Londres, 20 jul (EFE).- Os cientistas do Weill Cornell Medical
College de Nova York (Estados Unidos) conseguiram isolar a proteína
que permite à tuberculose derrotar os mecanismos de defesa naturais
que o corpo humano desenvolve para se proteger desta doença, segundo
afirma a edição online da publicação "Nature Medicine".
A proteína, batizada como IFN-y, tem a capacidade de sobreviver
no entorno de alta acidez propiciado pelas células imunitárias do
corpo, cuja função é ativar os mecanismos de defesa naturais do
corpo perante a ameaça de uma invasão microbiológica.
Com o objetivo de absorver e eliminar o Mycobacterium
tuberculosis, as células imunitárias do organismo humano alteram os
níveis de ph para aumentar a acidez do entorno e, deste modo, acabar
com a tuberculose.
No entanto, a própria doença conta com um antídoto -a proteína
IFN-y- que atua como um "traje protetor" da tuberculose, fazendo com
que, por consequência, a doença sobreviva no corpo humano.
Os resultados deste estudo, dirigido pela pesquisadora Sabine
Ehrt do nova-iorquino Weill Cornell Medical College, abrem uma porta
à possibilidade de combater a tuberculose com quimioterapia.
Este tratamento teria como objetivo eliminar a proteína IFN-y, o
que transformaria a tuberculose em uma doença possível de ser
combatida por parte dos mecanismos de defesa naturais do corpo
humano.
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