sábado, 11 de julho de 2009
FÁBIO ASSUNÇÃO Bellini e o Demônio / Bellini and the Devil
Por que dizemos 'saúde' quando alguém espirra?
Cortesia StockXpert |
Desejar o bem da pessoa que espirrou é algo que, provavelmente, originou-se há milhares de anos. Os romanos diriam "que Júpiter cuide de você" ou "Salve", que significava "boa saúde para você". Enquanto isto, os gregos desejariam uns aos outros "vida longa". A frase "Deus te abençoe" é atribuída ao Papa Gregorio, o Grande, que a pronunciou no século 6 durante a epidemia de peste bulbônica (espirrar era um sintoma evidente de um tipo de peste).
O termo equivalente "gesundheit" vem da Alemanha e significa literalmente "saúde". A idéia é que um espirro normalmente precede uma doença. O termo entrou na língua inglesa no início do século 20, introduzido nos Estados Unidos pelos imigrantes que falavam alemão.
Quase todos os países no mundo têm seu próprio jeito de desejar o bem de quem espirra. Pessoas de países árabes dizem "Alhamdulillah", que quer dizer "louvado seja Deus". Os hindus dizem "Viva!" ou "Viva bem!". Alguns países possuem respostas especiais para espirros de crianças. Na Rússia, depois que uma criança ouve a resposta tradicional, "bud zdorov" ("seja saudável"), também costuma ouvir "rosti bolshoi" ("cresça forte"). Quando uma criança espirra na China, ouvirá "bai sui", que significa "que você viva 100 anos".
Para a grande maioria, as variadas respostas aos espirros se originaram a partir de superstições ancestrais. Algumas pessoas acreditavam que o espirro fazia com que a alma escapasse do corpo através do nariz. Dizer "saúde" evitaria que o demônio clamasse pela alma da pessoa. Outros acreditavam no oposto: que o espírito demoníaco usava o espirro como oportunidade para entrar no corpo da pessoa. Também havia a concepção equivocada de que o coração parava momentaneamente durante o espirro e que dizer "saúde" era uma forma de dar as boas-vindas à pessoa de volta à vida.
Sabemos que espirrar é um reflexo e é normalmente um sinal de algo relativamente benigno, como uma gripe ou uma alergia. Um espirro também pode ser causado pela exposição à luz solar ou pela inalação de um odor forte. Mesmo assim, mantivemos o costume de dizer "saúde", decorrente basicamente de um hábito ou cortesia comum.
Para mais informações sobre este costume, espirros e assuntos relacionados, confira o link.
- The New York Times: Gesundheit! Espirrar causa uma grande reação (em inglês) - 22 de junho de 1983
Gripe suína: prefeitura de Osasco diz que não há casos confirmados da doença no bairro onde menina morreu
Plantão | Publicada em 11/07/2009 às 13h58m
O GloboSÃO PAULO - Em nota divulgada na tarde deste sábado, a prefeitura de Osasco, na Grande São Paulo, informa que não existem casos confirmados de gripe suína (H1N1) no bairro onde uma menina de 11 anos morreu com a doença no dia 30 de junho. De acordo com a Prefeitura, a morte da criança - a segunda vítima fatal da doença no país - é um caso isolado e não há motivo para alarde. De acordo com a nota, os familiares da vítima estão sendo monitorados e a forma de contaminação está sendo investigada. Nem a menina nem a família haviam viajado ao exterior. Além disso, diz a nota, uma 'busca ativa' está sendo feita na escola onde a crianças estudava, assim como outros locais frequentados pela família.
Veja a íntegra da nota:
'Com relação ao óbito decorrente da gripe A (H1N1) ocorrida em nossa cidade,a Prefeitura de Osasco lamenta profundamente o caso e se solidariza com a família da vítima.
Nesse momento, também é importante ressaltar que se trata de um caso isolado e que não há qualquer motivo de alarde no município. Por meio da Coordenação de Vigilância Epidemiológica, a Secretaria Municipal de Saúde está tomando todas as providências necessárias para manter a doença sob controle na cidade.
Os familiares da vítima, também infectados pela doença, estão sendo constantemente monitorados, conforme protocolo do Ministério da Saúde.
Também estamos trabalhando na investigação sobre a forma como a vítima fatal e seus familiares contraíram a doença, fazendo uma busca ativa na escola e outros locais freqüentados por eles.
É importante ressaltar ainda que não existem casos confirmados, e nem suspeitos, da gripe A no bairro onde a família mora e também onde fica localizada a escola freqüentada pelas crianças.
Paralelamente, todo o sistema de saúde de Osasco está preparado para atender casos da gripe A em qualquer ponto da cidade.
A orientação para vizinhos e moradores do bairro onde reside a família é a mesma para a população em geral. Quem apresentar sintomas graves da gripe, principalmente febre alta, que não cede sob uso de antitérmicos, deve procurar qualquer unidade de saúde, onde receberá toda a orientação necessária.
Reafirmamos que não há motivos para alarde e que a rede de saúde municipal está totalmente preparada para atender esses casos.'
Sphere: Related ContentQuadro da menina que morreu de gripe suína em SP foi atípico, diz secretário
da Folha de S.Paulo
da Agência Folha
da Agência Folha, em Belo Horizonte
O Estado de São Paulo confirmou ontem a primeira morte em consequência da gripe suína --a segunda no Brasil. A vítima é uma menina de 11 anos de Osasco (Grande São Paulo), que morreu no dia 30 de junho. Outros dois pacientes com o vírus H1N1 estão internados em UTI no Estado.
O quadro apresentado pela menina de 11 anos que morreu após contrair gripe suína foi atípico para um paciente com a doença, segundo o secretário da Saúde do Estado, Luiz Roberto Barradas Barata.
"Ela tinha contraído um pneumococo e morreu de septicemia. Acreditamos que a gripe deve ter reduzido a imunidade dela", afirmou ele.
No outro caso de morte relacionada à gripe suína, o de um caminhoneiro de 29 anos que havia viajado à Argentina e morreu em Passo Fundo (RS), os médicos apontaram que ele teve outras complicações.
De acordo com Celso Granato, infectologista da Unifesp, em mortes de pacientes com gripe, é comum acontecer associação com outras doenças.
"O próprio vírus da gripe pode causar lesões ou então criar condições para que bactérias se desenvolvam, levando, por exemplo, a uma pneumonia."
Segundo o médico, ter outras doenças pode facilitar complicações num quadro de gripe. No caso da menina, a secretaria suspeita que uma hantavirose que ela teve aos dois anos pode ter contribuído para prejudicar o sistema imunológico.
Apesar das diferenças em relação aos casos mais típicos da gripe, o secretário diz que isso não é motivo para alterar os protocolos de atendimento e identificação da doença, que são feitos com base em experiências internacionais e por orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde).
Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que a gripe suína tem o mesmo grau de letalidade da gripe tradicional, de 0,45%. Segundo o ministério, no Brasil esse percentual é ainda menor (0,19%).
Casos graves
O Brasil tem ao menos três casos de pessoas com gripe suína internadas em estado grave: duas do Rio Grande do Sul e uma de Minas Gerais.
Questionado ontem pela Folha sobre a existência de casos graves no Estado de São Paulo, o secretário Barradas Barata afirmou apenas que há dois pacientes com a doença internados em UTIs.
Um dos pacientes graves do Rio Grande do Sul é uma estudante de 14 anos de São Gabriel, internada há três semanas. O infectologista Alexandre Schwarzbold disse que ela já se recuperou da pneumonia adquirida em decorrência da gripe, mas ainda sofre com lesões pulmonares e musculares.
Também no Rio Grande do Sul, um caminhoneiro de Itaqui está internado em estado grave. O Estado ainda investiga se a morte de um caminhoneiro em São Borja tem relação com a doença.
Em Minas Gerais, um homem de 27 anos internado desde o último dia 29 em Belo Horizonte apresenta "quadro respiratório gravíssimo", segundo o Hospital das Clínicas.
Colaborou a Sucursal de Brasília
Sphere: Related ContentProgramador expõe falha da Telefônica que revela dados de clientes Speedy
Auditor independente afirma ter descoberto falha que permite que dados de usuários Speedy sejam acessados por usuários mal-intencionados
sexta-feira, 10 de julho de 2009 20:07
por
Ana Freitas
O programador e auditor independente que se identifica na rede como Vinicius K-Max afirma ter encontrado há cerca de um mês uma falha de segurança grave no site da Telefonica, que permite que qualquer usuário mal-intencionado tenha acesso a dados pessoais dos usuários do serviço de banda larga Speedy. K-Max desenvolveu um sistema de busca para provar que é possível encontrar os usuários do serviço e explorar a falha no site da Telefonica.
O Link entrou em contato com a Telefonica no fim da tarde desta sexta, 10. De acordo com a assessoria da empresa, o domínio divulgado por K-Max "não é um endereço oficial da Telefonica". À noite, por e-mail e em conversa telefônica com redação do estadao.com.br, a assessoria de imprensa da empresa informou que a "Telefônica está apurando o assunto para tomar as eventuais providências que forem necessárias."
No site desenvolvido pelo hacker, é possível procurar por qualquer usuário Speedy via CPF ou CNPJ, nome, telefone ou e-mail.
O sistema de K-Max exibe apenas um resultado por busca e os resultados exibidos suprimem os últimos dois dígitos de qualquer telefone e CPF encontrados.
Ele afirma que a falha permite acesso aos dados completos dos clientes, mas que preservou os dados suprimidos propositalmente. "[O site] serve apenas para provar que a falha existe. Além disso, evita que alguém use o sistema para ter acesso aos dados dos usuários".
A reportagem do Link buscou pelos dados de oito clientes usando critérios variados. Três deles foram encontrados e confirmaram os dados exibidos. Outros três confirmaram apenas o nome e o e-mail mostrados nos resultados. Apenas dois dos oito clientes buscados não foram encontrados pela busca, mesmo executando-a por critérios variados.
De acordo com K-Max, a falha em questão é uma das mais comuns, chamada SQL injection, em que o invasor consegue passar comandos diretamente ao banco de dados e obter de volta os dados restritos.
Ainda segundo ele, seria fácil encontrar esse tipo de falha no sistema. "Basta fazer auditoria no código, ter alguém lá que se interesse por falhas de segurança." Ele diz que encontrou a brecha de segurança porque "gosta". "Tenho esse instinto de buscar falhas de segurança em aplicações web, porque além de um passatempo eu também trabalho com isso", disse. "Uma vez dentro de um site, eu começo a testar algumas coisas, como mudar parâmetros na URL, tentando fazer com o que o site receba comandos que não foram feitos pro internauta enviar".
K-Max disse ter pensado em falar com a Telefonica "pra informar sobre a falha, pra proteger rapidamente seus clientes", mas ter desistido em seguida. Ele acredita que expor a vulnerabilidade pode forçar a empresa a corrigir a falha e ainda servir de 'case' de estudo para programadores e auditores iniciantes.
Matéria atualizada às 22h50.
Família de criança que morreu com gripe suína tem suspeitos
Três primos da menina de 11 anos que morreu e a avó dela, de 75 anos, apresentaram sintomas de gripe
Fabiane Leite e Felipe Branco Cruz, do Jornal da Tarde
Segundo Carmecy Lopes de Almeida, coordenadora da vigilância, três primos da menina de 11 anos que morreu e a avó dela, de 75 anos, apresentaram sintomas de gripe. Apenas a avó, em razão da idade, já está recebendo tratamento em domicílio. Protocolo do Ministério da Saúde reserva o tratamento com antivirais a pacientes graves ou mais suscetíveis à doença, como idosos.
Ainda segundo Carmecy, ainda não há pistas sobre onde a criança poderia ter se contaminado. Também os pais da menina de 11 anos que morreu, o irmão de 7 anos e uma outra criança amiga da família foram contaminados. Eles estão bem.
Caso se confirme que os registros não têm relação com pacientes que vieram contaminados do exterior, o País pode ter a primeira evidência de circulação livre do vírus em seu território.
A vigilância também corrigiu neste sábado, 11, informação dada pela Secretaria de Estado da Saúde, de que a criança teria estado duas vezes antes no serviço de saúde onde morreu, o Hospital sino-brasileiro.
De acordo com Carmecy, a mãe tentou cuidar da menina em casa, administrando um anti febril, e só quando o quadro se agravou, na manhã do dia 30, foi para a unidade.
Vizinhos da família continuavam a reclamar sobre suposta falta de informações da vigilância. Zilma Santos, de 40 anos, vizinha de frente da família, disse que chegou a hospedar o irmão da menina que morreu com gripe e que também foi contaminado pela doença. "Fomos ao hospital Emílio Ribas preocupados, porque hospedamos a criança", disse Zilma. Outra vizinha,Eliana Sancho, de 41 anos, também relatou a ausência de informações.
Procedimentos
De acordo com Carmecy, os protocolos do ministério não preveem visitas casa a casa após a confirmação de um caso em uma região. A vigilância deve buscar apenas os contatos próximos, o que está sendo feito, disse a técnica. Todos os alunos da classe da menina estão sendo monitorados, além dos colegas do transporte escolar e da escola de inglês.
Segundo Carmecy, as análises posteriores feitas com amostras colhida do corpo da vítima não apontaram ainda evidência de qualquer outra doença associada. A principal hipótese é de que a gripe tenha afetado o sistema imunológico e favorecido uma septicemia (infecção generalizada) pela bactéria pneumococo, que foi encontrada no sangue da criança nos exames pós morte.
Até agora foram computados 1.027 casos no Brasil, com duas mortes, uma taxa de letalidade de 0,19%, abaixo da média mundial de 0,45% e o ministério destaca que não há motivo para pânico.