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segunda-feira, 8 de março de 2010

Filho de Sarney enviou R$ 1 milhão para a China, diz jornal



Fernando Sarney não teria declarado valor à Receita Federal.
Suposta descoberta seria fruto de cooperação entre Brasil e China.

Do G1, em São Paulo


O empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB- AP) (Foto: Celso Júnior/AE)

O governo chinês confirmou a movimentação de R$ 1 milhão em contas no exterior de Fernando Sarney, filho do senador José Sarney (PMDB-AP), informa reportagem publicada na edição deste domingo (6) na “Folha de São Paulo”.

Segundo o jornal, autoridades chinesas informaram que o valor teria sido enviado a uma conta do HSBC em Qingdao, na China, por meio de um paraíso fiscal. Ainda de acordo com a “Folha”, o valor não teria sido declarado à Receita Federal, o que poderia indicar que o dinheiro provém de atividades supostamente ilícitas da família Sarney.

O advogado de Fernando Sarney, Eduardo Ferrão, afirmou que o processo contra seu cliente corre em segredo de justiça e que, portanto, não poderia se manifestar de forma específica sobre o caso. No entanto, ele negou as acusações. "A denúncia não tem a menor procedência, mas quando a privacidade das pessoas começa a ser exposta dessa forma, prefiro não me manifestar. Afirmo categoricamente que não procede a acusação", afirmou.



Em julho de 2009, o jornal “O Estado de São Paulo” noticiou que investigadores da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal, que integram a operação Faktor, haviam pedido auxílio às autoridades chinesas para levantar todas as informações sobre uma suposta remessa de R$ 1 milhão para a Ásia que teria ocorrido em 2008.

O documento que autoriza a transação, reproduzido pela “Folha”, leva a assinatura de Fernando Sarney e, segundo o jornal, teve sua veracidade atestada pelo governo chinês.

De acordo com a reportagem, confirmou-se que o dinheiro saiu de uma conta que Fernando operaria em um paraíso fiscal por meio de uma empresa “offshore” com sede no Caribe. Depois disso, o valor teria passado pelo banco HSBC em Nova York e sido depositado na conta de uma empresa chinesa, mas os investigadores do governo não saberiam qual a finalidade da movimentação financeira.

Fernando Sarney, filho mais velho de José Sarney, comanda os negócios da família e é investigado pela PF por tráfico de influência, lavagem de dinheiro e remessa ilegal de divisas para o exterior.

PF apura suposta remessa de filho de Sarney para China

Da Agência Estado



A partir de uma das cinco frentes de investigação abertas pela Operação Boi Barrica, a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) passaram a rastrear contas secretas supostamente mantidas por Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), no exterior. Há pouco mais de um mês, os investigadores pediram auxílio às autoridades chinesas para levantar todas as informações sobre uma remessa de US$ 1 milhão para um banco em Qindao, na China.


A Procuradoria-Geral da República teve de fazer até licitação para contratar um tradutor que pudesse transcrever o pedido de cooperação para o mandarim. Além da remessa para a China, estão sob investigações transações em contas em paraísos fiscais do Caribe. O Brasil tem acordo de cooperação com a China. O pedido brasileiro foi enviado por meio do Departamento de Recuperação de Ativos do Ministério da Justiça.


Na primeira fase da investigação, a PF e o MPF reuniram documentos, e-mails e conversas telefônicas que tratam das operações financeiras no exterior. De acordo com as indicações contidas nos documentos, a maioria das contas é movimentada por Gianfranco Perasso, um dos colegas de Fernando Sarney na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) - segundo a polícia, ele é uma espécie de laranja de luxo do empresário. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.






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