sexta-feira, 31 de outubro de 2008,
Texto tira das mãos do prefeito a decisão; Gilberto Kassab falou que jamais colocaria a medida em prática
Da Redação
Durante toda a campanha para a Prefeitura, Kassab afirmou que jamais colocaria em prática a medida enquanto fosse prefeito. O plebiscito seria realizado até seis meses depois da aprovação do projeto. Segundo o vereador, daria tempo para a população discutir o projeto e opinar de forma esclarecida.
Com a cobrança do pedágio, afirma Apolinário, a Prefeitura poderia deixar de cobrar pelo transporte coletivo, que passaria a ser gratuito. Em suas contas, o vereador estima uma arrecadação de R$ 2 bilhões por ano, com o pedágio a R$ 4. De acordo com o vereador, toda novidade suscita críticas, mas ele acredita na aprovação da proposta.
Eduardo Knapp/Folha Imagem |
Nascimento: 28/04/1952, em São Paulo (SP)
Profissão: Empresário
Estado civil: Casado
Filhos: Carlos Apolinário Jr. e Cláudio Apolinário
Partido: PDT Antes de oficializar sua candidatura ao governo do Estado de São Paulo, o candidato evangélico Carlos Apolinário, do PDT, teve de vencer resistências dentro do próprio partido. O PDT-SP cogitava apoiar a candidatura do tucano José Serra na disputa pelo governo paulista.
Nasceu em 28 de abril de 1952, na zona norte da cidade de São Paulo. É casado com Dalva Apolinário e tem dois filhos: Carlos Apolinário Jr. e Cláudio Apolinário. Tem três netos.
Formado em Direito, Carlos Apolinário é empresário na área de comunicação. Foi deputado estadual de 1982 a 1994, quando se elegeu deputado federal. Está em seu segundo mandato como vereador e, em 2002, disputou a eleição para o governo do Estado, sendo o quarto candidato mais votado.
O vereador apresentou, em 2005, o curioso projeto do Dia do Orgulho Heterossexual, em oposição ao Dia do Orgulho Gay. Também é responsável pela lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas ao longo das rodovias de São Paulo e votou contra a obrigatoriedade do ensino religioso nas escolas, por considerar que o Estado deve ser laico.
Depois do Orgulho Gay, vem aí o Orgulho Heterossexual
Na justificativa do seu projeto de lei, Apolinário afirma que embora a Constituição garanta as preferências sexuais dos cidadãos, muitos homossexuais estariam "fazendo apologia ao homossexualismo". E o vereador vai mais longe: "Os homossexuais dizem que estão sendo discriminados pela sociedade, quando na verdade são eles que discriminam aqueles que não concordam com suas opções sexuais. Pergunto: é normal duas pessoas do mesmo sexo se beijarem em público ou na televisão?", indaga o parlamentar. Bigodudos – Ele faz questão de lembrar dos direitos dos outros, em lugares públicos. "Será que os homossexuais entendem como direito à liberdade dois bigodudos entrarem em um restaurante e ficarem se beijando sem respeitar os demais clientes daquele estabelecimento? Deveriam ter um comportamento adequado à nossa sociedade e deixar beijos e afetos para lugares reservados ou suas casas", afirma Apolinário. O vereador garante não ser homófobo (que não gosta de homossexuais). Segundo Apolinário, não é preciso demonstrar em público carícias mais afetuosas. "Sou casado e adoro minha mulher. Mas nem por isso fico dando beijos excessivos nela em público", conta Apolinário. Preconceituoso – Para o vereador Carlos Gianazzi (sem partido), que realizou ontem na Câmara Municipal uma sessão em homenagem ao mês do Orgulho GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Travestis), a intenção de seu colega Apolinário ao apresentar o projeto é de auto-afirmação. Gianazzi entende que o projeto é preconceituoso. Questão de respeito – "Quando os homossexuais aprenderem a respeitar a sociedade, com certeza a sociedade também irá respeitá-los, pois aqueles que querem respeito devem agir de forma respeitosa", cobra o parlamentar. O vereador não compareceu à homenagem da Câmara Municipal ao mês do Orgulho GLBT. E nem vai participar da Parada do Orgulho Gay que será feita no final de semana, que já se tornou uma das maiores do mundo. "O único evento público que irei nesta semana é na Caminhada para Jesus", garantiu. |
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