31/10/08 - 14h08 - Atualizado em 31/10/08 - 16h26
ONU decidiu esta semana pela retirada do bloqueio pelos EUA.
Lula participou da inauguração do escritório da Apex em Havana.
Lula fala a jornalistas durante encontro em Havana nesta sexta-feira (31) (Foto: Adalberto Roque/AFP)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou, nesta sexta-feira (31), a manutenção do embargo econômico a Cuba mesmo após a decisão da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta semana pela retirada do bloqueio. Segundo ele, a única explicação para isso é a “insensatez”. O presidente ainda duvidou do cumprimento da decisão da ONU. “Certamente não vai mudar, porque as decisões da ONU só são cumpridas quando interessa aos grandes [países]” disse o presidente.
Lula disse esperar que quem quer que ganhe as eleições nos Estados Unidos “retire esse embargo inexplicável”. A Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou na quarta-feira (30), pelo décimo sétimo ano consecutivo, com votação recorde, uma moção pedindo o fim do embargo econômico dos Estados Unidos a Cuba. A resolução, sem caráter obrigatório, foi aprovada por 185 votos, com três votos contra (EUA, Israel e Palau) e duas abstenções (Micronésia e Ilhas Marshall).
O presidente criticou o embargo na inauguração do escritório de negócios Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) em Havana. “De qualquer forma, ficamos felizes com a decisão da ONU. Quem sabe se aplica o ditado que existe no Brasil ‘água mole em pedra dura tanto bate ate que fura’”, disse Lula. Segundo ele, o embargo é resultado da “revolta de um pais grande que perdeu para um pequeno”.
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