na última sexta-feira, 17, o Gate (Grupo de Operações Taticas Especiais) invadiu o local. O incidente culminou na morte de Eloá.

Co-autor do livro "Elite da Tropa" e roteirista do filme "Tropa de Elite", Pimentel faz uma crítica ainda mais incisiva à inteferência da apresentadora Sonia Abrão, da RedeTV!, nas negociações. Ela entrevistou Lindemberg ao vivo na última quarta-feira, 15.

- Foi irresponsável, infantil e criminoso o que a Sonia Abrão fez. Essas emissoras, esses jornalistas criminosos e irresponsáveis, devem optar na próxima ocorrência entre ajudar a polícia ou aumentar a sua audiência.

Leia a seguir a entrevista com Rodrigo Pimentel:

Terra Magazine - Qual a responsabilidade objetiva dos governantes em incidentes como esse?
Rodrigo Pimentel -
O chefe da polícia estadual é o governador do estado. Quem define as políticas de segurança pública e suas prioridades é o governador, através do secretário de segurança pública. É lógico que ele não pode ser responsabilizado de forma isolada pelo que aconteceu. Não é a primeira vez que uma ocorrência com reféns termina em tragédia no país. Nem será a última. Se você fizer uma análise histórica dos casos com reféns aqui, o normal é que eles tenham sido conduzidos com pouca qualidade técnica, muito amadorismo. Há precedentes emblemáticos, como o caso do arcebispo mantido refém num presídio em Fortaleza, quando o governador Ciro Gomes determinou que se dessem armas e coletes aos seqüestradores, tudo foi feito ao contrário do que determinam as normas.

Que normas são essas?
Veja bem: são normas rígidas? Não. São protocolos internacionais que podem ser adaptados de acordo com a necessidade, mas que se baseiam em dados históricos coletados ao longo dos anos. (...) Nós sabemos, por exemplo, que a presença de familiares em 80% dos casos deixa o seqüestrador mais nervoso e arredio, menos propenso à negociação. O jornalista, por exemplo, é bom ou ruim? Eu diria que na maioria das vezes é ruim. Porém, em algumas ocasiões, não muito raras, a presença do jornalista ajuda o tomador do refém a se entregar. Ele percebe que o jornalista no local garante a preservação da sua vida. Então tudo exige um conjunto de avaliações momentâneas.

Como o senhor escreveu em artigo na Folha de S.Paulo, a responsabilidade está na medida em que há falta de investimentos, como por exemplo a falta de câmeras...
Nenhuma unidade tática no Brasil dispõe desse equipamento. São equipamentos baratíssimos, custam menos que uma viatura policial. E são muito necessários. Se o Gate (Grupo de Operações Táticas Especiais) tivesse esse equipamento, não teria feito a opção pela invasão. Porque ia perceber que a porta tinha obstáculos. E aqueles 14 segundos que a equipe policial perdeu na porta foi o tempo para acontecer a tragédia, foi o tempo que o Lindemberg precisou para alvejar as meninas.

Foi o erro crucial?
É, exatamente. Mas o erro mais fácil de ser sinalizado foi a reintrodução da menina Nayara. Você não tem precedente disso na história moderna da negociação. Tem um caso em que o refém voltou ao cativeiro em Nova Iorque, no ano de 1972, que até gerou o filme Um dia de cão, com o Al Pacino. Mas veja bem: foi há quase 40 anos, não havia uma técnica desenvolvida (para lidar com esse tipo de situação). E esse fato foi transformador da doutrina da polícia de Nova Iorque. O filme é maravilhoso: retrata marginais mentalmente perturbados e economicamente motivados; eles queriam assaltar um banco. Foi uma ocorrência dramática em que aconteceu algo igual ao que resultou na morte da Eloá. Jornalistas ligavam para os seqüestradores o tempo todo...

Como o senhor avalia a cobertura da mídia?
A Sonia Abrão, da RedeTV!, a Record e a Globo foram irresponsáveis e criminosas. O que eles fizeram foi de uma irresponsabilidade tão grande que eles poderiam, através dessa conduta, deixar o tomador das reféns mais nervoso, como deixaram; poderiam atrapalhar a negociação, como atrapalharam... O telefone do Lindemberg estava sempre ocupado, e o capitão Adriano Giovaninni (NR: negociador da Polícia Militar) não conseguia falar com ele porque a Sonia Abrão queria entrevistá-lo. Então essas emissoras, esses jornalistas criminosos e irresponsáveis, devem optar na próxima ocorrência entre ajudar a polícia ou aumentar a sua audiência.
O Ministério Público de São Paulo deveria, inclusive, chamar à responsabilidade, essas emissoras de TV. A Record se orgulha de ter ligado 5 vezes para o Lindemberg. Ele ficou visivelmente nervoso quando a Sonia Abrão ligou, e ela colocou isso no ar. Impressionante! O Lindemberg ficou: "quem são vocês, quem colocou isso no ar, como conseguiram meu telefone?". Olha que loucura! Isso jamais aconteceria nos Estados Unidos hoje, jamais. Aconteceu há quase 40 anos, mas jamais aconteceria nos dias de hoje. Foi irresponsável, infantil e criminoso o que a Sonia Abrão fez. Eu lamento não ter falado isso na frente dela. Eu gostaria de ter falado isso para ela e para os telespectadores da Record e da RedeTV!.
O que ela fez foi sem a menor avaliação. Tanto que, num primeiro momento, ele (o repórter Luiz Guerra) tentou enganar o Lindemberg, dizendo-se amigo da família. E depois ele tentou ser negociador, convencer ele a se entregar sem conhecer os argumentos técnicos usados para isso. O que o capitão Giovaninni falava para o Lindemberg a todo momento é que, até aquele momento, o crime que ele havia praticado era muito pequeno. Esse é o argumento técnico, funciona quase sempre. "Olha meu amigo, até agora você não matou ninguém, até agora só colocou essas pessoas sobre constrangimento, sua pena vai ser muito pequena...". Isso funciona mesmo. E a Sonia Abrão não tem esse argumento, a Record também não.

Podemos esperar mais casos com esse tipo de desfecho?
Outras virão, não vai ser a primeira nem a última vez. O que aconteceu ali, apesar de ser uma ocorrência com refém, é algo comum no Brasil. Ex-noivos, ex-maridos e ex-namorados matando suas ex-companheiras ou suas companheiras atuais. Nós temos Estados no Brasil, como Pernambuco, onde cerca de 20% dos homicídios são dessa natureza, praticados por companheiros. Uma mulher morre por dia em Pernambuco vítima do seu companheiro. Essa é outra questão para a gente refletir. Apesar de ser uma ocorrência com refém, o que chama a atenção é a morte de uma ex-namorada, o que é absurdamente comum no Brasil. Homens no Brasil matam suas companheiras com uma freqüência muito grande.


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