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sexta-feira, 31 de outubro de 2008

GM decide por 2º período de férias coletivas no interior de SP

Fonte: Reuters News



Indústria Automobilística


Atualizada às 17h47

A General Motors anunciou a trabalhadores nesta sexta-feira que fará um novo período de férias coletivas na unidade de São José dos Campos, interior de São Paulo, em linhas que produzem os modelos Corsa, Zafira e Montana, informou o sindicato dos metalúrgicos da região, citando comunicado da montadora.


O período segue-se a um primeiro, que começou em 20 de outubro e acaba em 2 de novembro, anunciado na mesma unidade no início do mês, e também a anúncios da véspera de medidas semelhantes em fábricas da montadora em Gravataí (RS) e em São Caetano do Sul (SP).

"Face à restrição de crédito que já impacta as vendas de veículos no mercado brasileiro e visando adequar os estoques das fábricas e da rede de concessionários, a GM tomou as decisões", informou a assessoria da montadora.

Segundo cálculos do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, o novo período de férias coletivas na unidade, que emprega cerca de 10 mil pessoas, deve envolver entre 3 mil e 4 mil trabalhadores que atuam em linhas de produção de motores e também de veículos para mercado interno e externo.

A parada das atividades dos funcionários nessas linhas ocorre em três períodos distintos. Na área de produção de veículos desmontados para exportação (CKD), funcionários terão de ficar em casa por mais de um mês.

Como o período de férias coletivas nessa área vai de 24 de novembro e 23 de dezembro os trabalhadores terão de emendar com as festas de fim de ano, retornando a seus postos apenas em 5 de janeiro, segundo o sindicato.

Na montagem dos veículos Corsa, Zafira e Montana o período é entre 17 de novembro a 7 de dezembro e para os trabalhadores da área de motores (powertrain), a parada ocorre entre 17 a 30 de novembro.

No primeiro período, que envolveu 1.500 funcionários segundo o sindicato, a GM justificou a chamada de férias coletivas para se adequar à demanda externa em queda.

Números obtidos pela Reuters esta semana dão conta que até sexta-feira passada, as vendas de veículos novos no mercado interno brasileiro sofreram retração de 3,9% no mês em relação ao mesmo período de 2007, para 172.254 unidades. Na comparação com setembro, a queda foi de 12%.

Segundo os dados, a GM vendeu 35.693 unidades, queda de cinco por cento em relação ao mesmo intervalo do ano passado. Outras montadoras como Fiat e Volkswagen registraram quedas de vendas na mesma comparação.

A GM não informou no anúncio quantos trabalhadores serão atingidos pela decisão desta sexta-feira. Representantes da montadora não estavam imediatamente disponíveis para falar sobre o assunto.

"A gente está vendo que a crise está aumentando, mas ela até agora não deu esse impacto tão grande no mercado interno como as montadoras estão demonstrando com as férias coletivas. Além disso, o governo está sinalizando com crédito", disse Araújo.

"A gente teme por demissões mais para frente. Não vamos aceitar que o trabalhador seja o primeiro a ser penalizado por uma crise que não foi ele que criou", afirmou o sindicalista.

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