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- Lula: Bandido também se esconde em prédio chique
Publicada em 08/03/2010 às 15h42m
Cássio Bruno - O GloboReuters
RIO - Em discurso na favela da Rocinha, uma das maiores do Rio de Janeiro, e, palco de constantes confrontos entre policiais e traficantes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira que a presença de bandidos não é exclusividade das comunidades pobres do Brasil.
- Acabou o tempo em que as pessoas não olhavam para cá (Rocinha). É verdade que a Rocinha deve ter algum bandido. É verdade que no Pavão-Pavãozinho deve ter algum bandido e no Complexo do Alemão também, mas quem disse que não tem bandido naqueles prédios chiques em Copacabana? Quem disse que não tem bandido em outros lugares desse país? - questionou o presidente durante a inauguração de um complexo esportivo na Favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio, uma das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Para ele, é a população mais carente quem sofre com este tipo de preconceito:
" O que é mais grave é que os perseguidos são os pobres dos morros "
- O que é mais grave é que os perseguidos são os pobres dos morros e nós, tanto eu, como o Sérgio Cabral e o prefeito (Eduardo Paes), estamos convencidos de que as pessoas precisam é de oportunidade. É levar a elas cultura, educação, possibilidade de lazer e de trabalho, que nós estaremos construindo homens e mulheres de bem nesse país e não bandidos e traficantes.
Lula voltou a afirmar que as comunidades pobres do Brasil foram abandonados por governos anteriores e, que seu objetivo é dar dignidade e oportunidades aos menos favorecidos.
" Todo mundo sabe que eu tenho casco duro, que se dependesse de bordoada não estaria onde estou porque uma parte da granfinagem desse país não aceita que um metalúrgico seja um presidente "
Apesar de estar chegando ao fim do seu governo, Lula, afirmou que ainda se sente vítima de preconceito de parte da elite nacional que até hoje não se conforma em ter sido governada por um metalúrgico sem diploma.
- Todo mundo sabe que eu tenho casco duro, que se dependesse de bordoada não estaria onde estou porque uma parte da granfinagem desse país não aceita que um metalúrgico seja um presidente da República e, que um metalúrgico tem feito mais que eles - disse.
O presidente estava acompanhado da ministra Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência, e de outros cinco ministros: Franklin Martins (Comunicações), José Gomes Temporão (Saúde), Orlando Silva (Esportes), Márcio Fortes (Cidades) e Carlos Lupi (Trabalho).
Lula inaugurou as primeiras obras do PAC na comunidade. Com investimento de R$ 231,2 milhões, foram entregues, além do centro esportivo, um Complexo de Atendimento à Saúde (CAS), que irá abrigar uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA 24h), um Centro de Saúde da Família e um Centro de Atenção Psicossocial.
Residência Oficial da Granja do Torto
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Residência Oficial da Granja do Torto é uma das residências mantidas pela Presidência da República Federativa do Brasil. É uma propriedade com características de casa de veraneio, localizada no bairro da Granja do Torto que, assim como o Palácio da Alvorada, situa-se fora do Plano Piloto de Brasília.
A residência oficial dos presidentes da República é o Palácio da Alvorada, inaugurado em 1958, antes mesmo da Capital Federal. Todavia, a Residência Oficial do Granja do Torto já serviu de morada para alguns ex-presidentes como João Goulart e João Baptista Figueiredo, que até mesmo criava cavalos no local. Também é a residência favorita do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, que frequentemente aí recebe mandatários estrangeiros e organiza reuniões ministeriais. Lula e sua esposa, Marisa Letícia, também costumam celebrar uma festa junina na residência, ao lado de políticos, amigos e familiares[1].
Situada na ponta extrema da Asa Norte, a Fazenda do Riacho Torto foi usada pela primeira vez por Íris Meinberg, diretor da NOVACAP (Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil). Além da residência do diretor, a fazenda deveria abrigar uma moderna granja para abastecer a futura cidade-capital de ovos e frangos, surgiu aí a Granja do Torto, que possui esse nome por localizar-se próxima às margens do Ribeirão do Torto.
Uma outra versão, porém um tanto fantasiosa, narra que a Residência do Torto pertencia à João Goulart e, por ocasião do Golpe Militar de 1964, foi encampada pelo novo regime. O nome deve-se à Adão Guedes, criado pela mãe de João Goulart, em São Borja, Rio Grande do Sul, que era capataz da granja e, por um acidente nas lidas do campo, teve um olho vazado por um arame farpado, passando a usar um olho de vidro. Guedes teria ficado conhecido como "o Torto" em razão desse acidente, advindo daí o nome da Granja. Tal versão é contada por Manoel Ribas Guedes (1927), de São Borja, amigo dos tempos de adolescência de João Goulart e conhecedor de muitos detalhes da família Goulart em São Borja.
[editar] Galeria de arte
A Granja do Torto possui obras de arte que fazem parte do acervo da Presidência da República. São trabalhos de diferentes épocas e estilos, tais como Italian pot with flowers, de Philip Sutton, e serigrafias de Carlos Scliar.
Irmão de Lula tenta visita pela segunda vez no Guarujá e não é recebido
Plantão | Publicada em 06/02/2008 às 15h05m
Flávio Freire, O GloboSÃO PAULO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não recebeu nesta quarta-feira a visita do irmão Germano Inácio da Silva, que pela segunda vez neste carnaval tentou um encontro com ele no Forte dos Andradas, no Guarujá. Germano chegou com a mulher e um filho e disse que pretendia falar sobre assuntos familiares, mas foi alertado por seguranças da Presidência que Lula não poderia recebê-lo porque estava pescando. Os seguranças disseram ainda que assessores do presidente ligarão para ele para agendar um encontro.
Aos jornalistas de plantão na porta do forte, o irmão de Lula afirmou que não tinha críticas ao governo, mas que o país precisa sempre dar mais atenção às questões de educação, saúde e segurança.
No último sábado, Germano foi ao Forte por volta de 22h30 e não foi recebido. De acordo com a Tribuna Digital, em janeiro do ano passado, o marítimo procurou Lula para pedir um ''emprego digno'', o que não obteve. O irmão de Lula mora em Vicente de Carvalho.
O artigo The Political Resource Curse, recentemente publicado pelo National Bureau of Economic Research (NBER) de autoria da economista brasileira Fernanda Brollo, em conjunto com papas da economia política, como Guido Tabellini e Roberto Perotti, ajuda a explicar o derretimento moral e institucional do Distrito Federal.
Os autores argumentam que o excesso de transferências recebidas por um governo local pode ampliar a corrupção, piorando o funcionamento das instituições e reduzindo a qualidade dos políticos daquela localidade.
Primeiro, porque com elevada disponibilidade de recursos é possível atender às demandas dos eleitores e ainda restam recursos a serem apropriados.
Segundo, porque a possibilidade de desviar verbas públicas atrai para a arena política candidatos de menor formação moral, intelectual e cívica.
Em terceiro lugar, em uma interação dos dois primeiros fenômenos, o governante que está no poder, ao enfrentar candidatos menos qualificados, tem uma vantagem eleitoral prévia e, portanto, pode capturar mais rendas (e entregar menos serviços públicos ao eleitor) sem que isso aumente substancialmente o risco de perder a eleição.
O Distrito Federal tem uma posição financeira privilegiadíssima dentro da Federação brasileira. Além de receber todas as transferências a que fazem jus os demais estados, o DF ainda conta com o Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), que se destina a manter os serviços de segurança, saúde e educação.
Não bastasse isso, ainda há a vantagem de que a Justiça, o Ministério Público e a Defensoria Pública locais são de competência da União e, portanto, pagos pelo Governo Federal (enquanto os demais estados da Federação têm que arcar com os custos de entidades similares).
O resultado é o que se vê no gráfico abaixo, construído de forma a tornar comparáveis as contas do DF com as dos demais estados.
Para obter tal comparabilidade, deduzimos das receitas do DF aquelas tipicamente municipais e somamos às receitas dos estados os valores que eles transferem aos municípios (pois o DF não faz transferências a municípios).
Também somamos às receitas do DF o valor do FCDF (R$ 6,6 bilhões) e o montante despendido pela União com o Ministério Público (R$ 361 milhões) e a Justiça locais (R$ 1,2 bilhão).
Feitos esses ajustes, temos que, com uma receita per capita de R$ 7,1 mil em 2008, o DF é a unidade federada de maior receita. Trata-se de valor 42% maior que o do segundo colocado no ranking (Rondônia) e 121% superior à do Estado mais rico da federação (São Paulo).
O resultado disso não é apenas uma ampla margem financeira para a corrupção, mas também um incentivo perverso para que os governantes locais apóiem toda e qualquer reivindicação salarial dos servidores locais, pois a conta será paga pelos contribuintes de todo o país enquanto os votos dos servidores-eleitores fluirão para o governante local que os apoiou.
Não é de estranhar que o serviço de segurança pública do DF tenha ficado em último lugar em um ranking de eficiência (que compara custos e resultados de políticas públicas) estimado por Oliveira Alves Pereira Filho, em artigo acerca das finanças do DF, premiado pela Secretaria do Tesouro Nacional em 2009.
A lição que o episódio do DF deixa para o Brasil transcende a Capital Federal. Situações de excesso de transferência existem em todo o País.
Municípios de pequena população recebem fortunas do Fundo de Participação dos Municípios; os royalties do petróleo, as participações relativas à geração de energia elétrica e à extração de outros recursos naturais também despejam muito dinheiro em vários estados e municípios; os critérios de partilha do ICMS criam outros tantos “governos milionários”.
Aliás, o artigo da NBER citado acima utiliza justamente os municípios brasileiros para a comprovação empírica de suas teses.
Até hoje foi “politicamente difícil” mexer nessas partilhas, pois envolvem interesses conflitantes das diferentes unidades federadas.
Porém, com o advento do Pré-Sal e suas estimativas bilionárias de receitas, multiplica-se o potencial destrutivo desse dinheiro que “cai do céu” diretamente no caixa dos três níveis de governo.
É preciso ter muito cuidado na alocação dos royalties do “novo petróleo”. A discussão aberta no Congresso sobre essa partilha e a decisão tomada pelo STF na semana passada, declarando a inconstitucionalidade da lei que regulamenta a distribuição dos recursos do Fundo de Participação dos Estados, poderiam ser o ponto de partida para se rediscutir todo o sistema de transferências intergovernamentais do País.
Providências adicionais relevantes seriam reduzir o FCDF e atribuir ao TCU competência para monitorar e fiscalizar as finanças e os gastos das unidades federadas cujas receitas de transferência da União tivessem um peso elevado na receita corrente total.
Os autores são Consultores Legislativos do Senado Federal. O artigo reflete opiniões pessoais e não constitui manifestação oficial da instituição onde trabalham os autores. Mendes@senado.gov.br e kohler@senado.gov.br
Estudos de R$ 2 mi medem popularidade de programas associados à ministra, como PAC
Relatórios apontam que população desconhece vitrines; PAC tem caráter abstrato e não foi alvo de publicidade, diz Secom
De Marta Salomon:
O Palácio do Planalto pagou R$ 2 milhões por pesquisas que aferem a popularidade de programas de governo e, em especial, de ações às quais a imagem da pré-candidata petista, Dilma Rousseff, está mais associada.
Relatórios traçados por um especialista em comportamento eleitoral indicam "patamares elevados de desconhecimento" de vitrines do governo, como o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e o pré-sal.
Os estudos foram iniciados em 2009, sob encomenda da Secretaria de Comunicação da Presidência. Os resultados são estratégicos para delinear a plataforma eleitoral da ministra da Casa Civil.
A Folha teve acesso aos questionários e relatórios das pesquisas após reclamar formalmente o direito de acesso a dados públicos.
"Eu diria que sempre é um subsídio, é claro", afirmou o diretor-presidente do Instituto Meta, Flávio Eduardo Silveira, sobre a contribuição das pesquisas para a tática de Dilma.
O sociólogo avalia que falta ao PAC uma identidade mais próxima da população, como ocorre no caso do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, por exemplo, também objeto das pesquisas. "Fica algo muito abstrato", disse.
Assinante do jornal leia mais em Planalto paga pesquisa sobre trunfos eleitorais de Dilma
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