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domingo, 21 de novembro de 2010

Dilma deve anunciar nesta semana saída de Meirelles do BC

Petista não gostou da iniciativa do presidente do Banco Central de impor condições para permanecer no cargo

21 de novembro de 2010 | 23h 00
Vera Rosa, Christiane Samarco e Adriana Fernandes, de O Estado de S. Paulo

BRASÍLIA - A presidente eleita, Dilma Rousseff, não convidou nem pretende convidar Henrique Meirelles a permanecer no comando do Banco Central. Dilma deve se reunir com Meirelles nesta semana, mas está com um pé atrás. Ficou furiosa com informações de que ele impôs condições para ficar no cargo, como a manutenção da autonomia na definição dos juros.

Até mesmo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não escondeu a contrariedade com o comportamento de Meirelles. Para Lula, ele perdeu muitos pontos ao agir assim porque, ao justificar sua esperada saída, tentou jogar no colo de Dilma a responsabilidade por eventual mudança na política monetária.

A avaliação é a de que Meirelles criou enorme embaraço econômico, de difícil solução para Dilma, ao informar que foi convidado para continuar no cargo e, ao mesmo tempo, condicionar sua permanência à autonomia da instituição. Com isso, qualquer decisão que Dilma vier a tomar agora – diferente da permanência de Meirelles na presidência do banco – será interpretada pelo mercado financeiro como um afrouxamento da política de autonomia.

A manobra de Meirelles foi ocasionada, segundo políticos aliados, pela confirmação de Guido Mantega no Ministério da Fazenda em primeiro lugar. A informação emitiu um sinal de que Mantega será uma espécie de capitão do time e que o futuro presidente do Banco Central ficará, na prática, subordinado à Fazenda. Hoje, Meirelles tem status de ministro e responde diretamente ao presidente da República.

Status

Os aliados avaliam que Dilma vai, de fato, retirar o status de ministro do presidente do Banco Central. Não se trata de uma discussão para agora, mas, a essa altura, já há quem aposte na edição de uma medida provisória para fazer a mudança de imediato.

A declaração de Meirelles sobre o convite para ficar – dada na sexta-feira, na Alemanha – funcionou como faísca num ambiente já minado de desconfianças em relação à política fiscal de Dilma. Os juros terminaram a semana passada em níveis elevados no mercado futuro.

Ensaiando movimento de pressão pela retomada do processo de alta da taxa Selic para combater sinais de aumento da inflação, o mercado teme, agora, que a autonomia acabe no próximo governo. O receio foi manifestado depois da informação de que Dilma também quer reduzir os juros reais para um patamar em torno de 2%.

A autonomia do Banco Central para decidir sobre a taxa de juros foi um dos pilares econômicos mantidos pelo presidente Lula em seus dois mandatos. Embora não tenha sido institucionalizada em lei, Lula a assegurou ao presidente do BC, mesmo nos momentos mais críticos do embate que ele travou com Mantega sobre os juros.

Para integrantes da atual equipe econômica, Meirelles tentou pôr Dilma no "corner". Não é a primeira vez que o presidente do BC mistura política com economia. Quando ele tentou a vaga de vice-presidente na chapa de Dilma, os juros futuros também tiveram alta, com prejuízos para a política monetária.





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#PT A sombra da suspeita



Ministério Público retoma a tese de crime político em julgamento de acusado pela morte do prefeito Celso Daniel

Alan Rodrigues

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RETOMADA
Para o MP, Sérgio Gomes (abaixo) encomendou
o assassinato de Celso Daniel (acima)

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O sequestro e assassinato do prefeito de Santo André Celso Daniel (PT), em 2002, chocou o País. Desde o início, o caso foi considerado mais do que um episódio típico da violência que aflige regiões urbanas como a Grande São Paulo. Celso Daniel era, na época, coordenador da campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva e sua morte começou a ser investigada como parte de um enredo de corrupção e desavenças partidárias. O foco das suspeitas caiu, então, sobre importantes personagens do Partido dos Trabalhadores. Oito anos e dez meses depois do episódio, duas hipóteses ainda concorrem para explicar essa morte. Para a Polícia Civil de São Paulo, houve um crime comum. Para o Ministério Público, foi crime político.

O caso voltou à tona na semana passada num júri no Fórum de Itapecerica da Serra, cidade próxima à capital paulista, onde o corpo de Celso Daniel foi encontrado em uma estrada de terra em 20 de janeiro de 2002, crivado de balas e com marcas de tortura. Durante as oito horas de julgamento, a cadeira do réu esteve vazia. O acusado, Marcos Bispo dos Santos, é um foragido da Justiça. Mas, mesmo se ele tivesse comparecido ao julgamento, na quinta-feira 18, sua presença não seria suficiente para resumir tudo o que estava em jogo no tribunal. Além de decidir sobre a culpa ou a inocência de Bispo dos Santos na morte de Celso Daniel, o Tribunal do Júri servia para reencarnar o velho fantasma do crime político, que atormenta o PT. “Não vou pôr o PT no banco dos réus. Mas é evidente que (o PT) faz parte do contexto”, disse o promotor Francisco Cembranelli, especialmente nomeado para cuidar da acusação. Mais nova estrela do Ministério Público paulista, Cembranelli ganhou fama no caso Isabela Nardoni, quando condenou o pai e a madrasta da menina. Sua presença no júri de Itapecerica era emblemática.

“O MP escalou sua tropa de elite”, indignou-se Adriano Marreiro dos Santos, advogado de defesa de Bispo dos Santos. “Queriam ganhar com o nome dele, por isso trouxeram um promotor de fora. O promotor natural do caso não é competente?”, questionou o advogado. De fato, a Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo, há pouco mais de três meses, afastou do caso o promotor da cidade, Vitor Petri. Fato inédito na comarca: Petri nem sequer foi convidado para assistente da acusação e acompanhou parte do julgamento no meio dos populares. A presença de Cembranelli representava assim a grande aposta do MP para se contrapor às conclusões da investigação policial. “Tive apenas a missão de contar a história”, esquivou-se Cembranelli.

Contar história foi mesmo uma qualidade que o promotor esbanjou no julgamento. Sem apresentar nenhuma prova técnica de que o crime teve mando político e sem convocar uma única testemunha de acusação, Cembranelli conseguiu provar aos sete jurados (cinco professores, uma assessora de imprensa e um técnico de computação) que Bispo dos Santos integra uma organização criminosa que recebeu dinheiro para sequestrar, torturar e matar Celso Daniel. Bispo dos Santos foi o primeiro dos sete acusados de participação na morte do então prefeito a ser julgado. Ele era o motorista de um dos três carros usados pelos sequestradores de Celso Daniel na noite do crime. Trancafiado em março de 2002, permaneceu preso até março deste ano, quando deixou a penitenciária graças a um habeas corpus expedido pelo Supremo Tribunal Federal que questionou os oito anos de prisão do acusado sem ser pronunciado. Antes do julgamento, porém, Bispo dos Santos sumiu e foi declarado foragido. O Tribunal de Júri condenou-o a 18 anos de prisão em regime inicial fechado, por homicídio duplamente qualificado – motivo torpe, almejando recompensa, e sem possibilidade de defesa da vítima.

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Cembranelli conseguiu a condenação dando um show diante de um tribunal boquiaberto. Com um vasto repertório de gestos e expressões faciais, o promotor alternava a voz entre momentos tornitruantes e suaves murmúrios ao pé do ouvido dos jurados. Quase celebridade, foi alvo de tietagem explícita. “Sou apaixonada por ele”, disse a estudante Pilar Trevisan, que ostentava como troféu um autógrafo dado a ela pelo promotor na entrada do júri. Cembranelli discursou por uma hora, até o intervalo que o júri fez para o almoço. Comeu um marmitex com arroz, feijão, batata frita, filé de frango e abobrinha picada, o mesmo menu dos jurados que acabariam convencidos da tese que defendeu. Cembranelli sustentou que Celso Daniel havia descoberto que a propina dada por empresários à administração da prefeitura era repassada à diretoria do Partido dos Trabalhadores para financiar caixa 2 de campanha eleitoral. Disse também que parte do dinheiro estava sendo desviada para contas particulares dos envolvidos. Celso Daniel foi morto, segundo o promotor, porque tentou acabar com esse esquema de corrupção. O mandante do crime teria sido Sérgio Gomes da Silva, o “Sombra”, empresário e ex-assessor do prefeito petista que estava com ele no momento do sequestro (leia quadro na página 48).

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CONVOCADO
Cembranelli (ao lado à esq.), no júri que condenou Bispo dos Santos (à dir.)

Sombra é um empreendedor que enriqueceu muito depois de ter se tornado amigo de Celso Daniel nos anos 90. Há indícios fortes de que ele arrecadava propina junto a fornecedores da prefeitura. A polícia, no entanto, nunca conseguiu estabelecer relação entre os casos de corrupção e a cena do crime. Tampouco teve dados para demonstrar qualquer ligação entre Sombra e o bando que sequestrou Celso Daniel. Os criminosos, presos há oito anos, seguem negando que o crime foi encomendado. O inquérito mostrou ainda que Sombra e o prefeito jamais estiveram rompidos, o que seria um dado fundamental, se fosse verdade, para a versão do MP. Amigos de longa data, os dois ainda compareciam juntos a encontros reservados do PT, no início da campanha presidencial. Também não há evidências concretas, conforme a polícia, de que Celso Daniel tivesse descoberto o esquema de corrupção na prefeitura, o que teria levado Sombra a tramar a morte de seu protetor. O MP baseia a tese da “descoberta” em afirmações de familiares de Celso Daniel e no depoimento de um corréu do caso. A Polícia Civil, por seu lado, investigou o caso durante dois meses, ouviu mais de 150 testemunhas, montou um processo com mais de 30 volumes e sete mil páginas – recheadas de laudos técnicos – e obteve a confissão dos criminosos. De acordo com o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o grupo de bandidos estava em busca de um empresário e sequestrou Celso Daniel por engano.

O trabalho policial, no entanto, foi sempre contestado pelo MP que, três anos depois do crime, exigiu mais investigações. Foi, então, aberto um novo inquérito com outro delegado responsável que chegou às mesmas conclusões. A família de Celso Daniel, assim como os promotores, jamais se conformou com este resultado. Dois irmãos do prefeito acabaram se auto-exilando do País, alegando medo de morrer. Parte desse medo se explica: sete pessoas envolvidas no crime perderam a vida em situações misteriosas (leia quadro ao lado). Com tantos in­gredientes macabros e interesses políticos nessa história, é fácil entender por que a sombra da suspeita ainda teima em pairar sobre o caso.

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ESCUTAS TELEFONICAS


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Crazy Japanese Fangirl Touches Daniel Radcliffe and Rupert Grint





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#news Israel launches attacks against Gaza-based Army of Islam







by Saud Abu Ramadan

GAZA, Nov. 21 (Xinhua) -- In the past three weeks, the Israeli army sent its war jets to the Gaza Strip and killed three members of the Gaza-based Islamic group Army of Islam in two separate aerial attacks.

On Nov. 3, an Israeli war jet attacked the group member Mohamed al-Nemnem's car with a missile in western Gaza and killed him. Later on Nov. 17, war jets hit the car of Mohamed and Islam Yassin, also members of the group, and killed them in central Gaza.

According to Israeli media, members of the Army of Islam are planning terrorist attacks against Israeli and other foreign targets in the Egyptian Sinai peninsula with the cooperation of al- Qaida.

The group also plans to kidnap Israelis and exchange them for Palestinian prisoners, said media reports.

The Army of Islam was founded four years ago by Momtaz Doghmosh, an ex-Fatah militant, who became loyal to the Islamic Hamas movement.

In June 2006, the group joined Hamas in kidnapping the Israeli soldier Gilad Shalit in a cross-border attack in southeast Gaza Strip, but ties between the group and Hamas were broken after the group was involved in kidnapping the BBC reporter Alan Johnston.

After then, the Army of Islam militants fired homemade projectiles and mortar rounds at southern Israeli communities, which threatened a fragile ceasefire reached between Hamas and Israel at the end of the three-week Israeli offensive on Gaza that ended last January.

After the Israeli attacks, Egyptian security intelligence sources denied Israeli security report that Egypt has coordinated with Israel through a joint plan to prevent attacks in Sinai.

Egypt has not arrested any one of the Army of Islam in Sinai, said the sources.

Meanwhile, Khaled Safi, a political analyst and a Gaza-based expert in radical Islamic movements, told Xinhua that Egyptian security forces had recently nabbed a terrorist group in Sinai " that apparently linked to the Army of Islam."

"Israel had rigorously targeted the group as if it wants to warn the Army of Islam against violating interests in Egypt, especially in Sinai," Safi said, adding "undermining the group is not only an Israeli interest, but also in Egypt's as well as Hamas ' interests."

Egypt has been sponsoring a dialogue between Fatah and Hamas, and observers believe that getting rid of radical groups that have links to al-Qaida and restoring a ceasefire with Israel, would help to achieve the inter-Palestinian reconciliation.

Hamas has refused to sign on the Egyptian reconciliation pact that presented to the Palestinian factions about one year ago, saying that it has reservations over some phrases in the drafted pact.




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#dilma Apedreja e chora


Foi bonito. Foi comovente. Lula no Rio, Dilma em Brasília. As lágrimas do criador e da criatura resolveram brotar no mesmo dia, em público, numa sintonia impressionante.

É um bom sinal. O brasileiro adora ser liderado por gente que chora. A plataforma coitada será mantida. Em time que está ganhando não se mexe.

Já era hora mesmo de uma choradinha. O governo Lula começou com o Fome Zero. O governo Dilma se prepara para começar com o Idéia Zero. A paisagem desértica da partilha de cargos e da falta de planos, ornamentada pela assombração da CPMF, assusta qualquer um. É mesmo de chorar.

Mas o choro redime. É fórmula testada e aprovada. Tem sido assim desde o primeiro mandato do PT: se mantém o Banco Central governando, escala-se um ministro Mantega na Fazenda para fingir que faz oposição ao neoliberalismo, e o presidente(a) chora. Não tem erro.

Assim o governo bonzinho pode fazer quase tudo. Até aprovar as pedradas de Ahmadinejad.

Ao se abster de condenar o apedrejamento no Irã, o Brasil mostrou ao mundo sua coerência. Um país que defende a escalada atômica do ditador iraniano não poderia mesmo se preocupar com umas pedrinhas.

O argumento da diplomacia brasileira é cristalino: o país não assinou a resolução da ONU contra as barbaridades de Ahmadinejad porque os direitos humanos devem ser discutidos de maneira holística.

Perfeito. A tortura cubana aos presos políticos também não era holística, por isso o filho do Brasil ficou na dele. Essas coisas que não são holísticas não têm mesmo a menor importância.

Já o choro sincronizado de Lula e Dilma é totalmente holístico. Acontece quase simultaneamente a centenas de quilômetros de distância, em sintonia com as lágrimas dos crocodilos da Austrália, do outro lado do planeta.

É assim que a bondade tem que ser. Holística. Às favas com as pedradas na adúltera do Irã, às favas com a fome de poder e a preguiça de governar, às favas com a gula de arrecadar e a cara-de-pau de ressuscitar a CPMF – nada disso tem importância diante de um governo que chora.

O Brasil não resiste a essa cena: o ex-operário, a mulher e as lágrimas dos oprimidos – caminhando para 12 anos no poder. Coitados.




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26/10/2008 free counters

Procuradoria quer cruzar dados de doação eleitoral

21 de novembro de 2010 | 11h 33
AE - Agência Estado

A Procuradoria Regional Eleitoral em São Paulo requereu ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) que seja determinado à Secretaria da Receita Federal o cruzamento dos valores repassados por todos os cerca de 32 mil doadores de campanha no Estado nas últimas eleições e os correspondentes rendimentos ou faturamentos declarados no exercício de 2009.

Em ofício ao TRE, o procurador eleitoral Pedro Barbosa Pereira Neto assinalou a importância da celeridade da investigação. Ele também pediu acesso aos dados fiscais nos casos em que houver indício de irregularidade, ou seja, que as doações tenham extrapolado os limites legais - pessoas físicas podem doar valor equivalente a 10% do rendimento bruto obtida no ano anterior ao pleito e as empresas até 2% do faturamento.

O procurador alerta que o prazo apertado para análise dos dados e a eventual apresentação de ações judiciais contra candidatos por irregularidades na captação de recursos justifica a antecipação do pente-fino da Receita. A partir da diplomação dos deputados eleitos, marcada para 17 de dezembro, a procuradoria tem apenas 15 dias para agir.

No documento enviado ao TRE, Pereira Neto destaca a necessidade de o sistema judicial eleitoral "atuar a contento no controle dos gastos de recursos financeiros de campanhas eleitorais". A Procuradoria vai pedir sanções a doadores que tenham infringido o artigo 30 A da lei 12.034. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As novas estranhezas do caso Celso Daniel

A principal testemunha do caso fugiu da prisão, a promotora levou “uma fechada” e a ex-mulher do ex-prefeito foi vetada para assumir a Casa Civil. Por Hugo Souza

5/10/2010 |

No final de agosto a promotora Eliana Faleiros Vendramini dirigia em uma via expressa de São Paulo quando, segundo uma nota publicada no jornal O Estado de S.Paulo, um Gol bateu repetidamente na lateral do seu carro blindado até jogá-la para fora da pista, fazendo com que capotasse três vezes e fugindo sem prestar socorro. Cerca de um mês depois, na quinta-feira, dia 23 de setembro, a Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo divulgou a informação de que Elcyd Oliveira Brito fugira do Centro de Progressão Penitenciária de Pacaembu no dia 4 de agosto. Mas o que um fato tem a ver com outro? A resposta é: o caso Celso Daniel.

No dia 18 de janeiro de 2002 o então prefeito da cidade paulista de Santo André, Celso Daniel, foi sequestrado quando saía de uma churrascaria no bairro dos Jardins, em São Paulo, e encontrado morto dois dias depois, com onze tiros, em Juquitiba, em uma estrada próxima à Rodovia Régis Bittencourt. Eliana é a promotora do caso da morte de Celso Daniel, e Elcyd Brito é suspeito de participação no assassinato e principal testemunha viva do crime, cujos acusados vão a júri popular no próximo dia 18 de novembro. A morte de Celso ganhou contornos políticos quando surgiram denúncias de que em Santo André funcionava um esquema de extorsão de empresas de ônibus para abastecer um suposto caixa dois do PT.

O PT, entretanto, sustenta desde então que o assassinato de Celso Daniel foi um “crime comum” – conclusão do inquérito policial – da mesma forma como a promotora Eliana declarou que o suposto atentado que sofreu em São Paulo foi na verdade “uma fechada”. A diferença é que sete testemunhas do caso Celso Daniel já morreram desde 2002, do garçom que serviu Celso na noite do seu sequestro até o legista que examinou o cadáver do ex-prefeito petista, e seu irmão Bruno Daniel está na França na condição de refugiado devido às ameaças que sofreu por querer aprofundar as investigações.

Celso Daniel na sucessão da Casa Civil

No último dia 16 de setembro a subchefe de Articulação e Monitoramento da presidência da República, Miriam Belchior, chegou a ser confirmada por fontes do palácio do Planalto como a nova ministra-chefe da Casa Civil, em substituição a Erenice Guerra, que acabara de cair em função das más práticas de seu filho, Israel Guerra, cuja contribuição para a administração petista consistia em “ajudar” empresas privadas a participar de licitações públicas.

O nome de Miriam chegou a ser dado como certo pelos sites de diversos veículos de comunicação. Coordenadora do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) desde que Dilma deixou a Casa Civil, ela teria sido a preferida do presidente Lula para assumir o ministério já quando a candidata petista deixou a pasta, em março, para encabeçar a chapa situacionista nas eleições presidenciais. O governo, entretanto, recuou da nomeação de Míriam na última hora.

Poucas horas depois de ela ter sido dada como certa para chefiar a Casa Civil, o porta-voz da presidência da República, Marcelo Baumbach, anunciou que a vaga seria ocupada interinamente pelo secretário-executivo do ministério, Carlos Eduardo Esteves.

Uma das hipóteses para o veto a Miriam Belchior é a de que o Planalto considerou seu nome sujeito a novos ataques envolvendo o ministério do qual saiu a escolhida de Lula para disputar sua sucessão. O motivo? Miriam é ex-mulher de Celso Daniel, e sua nomeação poderia fazer o episódio emergir do limbo e se transformar em mais um fantasma a assombrar a candidatura de Dilma, ainda mais porque ela, Miriam, chegou a ser apontada como integrante do suposto esquema de Santo André.

O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza, apressou-se para desmentir esta versão, dizendo: “Isso não é problema nenhum. Imagina a que ponto chegamos de levantar o assunto do assassinato. Esse é um assunto fartamente investigado e é um caso encerrado”.

Caro leitor,

Tendo em vista os fatos subsequentes ao assassinato de Celso Daniel, você acha que se tratou de um crime político ou de um crime comum?

Você considera que o PT não se empenha como deveria para pressionar os órgãos competentes no sentido de um melhor esclarecimento do caso?

A sucessão de estranhezas relacionadas ao assassinato do ex-prefeito de Santo André não seria suficiente para investigações mais aprofundadas?

http://opiniaoenoticia.com.br/brasil/politica/as-novas-estranhezas-do-caso-celso-daniel/

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#pt Empresária que revelou propina vira ''fugitiva''


'Ando com minha malinha para um lugar e outro', diz denunciante do caso Santo André

21 de novembro de 2010 | 0h 00
Fausto Macedo - O Estado de S.Paulo

Rosângela Gabrilli, que denunciou à promotoria o esquema de propinas na administração Celso Daniel (PT) - prefeito de Santo André morto em 2002 -, vai por aí, sem rumo certo. "É cada hora em um lugar. Ando com minha malinha para um lugar e para outro."

Na sexta-feira ela conversou por telefone com a reportagem do Estado, de algum ponto do País que não quis indicar. Como diz, isolou-se, "tamanha a frustração e a decepção com tudo".

"Tudo", ela resume, "são as autoridades, os políticos". Exclui desse rol o Ministério Público, os promotores do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado que a acolheram quando Celso Daniel foi eliminado. Soube da condenação de Marcos Roberto Bispo dos Santos, apontado como integrante do grupo que sequestrou e fuzilou o petista. Dezoito anos em regime fechado foi a pena que o júri popular decretou na quinta-feira para o réu, o primeiro de sete acusados.

"É um alívio, principalmente por constatar que a Justiça começou a ser feita", declarou Rosângela. "Há anos estava apreensiva por qualquer coisa que acontecesse. Quando o julgamento foi marcado minha esperança foi muito grande. Uma hora, afinal, tinha que acontecer. É uma vitória importante, mas temos outros passos pela frente."

Quando os bandidos crivaram de balas o prefeito, Rosângela criou coragem e tornou de conhecimento geral os métodos de uma organização que se apossou de setores da gestão municipal. "Uma corja de malfeitores alojada na administração petista", nas palavras do promotor Francisco Cembranelli.

O pai dela, empresário Luiz Alberto Ângelo Gabrilli, de 75 anos, é um homem doente. Praticamente perdeu a voz, e mal consegue se movimentar - consequências do trauma, sustos e desgostos. "Papai ficou assim depois que perdemos a Expresso Nova Santo André", conta Rosângela. "Foi quando meu pai caiu em si de que havia sido enganado, ludibriado por essa turma toda." Restou a Expresso Guarará, da qual Rosângela foi diretora por 16 anos.

"Contribuição". Em 1997, ela depõe, a prefeitura convocou uma reunião a portas fechadas com os empresários do transporte público de Santo André. O início da trama. Daquele encontro, afirma Rosângela, participou Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, guarda costas e amigo de Celso Daniel - para o Ministério Público, Sombra foi o mandante do assassinato do prefeito que teria se insurgido contra a corrupção ao constatar que o dinheiro não ia apenas para o caixa do PT, mas também para o bolso de aliados. Roberto Podval, defensor de Sombra, afirma que ele não tem envolvimento com o caso.

"Ali foi determinada a contribuição mensal, os valores da extorsão para campanhas do PT", relata Rosângela. "Na reunião com os empresários foi estipulado um valor por ônibus. A propina variava por empresa, conforme aumentava a tarifa ia aumentando esse valor por ônibus."

Os pagamentos se sucederam até dezembro de 2001 - em janeiro do ano seguinte, Celso Daniel foi executado. "Era todo dia 30", ela afirma. "Sete empresas eram forçadas a contribuir."

Gabrilli não suportava aquela obrigação de contribuir com a corrupção e a resistência lhe custou caro. Vieram exigências contratuais, condições que golpearam o empresário e seus negócios. "Tivemos que construir um terminal na Vila Luzita", diz Rosângela. "Foi uma imposição do contrato de concessão. O problema é que a gente cumpria tudo, quem não cumpria era a prefeitura. A gente comprava ônibus novo para repor a frota, mas a administração não deixava pôr na rua. Não liberava."

"A gente tinha que entrar com mandado de segurança para colocar ônibus novo em circulação", ela conta. "Nunca vi isso. Em lugar nenhum empresário compra ônibus e não consegue pôr na rua. Não foi uma vez, foram duas vezes que recorremos à Justiça. Fomos colocados para fora."

Quando Celso Daniel foi eliminado, Rosângela apelou à promotoria e contou sua história, que resultou na abertura de muitas ações judiciais contra os antigos parceiros do petista, hoje réus por improbidade. Ela repudia o fato de nenhuma dessas ações ter chegado ao seu final. "É desestimulante, são oito anos já. É doído ver o quanto demora para as coisas acontecerem nesse País. Difícil aceitar uma lentidão tão grande em um caso importante e com provas tão cabais."


ESCUTAS TELEFONICAS

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Buddha Shaped Pears from China


Buddha Shaped Pears from China

Chinese farmer Hao Xianzhang has perfected the process of growing pears inside Buddha shaped plastic molds.

Each pear shaped like Buddha costs around 50 yuan ($7.32 USD). [via]

Buddha Pears

Pears Shaped Like Buddha

Farmer Grows Buddha Pears

Pears Shaped Like Baby Buddha

Baby Buddha Shaped Pears

Farmer Grows Buddha Shaped Pears





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#NEWS Kate: The making of a very middle class Princess (PART 2)


By Katie Nicholl

Last updated at 3:56 AM on 21st November 2010


Kate Middleton

Making strides: Kate emerges from St Andrews after graduating in June 2005 - she obtained a 2:1 in art history

Sandhurst was unlike anything William had ever known. Echoing the message he had expressed upon Harry’s arrival the previous year, Major-General Ritchie told the waiting media that ­William would be treated exactly the same as every other cadet.

‘Everyone is judged on merit. There are no exceptions made,’ he said.

Yet on certain occasions William was afforded special treatment. As the only cadet to be President of the Football Association, he was given leave during his second term to travel to Germany to support England during the World Cup, much to the envy of his fellow cadets. Such privileges were rare, however, and when it came to the training, neither Prince was coddled.

By spring, with William knee-deep in trench training, it was time for Harry to graduate. He passed out from Sandhurst on April 12, 2006, and his girlfriend Chelsy Davy flew to Britain from South Africa to celebrate with him.

William was also invited to the ­passing-out ball as one of Harry’s eight guests, and spent the evening downing glasses of red wine. Kate, meanwhile, was conspicuous by her absence. This was Harry and Chelsy’s night, and the two Royal girlfriends had always had a slightly frosty relationship.

Although Chelsy gets along well with Kate’s sister Pippa, with whom she occasionally goes out, she and Kate are less friendly. They got off to an inauspicious start when Kate offered to take her ­shopping in King’s Road, Chelsea. When Chelsy, whose sense of style is very different from Kate’s, snubbed the invitation, Kate was said to be offended.

Feeling slightly isolated, William proceeded to drink his fill before retiring to his room alone. At midnight, as tradition dictates, to the backdrop of an impressive fireworks display that spelled out the word Congratulations, Harry finally ripped the velvet strip from the sleeve

of his jacket to reveal his officer’s pips.

He was now a Cornet in the Household Cavalry and within weeks would be training with his regiment and preparing for war.

Despite suffering hangovers, William and Harry continued celebrating the ­following night, and this time Kate joined the Royal clique at Boujis nightclub in Kensington. She ordered a round of the club’s signature Crackbaby cocktails – a potent combination of vodka and fresh passionfruit juice topped with champagne and served in a test tube – and by 3am the group had run up a theoretical £2,500 bar bill. It was theoretical because, as always, the charge was waived since Boujis manager Jake Parkinson-Smith insisted on offering the Princes what he called ‘the Royal comp’.

The DJ played his final tune of the night and it was time to leave, but the

fun was set to continue for both Princes. William had an Easter break on Mustique with Kate to look forward to, while Harry was heading off to Mozambique with Chelsy. He would then begin troop commander training, while William would return for another eight months at Sandhurst.


A VIP seat for the Princess-in-waiting

Despite William’s protestations, speculation that he and Kate were on the verge of announcing an engagement would not go away. In May 2006, when Kate attended the wedding of Camilla’s daughter Laura Parker Bowles to Harry Lopes, grandson of the late Lord Astor of Hever, the question on everyone’s lips was when she and William would be walking down the aisle themselves.

Woolworths had already started stocking wedding memorabilia, including ­William and Kate china, ahead of an announcement; the Press constantly posed the will-they-or-won’t-they question; and the couple kept a chart of newspaper predictions on a Royal wedding.

While Kate was relatively relaxed about the constant conjecture, the Prince was less comfortable. In November 2006, just before William graduated from Sandhurst, Kate was invited to Sandringham for the Royal Family’s traditional pre-Christmas lunch, the first time a girlfriend had received such an invitation.

Kate Middleton

Graduation day: Kate, her mother Carole and father Michael at Sandhurst to see William pass out in December 2006

The story, published in The Mail on Sunday, was not denied by Clarence House, which simply said it would not discuss Royal guests.

The year before, Kate had joined the Royals for their traditional Boxing Day shoot, which had given her the perfect opportunity to use the binoculars that William had given her as a Christmas present.

But Kate had previously insisted she would go to Sandringham for Christmas only when she had a ring on her finger. Besides, that Christmas she planned to be with her family at a rented manor house in Perthshire. She was, however, happy to attend William’s graduation ceremony at Sandhurst.

As she took her place in the front row on December 15, 2006, Kate looked every inch the Princess-in-waiting. Accompanied by her parents, she had been given a VIP seat at the graduation ceremony.

When William spotted Kate in the crowd, he smiled. Over the past months, although they had seen little of each other, she had been a great support.

That week, the official UK police inquiry, led by former Metro­politan Police Commissioner Lord ­Stevens, into the Paris crash that killed Diana, concluded it was a ‘tragic accident’. Relief as well as pride seemed etched on William’s face.

As the brass band broke into a cheerful rendition of Abba’s Dancing Queen, Kate smiled. The very fact that she and her parents, of whom William had grown fond, were at one of the most important occasions of his life spoke volumes.

Bookmakers William Hill slashed the odds on a Royal engagement from 5-1 to 2-1 and eventually stopped taking bets altogether. Kate’s position in ‘the Firm’ did not seem in doubt.

Kate Middleton

Missing me? After their split, Kate responded by hitting the town in series of sensational outfits, and by the end of June she had won back her Prince

Now that it was clear that this was not just a university romance, aides at the Palace suddenly started paying attention to the middle-class girl who had so ­captured the Prince’s imagination.

Mindful of the mistakes that had been made with Diana, it was unanimously agreed that Kate should be introduced to Royal life as quickly as possible.

At William’s request, it was decided that Kate should be advised on how to cope with the intense media interest in her. He was determined that she should suffer none of the loneliness or isolation his mother had felt in the early days of her courtship with his father.

Kate was given the support of the Prince of Wales’s Press team and, when she was with William, her own protection officer. At a polo match she was spotted with a two-way radio in case she required assistance. She received advice on how to handle the photographers

who followed her about, which inclu­ded watching footage of the late Princess of Wales to see how she had coped with the paparazzi.

According to friends, Kate found it all fascinating if ‘a little creepy’.

Even without a ring on her finger, Kate had become one of the world’s most ­photographed women, and she was surprisingly confident. Always impeccably dressed, she was advised never to talk

to the Press, but to smile politely at photog­raphers, whom she handled with aplomb.

She had recently taken a day job at the head office of the High Street fashion chain Jigsaw, where she was working

as an accessories buyer, and she was looking forward to spending time with William over Christmas.


Christmas tears and a second separation

William had promised Kate he would join the Middletons to celebrate Hog­manay at an 18th Century country estate called Jordanstone House, on the outskirts of Alyth, Scotland, and Kate was eagerly awaiting his arrival.

With snow on the ground outside, Christmas lights twinkling in the grand drawing room and with fires roaring in every room, the setting could not have been more romantic. But at the last minute William had a change of heart and decided to stay with his own family instead.

According to a source close to the ­family, he informed a tearful Kate during a late-night conversation on Boxing Day. For ­William it was no big deal, but for Kate the cancellation was a sign of something more sinister to come.

She had good reason to be concerned. William had been having second thoughts and sat down with his father and his grandmother to have a frank discussion about his future with Kate. Both advised him not to hurry into anything.

Kate turned 25 on January 9, 2007. The day before, William had joined the Blues and Royals regiment of the Household Cavalry at Combermere Barracks in Windsor, where he would be stationed until March. They had had a joint celebration at Highgrove before he reported for duty, but Kate was still reeling over the snub in Scotland.

In the newspapers, however, the engagement rumour was gathering momentum once more. Just before Kate’s birthday, Diana’s former private secretary Patrick Jephson wrote an article for The Spectator magazine in which he claimed that Kate was on her way to becoming a Royal bride.

Under the headline The Next People’s Princess, the article was highly specu­lative, but there was no doubting the thrust – William was set to make Kate his wife, and her 25th birthday looked a likely date for an announcement.

The story snowballed, and by the ­morning of Kate’s birthday dozens of photographers were camped outside her house waiting for the ‘pre-engagement picture’.

William

Seeing the error of his ways: William with his arm around Brazilian student Ana Ferreira in a Bournemouth nightclub in 2007

The rumours could not have been further from the truth – William had no plans to propose. Instead, he phoned Kate from Combermere Barracks to apologise. William was furious that Kate’s birthday had been spoiled, and in an unprecedented statement he complained that she was being harassed and said he wanted ‘more than anything’ for her to be left alone.

For the first time Kate felt overwhelmed and desperately isolated. Usually she smiled brightly for the photographers, but now, as she made her way to work in Central London, she looked as though she was about to crack under the pressure.

Those close to the couple began to speak of doubts about their relationship. The Palace’s plans for a spring wedding were shredded as quickly as they had been drawn up and the talk now, among their friends at least, was that an engagement was certainly not on the cards.

William had started a two-and-a-half-month tank commander’s course at ­Bovington Camp in Dorset and, although the couple took a skiing trip to the Swiss resort of Zermatt in March, he and Kate were spending less time together.

He had warned her that his schedule was packed and he would have little time to visit her. So Kate was upset when William came to London and went clubbing instead of seeing her. On one occasion, he spent the night at Boujis flirting with another girl.

William was with a group of friends when Tess Shepherd walked into the club. The petite blonde knew some of William’s circle, and before long she and William were on the dancefloor, their arms entwined.

As March drew to a close, William and Kate’s relationship became increasingly strained. As if the embarrassing night at Boujis were not enough, William further humiliated Kate when he was photographed with his arm around Ana ­Ferreira, an 18-year-old Brazilian student, at a nightclub in Bournemouth.

From the picture it looked as though William had his hand on her breast. He had also spent much of the night dancing on a podium with a local named Lisa Agar, and there were photographs to prove it.

It was the final straw for Kate, and she delivered an ultimatum: either she had his full commitment or they were over. When they attended Cheltenham races at the end of March, their body language spoke volumes. Walking several steps ahead of Kate, William, his head cast down and his hands dug in his pockets, was deep in thought. Kate’s ultimatum backfired, and William told her they should have a break. Over Easter they agreed to separate for the second time.


A ‘Freakin Naughty’ reconciliation

While Kate mourned the end of their relationship at home with her family, William celebrated his ‘freedom’ at Mahiki, the faux-Polynesian beach bar in Mayfair, Central London, run by his friend Guy Pelly.

Many in Kate’s position might have moped, but she was in no mood to indulge in prolonged self-pity, nor was she going to get depressed about the spiteful ­comments from some that she was too middle-class to be dating a Prince. Instead, she put on a brave face and a thigh-skimming minidress and partied. Her message to William was loud and clear: ‘Look what you’re missing!’

In the past, some of William’s friends had been lukewarm towards Kate. For instance, they greeted her arrival at Boujis with stage whispers of ‘Doors to manual’ – a reference to her mother ­Carole’s previous career as a flight attendant and hitherto the source of much mirth, but now they rallied round.

William and kate

The cold shoulder: The strained relationship between William and Kate was clear when they attended Cheltenham races in March 2007. A few weeks later they separated for the second time

Guy Pelly, once viewed by Kate with suspicion but now a close friend, assured her that she was welcome at his club. Guy recognised that Kate was good for William. He knew the Prince well and told her to give him some space. From someone best known as the jester of the Royal court, it was wise counsel.

Once again Kate bided her time and immersed herself in a project. Her close friend Alicia Fox-Pitt had signed up for the Sisterhood, a group of 21 girls who planned to row from Dover to Cap Gris Nez, near Calais, in a dragon-boat to raise money for charity. It proved to be exactly what Kate needed.

‘Kate was very down, and I think the training became her therapy,’ said Emma Sayle, who was in charge of the team and became close to Kate.

‘Kate had always put William first, and she said that this was her chance to do something for herself. We trained on the Thames at Chiswick, and Kate started off paddling with the others, but I decided to put her at the helm because she was an excellent boatman and really well co-ordinated.’

Unknown to anyone outside their inner circle, William and Kate were already heading for a reconciliation, according to Emma. They were in regular phone contact and clearly missing one another.

Kate Middleton

Reconciliation: By the end of June Kate had won back William

Emma said: ‘She was in touch with William the whole time, and by the end of her training she was back together with him and said she had to pull out of the race. William wanted her to go through with it and planned to meet her on the Finish line, but the whole thing was becoming a media circus.’

The problem was once again that Kate had become the story. The Daily Mail’s Royal commentator, Richard Kay, noted: ‘Clarence House had watched on with growing unease as the Sisterhood’s ­practice sessions had become a magnet for the paparazzi.’

Kate pulled out of the race in August, but by then she and William had been secretly dating again for a couple of months. William had invited Kate to a fancy-dress party at his barracks in ­Bovington, and it had been clear to everyone there that they were back together.

William, wearing hot pants and a policeman’s helmet, had followed Kate around ‘like a lost puppy’ all night. Kate, who looked stunning and toned from her ­Sisterhood training, was dressed in a revealing nurse’s outfit. The theme for the night was Freakin’ Naughty, and provocatively dressed waitresses handed out potent cocktails.

Outside, guests played on a bouncy ­castle and jumped into a paddling pool full of slime, but William and Kate stuck to the dancefloor. ‘They couldn’t keep their hands off each other,’ recalled a guest. ‘William didn’t care that people were looking. At about midnight he started kissing her. His friends were ­joking that they should get a room, and it wasn’t long before he took Kate to his quarters.’

On June 24, 2007, I rev­ealed on the front page of The Mail on Sunday that William and Kate were together again, having been given the nod by a senior Palace aide that the relationship was back on track.

By coincidence I had spent that weekend with Guy Pelly and William’s close friend Tom Inskip at Beaufort Polo Club. William and Kate had been due to attend but instead were holed up at Highgrove alone. They were back together – and this time it was for good.


She’s ‘Waity Katie’ no more

The news that William had decided he wanted to join the RAF and become a search-and-rescue pilot was made official on September 15, 2008, and Clarence House’s announcement took everyone by surprise. William had spent the summer with the Royal Navy. He had been barred from going to the Gulf because of security fears but had enjoyed his mission aboard HMS Iron Duke, and within days of his arrival had played a key role in seizing £40 million of cocaine from drug-runners in the Caribbean.

It had been widely assumed that when he returned, he would quit the Household Cavalry and become a full-time working Royal, but the Prince had other ideas, which he announced in a statement: ‘The time I spent with the RAF earlier this year made me realise how much I love flying. Joining search-and-rescue is a perfect opportunity for me to serve in the Forces operationally.’

The British Press drew its own con­clusions and labelled William a ‘reluctant figurehead’. Joining the RAF meant ­William could postpone official duties for at least five years. Clarence House was keen to stress that the Prince would continue with his charity work, but his commitment would be to his ­military career.

William and Kate

The waiting's finally over: Kate and William in the State Apartments, St James's Palace, London

The decision would have serious repercussions for his relationship with Kate. According to her friends, she was as stunned as anyone when William announced that he planned to join the RAF. Being a Forces girlfriend had not been quite what Kate had expected, but then, with the future King, nothing ever was. The last time William had decided to put his career first, the couple split up. William told her if they survived this, they could survive anything.

With their careers literally taking off, there were concerns at the Palace that William and Harry should not be seen as just Royal members of the military. The Princes were already regularly appearing in the Court Circular, the ­official record of the Royal Family’s public activities, and in January 2009 the Queen allowed them to set up their own household in Colour Court, within St James’s Palace.

With so many charitable commitments and so little time, the boys agreed that they would be more effective if they combined forces. In September 2009 they set up the Foundation of Prince ­William and Prince Harry. Charles had created his Prince’s Trust with his £7,500 severance pay from the Royal Navy, and William and Harry wanted to establish their own charitable forum.

Between them they are presidents or patrons of more than 20 charities, and the foundation, which is the culmination of their charitable work so far, will become a grant-giving body in years to come. William said that he and Harry derived inspiration from both their ­parents, who had ‘instilled in us, from the word go, that with these great privileges goes an absolute responsibility to give back’.

By July 2009, William was well into his 18 months of training with the RAF, and there was simply no time to even think about a wedding. Besides, he had used up all his holiday that year by skiing with Kate’s parents in the French Alps and by seeing in the New Year with Kate at his father’s Scottish holiday home, Birkhall.

It was the first time the pair had been invited to stay with Charles and Camilla in residence, and Kate had felt very much at home. According to one aide, she had laughed ‘until she had tears in her eyes’ when Camilla told her how much she hated the heavy, moth-eaten tartan curtains that Charles refused to change because they were his grandmother’s favourite.

Kate had joined William and Charles shooting, and at the end of the day the four of them enjoyed family dinners.

By now William was based at RAF Shawbury in Shropshire and, although they managed to see each other most weekends, the couple’s time together was fleeting. It was a difficult period

for Kate, who was dividing her time between her flat in London and her parents’ Berkshire home, where she still slept in her old bedroom.

At the beginning of 2010, William had eight months of training ahead of him, and in January he enrolled at RAF Valley in Anglesey, where the couple rent a ­cottage near the base. In June he represented England at the World Cup in

South Africa in his official capacity as President of the FA, and with Harry ­visited Botswana and the kingdom of Lesotho to promote the work of the Tusk Trust.

The fevered speculation over William and Kate’s future continued but close friends told me that the couple were secure in a pact that they made during a romantic trip to the Seychelles in August 2007, and that they reinforced at the end of last year. ‘As far as they are concerned, they are as good as engaged and enjoying their lives as they are at the moment,’ one friend said.

Then, last month, Kate appeared in public for the first time in more than three months as she and William attended his friend Harry Meade’s wedding. I highlighted the significance of the fact that they walked through the porch

of the church together – they usually arrived at such events separately. I also reported that the couple had been living as man and wife on Anglesey. Friends told me that they were ‘road-testing’ married life and that an engagement announcement was ‘imminent’.

And on Tuesday, as the whole world now knows, Clarence House announced that the couple will marry next year.

Until that news, Kate, who has proved herself the most loyal of consorts, has had little choice but to wait. She has hated her nickname Waity Katie. Now, finally, she is free of it.


©  Katie Nicholl 2010







LAST

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26/10/2008 free counters

A notícia me deixa triste

'

Autor(es): Karina Toledo
O Estado de S. Paulo - 19/11/2010

ENTREVISTA

Ignácio de Loyola Brandão,
ESCRITOR


Autor do conto Obscenidades para uma Dona de Casa, o escritor Ignácio de Loyola Brandão foi avisado pela reportagem sobre a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo e lamentou que "em plena democracia uma obra literária seja proibida".

O senhor sabia da decisão?

Não. E a notícia me deixa muito admirado e triste, pois mostra que ainda em 2010 permanece a mentalidade ditatorial, de inquisição. Já tive livro proibido pela ditadura, mas agora vivemos numa democracia.

O senhor considera o conteúdo do conto pornográfico?

É um dos mais belos contos que já escrevi e um dos mais belos do livro. Fala sobre a solidão, o desespero do tédio, a sensualidade. Tem humor. Não tem nada de pornográfico, apenas palavras da linguagem coloquial corrente. Mas, se existe uma moral hipócrita, não posso fazer nada. Gostaria que o Celso Russomanno tentasse também proibir o erotismo e a pornografia na internet, no Twitter, na TV paga, nos bailes funk.

O senhor acredita que a liminar será revertida?

Espero uma posição de repúdio por parte da Secretaria de Educação de São Paulo. Também já avisei a editora e acredito que tomarão uma providência para derrubar a liminar.





LAST

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26/10/2008 free counters

#Lula e Geisel, iguais?!


Autor(es): João Mellão Neto
O Estado de S. Paulo - 19/11/2010

Meu caro Lula, agora que seus oito anos de governo estão chegando ao fim já dá para fazer um balanço realista do que foi obtido de concreto nesse período. Não há risco de que seus acólitos argumentem que tudo o que digo a seguir tenha finalidades inconfessáveis ou de fundo eleitoreiro. Você já logrou consagrar nas urnas a sua sucessora e nada mais pode mudar isso... Vamos, então, falar com franqueza.

Eu bem me recordo de ter tomado ciência de sua existência no longínquo ano de 1977, quando ingressei na faculdade e me entusiasmei com o movimento estudantil. Você já era uma celebridade, pois exercia o posto de presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo. Ao que tudo indicava, estava se iniciando - como nunca antes se vira neste país - um "movimento sindical independente".

Nós, universitários, acreditávamos piamente em tudo o que você e os professores simpáticos à sua causa diziam. Mais do que acreditar, nós nos dispúnhamos a sair às ruas para manifestar o nosso desagrado com "tudo aquilo que estava aí"... Eram os tempos do famigerado "regime militar" - a "ditadura" que vocês não se cansam de execrar. O presidente de plantão era o general Ernesto Geisel e, bem me lembro, tudo o que ele fazia era recriminado no mesmo dia, em sala de aula.

Agora, passado tanto tempo, dou tratos à memória e percebo que quase tudo o que vocês tanto repudiavam foi realizado quando chegaram ao poder. Não dá para "pedir meu dinheiro de volta". Nós, então jovens, não investimos dinheiro em vocês. Muito mais que isso, investimos nosso tempo, nosso empenho e nossos sonhos nas suas causas. Essas coisas não há como recuperar.

Comecemos pela questão sindical: vocês alegavam que todos os líderes sindicais de até então eram "pelegos" - ou seja, faziam o jogo dos patrões e do governo. Já vocês eram diferentes. Pois bem, é com grande pesar que a gente se dá conta de que, de uns anos para cá, todas as centrais trabalhistas se uniram. E todas apoiam o governo... Cadê aquela altivez e a independência a que vocês se propunham?

Até mesmo a União Nacional dos Estudantes (UNE), que sempre foi de oposição, agora se declara a favor... Não foi para isso que, naquela época, a gente se empenhou tanto...

Tudo se repete. Pois não foram justamente os governantes militares, que vocês não se cansam de detratar, que apelaram exaustivamente para o discurso fácil do nacionalismo triunfalista?

"Brasil potência", "Nação emergente", "o Brasil, agora, é respeitado lá fora": tudo isso não lhe soa familiar? O seu pessoal e também você vivem repetindo esses mantras. Mas essas expressões eram típicas do regime militar. Basta reler o Segundo Plano Nacional de Desenvolvimento (PND), da gestão Geisel. Estão todas lá.

Será possível que vocês agora tenham dado de ressuscitar coisas da era Geisel? E as semelhanças não se revelam só no campo da retórica. Tem muito mais.

A política externa dita independente foi um dos trunfos de Geisel. O general assumia publicamente o seu antiamericanismo e o exercia, na prática, voltando os esforços do Itamaraty para o continente africano e demais países "subdesenvolvidos". Como não dava (e ainda não dá) para viver sem nenhum país rico por perto, o Brasil, à época, voltou-se para a Alemanha, definida, então, como "parceira estratégica".

A "parceira estratégica", agora, é a França. A ideia, desde sempre, é a de fustigar os Estados Unidos.

Você, presidente Lula, se aliou ao Irã. Esse país, além de estar sob uma ditadura, está sendo condenado pela comunidade das nações porque vem desenvolvendo um programa nuclear paralelo com vista à bomba.

Pois nos tempos do general Ernesto Geisel quem era recriminado pelo conjunto das nações pelo mesmo motivos éramos nós, os brasileiros. E pagamos caro por isso. Alguns anos depois, já na década de 1980, a conjuntura econômica internacional mudou e o Brasil, com isso, quebrou. Fomos lá, pedir ajuda, justamente àquelas nações ricas de que antes tripudiávamos.

Os governos militares, como agora com você, Lula, também acreditavam no "Estado forte". E no texto do II PND deixavam isso muito claro. Cabia ao Estado criar mecanismos para "distribuir renda" e também "nortear e impulsionar o desenvolvimento". Como? Por meio dos investimentos das empresas estatais e também do crédito abundante para as poucas empresas privadas que - aos olhos deles - "reuniam condições de se tornarem grandes".

Exatamente como o seu governo vem fazendo - valendo-se do BNDES e de outros meios. Está certo isso?

Como dizia, em 1977, um professor de Economia lá da minha faculdade - que, mais tarde, seria um político bem-sucedido do PT, "este tipo de política é danoso para a economia e também muito questionável, no campo moral. Para a economia é ruim porque cria "oligopólios" em cada um dos setores do mercado. Três marcas de carros, três marcas de sabonete, três grandes bancos, etc. Oligopólios são preguiçosos e seus membros nunca concorrem entre si. E, portanto, não inovam. No campo moral o problema é que cabe exclusivamente ao governo decidir quais as empresas que podem ter crédito subsidiado e a longo prazo. As suas concorrentes que afundem no mar. No caso, o mercado. E os critérios serão sempre subjetivos e nada transparentes. Para que investir em eficiência? Vale mais ter bons contatos no governo e ser amigo do rei."

Mudando de assunto, qual é, afinal, a diferença entre o II PND e o PAC? Não só os argumentos, como também as palavras e expressões são idênticos...

É isso aí, Lula. Você está prestes a descer a rampa e se juntar a nós, mortais comuns, na planície. E eu lhe pergunto: como faço, agora, para resgatar a minha juventude? Mande parar o Brasil, porque eu quero descer!





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26/10/2008 free counters

#Lula promete a Dirceu desmontar ''farsa do mensalão''


O Estado de S. Paulo - 20/11/2010

Reunido com ex-ministro, no encontro do PT, presidente avisa que, fora do governo, vai lutar pela reforma política

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que vai desmontar a "farsa do mensalão" quando deixar o governo, em janeiro de 2011. O desabafo de Lula foi feito durante café da manhã com o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, na quinta-feira, no Palácio da Alvorada.

Abatido pelo escândalo do mensalão, em 2005, Dirceu foi o petista mais assediado na reunião de ontem do Diretório Nacional do PT. Fez muitos elogios à presidente eleita, Dilma Rousseff, criticou a formação do "blocão" no Congresso - integrado por cinco partidos (PMDB, PP, PR, PTB e PSC) - e disse que Lula vai cuidar da reforma política no ano que vem.

"Se o Supremo Tribunal Federal me absolver, a Câmara me anistia", afirmou Dirceu, com a expectativa de ser julgado até novembro de 2011. Deputado cassado pela Câmara no rastro do mensalão, ele havia antes presidido o PT durante oito anos, de 1995 a 2002.

Lula reafirmou a Dirceu, segundo apurou o Estado, que, assim que deixar o Planalto, vai atuar para a aprovação da reforma política - empacada no Congresso. Toda vez que se refere à crise do mensalão, ele diz que seu governo foi vítima de "cerco político" e de "golpe".

O presidente Lula chegou a afirmar, em 2005, que foi traído. Até agora, porém, não disse quem o traiu nem como pretende agir para provar que o escândalo não passou de caixa dois de campanha, como alega.

Interferência. Em conversa com Dirceu e com vários interlocutores, nos últimos dias, Lula também garantiu que não vai interferir no governo de Dilma. Está, porém, muito preocupado com a situação internacional, embora avalie que o Brasil tem condições de resistir às turbulências que possam acontecer na economia.

A resolução aprovada ontem pelo Diretório Nacional do PT dedica especial atenção à evolução da situação internacional, dominada por grandes incertezas no plano econômico e político, dos quais a "guerra cambial" é apenas um dos sintomas".

Além de cuidar da reforma política e de viajar pela América Latina e pela África, o presidente Lula quer se dedicar à articulação política no PT.

O presidente ficou muito contrariado com a tentativa do PMDB de pressionar Dilma, sob o argumento de que era preciso definir o comando da Câmara e do Senado.

Apetite. O apetite do PMDB de Michel Temer (SP), vice-presidente eleito, rondou a reunião de ontem do diretório nacional petista.

Apesar de não ter participado do comando da campanha de Dilma, Dirceu costurou acordos nos Estados com o PMDB, mas tomou o cuidado de não dar palpite sobre a cota do PT no futuro governo. "Não queremos hegemonismos e apoiamos o PMDB de forma irrestrita nos Estados", garantiu o ex-ministro. E concluiu, ressabiado: "Mas quem decide os ministérios é a presidente".



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26/10/2008 free counters

#CPMF ''País precisa é de uma CPMF pública''


Autor(es): Gabriel Manzano
O Estado de S. Paulo - 20/11/2010


Em resposta à ofensiva de governadores e assessores do Planalto que querem de volta a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o professor Eurico Marcos de Santi, da FGV São Paulo, faz um desafio: que se crie uma CPMF pública. Assim, cada movimentação de dinheiro dentro de qualquer órgão do governo, seja federal, municipal ou estadual, será registrada e pagará uma pequena taxa. Ninguém sairá perdendo - o dinheiro vai para um cofre público, que pode devolvê-lo, eletronicamente, ao caixa original.

"Seria uma revolução nos gastos públicos, nos costumes políticos. Criaria uma transparência que jamais existiu, e sem a qual é inútil falar-se em reforma tributária", afirma de Santi, especialista em direito tributário, que coordena o Núcleo de Estudos Fiscais (NEF) da Faculdade de Direito GV.

A ideia não é nova. Já estava na lei que criou, em 1993, o Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira (IPMF). No fim do debate, acabou sendo retirada. "É incrível que o Estado avance tanto nos controles da vida financeira dos cidadãos e se empenhe tanto em ocultar os movimentos dele", diz o professor. "O Brasil que tem o Ficha Limpa precisa, também, criar o Conta Limpa."

A que o sr. atribui esse novo esforço pela volta da CPMF?

É para aumentar a receita de novo, e sem precisar dividir com Estados e municípios, já que é contribuição e não imposto. E, pela falta de clareza nos meandros da burocracia, não há como garantir que é para a saúde. Aqui no NEF já temos longa experiência de como é difícil seguir esses caminhos. Quando havia a CPMF, e entravam R$ 40 bilhões a cada ano, eles simplesmente iam tirando o dinheiro normal do Orçamento destinado à saúde. Ela continuou com os mesmos recursos.

Por que é tão difícil acompanhar os gastos?

Há relatórios, balanços, muitos sites na internet, mas o essencial quase nunca aparece. Lá no fim sabe-se apenas que o dinheiro foi para "material de uso ou consumo", ou "contratação de terceiros", por aí. Num hospital, terá ido para comprar seringas? Reformar salas? Um carro novo para o diretor? Não explicam. O problema central do governo é esse, transparência. O Estado mente.

Contra tudo isso o sr. sugere uma CPMF pública. Como seria?

Todas as transferências da União para Estados e municípios, ou dos Estados para os municípios e todos os desembolsos teriam de pagar uma taxa. O que importa é o registro dela no sistema bancário. Esse registro, feito pela CPMF no passado, com os contribuintes comuns, salvou o caixa do País.

Salvou de que modo?

Construiu um raio X de todo o dinheiro se movendo de mão em mão, ou de conta em conta. Ofereceu à Justiça as provas, que são essenciais para um processo contra um sonegador. O sujeito declarava R$ 100 mil, mas via-se que ele gastou R$ 1 milhão. Juntando a CPMF com a obrigação dos bancos de declarar ao Banco Central as movimentações semestrais acima de R$ 6 mil, ficou quase impossível mentir. Não foi à toa que a carga tributária aumentou, em uma década, de 25% para 35% do PIB, coisa nunca vista antes em nenhum outro país.

Não será uma ideia difícil demais de executar?

Isso já foi feito antes, na criação do IPMF, em 1993. Mas os adversários a derrubaram, dizendo que era inconstitucional a União taxar os outros Poderes. Isso lhes retiraria a autonomia. Criar essa CPMF pública pressupõe, de fato, mexer na Constituição. Mas pergunto, para não mexer o Brasil deve continuar com o caos atual, em que o cidadão jamais pode saber o que fazem com seu dinheiro? Com uma carga tributária de 54%, real, para quem ganha entre 1 e 2 salários mínimos? Quantos sabem que, dos R$ 120 de um Bolsa-Família, o beneficiário devolve R$ 65 em imposto? Sem transparência você não moderniza o Brasil.

Por que o governo abriria mão do dinheiro, se o discurso é que ele está faltando?

Não iria custar nada. A tecnologia financeira permite, sem dificuldades, criar um sistema que reconduziria o dinheiro cobrado de volta às origens. Não fazem isso porque não querem e porque a cidadania ainda não se dispôs a exigir. Acho que o Brasil que está implantando o Ficha Limpa precisa, também, criar o Conta Limpa."




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26/10/2008 free counters