In the sections on risk and disclaimers there is no mention that the product had been partly engineered by another Goldman client -- which, the SEC charges, designed it with the expectation it would fail.
Still, these are just allegations, and now there are new signs Goldman Sachs plans to come out swinging.
Executives at Goldman sent out an internal memo reading, "...we believe that the firm's actions were entirely appropriate, and will take all steps necessary to defend the firm."
But those words come after the bombshell allegations Friday that Goldman allegedly duped clients into investing in a mortgage product put together by another one of Goldman's own clients.
The SEC says that client is hedge fund giant John Paulson, which was allegedly looking to profit when the product then failed as planned.
MUMBAI, April 20 (Reuters) - Indian newspapers carried the following stories in their print or Web editions on Tuesday. Reuters has not verified these stories and does not vouch for their accuracy.
ECONOMIC TIMES (www.economictimes.com)
* India's top sugar refiner Shree Renuka Sugars (SRES.BO: Quote, Profile, Research) has demanded a higher stake in Brazil's Equipav SA Acucar e Alcool due to a slump in the international market. In February, the Indian firm had said it would buy 51 percent of Equipav for $329 million.
* Tata Steel (TISC.BO: Quote, Profile, Research) is close to aborting its plan to sell the Teesside unit of Corus as high raw material prices of iron ore and coal have made the unit unattractive for prospective buyers, as per a person with direct knowledge of the development.
* Private equity firm TPG has picked up a minority stake in children's apparell and accessories retailer Lilliput Kidswear for 1.2 billion rupees a week after U.S. private equity firm Bain Capital bought a stake in the retailer.
* B.K. Birla group-controlled JayShree Tea & Industries (JYST.BO: Quote, Profile, Research) is close to acquiring tea estates in Uganda and Rwanda, which will lift production to nearly 29 million kilograms in 2010/11 from from 23.5 million.
BUSINESS STANDARD (www.business-standard.com)
* The world's largest steelmaker ArcelorMittal (ISPA.AS: Quote, Profile, Research) is in talks with Delhi-based Ferro Alloys Corp (FROA.BO: Quote, Profile, Research) for buying a stake in the latter.
* The Department of Telecommunications has proposed postponing the divestment of state-run telecom operator Bharat Sanchar Nigam Ltd.
($1=44.7 Indian rupees)
Looking for more information from local sources? Factiva.com has 25 sources. For details about our products, please call your local help desk. To find out more about Reuters visit www.reuters.com. (Compiled by Bharghavi Nagaraju; Editing by Prem Udayabhanu)
Foi meigo demais. Primeiro, José Alencar, na condição de presidente em exercício, e o secretário-geral do Itamaraty, Antonio Patriota, condecoraram a mulher do presidente Lula, Marisa Letícia, com a Grã-Cruz da Ordem do Rio Branco. É a mais alta condecoração da diplomacia brasileira. Foi concedida a “dona” Marisa por causa de seus importantíssimos serviços prestados à pátria, isto é, a Lula – “sacrificando sua vida pessoal, deixando de ter horas com os filhos”, nas palavras emocionadas do chanceler Celso Amorim (cuja mulher, Ana Maria Amorim, também foi condecorada, sabe-se lá por qual razão). Agora, Lula e Amorim retribuíram a gentileza e condecoraram a mulher de José Alencar, Mariza Gomes, também com a Grã-Cruz. A entrega das medalhinhas será nesta terça-feira.
Nas palavras de Raimundo Faoro, parece mesmo que herdamos da Portugal metropolitana a estrutura na qual o país não tem governantes, mas donos do Estado, como se este fosse seu patrimônio inquestionável. “O soberano e o súdito não se sentem vinculados à noção de relações contratuais, que ditam limites ao príncipe e, no outro lado, asseguram o direito de resistência, se ultrapassadas as fronteiras de comando”, escreve Faoro em Os Donos do Poder. A confusão entre público e privado e entre interesses particulares e republicanos parece ter atingido seu grau mais alto no governo Lula à medida que se aproxima o fim do mandato. O presidente decerto concluiu que os únicos limites à sua atuação são os ditados pela sua consciência, transformando sua vontade pessoal em vontade universal.
O recente vexame do ministro Miguel Jorge, ao entregar uma camisa da seleção brasileira ao presidente iraniano e antissemita militante, Mahmoud Ahmadinejad, prova essa confusão. O governo Lula sequestrou um dos símbolos mais caros aos brasileiros, a camisa amarela do escrete, para reforçar um laço que está muito longe de ser um consenso nacional. Ahmadinejad foi “condecorado” pela mera vontade do soberano, desprezando os cidadãos brasileiros que têm razões para suspeitar que Ahmadinejad seja um candidato a genocida.
Muito antes disso, porém, a “família Lula” já havia dado sinais do que viria pela frente. Basta lembrar o episódio em que “dona” Marisa, a condecorada, mandou plantar um canteiro de flores vermelhas, no formato da estrela do PT, nos jardins do Palácio da Alvorada, em 2004. Foi um ato muito “patriótico”, sem dúvida.
Agora, ao tratar a maior condecoração brasileira como um prêmio por “apoio moral” de uma mulher a seu marido, algo que é de foro totalmente privado, o atual governo brasileiro não só desvirtua a importante homenagem como trata a República como uma extensão do patrimônio pessoal do presidente e de sua corte.
Além do reajuste do benefício, Senado aprova isenção da contribuição de aposentado que continua a trabalhar e possibilidade de saque do FGTS
16 de abril de 2010 | 0h 00
Edna Simão - O Estado de S.Paulo
Para garantir a simpatia dos aposentados em ano eleitoral, um pacote de bondades está sendo preparado nas comissões do Senado. Além do reajuste do benefício, o aposentado que continua no mercado de trabalho poderá ficar isento da contribuição ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e poderá, ainda, sacar trimestralmente os saldos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Os projetos que tratam desses temas foram aprovados na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, em caráter terminativo, e agora seguem para a Câmara. O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), classificou de "eleitoralismo" a aprovação pelo Senado do projeto que acaba com a contribuição previdenciária dos aposentados que permanecem no mercado de trabalho.
Déficit. Só a isenção da contribuição poderá ampliar o déficit da Previdência em algo entre R$ 10 bilhões e R$ 14 bilhões, segundo cálculos do ex-ministro da Previdência Social, José Cechin, que é superintendente do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar. A previsão de déficit para este ano é de R$ 50,7 bilhões.
A situação das contas públicas poderá ficar ainda mais complicada caso seja aprovada emenda ao projeto que prevê a devolução das contribuições feitas desde 1991. A contribuição vai de 8% a 11%, dependendo da faixa salarial, até o máximo R$ 3.416,54.
Temendo que o proposta ganhe ainda mais simpatizantes, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), avisou ontem que vai entrar com um recurso na Casa para fazer com que o projeto, aprovado na CAS, passe antes pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), para depois seguir para a Câmara. "Não tem sentido um rombo desse tamanho", frisou Jucá.
Para técnicos do governo, o número é exagerado. Ele considerou nos cálculos a existência de 2 a 3 milhões de aposentados no mercado de trabalho - seja com carteira assinada ou não - e a renda média dos brasileiros. Segundo Cechin, muitos se aposentaram muito jovens, e não há condições de livrar os aposentados que continuam trabalhando da contribuição previdenciária.
Em seu relatório, o senador Paulo Duque (PMDB-RJ) disse que não se trata de renúncia de receita. "O que está sendo cobrado não deveria sê-lo."
Outro projeto tira o sono dos técnicos que administram os recursos do FGTS. Foi aprovada na CAS a possibilidade de o aposentado que voltar ao mercado retirar trimestralmente o dinheiro do fundo. Hoje, só o aposentado que não rompeu o contrato de trabalho tem o direito de sacar mensalmente o FGTS.
"É justa a inclusão de uma hipótese de movimentação ao trabalhador que, muitas vezes, se vê forçado a se manter no mercado de trabalho, mesmo após a aposentadoria", disse o relator da matéria na CAS, o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG).
Para técnicos da Caixa, não faz sentido permitir nem o saque mensal (como é hoje) nem o trimestral (como foi proposto). / COLABOROU ANA PAULA SCINOCCA
Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse esta quarta-feira que vai sugerir ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que vete qualquer proposta que eleve o valor das aposentadorias acima do que já foi acordado anteriormente. Ele lembrou que os 6,14% dão ganho real aos aposentados que ganham mais que um salário mínimo. “Vamos indicar ao presidente o veto, caso haja proposta com valor maior”.
No início do mês, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, reuniu-se no Ministério da Fazenda para discutir o assunto com o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), e os ministros Guido Mantega, Carlos Eduardo Gabas, da Previdência Social, e Paulo Bernardo, do Planejamento, Orçamento e Gestão, além do secretário executivo da Casa Civil, Carlos Wilson.
Ao deixar a reunião, ele disse aos jornalistas que o governo já chegou ao limite em termos de reajuste das aposentadorias, e que a questão eleitoral não pode contaminar a responsabilidade fiscal do país.
Ele se disse "cabreiro" (desconfiado) com propostas de acordo no Congresso que “depois não são cumpridas”. Agora a preocupação do ministro é com a pressão na Câmara, de parlamentares e das centrais sindicais, para aumentar o valor das aposentadorias acima do previsto pelo governo. Segundo Padilha, o governo já chegou ao limite, ao conceder ganho real para aposentados e pensionistas. De acordo com o ministro, tem sido garantido um aumento real para os aposentados, e dois terços terão aumento igual ao do salário mínimo.
Para os que ganham mais do que o salário mínimo, ele informou que o governo garante aumento real de acordo com a inflação e mais 50% do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores ao do aumento.
A discussão na Câmara envolve o reajuste das aposentadorias e o crescimento da economia no ano passado, já que valor do mínimo é calculado pela inflação do ano anterior e pelo crescimento do PIB de dois anos anteriores. Mas, no ano passado, devido à crise, o resultado do PIB brasileiro ficou em -0,2%.
Para ele, tanto a base quanto a oposição devem estar cientes dos custos que poderão ser gerados com o reajuste para os aposentados.
Herança de 64: anistiados políticos já receberam R$ 2,8 bilhões
Amanda Costa (Contas Abertas)
Já se passaram exatos 46 anos desde que o ex-presidente João Goulart foi deposto pelas Forças Armadas e o regime militar foi instaurado no Brasil – em 31 de março de 1964. Hoje, embora a ditadura permaneça apenas na memória dos perseguidos políticos, o custo do golpe insiste em acompanhar o governo brasileiro. Para se retratar pelos prejuízos causados ao perseguidos, a União já desembolsou, desde 2003, pelo menos R$ 2,8 bilhões com o pagamento de pensões e indenizações aos anistiados políticos. Só neste ano, já foram gastos R$ 77,7 milhões, um sexto do que foi gasto no ano passado – R$ 465 milhões (veja tabela).
Em média, a União pagou R$ 383,6 milhões por ano, pouco mais de R$ 1 milhão ao dia, em pensões aos anistiados políticos desde o primeiro ano de vigência da atual lei de anistia (10.559/2002). Em 2008 o valor pago foi o maior da série, quando R$ 857,1 milhões foram desembolsados para o pagamento das pensões, indenizações únicas e do chamado retroativo, isto é, a soma do valor concedido a título de pensão mensal acumulado desde a data inicial do requerimento de anistia. No ano passado, a média diária de gastos com os anistiados políticos caiu para R$ 1,3 milhão.
Do montante pago até agora, pouco mais de R$ 2,6 bilhões (95%) foram destinados a civis, cidadãos comuns que tiveram, na avaliação da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, suas carreiras profissionais interrompidas pela repressão. Outros R$ 153,6 milhões foram pagos a militares das três Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) considerados dignos do direito à reparação econômica por serem contrários ao regime de exceção.
São dois os grupos de perseguidos políticos amparados pela lei. O primeiro é composto dos perseguidos políticos em sua definição mais clássica: o cidadão violado em suas liberdades públicas e em sua integridade física. No segundo estão aqueles demitidos dos empregos durante o regime ditatorial. Para os primeiros, a lei oferece uma indenização menor, em parcela única, com teto de R$ 100 mil.
Para o segundo segmento, é destinada uma indenização vitalícia e mensal, com valor correspondente ao salário que teria, com as progressões na carreira e também com pagamento retroativo até 1988. Até 2007, segundo informações da comissão responsável por julgar a causa dos anistiados, para calcular o valor da indenização mensal – reparação pela qual já foi desembolsado R$ 1,2 bilhão –, eram utilizados os valores de progressões informados por órgãos públicos, ex-empregados ou associações sindicais.
A partir de 2008, no entanto, passou a ser usado outro critério, também previsto na lei, no qual se estabelece o valor da indenização segundo a atual média salarial de mercado de cada profissão, o que reprimiu os valores concedidos aos anistiados. A indenização por prestação mensal e vitalícia, cuja média chegou a R$ 5,6 mil em 2001, segundo levantamento da Comissão de Anistia, foi reduzida a R$ 2,3 mil em 2008.
Até hoje, a Comissão de Anistia recebeu mais de 66 mil requerimentos de anistia política, tendo sido julgados quase 55 mil deles. Entorno de 14 mil destes casos foi concedido algum tipo de reparação econômica, enquanto outros 22,5 mil receberam apenas o pedido oficial de desculpas do Estado (anistia) e eventualmente algum outro direito, como retorno ao curso superior do qual tenha sido expulso, contagem de tempo de trabalho no exterior para fins de aposentadoria ou inclusão do nome do pai ou mãe na certidão de nascimento dos filhos. Para outros 18 mil o pedido de anistia e qualquer pedido de reparação foram negados.
Atualmente, ainda restavam cerca de 11 mil processos a serem analisados. Segundo o balanço da Comissão, de 2001 a 2006, foram apreciados, em média, 4.463 por ano. Entre 2007 e 2010, a média foi elevada para 10 mil processos por ano.
Quem começou a contribuir com o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) antes de 25 de julho de 1991 pode obter a aposentadoria por idade hoje com tempo de contribuição menor do que 15 anos --que é o mínimo exigido para os filiados após aquele ano.
O pedido deveria ser concedido administrativamente, mas nem todos os postos do INSS garantem esse direito ao segurado. Na última quinta-feira, o Agora visitou seis agências da Previdência na capital e em apenas três delas os funcionários passaram informações corretas.
Em nota, o INSS em São Paulo disse que vai reforçar as informações para seus funcionários. Assim, o segurado que tiver direito à aposentadoria por idade deve seguir com seu pedido mesmo que receba alguma informação incorreta.
RIO DE JANEIRO, 19 de abril (Reuters) - O governo não tem recursos para bancar um reajuste de 7,7% para aposentados que ganham acima do salário mínimo, conforme defende a oposição no Congresso, afirmou nesta segunda-feira o ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas.
"Sete ponto sete por cento não vejo fonte de custeio para isso", disse ele a jornalistas em evento na Firjan.
"Se o ministro da Fazenda encontrar fonte de custeio e o presidente autorizar vou acatar. Sei que os aposentados reivindicam isso, mas é preciso levar esse debate para a sociedade", acrescentou Gabas.
O acordo feito pelo governo com os sindicatos e as entidades representativas de aposentados apontou para um aumento de 6,14%, cujo impacto nas contas da União é estimado em R$ 6,7 bilhões. A medida provisória do Executivo enviada ao Congresso contempla esses 6,14% e é sobre ela que vem acontecendo o debate no Congresso.
De acordo com Gabas, há brechas para um acordo político que permita um aumento de 7%.
"Sete por cento seria uma forma de chegar a um ponto de equilíbrio", acrescentou.
Pelos critérios atuais, o governo usa como parâmetros para o reajuste dos aposentados que ganham acima de um salário mínimo o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), calculado pelo IBGE, mais 50% do PIB (Produto Interno Bruto) relativo a dois anos antes da data do aumento.
O ministro chamou de manobra eleitoreira a proposta feita no Senado Federal de um reajuste de 7,7%, o que representa a soma do INPC mais todo o PIB de dois anos antes.
"Quando você coloca uma carga dessa você discute a viabilidade da Previdência. A discussão não pode se misturar com aventuras eleitoreiras", criticou Gabas.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier; Edição de Carmen Munari)
Herança de 64: anistiados políticos já receberam R$ 2,8 bilhões
Amanda Costa (Contas Abertas)
Já se passaram exatos 46 anos desde que o ex-presidente João Goulart foi deposto pelas Forças Armadas e o regime militar foi instaurado no Brasil – em 31 de março de 1964. Hoje, embora a ditadura permaneça apenas na memória dos perseguidos políticos, o custo do golpe insiste em acompanhar o governo brasileiro. Para se retratar pelos prejuízos causados ao perseguidos, a União já desembolsou, desde 2003, pelo menos R$ 2,8 bilhões com o pagamento de pensões e indenizações aos anistiados políticos. Só neste ano, já foram gastos R$ 77,7 milhões, um sexto do que foi gasto no ano passado – R$ 465 milhões (veja tabela).
Em média, a União pagou R$ 383,6 milhões por ano, pouco mais de R$ 1 milhão ao dia, em pensões aos anistiados políticos desde o primeiro ano de vigência da atual lei de anistia (10.559/2002). Em 2008 o valor pago foi o maior da série, quando R$ 857,1 milhões foram desembolsados para o pagamento das pensões, indenizações únicas e do chamado retroativo, isto é, a soma do valor concedido a título de pensão mensal acumulado desde a data inicial do requerimento de anistia. No ano passado, a média diária de gastos com os anistiados políticos caiu para R$ 1,3 milhão.
Do montante pago até agora, pouco mais de R$ 2,6 bilhões (95%) foram destinados a civis, cidadãos comuns que tiveram, na avaliação da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, suas carreiras profissionais interrompidas pela repressão. Outros R$ 153,6 milhões foram pagos a militares das três Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) considerados dignos do direito à reparação econômica por serem contrários ao regime de exceção.
São dois os grupos de perseguidos políticos amparados pela lei. O primeiro é composto dos perseguidos políticos em sua definição mais clássica: o cidadão violado em suas liberdades públicas e em sua integridade física. No segundo estão aqueles demitidos dos empregos durante o regime ditatorial. Para os primeiros, a lei oferece uma indenização menor, em parcela única, com teto de R$ 100 mil.
Para o segundo segmento, é destinada uma indenização vitalícia e mensal, com valor correspondente ao salário que teria, com as progressões na carreira e também com pagamento retroativo até 1988. Até 2007, segundo informações da comissão responsável por julgar a causa dos anistiados, para calcular o valor da indenização mensal – reparação pela qual já foi desembolsado R$ 1,2 bilhão –, eram utilizados os valores de progressões informados por órgãos públicos, ex-empregados ou associações sindicais.
A partir de 2008, no entanto, passou a ser usado outro critério, também previsto na lei, no qual se estabelece o valor da indenização segundo a atual média salarial de mercado de cada profissão, o que reprimiu os valores concedidos aos anistiados. A indenização por prestação mensal e vitalícia, cuja média chegou a R$ 5,6 mil em 2001, segundo levantamento da Comissão de Anistia, foi reduzida a R$ 2,3 mil em 2008.
Até hoje, a Comissão de Anistia recebeu mais de 66 mil requerimentos de anistia política, tendo sido julgados quase 55 mil deles. Entorno de 14 mil destes casos foi concedido algum tipo de reparação econômica, enquanto outros 22,5 mil receberam apenas o pedido oficial de desculpas do Estado (anistia) e eventualmente algum outro direito, como retorno ao curso superior do qual tenha sido expulso, contagem de tempo de trabalho no exterior para fins de aposentadoria ou inclusão do nome do pai ou mãe na certidão de nascimento dos filhos. Para outros 18 mil o pedido de anistia e qualquer pedido de reparação foram negados.
Atualmente, ainda restavam cerca de 11 mil processos a serem analisados. Segundo o balanço da Comissão, de 2001 a 2006, foram apreciados, em média, 4.463 por ano. Entre 2007 e 2010, a média foi elevada para 10 mil processos por ano.
Pacote abre rombo bilionário no INSS
Além do reajuste do benefício, Senado aprova isenção da contribuição de aposentado que continua a trabalhar e possibilidade de saque do FGTS
16 de abril de 2010 | 0h 00
Com Lula, bancos lucram R$ 127, 8 bi
Ganhos acumulados pelas 100 maiores instituições entre 2003 e 2009 foram 2,3 vezes superiores aos desembolsos do Bolsa Família
Marcone Gonçalves
Sempre que questionado sobre os ganhos espetaculares acumulados pelo sistema financeiro ao longo de seu governo, o presidente Lula sai-se com essa: “Quero mais é que os bancos deem lucro”. Pois dados consolidados pelo Banco Central, referentes aos sete anos da administração do petista, mostram que as 100 maiores instituições financeiras do país não se fizeram de rogadas. Acumularam, no período, R$ 127,8 bilhões em lucros, o equivalente a 2,3 vezes os R$ 55,2 bilhões gastos pelo Ministério do Desenvolvimento Social por meio do Bolsa Família, programa que ajuda a melhorar as condições de vida de 46 milhões de brasileiros.
Nem mesmo o estrago provocado pela crise mundial foi suficiente para inibir o apetite dos bancos. No ano passado, também segundo o BC, as 100 maiores instituições engordaram o seus cofres com ganhos de R$ 23,2 bilhões, resultado que superou em 26% os retornos de 2008 (R$ 18,4 bilhões). Isso, apesar de o Produto Interno Bruto (PIB), o total de riquezas produzidas pelo Brasil, ter encolhido 0,2% na mesma comparação. Quem acompanha o mercado de perto avisa: o último ano da gestão Lula será fechado com pompa pelo sistema bancário: os lucros serão os maiores da história, o que poderá ser comprovado quando saírem os números do primeiro trimestre.
Os dados do BC consideram, porém, somente os resultados dos bancos com a atividade própria. Ou seja, não contabilizam, por exemplo, as seguradoras controladas por eles, que têm inflado ainda mais os ganhos. Pelo critério do BC, o BB embolsou R$ 6,1 bilhões no ano passado (o total passou de R$ 10 bilhões, um recorde). Já Itaú Unibanco e Bradesco ganharam, respectivamente R$ 5,4 bilhões (foram R$ 10 bilhões no geral) e R$ 4 bilhões (R$ 8 bilhões).
Para um técnico do governo, não se deve ver com preconceito os lucros dos bancos. Pelo contrário, são eles que garantem a solidez do sistema financeiro, que foi fundamental para que o país saísse mais rápido da crise provocada pelo estouro da bolha imobiliária americana. (1)“O Brasil foi elogiado em todo o mundo pela robustez de seus bancos”, afirmou. “Ao lucrarem mais, as instituições podem liberar mais crédito e, dessa forma, contribuir para o crescimento sustentado do país”, acrescentou.
1 - Estatização no mundo As estripulias feitas pelos bancos americanos no crédito imobiliário deixaram um rastro de prejuízos em todo o mundo. Gigantes com o Citibank, o Goldman Sachs e a seguradora AIG tiveram de ser socorridos pelo governo dos Estados Unidos. Na Europa, várias instituições foram estatizadas para não quebrarem. Com isso, garantiu-se os depósitos de milhões de poupadores.
E EU COM ISSO Boa parte dos lucros dos bancos decorre da concentração do sistema financeiro. Com um menor número de instituições no mercado, os consumidores ficam desprotegidos. Os bancos aumentam o poder para impor taxas de juros elevadas nos empréstimos. Também ficam confortáveis para fixar tarifas maiores nos serviços que prestam, já que a competição diminui.
Concentração aumentará
O interesse do Santander pelo Safra é apenas mais um movimento no intenso processo de concentração bancária no Brasil, afirmou Luís Miguel Santacreu, analista da consultoria Austin Asis. Os cinco maiores bancos do país detém ativos de R$ 2,397 bilhões, o correspondente a 78,22% do sistema. Com a possível junção do Santander e do Safra, esse índice passaria para 80,54%.
Na avaliação de Santacreu, o processo de concentração deve continuar, com um número cada vez menor de bancos detendo um volume maior de créditos e de depósitos. “Não estamos inventando nada. Se formos olhar para outros países, a presença de grandes bancos de varejo no mercado também é reduzida”, assinalou.
Há uma parcela importante de analistas acreditando que, além do Safra, a outra noiva cobiçada no mercado é o Citibank, que enfrentou sérias dificuldades nos Estados Unidos durante a crise mundial e só não ruiu porque foi socorrido pelo governo de lá. A disputa pelo Citi envolveria, inclusive, o Banco do Brasil, que nos últimos meses assumiu o controle da Nossa Caixa e arrematou 50% do Votorantim. A Caixa Econômica Federal, por sua vez, ficou com metade do Banco Panamericano, do grupo Sílvio Santos.
Os grandes perdedores nesse jogo, segundo Ione Amorim, economista do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), são os consumidores, que ficam reféns dos poucos bancos. (MG)
Santander quer o Safra
Em meio ao processo de concentração do sistema financeiro brasileiro, uma operação é aguardada com expectativa: a possível compra do Safra, o oitavo maior banco do país, pelo Santander. Se concretizada, a instituição espanhola saltará do quinto para o quarto lugar no ranking do varejo financeiro elaborado pelo Banco Central, com ativos totais de R$ 405,1 bilhões. Deixará para trás, com longa margem, a Caixa Econômica Federal e encostará no Bradesco.
Se arrematar o Safra, o Santander herdará uma carteira de clientes e de operações bancárias diferenciadas, geridas por Joseph Safra. Junto com o irmão Moise, o banqueiro tornou-se uma lenda na administração de grandes fortunas (2)no Brasil. A atividade bancária da família remonta ao início do século passado, quando o patriarca do clã abriu um banco na região onde hoje é a Síria. O terceiro irmão, Edmond Safra, morto há 11 anos em um incêndio criminoso em Mônaco, foi o dono do Republic National Bank of New York. O Safra tem ativos de R$ 71 bilhões, 99 agências e quase 5 mil funcionários.
A possível compra do Safra pelo Santander começou a ser especulada pelo mercado no fim do ano passado, quando se tornaram públicas as informações de que a instituição havia enfrentado saques maciços de clientes no auge da crise mundial. O Safra era controlador da Aracruz Celulose, que perdeu bilhões de reais em operações arriscadíssimas no mercado de câmbio. Temia-se que o banco estivesse por trás dos negócios malsucedidos. A Aracruz acabou sendo vendida para o grupo Votorantim, mas a desconfiança em relação ao Safra não se dissipou por completo.
Procurado pelo Correio, o Safra não se manifestou. E o Santander se limitou a informar que “não comenta especulações”. Apesar desse silêncio, José Luiz Rodrigues, sócio-titular da consultoria JL Rodrigues e especialista em sistema financeiro, disse que a operação Safra-Santander faz todo o sentido. “O Safra vive um momento em que precisa definir seu rumo como um banco de varejo. Não dá para pensar que poderá ter uma política de expansão agressiva contando com menos de 100 agências”, afirmou. (MG)
2 - Privilegiados O objetivo maior do espanhol Santander com a possível compra do Safra é entrar com tudo no mercado de alta renda, hoje dominado pelo Bradesco, com a marca Prime, e pelo Itaú Unibanco, com o Uniclass e o Personalité. Para esse público com grande disponibilidade de recursos para investimentos, o Santander oferece a marca Van Gogh, que pertencia ao Real.
O Safra vive um momento em que precisa definir seu rumo como um banco de varejo”
José Luiz Rodrigues, sócio-titular da consultoria JL Rodrigues
São Paulo - O vice-prefeito de Embu-Guaçu, na Grande São Paulo, o médico Fernando Branco Sapede, de 47 anos, foi preso nesta segunda-feira, suspeito de cometer crime de falsidade ideológica. Outro homem, que não foi identificado pela polícia, também foi detido por exercício ilegal da medicina na clínica em que Sapede trabalha.
A polícia investiga se o vice-prefeito cedeu seu registro médico para outra pessoa exercer a profissão. Os dois foram levados à Delegacia Seccional de Taboão da Serra, na Grande São Paulo.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a polícia chegou até a clínica, no centro de Embu-Guaçu, após receber denúncia anônima. O falso médico informou à polícia que tinha um acordo com Sapede para usar o carimbo e trabalhar na clínica dele enquanto tentava tirar o registro de médico no Brasil.
Maceió - O advogado Edson Maia disse que vai entrar na Justiça com um pedido de habeas-corpus para colocar em liberdade o monsenhor Luiz Marques Barbosa, 83 anos, preso ontem à noite, após prestar depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga casos de pedofilia no Brasil. Marques foi acusado de abusar sexualmente de ex-coroinhas que trabalhavam com ele na Paróquia de São José, em Arapiraca, no Estado de Alagoas. A prisão preventiva foi decretada pelo juiz Rômulo Vasconcelos, a pedido do presidente da CPI da Pedofilia, senador Magno Malta (PR-ES).
O advogado de Marques disse que o religioso já é idoso, tem residência fixa, não representa risco para as investigações e é réu primário, por isso teria direito a responder ao crime em casa. Luiz Marques está preso no quartel do 3º Batalhão da Polícia Militar. De acordo com o comandante do Batalhão, o tenente-coronel Marcos Sampaio, Marques passou a noite em uma cela especial e hoje pela manhã recebeu a visita de parentes. Ele tem direito a cela especial porque é oficial da reserva da PM de São Paulo, onde atou com capelão.
De acordo com o senador Magno Malta, a prisão tem como objetivo evitar que o religioso interfira nas investigações, não intimide os ex-coroinhas, nem deixe o País antes da conclusão dos trabalhos. "Nós descobrimos que ele tirou um passaporte recentemente. Por isso, decretamos a prisão dele", afirmou o magistrado.
Também foram presos o motorista José Reinaldo e a empregada Maria Isabel, que trabalhavam para o monsenhor. Os dois empregados foram presos por falso testemunho. Ele teria mentido para proteger o religioso, em depoimento à CPI da Pedofilia.
Antes de ser levado para o quartel, onde está preso, Marques concedeu entrevista à imprensa e se disse surpreso com a prisão. "Eu tirei esse passaporte em janeiro, quando essa denúncia ainda não tinha vindo à toma. Como então eu estava me preparando para fugir?", questionou o religioso. Em seu depoimento à CPI, Marques assumiu o "erro que cometeu" e pediu "perdão aos fiéis". Mas repetiu várias vezes que não era pedófilo. Quando perguntado pelo presidente da CPI se era homossexual, ele disse que preferia não responder a pergunta.
Confissão
Também prestaram depoimento o monsenhor Raimundo Gomes, 52 anos; o padre Edílson Duarte, 43 anos; e o padre alemão Bennedikt Lennartz, pároco do município de Craíbas, que fica na região de Arapiraca. O padre Edílson foi o único que confessou ter abusado sexualmente dos ex-coroinhas. Ele começou o depoimento negando as acusações, mas depois decidiu colaborar, em troca da delação premiada. Edílson confirmou as acusações que os ex-coroinhas fizeram contra os monsenhores e disse que o bispo diocesano de Penedo, dom Valério Brêda, sabia de tudo e não fez nada para impedir.
Dom Valério Breda se colocou à disposição da CPI da Pedofilia, por meio de uma carta encaminhada ao presidente da Comissão, mas não pode comparecer à audiência em Arapiraca porque estava viajando. O senador Magno Malta disse que dom Valério pode ser convocado para depor na CPI em Brasília. O bispo de Penedo foi quem afastou os três religiosos das paróquias de Arapiraca, quando o escândalo ganhou repercussão nacional e chegou ao conhecimento do Vaticano. Desde meados de março, que os dois monsenhores e o padre Edílson estão proibidos de exercer o sacerdócio.
Mais envolvidos
Segundo Magno Malta, o monsenhor Raimundo Gomes não foi preso porque não tinha uma prova cabal contra o religioso e não foi encontrado nada comprometedor em sua residência. Durante o depoimento à CPI, Raimundo negou as acusações do ex-coroinha Anderson e chegou a discutir com a mãe do rapaz, que lhe acusava de pedófilo.
O monsenhor, que está afastado da paróquia de Nossa Senhora do Carmo, confirmou que pagava a escola do ex-coroinha e que cortou a ajuda quando Anderson deixou de trabalhar para ele. O ex-coroinha disse que era abusado pelo religioso desde os 14 anos.
Já o padre alemão Benedikt Lennartz, que foi denunciado na semana passada pelo Ministério Público Federal por pratica de pedofilia na internet, negou as acusações. Ele disse que quem usava o seu computador para receber e enviar fotos pornográficas de crianças e adolescentes era um ex-coroinha seu, que depois de formado passou a trabalhar para ele como contador. "Esse ex-coroinha se aproveitou da minha confiança, usou o meu cartão de crédito para fazer assinatura de sites pornôs e montar um site só para exibir fotos comprometedoras de crianças", acusou o alemão, sem dar maiores detalhes a respeito do seu ex-coroinha.
Jon Pall Vilhelmsson/AP Raios entre a nuvem de cinza vulcânica e lava saindo da cratera do vulcão de Eyjafjallajokull, na Islândia. A Eurocontrol, entidade que controla a aviação europeia, divulgou na tarde desta segunda-feira (19) um comunicado no qual prevê que amanhã entre 40% e 45% dos voos previstos no espaço aéreo do continente decolem
Agência calcula que até 45% dos voos decolem na Europa nesta terça-feira
Do UOL Notícias* Em São Paulo
Menina aguarda voo no aeroporto dde Frankfurt, na Alemanha
A Eurocontrol, entidade que controla a aviação europeia, divulgou na tarde desta segunda-feira um comunicado no qual prevê que amanhã entre 40% e 45% dos voos previstos no espaço aéreo do continente decolem. Hoje, apenas 30% dos programados aconteceram, um total de 8.700 vôos dos 28 mil previstos. A previsão para a quarta-feira é que haja outro aumento similar de entre 10% e 15%.
No momento, não estão funcionando os serviços de controle de tráfego aéreo de Bélgica, Dinamarca, Estônia, Finlândia, Alemanha, Irlanda, Holanda, norte da Itália, Polônia, Romênia, Eslovênia, Suíça, partes da Ucrânia e Reino Unido.
Os aeroportos da Europa meridional e central foram abertos e voos acontecem em República Checa, região dos Balcãs, Bulgária, Hungria, sul da Itália e da França, Grécia, Portugal, Espanha e Turquia. No norte da Europa, Noruega e partes da Suécia, a situação também está voltando ao normal.
Veja a situação dos aeroportos
Os ministros de Transporte da União Europeia (UE) chegaram hoje (19) a um acordo para flexibilizar o fechamento do espaço aéreo sem pôr em risco a segurança. Uma parte do espaço aéreo europeu fechado pelas cinzas de um vulcão islandês reabrirá progresivamente a partir de amanhã às 8h locais (3h de Brasília).
A medida deverá reduzir a área restrita onde vigora a proibição de voos na Europa, em meio à poluição expelida pelo vulcão da geleira de Eyjafjallajoekull, na Islândia, que está em erupção desde a quarta-feira passada.
A Eurocontrol tinha determinado aos governos da UE uma redução do espaço aéreo proibido a voos comerciais por causa da nuvem de cinza vulcânica, após duras críticas recebidas por parte das companhias.
Grupo de discussão
Paralelamente, será permitido às companhias aéreas decidir por si próprias se atuarão em áreas menos poluídas fora dessa primeira "faixa vermelha".
Os especialistas reconhecem que é difícil prever a evolução da erupção, já que a última deste vulcão aconteceu em 1821. Daquela vez, a erupção durou mais de um ano e provocou uma liberação significativa de cinzas, mas de forma descontínua.
O caos aéreo entrou hoje no seu quinto dia. Mais de 6,8 milhões de passageiros foram afetados pela maior crise no setor de transporte desde os atentados de 11 de setembro de 2001.
Nos últimos quatro dias, cerca de 63 mil voos foram cancelados, o que provocou perdas estimadas em torno de US$ 200 milhões (R$ 350 milhões) por dia.
Antonio María Rouco Varela dijo ayer a los obispos de España que hay que poner más «cuidado y medios» para «prevenir y corregir» los casos de pederastia a cargo de sacerdotes, que los abusos resultan «intolerables» y que en toda esta crisis, una de las más graves de la Iglesia católica, no tiene ninguna responsabilidad Benedicto XVI, quien cumplió ayer un lustro en la silla de Pedro criticado por su gestión de los escándalos. Fue el del presidente de la Conferencia Episcopal Española (CEE) un discurso esperado y solicitado –pues hasta ahora el arzobispo de Madrid no había dicho nada sobre esta cuestión–, e incluso valiente viniendo de quien viene y tratándose de lo que se trata. Un discurso alejado de las posturas de otros miembros de la jerarquía eclesiástica, que dicen que la ola de casos se debe a una supuesta campaña mediática, o del cardenal Antonio Cañizares, quien el mes pasado sostuvo que aquí no se pretendía denunciar sino «que no se hable de Dios». Las palabras de Rouco, en un espacio tan significativo como la inauguración de la asamblea plenaria del episcopado, están en sintonía con las de Joseph Ratzinger, que la semana pasada también rompió su silencio y pidió «penitencia». «Nos duelen en el alma los graves pecados y delitos cometidos por algunos hermanos en el sacerdocio y religiosos», declaró el arzobispo de Madrid. «Deben responder de sus actos ante Dios y ante la justicia humana. Nosotros, como otros episcopados, hemos puesto y, según las necesidades, pondremos con más cuidado los medios adecuados para prevenir y corregir casos de este tipo».
LA DEFENSA / Hubo un cerrado aplauso episcopal en la sala cuando Rouco recordó el quinto aniversario del papado de Benedicto XVI, a quien se acusa de no hacer nada frente a los abusos, e incluso de proteger a algún cura denunciado enviándolo a otra parroquia, cuando estaba al frente de la diócesis de Múnich, en su Alemania natal, y de la vaticana Congregación para la Doctrina de la Fe. «Se ha intentado manchar su figura para hacer creer a la gente que los abusos han sido frecuentes, sin que los obispos o el Papa actuasen decididamente –señaló–. No podemos admitir que acusaciones insidiosas sean divulgadas como descalificaciones contra los sacerdotes y religiosos en general y, por extensión, contra el mismo Papa». Después habló el nuncio del Vaticano en España, Renzo Fratini, quien parece menos protocolario que su antecesor, Manuel Monteiro de Castro. Fratini dijo que la Iglesia, en general, «está perseguida» y habló de la necesidad, en su opinión, «de que perviva el afecto al crucifijo, signo de protección, consuelo y fortaleza en el dolor».
Marlaska envía a prisión al letrado, así como a Arantza Zulueta, Iker Sarriegi y otras dos detenidas por actuar como enlaces de la banda
Landa, Jauregi, Etxabe, Gallastegi y 'Pitxas' salen en libertad, algunos bajo fianza
El abogado de presos de ETA Jon Enparantza sugirió a la dirección de la banda que atentara contra el presidente del PNV, Iñigo Urkullu, según consta en el auto de prisión dictado ayer por el juez Fernando Grande-Marlaska, basándose en una carta intervenida a la organización terrorista y presentada ante la Audiencia Nacional por la Guardia Civil. La misiva está firmada con el alias 'Mik Mik', que el instituto armado atribuye a Enparantza, y fue redactada en enero de 2009, apenas un mes después del asesinato del constructor Inaxio Uria en Azpeitia.
En el texto, el autor de la misiva afirmaba que «lo del caso Uria» había supuesto «un duro impacto social», pero que habría tenido una mayor repercusión «si el objetivo hubiera sido Urkullu». El firmante apostaba por atentar contra el PNV porque «hay que destrozarles psicológicamente». «No hemos tocado a los responsables políticos principales; hay que acertar, hay que darles, darles, darles», añadía la carta. Nada más conocerse este texto, el ministro del Interior, Alfredo Pérez Rubalcaba, y el consejero vasco Rodolfo Ares contactaron con el dirigente nacionalista para informarle.
El contenido de la misiva es uno de los datos de la acusación que trascendieron ayer como consecuencia de la puesta a disposición judicial de los tres abogados detenidos por la Guardia Civil la semana pasada y de otras siete personas acusadas de formar parte de la estructura 'Halboka', encargada del control de los presos y de las comunicaciones de éstos con la dirección de ETA. Todos ellos comparecieron ante Grande-Marlaska, que anoche acordó el ingreso en prisión de cinco de los diez acusados, según informaron fuentes jurídicas.
El magistrado envió a la cárcel a los abogados Jon Enparantza, Arantza Zulueta e Iker Sarriegi, así como a Saioa Agirre Arauco y Naia Zuriarrain Mendiguren, que trabajaban en sus bufetes. Tras más de siete horas de interrogatorios, acordó la libertad de Juan María Jauregi Zalakain y Asier Etxabe Azkue bajo fianzas de 30.000 y 12.000 euros, respectivamente, e impuso comparecencias judiciales a Erramun Landa Mendibe y José Luis Gallastegi Lagar. A los nueve les imputa un delito de integración o colaboración con organización terrorista. Al décimo detenido, el ex etarra Domingo Aizpurua Aizpuru, alias 'Pitxas', el fiscal no le atribuyó ningún delito, puesto que ya fue condenado en Francia por asociación de malhechores.
Landa Mendibe, hermano del histórico dirigente de Batasuna Karmelo Landa, y Gallastegi Lagar, que fue miembro del comando Barcelona de ETA, abandonaron la Audiencia Nacional alrededor de las tres de la tarde, entre los aplausos de una decena de familiares y amigos que les recibieron con besos y abrazos.
El auto considera que de las investigaciones se puede concluir la pertenencia de los imputados a la estructura 'Halboka', que «coordinaba la disciplina sobre los presos, daba indicaciones sobre posibles objetivos y gestionaba el denominado impuesto revolucionario». Según el juez, desarrollaban en relación con los internos de la banda unas labores que «iban más allá de las loables funciones de defensa ejercidas con carácter complementario». En cuanto a los objetivos, además de a Urkullu habrían 'marcado' a otros cargos del PNV. En el despacho de Zulueta se habrían encontrado «informaciones relativas a tres vehículos, a sus ocupantes y los itinerarios utilizados por los mismos», y Enparantza habría enviado a ETA datos de «tres vehículos que podrían corresponder a escoltas de cargos públicos».
La Guardia Civil localizó algunos de estos documentos en los bufetes de los abogados, escondidos en forma de «canutillos» en los lugares más inverosímiles, como un secador de manos de un baño, una percha o la estructura de una silla. En el domicilio de Juan María Jauregi se hallaron 44.000 euros, y a Asier Etxabe se le incautaron otros 72.000, cantidades que los investigadores vinculan con el cobro del denominado impuesto revolucionario, en el que los letrados «participaban activamente».
«Vínculos estrechos»
Los diez sospechosos fueron detenidos el pasado miércoles en Vizcaya y Guipúzcoa y entre las acusaciones figuraba la de facilitar información sobre posibles objetivos. Entre ellos se encontraría el ministro del Interior, Alfredo Pérez Rubalcaba, quien aseguró en una rueda prensa que alguno de los arrestados transmitió datos sobre su persona «con las peores intenciones». La operación fue posible gracias a la documentación intervenida al ex jefe político militar de ETA, Francisco Javier López Peña, 'Thierry', que fue detenido en Burdeos (Francia) el 20 de mayo de 2008.
Según fuentes de la lucha antiterrorista, Arantza Zulueta habría utilizado en sus comunicaciones con la banda, los alias de 'Matraka', 'Marxel' y 'Bixer', que iba cambiando a medida que caían dirigentes del aparato político etarra. El fiscal le acusa de mantener comunicaciones mensuales con ETA y tener «vínculos estrechos» con dos de sus ramas, 'Halboka' y 'Gezi', el aparato de extorsión. De hecho, se le culpa de participar en el cobro de determinadas cantidades procedentes de la extorsión a empresarios y de actuar como enlace entre activistas 'legales' -no fichados- y la dirección de ETA.
La abogada, además, está acusada de actuar de 'correo' del comando Vizcaya entre 2007 y 2008, cuando al frente del grupo se encontraba Jurdan Martitegi. Saioa Aguirre, otra de las detenidas y novia de Martitegi, admitió que había sido intermediaria en el intercambio de mensajes entre éste y Zulueta.
En el caso de Jon Enparantza se indica que, desde hace años, mantenía una «comunicación muy fluida» con ETA y tenía un papel importante en 'Halboka', además de realizar labores de enlace entre la cúpula terrorista y otros colaboradores legales, de participar en la gestión de la extorsión y pasar a ETA informaciones sobre objetivos. En un soporte informático incautado al letrado se encontraron documentos intercambiados entre él y la dirección etarra.
Al tercer abogado, Iker Sarriegi, se le atribuye el apodo de 'Gabai', que corresponde a una persona que canaliza notas de los terroristas, interviene como intermediario en la extorsión y aporta informaciones sobre empresas. En el registro posterior a su arresto, los agentes le intervinieron un acta de una reunión del comité ejecutivo de ETA, lo que lleva a la Guardia Civil a resaltar la relevancia que se le atribuye en el seno de la organización terrorista.