Jon Pall Vilhelmsson/AP
Raios entre a nuvem de cinza vulcânica e lava saindo da cratera do vulcão de Eyjafjallajokull, na Islândia. A Eurocontrol, entidade que controla a aviação europeia, divulgou na tarde desta segunda-feira (19) um comunicado no qual prevê que amanhã entre 40% e 45% dos voos previstos no espaço aéreo do continente decolem
Agência calcula que até 45% dos voos decolem na Europa nesta terça-feira
Em São Paulo
Menina aguarda voo no aeroporto dde Frankfurt, na Alemanha
A Eurocontrol, entidade que controla a aviação europeia, divulgou na tarde desta segunda-feira um comunicado no qual prevê que amanhã entre 40% e 45% dos voos previstos no espaço aéreo do continente decolem. Hoje, apenas 30% dos programados aconteceram, um total de 8.700 vôos dos 28 mil previstos. A previsão para a quarta-feira é que haja outro aumento similar de entre 10% e 15%.
No momento, não estão funcionando os serviços de controle de tráfego aéreo de Bélgica, Dinamarca, Estônia, Finlândia, Alemanha, Irlanda, Holanda, norte da Itália, Polônia, Romênia, Eslovênia, Suíça, partes da Ucrânia e Reino Unido.
Os aeroportos da Europa meridional e central foram abertos e voos acontecem em República Checa, região dos Balcãs, Bulgária, Hungria, sul da Itália e da França, Grécia, Portugal, Espanha e Turquia. No norte da Europa, Noruega e partes da Suécia, a situação também está voltando ao normal.
Veja a situação dos aeroportos
Os ministros de Transporte da União Europeia (UE) chegaram hoje (19) a um acordo para flexibilizar o fechamento do espaço aéreo sem pôr em risco a segurança. Uma parte do espaço aéreo europeu fechado pelas cinzas de um vulcão islandês reabrirá progresivamente a partir de amanhã às 8h locais (3h de Brasília).
A medida deverá reduzir a área restrita onde vigora a proibição de voos na Europa, em meio à poluição expelida pelo vulcão da geleira de Eyjafjallajoekull, na Islândia, que está em erupção desde a quarta-feira passada.
A Eurocontrol tinha determinado aos governos da UE uma redução do espaço aéreo proibido a voos comerciais por causa da nuvem de cinza vulcânica, após duras críticas recebidas por parte das companhias.
Grupo de discussão
Paralelamente, será permitido às companhias aéreas decidir por si próprias se atuarão em áreas menos poluídas fora dessa primeira "faixa vermelha".
Os especialistas reconhecem que é difícil prever a evolução da erupção, já que a última deste vulcão aconteceu em 1821. Daquela vez, a erupção durou mais de um ano e provocou uma liberação significativa de cinzas, mas de forma descontínua.
O caos aéreo entrou hoje no seu quinto dia. Mais de 6,8 milhões de passageiros foram afetados pela maior crise no setor de transporte desde os atentados de 11 de setembro de 2001.
Nos últimos quatro dias, cerca de 63 mil voos foram cancelados, o que provocou perdas estimadas em torno de US$ 200 milhões (R$ 350 milhões) por dia.
* Com as agências internacionais