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domingo, 8 de agosto de 2010

Uma antena só para você



Com as femtocells, será possível transmitir sua conversa de celular pela internet – e pagar menos
Revista Época

Num passado não muito distante, coisa de dez anos atrás, era um custo fazer o celular funcionar direito fora das grandes cidades. O indicador de sinal estava quase sempre no mínimo – isso quando chegava ao mínimo. O tempo passou, os celulares mudaram do sistema analógico para o digital, as operadoras instalaram antenas por todo canto e hoje é difícil encontrar um lugar onde o celular não funcione. Mesmo dentro de túneis ou no subsolo de edifícios. A tendência para o futuro é que o celular seja seu telefone principal, em casa, no trabalho ou em qualquer lugar.

Mas é difícil imaginar isso hoje em dia com os preços cobrados pelas operadoras. A saída será usar a internet para ligar pelo celular. Deverá haver em vários lugares – e provavelmente até dentro de sua casa – pequenas antenas de celular. Elas serão ligadas a sua conexão de internet banda larga, que desviará as ligações da rede tradicional (aquela oferecida pelas operadoras) para a internet. A idéia é que, se você entrar em casa falando ao telefone, ele mude automaticamente para sua rede interna. Isso funciona porque o celular busca o sinal mais intenso. Assim, ao encontrar a rede interna, ele passará para ela. Se você já estiver dentro de casa, o celular fará as ligações usando a rede, pela internet. Com isso, o custo das ligações deverá ser menor e a qualidade das chamadas melhor.

Essas anteninhas são chamadas de femtocells (femtocélulas). Para quem já está acostumado com os roteadores domésticos, que permitem conexão de internet sem fio em casa, fica fácil entender: as femtocells fazem o mesmo para celular. O modelo está em teste. Acredita-se que 100 mil femtocells estejam em uso no fim deste ano. Não é nada perto das previsões otimistas para os próximos anos. Para 2011, a expectativa é de 19 milhões de unidades no mundo.

Mas, se você vai usar a internet para fazer as chamadas, como ficarão as operadoras de telefonia móvel e fixa? As móveis ganharão dinheiro com as chamadas fora de casa, na rede normal. E farão papel de intermediário entre você e a ligação na internet. Elas poderão até alugar as anteninhas para quem não quiser comprá-las. “Esse modelo de negócio com as femtocélulas reforça a tendência de migração para o celular. As redes de telefonia fixa tendem a mudar o foco para oferecer conexão de internet por banda larga”, afirma o gerente de desenvolvimento de novos negócios da Motorola, José Geraldo de Almeida.

O serviço Airave, oferecido pela operadora americana Sprint, é um exemplo. Os clientes pagam US$ 50 pelo aparelho e fecham planos de minutos de acordo com a necessidade – que podem ser até ilimitados. A anteninha cobre uma área de cerca de 450 metros quadrados. Até três pessoas podem usar o serviço ao mesmo tempo e, na Sprint, cada cliente pode cadastrar até 50 números para falar pela antena. Por enquanto, só os celulares com plano da operadora funcionam na rede interna e as chamadas iniciadas fora de casa ainda não mudam automaticamente. É só o primeiro passo da tecnologia que deve mudar as comunicações.




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Alessandra Maestrini no Programa do Jô Parte 1/2






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Show: Alessandra Maestrini canta "La Bohème"






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Alessandra Maestrini canta " True Colors"






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26/10/2008 free counters

Reynaldo Gianecchini rouba a cena como o vilão Fred em 'Passione'


Nem todo mundo sabe, mas o ator Reynaldo Gianecchini é Júnior: herdou o nome paterno, ficou famoso e virou o orgulho da família, que, de Birigui, torce pela redenção do personagem

POR GABRIELA GERMANO

Rio - Filhinho de papai, definitivamente, o ambicioso Fred de ‘Passione’ não é. De família simples, o vilão de Reynaldo Gianecchini tem que lutar pelas coisas que quer conquistar. E escolhe os piores meios. Mas o personagem conta com uma certa compaixão dos telespectadores justamente porque usa a morte do pai como motivação para suas vinganças.



“Acho que nada justifica uma pessoa ser mau-caráter, mas o público percebeu que Fred teve uma infância difícil e isso o humaniza, explica um pouco por que ele ficou assim”, acredita o ator. O primeiro inescrupuloso que Giane faz na TV tem emocionado seu pai da vida real. E o senhor Reynaldo Gianecchini — sim, ele deu o mesmo nome ao filho — confirma: “As pessoas não veem a hora de ele ficar bonzinho”, diz, direto de Birigui, interior de São Paulo.

Neste Dia dos Pais, a distância vai impedir que os dois comemorem a data juntos. Mas, mesmo que quisesse, as alunas desse popular professor de química, conhecido como ‘Patão’ na cidade paulista, não o deixariam esquecer do filho famoso. “Elas vivem me chamando de sogrão e só respondo uma coisa: ‘Vocês têm um excelente gosto’”, orgulha-se.

Foto: Fernando Souza / Agência O Dia

Mas nem sempre as mulheres se deixaram seduzir pelo belo ator. Se na novela das oito Melina (Mayana Moura) desprezou Fred, ainda nos tempos de anonimato, uma garota teve coragem de esnobar Gianecchini. “Me apaixonei por uma menina que tinha namorado. Ela deu a impressão que ia largar o cara para ficar comigo e pichei o muro em frente à casa dela com uma declaração de amor. A garota detestou a ideia, me ligou no dia seguinte reclamando. Sofri horrores e nunca superei esse trauma. Na adolescência, eu tinha essas grandes paixões de não conseguir dormir, ficar beijando o travesseiro. Depois foi tudo mais maduro”, recorda o ator, dando risada.

É uma realidade que faz parte do passado. Depois que se tornou conhecido, Giane, hoje com 37 anos, não consegue nem visitar o lugar em que cresceu: “É complicado voltar para Birigui. Faz muito tempo que não vou para minha terra. Mas todas a vezes que tentei ir, foi uma grande confusão. Eu não conseguia ficar com os meus pais. Sinto falta, não adianta, é nossa raiz. Passei 18 anos da minha vida, infância e adolescência maravilhosas lá. Tenho amigos queridos, sinto vontade de ir à casa em que nasci”, lamenta o ator.

Orgulho da cidade? “Acho que sim”, responde Giane. Mas logo ele emenda: “Na verdade é uma mistura de sentimentos. Sabe aquela história que santo de casa não faz milagre? Tem gente que torce o nariz. Já pararam a minha mãe e disseram: ‘Meu filho é mais bonito que o seu’. Acontecem manifestações meio malucas”, entrega.

Pensar que alguém ousa discutir a beleza de Reynaldo Gianecchini... Ou é problema de visão ou é dor de cotovelo. Mas acredite quem quiser, ele jura não sofrer com a abordagem do público feminino. “As pessoas sempre tiveram muito respeito por mim. Talvez porque, quando comecei na carreira, era casado com a Marília (jornalista Marília Gabriela). Ela impunha respeito e as pessoas me achavam meio sério por estar com ela”, acredita.

Ser bonito, ele não nega, abre portas. Mas Giane também sofreu duras críticas por ter ‘pinta de galã’, como costumam dizer. Principalmente quando estreou como Edu em ‘Laços de Família’, de 2000. “No início, eu era a primeira pessoa a me achar verde.

'Na adolescência eu tinha grandes paixões de não conseguir dormir, ficar beijando o travesseiro'

Fazer TV sem experiência é um ato de coragem. Você não sabe nada e ninguém tem tempo de te ensinar. Algumas críticas foram pertinentes. Mas também fui achincalhado. Tinha um pouco de desrespeito. As pessoas na época falavam com uma certa birra: ‘Quem é esse filho da mãe que apareceu e está se achando?’ Nunca fui assim. Eu queria aprender e não mostrar a minha cara fazendo bonito para minha mãe e para as gatinhas”, valoriza.

Todo mundo quer saber o que Gianecchini faz, onde e com quem ele está. Tanto que é incansavelmente fotografado na janela de seu apartamento na Gávea, de cueca, com calça, sem camisa, tomando suco... Mas ele não lê nada do que é publicado sobre sua vida. “Não quero encher o saco com isso. É impressionante o tanto de mentira que sai. Lugares em que nunca estive, pessoas que não conheço e falam que é amiga, amante ou o caramba. Eu não gosto de ver porque me irrita. Se eu lesse isso, ia ficar todos os dias desmentindo coisas”, reclama o ator.

Apesar do estresse, o bacharel em Direito formado pela PUC-SP diz que nunca pensou em se esconder atrás de uma pilha de processos em um escritório. Mas já pensou em desistir da carreira artística. “Quando percebi o tamanho do pacote que vem com o fazer TV, teatro e cinema, me perguntei se queria pagar esse preço. Hoje não me pergunto mais. Vi que quero colocar minha energia na atuação e evoluir nisso”, valoriza.

Tanto é que Giane quer mais é fugir do estereótipo do mocinho bonitão. “Se deixar, a gente é sempre enquadrado. Eu já tenho cara de bom moço e existe essa coisa da TV que te estigmatiza como galã. Se você não fizer certas escolhas, vai ficar a vida inteira repetindo certos papéis. Cabe a mim batalhar para ter todas as chances. Quando recebi a sinopse do Fred, adorei. E o Silvio (de Abreu) já me deu o Pascoal, em ‘Belíssima’, que foi uma oportunidade incrível”, elogia.

Mas a pergunta que não quer calar é: Fred vai se redimir? Para a alegria do senhor Reynaldo, de Birigui, e seus amigos, o cara vai tomar jeito? O autor Silvio de Abreu joga um balde de água fria: “Não acredito na redenção de Fred. O fato de ele ter um motivo não o torna menos vil. Acho que todos que enganam, matam, roubam, trapaceiam também têm seus motivos. Abandono dos pais, má-criação, influência do ambiente... Nada justifica o mau-caratismo, nem o desrespeito pelo outro”, conclui o autor.

Tudo bem, isso não tem tanta importância assim. Para o paizão Gianecchini, o Júnior arrebenta sempre: “Tenho ótimas passagens com meu filho. Sempre foi um bom aluno, agora é bom profissional. Mas só a mãe que o mimou, eu não”, avisa. E o senhor ‘Reynaldão’ sonha em ganhar netos do filhão? Pode ter mulher interessada nessa resposta. “Acho que ele não tem essa vocação. Mas não tem problema, uma de minhas filhas já me deu dois netos”, minimiza o papai.



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26/10/2008 free counters

Schwarzenegger wants resumption of same-sex marriages





LOS ANGELES, Aug. 6

-- California Governor Arnold Schwarzenegger and Attorney General Jerry Brown filed court papers in San Franscisco Friday calling for the resumption of same-sex marriages in the state.

Allowing same-sex weddings to resume immediately would be in the public interest, attorneys for Schwarzenegger and Brown said in the court papers.

"Doing so is consistent with California's long history of treating all people and their relationships with equal dignity and respect," the attorneys wrote. "Conversely, the administration submits that staying the court's judgment pending appeal is not necessary to protect any governmental or public interest."

The motions came two days after U.S. District Court Judge Vaughn Walker struck down California's voter-approved Proposition 8, which bans same-sex marriage, as unconstitutional.

In a 136-page ruling, Walker wrote that the proposition "both unconstitutionally burdens the exercise of the fundamental right to marry and creates an irrational classification on the basis of sexual orientation."

But Walker issued a stay on the ruling, meaning same-sex marriages will not immediately resume in the state.

Supporters of Proposition 8 had asked for the stay, saying allowing couples to marry pending the appeal would create confusion if Walker's ruling was eventually overturned.

Attorneys on both sides of the case filed court papers this week as Walker considers whether to keep the stay in place or allow same-sex marriages to resume.

Supporters of Proposition 8 have filed an appeal with the 9th Circuit Court of Appeals, but the case is widely expected to go to the U.S. Supreme Court.

In their legal motions, Schwarzenegger and Brown want government officials to "resume issuing such licenses without administrative delay or difficulty."

"As the court has pointed out, California has already issued 18,000 marriage licenses to same-sex couples without suffering any resulting harm," the court papers said.



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26/10/2008 free counters

Fraude liga Dnit e empreiteira do PAC


PF prende dirigente do Dnit e diretor de empreiteira
Autor(es): Agência O Globo/Isabela Martin
O Globo - 06/08/2010

Uma operação da Polícia Federal prendeu o superintendente do Dnit no Ceará e um diretor da Delta Construções, empreiteira que mais recebe verbas do PAC. Segundo a PF, a Delta está no centro de um esquema de fraudes em licitações, superfaturamento de obras ou utilização de material de má qualidade. Com a conivência de servidores do Dnit, a Delta vencia concorrências e repassava obras a outras empreiteiras - mais 11 estão sob investigação. Duas obras do PAC no Ceará são alvos da operação da PF: uma ponte na BR-304 e o recapeamento da BR-116.

Delta, que tem grande volume de obras do PAC, é acusada de envolvimento em esquema de fraudes em licitações


Uma operação da Polícia Federal prendeu ontem o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no estado do Ceará, Guedes Ceará, e, em Belém, Aluízio Alves de Souza, um dos diretores da Delta Construções, empresa que mais recebe verbas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal.

Segundo o superintendente regional da PF no Ceará, Aldair da Rocha, 12 empresas, das quais a maior é a Delta, participavam de um grupo que praticava fraudes em licitações, superfaturamento e desvio de verbas públicas, além de pagamento de obras de infraestrutura rodoviárias que não haviam sido executadas e de realizar serviços com material de qualidade inferior ao contratado.

Na relação, estão duas obras do PAC: a duplicação de uma ponte na BR-304, que liga Natal, no Rio Grande do Norte, a Russas, no interior cearense, sobre o Rio Jaguaribe, no município de Aracati, a 148 quilômetros de Fortaleza, orçada em R$30 milhões; e o recapeamento entre os quilômetros zero e 12 da BR-116, em Fortaleza.

De acordo com Israel Reis Carvalho, coordenador de operações especiais da Controladoria Geral da União (CGU), que colaborou com a operação, batizada de Mão Dupla, a Delta ganhava a maioria das licitações, mas repassava as obras para outras empreiteiras, prática ilegal e feita sem contrato. O superintendente da PF alertou para o risco social de obras com material de má qualidade: Há notícias de pontes construídas com material de baixa qualidade e alto custo.

A PF afirma ter provas robustas de que o grupo tinha a conivência de servidores do Dnit. Eles são acusados de auxiliar as empresas no superfaturamento, na mudança de qualidade e quantidade de materiais, de atestar obras não executadas e de avisar as empresas sobre fiscalizações.

Participaram da operação 32 servidores da CGU e 200 policiais federais, que cumpriram 52 mandados de busca e apreensão em Fortaleza e em unidades do Dnit nos municípios de Boa Viagem, Icó e Russas.

A PF cumpriu 22 dos 27 mandados de prisão expedidos.

Por decisão judicial, oito servidores do Dnit serão afastados e bens imóveis de alguns investigados serão sequestrados.

O diretor da Delta preso em Belém e mais três capturados em outros estados serão levados a Fortaleza.

Em oito contratos, sete tinham irregularidades As investigações começaram em abril do ano passado.

O Dnit tem 36 contratos no estado, que totalizam R$340 milhões.

A CGU analisou oito e detectou irregularidades em sete, para quatro obras: a construção da Ponte da Sabiaguaba, em Fortaleza, inaugurada em junho, e a revitalização de um trecho da BR-020, e as duas obras dos PAC.

A Controladoria estimou em R$ 5 milhões o prejuízo pelas irregularidades detectadas nesta amostragem. Os envolvidos poderão responder por corrupção ativa e passiva, advocacia administrativa, prevaricação, peculato, falsidade ideológica, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

A direção do Dnit informou um grupo de procuradores do órgão foi para o estado para se informar sobre o inquérito.



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26/10/2008 free counters

CHÁVEZ DÁ CALOTE EM EMPRESAS DO BRASIL



Lula e Hugo Cháves Foto: Ricardo Stuckert





VENEZUELA ATRASA PAGAMENTOS E AFUGENTA EMPRESAS BRASILEIRAS
O Estado de S. Paulo - 06/08/2010

A Braskem, que fechara joint ventures com a estatal venezuelana Pequiven, suspendeu o plano. Dos 30 funcionários que a empresa mantinha em Caracas para tocar o projeto, ficarão só 5. Segundo pessoas ligadas ao negócio, a Venezuela não cumpriu sua parte no trato. O caso ilustra a dificuldade das empresas brasileiras com negócios no país, que está em crise. Empreiteiras que atuam na Venezuela estão ameaçadas por projeto de lei que permite ao governo apoderar-se de obras que estejam atrasadas - empresas reduziram o ritmo porque não receberam o dinheiro. "A lei pode ser enorme problema para as construtoras brasileiras", disse Fernando Portela, da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Venezuela. O presidente Lula se encontrará hoje com seu colega venezuelano, Hugo Chávez.

Braskem adia investimentos de US$ 3,5 bilhões em dois projetos em território venezuelano; empreiteiras enfrentam problemas com uma lei que permite ao governo confiscar máquinas ou tomar obras públicas que estejam paralisadas ou atrasadas

A vida das empresas brasileiras na Venezuela não está fácil e pode piorar. A Braskem, que havia fechado duas joint ventures com a estatal venezuelana Pequiven, para dois projetos no valor de US$ 3,5 bilhões, mudou seus planos. Das 30 pessoas que a empresa mantinha em Caracas para tocar o projeto, só sobrarão 5. A maioria dos executivos está voltando para o Brasil ou indo para outras filiais da Braskem.

"O governo venezuelano não cumpriu sua parte nos investimentos", disse ao Estado uma fonte próxima ao projeto. A Braskem e a estatal venezuelana haviam assinado um memorando, em 2007, para criar duas companhias. O projeto da Propilsur foi adiado por um ano, enquanto o da Polimérica, de capital misto, teve o investimento reduzido pela metade.

Empreiteiras brasileiras, como Odebrecht, Andrade Gutierrez e Camargo Correa, que têm bilhões em negócios na Venezuela, também estão prestes a sofrer um duro golpe do governo chavista com a Reforma da Lei de Contratações. A Assembleia Nacional venezuelana aprovou, na quarta-feira, uma lei que permite ao governo confiscar máquinas ou se apoderar de obras públicas que estejam paralisadas ou atrasadas.

Muitas empreiteiras brasileiras estão tocando seus projetos aos poucos ou deixando-os paralisados. A nova lei ainda precisa ser aprovada em segunda turno, mas, como há maioria chavista, deve passar. "Se for aprovada, a lei pode ser um enorme problema para as construtoras brasileiras", disse Fernando Portela, diretor executivo da Cavenbra, Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Venezuela.

A fuga de investimentos e de executivos do país já é aparente nas escolas onde estudam os filhos dos expatriados. Na Escola americana Campo Alegre, na escola britânica e na Hebraica de Caracas, dezenas de alunos estão indo embora. A escola britânica passou a exigir pagamento anual, em vez de semestral, por causa do êxodo de alunos.

Empresas brasileiras que importam seus insumos sofrem com o controle cambial. Em maio, o governo fechou as casas de câmbio e proibiu as empresas de recorrer ao chamado câmbio permuta. Como pelo câmbio oficial têm prioridade produtos essenciais, importadores de produtos, como cosméticos, perfumes e têxteis, correm risco de desabastecimento. Empresas como Boticário, Alpargatas e Hering estariam sendo afetadas, diz ele. No ano passado, a Natura, maior fabricante de cosméticos do Brasil, deixou a Venezuela alegando risco cambial e "desequilíbrio" de instituições.

Crescimento. Segundo José Francisco Marcondes, presidente da Federação de Câmaras de Comércio e Indústria Venezuela-Brasil, a situação no país é delicada. "A Venezuela está em recessão, há questões pré-eleitorais, mas o comércio bilateral cresceu este ano", ressalva.

As exportações do Brasil para o país crescem graças, principalmente, ao comércio de alimentos, que não é tão afetado pelo câmbio. Nos primeiros seis meses do ano, as exportações aumentaram 7% em relação ao mesmo período de 2009. Já as importações brasileiras da Venezuela, aumentaram 135,4% no primeiro semestre. Passaram de US$ 197 milhões para US$ 465 milhões.

Invasão brasileira. O intercâmbio comercial durante o primeiro semestre deste ano totalizou US$ 2,243 bilhões, aumento de 20,7%. A venda de carne bovina desossada e congelada do Brasil cresceu 672%; de bovinos vivos, 84% e de ovos de galinha para incubação, 144%.

Nos "mercales", os supermercados conveniados ao governo, muitos dos alimentos são brasileiros. "Não tem mais frango da Venezuela. Só do Brasil, que vem congelado e não tem gosto de nada", diz Xiomara Pinto, que mora em um barraco em Antímano, bairro de Caracas.



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26/10/2008 free counters

INVESTIDORES LEVAM CALOTE DE R$ 800 MILHÕES EM FUNDO


FUNDO DÁ CALOTE DE R$ 800 MI
Autor(es): Carolina Mandl, de São Paulo
Valor Econômico - 06/08/2010

Um grupo de 17 investidores, quase todos "hedge funds" estrangeiros e um fundo de pensão brasileiro, perdeu boa parte de um total de RS 800 milhões que aplicaram em um fundo de direitos creditórios, o Union National Financeiros e Mercantis. Os cotistas descobriram que o dinheiro investido em uma carteira com histórico de baixo nível de inadimplência tinha virado pó em setembro de 2009 - 96,2% dos créditos estavam atrasados. O fundo entrou em liquidação e tenta agora recuperar os créditos, mas as previsões mais otimistas não ultrapassam o ressarcimento de 40% do valor investido. A Union National, que criou o fundo, é uma empresa de factoring fundada em 1995. Além de idealizadora, ela era a cedente, a consultora de créditos e o agente de cobrança do Union.

Os sócios da Union, Maurice Kattan e André Kamkhaji, decidiram em 2006 replicar a operação da factoring em um fundo de direitos creditórios, permitindo que investidores participassem da atividade. Era uma forma de crescer sem ter de adicionar recursos próprios. O ganho da Union viria da prestação de serviço como consultaria de crédito, já que selecionava os papéis comprados pelo fundo, recebendo por isso cerca de 0,5% do patrimônio líquido ao ano.


Um grupo de 17 investidores está à procura dos R$ 800 milhões que aplicou em um fundo de direitos creditórios, o Union National Financeiros e Mercantis. Da noite para o dia, esses cotistas - quase todos fundos hedge estrangeiros mais um fundo de pensão brasileiro - descobriram que o dinheiro investido em uma carteira com histórico de baixo nível de inadimplência tinha virado pó em setembro de 2009. Nada menos do que 96,2% dos créditos estavam atrasados. Diante da notícia, o fundo entrou em liquidação e tenta agora recuperar os créditos, mas as previsões mais otimistas não ultrapassaram o ressarcimento de 40% do valor investido.

Guardadas as devidas proporções, o episódio ficou conhecido entre agentes do mercado financeiro local como a versão brasileira do caso Bernard Madoff, o mega gestor americano que criou em seus fundos um esquema de pirâmide, causando US$ 20 bilhões de prejuízo mundo afora. Perder 100% do dinheiro em um fundo de investimento é um risco do qual os cotistas estão cientes. Mas é algo incomum, já que os gestores dependem do sucesso das aplicações para continuar captando recursos dos investidores.

No caso do fundo da Union, porém, diversas peculiaridades chamam a atenção. A primeira questão é como a Union National, uma factoring criada em 1995, conseguiu levantar tanto dinheiro?

Sem um nome com tradição no meio financeiro, os sócios da Union, Maurice Kattan e André Kamkhaji, decidiram em 2006 replicar a operação da factoring em um fundo de direitos creditórios (FIDC), permitindo que investidores participassem da atividade. Era uma forma de crescer os negócios sem ter de adicionar recursos próprios. O ganho da Union viria da prestação de serviço como consultoria de crédito, já que selecionava os papéis comprados pelo fundo, recebendo por isso cerca de 0,5% do patrimônio líquido ao ano.

Em fevereiro de 2006, a factoring, que girava cerca de R$ 70 milhões em operações de fomento, criou um fundo que começou com R$ 50 milhões, sendo que parte dos créditos da própria Union migraria para a nova estrutura. As captações entre investidores não pararam por aí. Com a ajuda da BCP Securities, distribuidora de produtos financeiros, a Union foi ao exterior buscar recursos. Com novas emissões de cotas feitas de setembro de 2006 a setembro de 2008, o fundo engordou, atingindo patrimônio de cerca de R$ 800 milhões, mais de dez vezes superior ao porte inicial da Union.

"Era um período de muita liquidez. Os estrangeiros estavam comprando qualquer coisa sem fazer muitas perguntas", diz uma pessoa que participou do processo de captação. Na fase de captação o fundo pagou aos cotistas da 1ª e da 2ª séries rentabilidade equivalente a cerca de 140% do Certificado de Depósito Interfinanceiro.

Outro fato que intriga os investidores ouvidos pelo Valor, que preferiram o anonimato, é o fato de repentinamente a carteira ter se deteriorado. De março para setembro de 2009, a classificação de risco passou de "A+" para "CCC", segundo a agência Austin Ratings. O volume de créditos vencidos saiu de 13% para 96,2%, com papéis de empresas como a Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), cooperativas agrícolas e o grupo Bertol, do Rio Grande do Sul. "Nunca vimos deterioração de crédito tão abrupta. Mesmo levando-se em conta a crise, isso não aconteceu com nenhum dos 103 fundos de crédito que analisamos", diz Mauricio Bassi, analista da Austin Rating.

Mas já havia alguns sinais de que as coisas não iam bem. Segundo a Austin, o prazo de vencimento dos créditos da carteira foi se esticando. De uma média histórica de 90 dias, o fundo passou a 185 dias em meados de 2009. "Esse sempre é um indicador de postergação de problema. Estica-se o prazo para ver se a empresa consegue quitar a dívida", explica Bassi.

Já no início do fundo, a Austin relatou que havia a concentração (quase 40% do patrimônio) em duplicatas cedidas pela Mundial, fabricante de talheres da qual Kattan era conselheiro. Apesar disso, naquela época a Austin atribuiu uma nota "A+" ao fundo. Outra peculiaridade do Union é o acúmulo de atividades pela factoring. Além de ser a idealizadora, era a cedente, a consultora de créditos e o agente de cobrança. Em paralelo ao FIDC, a Union continuava operando a factoring. "Quem garante que a Union não selecionou os piores créditos para o FIDC?", questiona um investidor. Todas as funções, porém, foram atribuídas à empresa com aval dos investidores.

Eles reclamam, porém, que o Bradesco, custodiante do fundo, repassou à Union a guarda física dos papéis, o que estaria dificultando o acesso à documentação. Procurado pela reportagem, o banco afirmou que "a informação não procede". "A prestação de informações e o relacionamento com os cotistas deve ser feito pela administradora do fundo."

Procurado por telefone pela reportagem para explicar a situação do fundo, Kattan enviou e-mail afirmando que o FIDC está em fase de renegociação dos créditos. "Já tem uma grande parte dos devedores renegociados, e o resto em processo judiciais", escreveu.

De acordo com José Alexandre Freitas, da Oliveira Trust, administradora do fundo, o problema foi a crise dos mercados em 2008. "Os créditos eram de clientes de factorings. Ou seja, devedores que já não tinham por onde correr e enfrentaram um momento de dificuldade. Não acredito em má fé porque os sócios da Union tinham dinheiro lá." Kattan e Kamkhaji tinham R$ 168,4 milhões em cotas subordinadas, aquelas que servem como um colchão para a inadimplência - já totalmente corroído.

Na próxima semana, os investidores decidirão em assembleia se contratam novo gestor. O nome em análise é o da Root Capital, criada por Rafael Fritsch, com foco na recuperação de créditos.

Esse não é o único episódio envolvendo a Union. Em 2007, a factoring captou outros R$ 300 milhões entre investidores brasileiros e estrangeiros para a criação de um fundo de direitos creditórios do agronegócio. Para isso, associou-se a uma empresa especializada em créditos do agronegócio, a EcoAgro. No ano passado, elas se separaram e agora a EcoAgro se comprometeu a devolver aos cotistas até 2013 pelo menos o principal investido.



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26/10/2008 free counters

UNIÃO DE GIGANTES QUE MEXE COM SEU CELULAR



REVIRAVOLTA NA TELEFONIA
Autor(es): Denize Bacoccina e Rodolfo Borges
Isto é Dinheiro - 02/08/2010

A compra da Vivo pela Telefônica e a entrada da PT na Oi é o começo de uma nova batalha épica no mercado brasileiro de telecomunicações. Mas será que o consumidor ganha com isso?

Para Yon Moreira da Silva Júnior, ex-executivo da Brasil Telecom, todos saíram mais fortes das operações realizadas no setor de telefonia. Confira entrevista abaixo:


Já passava da meia-noite, na quarta-feira 28, quando Roberto Lima, presidente da Vivo, recebeu uma mensagem de texto no celular. O remetente era Zeinal Bava, presidente da Portugal Telecom.

Curta, ela comunicava que a disputa societária entre espanhóis e portugueses pelo controle da maior empresa de telefonia móvel do Brasil estava encerrada. A Telefônica assumia o controle da Vivo por 7,5 bilhões euros. E a Portugal Telecom comprava 22,4% da Oi por 3,75 bilhões de euros.


Os dois negócios somam 11,25 bilhões de euros, mais de R$ 25 bilhões, o que significa R$ 3 bilhões a mais do que o governo federal arrecadou com a privatização da Telebrás há quase exatos 12 anos, em 29 de julho de 1998 na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro.

Na ocasião, foram vendidos o controle de três holdings de telefonia fixa, uma de longa distância (Embratel) e oito de telefonia celular. Em apenas uma troca de ações entre Telefônica, Portugal Telecom e Oi movimentou-se muito mais do que a privatização de todas as operações de telefonia da época.

O tempo provocou profundas mudanças no setor de telefonia. Do emaranhado de companhias criadas a partir de 1998, que previa empresas-espelho para concorrer com as teles privatizadas, sobraram apenas três grandes grupos que devem atuar a partir de agora como os protagonistas no mercado brasileiro. Eles terão capacidade de investimento, escala superior aos demais concorrentes e abrangência nacional.

Os espanhóis da Telefônica se transformaram na maior operadora de telecomunicações do Brasil com a compra da Vivo. A Dedic, empresa de call center da Portugal Telecom, também entrou no negócio, mas seu valor ainda precisa ser definido. Em agosto, um banco de investimento será contratado para fazer a avaliação da companhia, que tem 22 mil funcionários e fatura R$ 600 milhões no Brasil. A Telefônica já atua nesta área com a Atento, que fatura 1,3 bilhão de euros mundialmente.

Com a compra da Vivo, a Telefônica passa a ter mais musculatura, com uma receita líquida de R$ 32 bilhões em 2009 e mais de 70 milhões de clientes. Os mexicanos da América Móvil, que são donos da Claro, da Embratel e tem participação na Net, preparam-se para unir suas operações.



E a supertele brasileira Oi que tem como seu principal acionista individual a Portugal Telecom ganha fôlego para retomar os investimentos e reduzir sua dívida líquida de R$ 20,9 bilhões com o dinheiro que vai entrar do novo parceiro além-mar.

Em comum, as três operações são capazes de oferecer serviços de telefonia fixa, celular, banda larga e tevê por assinatura de forma integrada. O nosso objetivo é atuar no mundo convergente, afirmou à DINHEIRO o presidente da Telefônica no Brasil, Antônio Carlos Valente, logo após o fim das negociações de mais de dois meses com a Portugal Telecom. Vamos ampliar a cobertura e a gama de serviços.

Sem uma presença nacional, a compra da Vivo é um passaporte para que a Telefônica rompa as fronteiras do Estado de São Paulo, onde tem uma concessão de telefonia fixa. A companhia espanhola herda da Vivo uma estrutura de 11 mil pontos de venda e 500 mil de recarga de celular espalhados pelo Brasil.

Temos uma equipe comercial agressiva, declarou à DINHEIRO o presidente da Vivo, Roberto Lima, após uma longa reunião de diretoria um dia depois da venda da companhia que dirige no Brasil. Na sexta-feira 30, ele se encontrou com Luis Miguel Gil Perez, da Telefônica Internacional, e com José María Álvarez Pallete López, da Telefônica Latinoamérica.

Na agenda, os primeiros passos da integração. Esse momento não é ponto de chegada. É o ponto de partida, afirmou Lima. Indicado pelos portugueses da Portugal Telecom para assumir a Vivo em 2005, Lima sabe que terá muito trabalho daqui para a frente sob o comando exclusivamente dos espanhóis.

A entrada de seu ex-patrão no bloco de controle da Oi indica que a supertele brasileira terá mais capital para investir, aumentando a competição. A companhia arquitetada em 2008 com o apoio do governo federal é cercada de polêmica.



Criada com um discurso nacionalista, ela tem agora um sócio estrangeiro como principal acionista individual da operação. Mas isso só foi possível graças a acordo que mantém a gestão nas mãos dos sócios brasileiros, a Fundação Atlântico, dos funcionários da Oi, a AG Telecom, de Sérgio Andrade, o grupo LaFonte, de Carlos Jeiressati. A Oi continuará sendo brasileira da Silva, afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao ser questionado sobre o tema.

Apesar de o governo negar, o negócio entre a Oi e a PT teve o aval de Lula. A solução atual para a entrada dos portugueses na telefonia brasileira foi dada pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho. A proposta foi apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva antes da viagem que ele fez à Espanha e a Portugal, na terceira semana de maio.

O tema foi discutido em Lisboa, no dia 19 de maio. O primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, recorreu ao presidente Lula para resistir ao assédio da Telefônica para comprar a Vivo.

Lula pediu que o governo português procurasse Luciano Coutinho. Mas foi só no dia 13 de julho que as negociações avançaram. Zeinal Bava, presidente da Portugal Telecom, ligou para Otávio Andrade, presidente da Andrade Gutierrez. A partir daí, elas entraram em um ritmo alucinante, diz

uma fonte que participou das conversas entre portugueses e os acionistas da Oi. Trabalhava-se dia e noite, inclusive nos finais de semana. A principal resistência ao negócio era de Carlos Jeirissati, do grupo LaFonte.

Em apenas 15 dias, chegaram a um acordo. Não queríamos vender, mas temos de ser realistas: não havia mais condições de manter a parceria com a Telefônica, disse um alto executivo da Portugal Telecom.

Desde a privatização da Telebrás, há 12 anos, o setor brasileiro de telecomunicações mudou radicalmente. A telefonia celular foi o segmento que mais evoluiu. Em 1998, o Brasil tinha 7,4 milhões de assinantes móveis. Atualmente, conta com 185,1 milhões de usuários, um crescimento de mais de 2.500%.

A telefonia fixa dobrou o número de acessos, passando de 20 milhões para 41,4 milhões. Os clientes de tevê por assinatura somavam 2,6 milhões. Agora, são 8,4 milhões. E nem havia banda larga naquele período. O número de conexões da internet rápida fixa é de 11,8 milhões. Na móvel, 11,9 milhões. São números de encher os olhos de todos os que defenderam o processo de privatização.

Mas há um esquecido nesta história: o consumidor. Ao mesmo tempo que a oferta de serviços explodiu, o preço pago por eles, comparado internacionalmente, é alto. O Brasil tem uma das tarifas mais caras de celular pré-pago do mundo. Por aqui, os consumidores gastam, em média, US$ 45 para realizar 30 chamadas e enviar 30 mensagens de texto, segundo pesquisa da organização Diálogo Regional sobre a Sociedade da Informação.


Estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostrou que o Brasil paga dez vezes mais pelo acesso à conexão banda larga do que países desenvolvidos. A qualidade deixa também a desejar. Os serviços de telefonia ocupam o primeiro lugar em número de reclamações no ranking do Procon-SP, com 45,8% das queixas registradas em 2009.

Os altos impostos, as tarifas de interconexão de redes e a ineficiência das operadoras são as causas destes problemas, afirma Yon Moreira da Silva Jr., consultor de telecomunicações, que já foi vice-presidente de estratégia da Brasil Telecom, empresa adquirida pela Oi m 2008 (assista entrevista em vídeo no site da Dinheiro).

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que deveria regular isso, está cada vez mais enfraquecida e esvaziada. A instituição, que tem 750 funcionários em Brasília, está perdendo 60 deles para a Telebrás, que foi recriada para tocar o Plano Nacional de Banda Larga. Em razão das eleições, a agência não poderá substituí-los antes de janeiro de 2011.

A concentração do mercado de telecomunicações brasileiro em três grandes grupos é uma notícia pouca alvissareira para os consumidores. Mas os otimistas hão de lembrar que três competidores são melhores do que dois ou do que um monopólio, como há 12 anos.

Os serviços de telecomunicações dependem de escala. E, a partir do momento que há mais volume, os preços tendem a cair naturalmente. Os consumidores podem antever boas propostas, afirma Valente, da Telefônica.

Até agora, espanhóis, mexicanos e luso-brasileiros se enfrentaram para valer na área de celulares. Em telefones fixos, banda larga e tevê por assinatura, a competição sempre foi restrita. Com operações nacionais e convergentes, a briga pelo mercado brasileiro chega a outro patamar.



Entrevista: Antônio Carlos Valente, presidente da Telefônica
Vamos ampliar a cobertura e gama de serviços

A Vivo é da Telefônica. Quais são os planos agora?
Nosso objetivo é atuar no mundo convergente. Vamos ampliar a cobertura e a gama de serviços. Gosto de usar o exemplo da tevê por assinatura via satélite. Podíamos ter levado para o Brasil inteiro, mas ela só está em São Paulo. No momento em que começamos a ter uma operação nacional, com logística e equipes comerciais, é natural a oferta. As sinergias são de 3,9 bilhões de euros.

Podemos esperar o avanço da Telefônica para o Brasil, atuando no varejo com banda larga, telefonia fixa e tevê a cabo?
É o nosso objetivo. Não só da Telefônica, mas de todas as empresas do setor. Afinal, essa é uma exigência do mercado.

A Telefônica vai adotar o nome MoviStar no Brasil?
O Brasil será o último a analisar a mudança de nome. Temos de 18 a 24 meses para estudar as alternativas e tomar essa decisão.

Com a integração com a Vivo, podemos esperar preços menores para os consumidores?
Os serviços de telecomunicações dependem de escala. E, a partir do momento que há mais volume, os preços tendem a cair naturalmente. Os consumidores podem antever boas propostas.




Entrevista: Roberto Lima, presidente da Vivo
Consolidação deve levar à queda de preços

Sem uma integração da Vivo com uma operadora fixa e de banda larga, ela não ficaria isolada?
Até agora, não tivemos problemas. O nosso desempenho tem sido muito bom. Mas precisávamos atuar de forma integrada. Senão ficaria difícil concorrer no mercado.

Por que a tarifa de celular é tão cara no Brasil?
A consolidação do mercado de telefonia deve levar à queda de preços. Mas as comparações de tarifas brasileiras com padrões internacionais não são benfeitas. As pesquisas levam em conta o preço nominal das tarifas, sem levar em consideração as promoções. E há uma carga de imposto de 45%, o que você não encontra em nenhum lugar do mundo.

Qual a decisão mais difícil que o sr. tomou na Vivo?
Foram várias. Uma delas foi sair da tecnologia CDMA e migrar para a rede GSM. Fizemos isso em tempo recorde. E deu certo. Marcou a nossa virada.

O sr. teve receio de que a briga dos acionistas atrapalhasse a operação da Vivo?
Nos esforçamos para blindar a companhia. Com a extensão das discussões e com a briga jurídica sendo levada a público, tive sim receio de que ela contaminasse as reuniões do conselho e atrapalhasse a velocidade de aprovação dos projetos.



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26/10/2008 free counters

Venezuela: faltam comida, luz e oposição a Chávez


Autor(es): Patrícia Campos Mello
O Estado de S. Paulo - 08/08/2010

Alternativas políticas ao "Socialismo do Século 21" não chegam a redutos governistas

José Antonio Sánchez tem poucos dentes, trabalha como sapateiro semana sim, semana não, e vive em Petare, a maior e mais perigosa favela de Caracas - 1 milhão de habitantes. Em sua casa, a água chega de vez em quando, amarela. O posto de saúde que frequenta, com seus médicos cubanos, tem uma fila enorme e só abre até meio-dia. No mercadinho socialista de Hugo Chávez, o Mercal, falta frango, carne, margarina e papel higiênico. Apesar disso, Sánchez não pensa em votar na oposição em 26 de setembro. Não sabe quem a representa.
A Venezuela vive a maior recessão dos últimos anos. Sua inflação deve ficar em 35%, a mais alta do mundo. O desemprego está em 8,5%. Enquanto toda a América Latina cresce, o PIB da Venezuela vai encolher 4,4%, depois de ter recuado 3,3% no ano passado. A produção de petróleo, arrimo do país, deve cair 1%. O racionamento de energia deixa milhões de venezuelanos até 6 horas por dia sem luz.
Mesmo assim, a popularidade de Chávez está em 47%, segundo pesquisa de julho da Datanalisis. Está em queda, se comparada à de 2006, quando 71,5% dos venezuelanos o apoiavam. Mas ainda é maior que a presidente americano Barack Obama, que está com 44%, segundo Gallup desta semana.

Apesar de todas as más notícias que cercam o governante bolivariano, a oposição da Venezuela não engrena. A pouco mais de um mês das eleições legislativas, quando serão eleitos 165 deputados para a assembleia nacional, a oposição ainda luta para se articular. Nas previsões mais otimistas, conseguirá no máximo a metade dos assentos da assembleia. Os chavistas do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) devem manter a maioria.

A oposição venezuelana é fragmentada e carece de um projeto que vá além do "fora Chávez", dizem analistas. Em 2005, os oposicionistas boicotaram as eleições legislativas, em uma estratégia que deu a Chávez poder absoluto na assembleia para passar suas leis de concentração de poder. Só há quatro meses houve uma tentativa de coalizão. Formou-se a Mesa da Unidade Democrática, que agrega cerca de 30 agremiações contra Chávez.

A população está cada vez mais descontente por causa da falta de segurança e a inflação. Boa parte dos venezuelanos dizem sem travas que Chávez "anda muito radical" e gostariam de alternância de poder. Mas estes mesmos identificam a oposição com uma volta a um passado pré-chavista. "Há um problema de ver a oposição como restauração, uma volta ao que havia antes de Chávez, e as pessoas tampouco querem isso", diz José Albornoz, secretário-executivo do Pátria Para Todos, partido que tenta ser uma terceira via. De acordo com a empresa de pesquisas Hinterlaces, os "ni-ni" - nem Chávez, nem oposição - representam 48% do eleitorado da Venezuela. Entre eles, os que apoiam a ideia de "socialismo do século 21" são 27%, enquanto 21% são a favor da oposição.

A oposição tem dificuldade em conquistar os votos mesmo de quem não se considera chavista. "O descontentamento com Chávez não necessariamente se traduz em votos para opositores - a oposição precisa ir às ruas, às favelas, para mostrar que é uma alternativa", diz Omar Noria, professor da Universidade Central da Venezuela. Segundo a Hinterlaces, o trunfo de Chávez é que oposição "não apresenta alternativas concretas que garantam à população repostas para seus problemas sociais." "O único projeto da oposição é tirar Chávez do poder - mas daí, o que eles vão fazer? Será que vai melhorar mesmo?", questiona o taxista Jefry Tovar.

Há poucos nomes capazes de enfrentar o carisma de Chávez. Quando surgem, Chávez trata de "desabilitá-los", usando fatores técnicos para impedi-los de concorrer a eleições. Leopoldo Lopez, por exemplo, ex-prefeito de Chacao, era um nome forte e foi desabilitado pelas autoridades eleitorais. Antonio Ledezma, prefeito de Caracas, teve seu poder reduzido por manobras de Chávez para transferir parte de suas atribuições para conselhos comunitários. Além disso, Chávez redesenhou as leis eleitorais para reduzir as chances de avanço de seus opositores. Mudou as regras de proporcionalidade. Hoje, estados pobres e chavistas têm muito mais peso do que as grandes cidades, onde Chávez perde popularidade. Chávez usa a máquina do governo como nunca - funcionários fazem campanha, TVs e jornais estatais também. E à medida que a economia cambaleia, a pressão sobre meios de comunicação e organizações de defesa dos direitos humanos aumenta (ver quadro).

"A oposição precisa parar com o discurso ideológico, de se opor ao comunismo e exaltar a propriedade privada, e se focar em coisas práticas - mostrar como o metrô de Caracas era ótimo e agora é uma porcaria, falar da falta de segurança, da falta de eletricidade e racionamento de água", diz o analista político Fausto Masó. "Senão, a população não vai ver na oposição uma alternativa concreta para seus problemas. Vai continuar seduzida pelo discurso Robin Hood de Chávez, achando que os problemas do país não são culpa dele, mas sim dos especuladores capitalistas."

Consertando sapatos, Sánchez ganha 200, 250 bolívares fortes por mês - US$ 100 dólares no câmbio oficial, US$ 30 no mercado negro. Só de aluguel, paga 200 bolívares por mês. No mês passado, 469 pessoas foram assassinadas em Caracas. Sánchez vive com sua mãe de 81 anos, que tenta há anos receber aposentadoria, em vão. Mas perto da casa dele em Petare - a maior favela da América Latina, dizem com uma ponta de orgulho os venezuelanos - há um restaurante do governo, onde almoça de graça.

"A situação está difícil, mas não é culpa do Chávez", afirma Sánchez. "Com ele, os pobres vencerão os Estados Unidos."


Retrato chavista

JOSÉ ANTONIO SÁNCHEZ SAPATEIRO SEMANA SIM, OUTRA NÃO
"A situação está difícil, mas não é culpa do Chávez. A oposição deixaria tudo como era antes, seria pior. Vou seguir votando no meu comandante. Com ele, os pobres da Venezuela vão vencer os Estados Unidos".



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26/10/2008 free counters

Não matem Sakineh


Autor(es): Gaudêncio Torquato
O Estado de S. Paulo - 08/08/2010

Sakineh Mohammadi Ashtiani, de 43 anos, mãe de dois filhos, aguarda o momento de ser enterrada até o pescoço e apedrejada. Condenada pelo artigo 83 do Código Penal do Irã (Lei de Hodoud), que prescreve a lapidação por adultério, a iraniana da etnia azeri confessou sob chicote ter mantido relações ilícitas. Das cem chicotadas preconizadas pela sharia (lei), recebeu "apenas" 99 por "senso humanitário" do juiz. No sábado 31/7, Luiz Inácio, amigo do líder do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, foi impelido a sugerir, em praça pública, a acolhida da condenada entre nós. Depois da decisão de colocar o Brasil, juntamente com a Turquia, na defesa do programa nuclear do Irã, nosso presidente não esperava receber o troco em forma de deboche: "Pessoa humana e emotiva, que provavelmente não recebeu informações suficientes sobre o caso." Entre a humanidade do juiz, dispensando a última chicotada em Sakineh, a da Corte Suprema, que pode demonstrar "sensibilidade" e transformar o apedrejamento em enforcamento, e o toque sentimental de Lula, em seu esforço para evitar o "açoite" sobre o Irã, materializado em sanções impostas pela ONU àquele país, desenrola-se o fio de concepções relativas sobre vida, culturas e sistemas políticos.

A comovente história da iraniana serve para escancarar a hipocrisia de nações e a lógica que move seus interesses e trocas. Nem sempre se paga a solidariedade de um país a outro com reciprocidade. A fraternidade demonstrada por Lula para com o Irã acabou sendo correspondida com desdouro. O Brasil nem se recupera do impacto negativo sofrido pela decisão de apoiar o programa nuclear iraniano e vê o apelo de seu mandatário, mesmo feito informalmente, ser transformado em bobagem, coisa ingênua de pessoa desinformada. O que as autoridades iranianas possivelmente pretendem transmitir é a feição dogmática de sua cultura: o apedrejamento tem o amparo do Hadith, a palavra sagrada do profeta Maomé, e é acolhido pela Justiça. A questão, ampla, envolve o conflito entre o Islã e o Ocidente, que tem como pressuposto fundamental a intransigente defesa de seus sistemas. O islamismo não recua em sua disposição de se impor como guia cultural, religioso, social e político no mundo moderno.

Esse pano de fundo abriga o antagonismo histórico Islã-Ocidente, centrado menos em posições territoriais e mais em temáticas que ferem os modos civilizatórios, tais como a proliferação de armamentos, os direitos humanos, as liberdades individuais e sociais, as questões relacionadas à imigração, o terrorismo fundamentalista e as ameaças de intervenção do Ocidente. Convém, aqui, avaliar a posição de certas nações, entre as quais o Brasil, para as quais a geopolítica contemporânea deve pautar-se no pragmatismo de orientação econômica, cujo vetor aponta para a complementaridade de seus nichos negociais. Sob este prisma, as relações comerciais entre países importam mais que injunções de natureza social e política. Ora, a perspectiva que privilegia a matéria econômica em detrimento dos valores éticos e morais não pode ser aceita nos moldes em que é argumentada pela diplomacia. É inconcebível que países de talhe democrático, à moda dos três macaquinhos (fechando olhos, ouvidos e boca), se sintam confortáveis com afagos e abraços dados em déspotas de regimes ditatoriais.

É bem verdade que boa parte do mundo frequenta a zona cinzenta de um relativismo moral e cultural. Sob esta pisada, sistemas fechados tentam legitimar a repressão. Não é esse o caso do Irã? Quando esse país diz com todas as letras que o presidente brasileiro está desinformado, na verdade quer sugerir outras respostas: "Não se intrometa em nossos costumes, não dê palpites em nosso sistema judiciário, não bote o bedelho onde não é chamado." Ou, de modo mais educado: "Nós apreciamos sua humanidade para defender nosso território no concerto das Nações, mas, por favor, não a use para contrariar nossos códigos de conduta e justiça." Se Luiz Inácio der o dito pelo não dito, esquecendo o apelo que fez por Sakineh, imitará os três macaquinhos. Principalmente neste momento em que a defesa dos direitos humanos ganha relevo nos foros internacionais - basta olhar para a libertação de 50 prisioneiros políticos de Cuba -, nosso presidente, pessoa afeita a lances de grande visibilidade, poderia ancorar a imagem brandindo a sagrada bandeira das liberdades. O Itamaraty, por sua vez, deve conter o ímpeto de construir pontes de fraternidade com qualquer pedaço do mundo a título de reforçar laços comerciais. Poderia dosar seu pragmatismo com pequena lição dos clássicos: "As culturas são relativas, mas a moral deve ser absoluta." A fatia ética há de fazer parte do bolo que o Brasil busca extrair dos fornos do planeta.

Com espaço continental, incomensuráveis riquezas, povo acolhedor, sentimental, alegre e criativo, o País terá voz mais elevada se decidir integrar a vanguarda da luta pelos direitos humanos. Basta de tergiversação. Sob essa crença, e ante a confirmação da sentença pela Alta Corte do Irã, Lula poderia insistir, agora formalmente: "Sr. presidente Ahmadinejad, adicione uma pitada de grandeza ao Irã. Liberte Sakineh. O gesto abrirá espaços de solidariedade para sua nação. Entendemos a identidade cultural de seu povo. No campo ético e moral, porém, não deve haver relativismo."

Abro espaço para Marina Nemat, autora de Prisioneiros em Teerã, livro de memórias em que descreve a prisão Evin, em Teerã: "De 1982 a 1984, ainda adolescente, presa política, fui ali torturada e estuprada. Vi meus amigos sofrerem e morrerem. Tantas vidas jovens e inocentes devastadas ou perdidas. Mas o mundo continuou como se nada tivesse acontecido."

Em tempo: as pedras para a lapidação não podem ser muito grandes, porque a ré deve sofrer o suficiente e não pode morrer logo; tampouco devem ser pequenas, porque os lapidadores demorariam muito. Mas a humanidade dos juízes poderá "conceder-lhe" a morte por enforcamento.



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26/10/2008 free counters

Cineasta português chama presidente Cavaco Silva de idiota na Flip


PARATY, Rio de Janeiro, Brasil — O diretor de cinema português Miguel Gonçalves Mendes, que apresentou na noite de sábado na Feira Literária Internacional de Paraty (Flip) o documentário "José & Pilar", fez duras críticas ao presidente de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, por sua postura em relação ao Prêmio Nobel de Literatura José Saramago, que morreu neste ano.

"O nosso presidente, que é um idiota, não foi ao enterro", disse o cineasta. "Foi este mesmo presidente que vetou o livro 'O Evangelho segundo Jesus Cristo' (1991). Foi por isso que Saramago deixou Portugal", acrescentou, referindo-se à obra do escritor português que despertou a ira dos mais conservadores, sobretudo da Igreja Católica.

O filme "José & Pilar", que ainda está em fase de finalização, é um documentário sobre o romance do escritor português José Saramago com a jornalista espanhola Pilar Del Río, com quem se casou aos 63 anos. Os dois viveram juntos por 24 anos na ilha de Lanzarote, no arquipélago das Canárias (sul da Espanha).

Saramago recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1998 e morreu em 18 de junho de 2010, aos 87 anos.


Aníbal Cavaco Silva, presidente de Portugal, em foto de dezembro de 2009

Mapa

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26/10/2008 free counters

PMs trocam tiros com bandidos após roubo de carro na região do Morumbi, em SP

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Policiais militares trocaram tiros com dois homens na noite de sábado (7) após o roubo de um Ford Ka vermelho na região do Morumbi, na zona oeste de São Paulo. Ninguém foi preso.

Segundo informações da PM, a corporação foi acionada por uma ligação telefônica por volta das 21h. Com a chegada dos policiais no local indicado, na avenida Giovanni Gronchi, os criminosos tentaram fugir.

Durante perseguição, houve troca de tiros e os assaltantes acabaram batendo em outro veículo. O caso foi encerrado três horas depois. De acordo com a assessoria da PM, ninguém foi preso.

Exibir mapa ampliado


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26/10/2008 free counters

Universidade russa de medicina receberá 20 estudantes brasileiros


Inscrições podem ser feitas até a próxima quarta-feira (11).
Seleção inclui entrevista e análise de histórico escolar.

Do G1, em São Paulo


A Universidade Estatal Médica de Kursk (KSMU), na Rússia, abriu 20 vagas para estudantes brasileiros interessados em cursar medicina. As aulas serão ministradas em inglês. Os interessados devem se inscrever até a próxima quarta-feira (11) pelo site www.aliancarussa.com.br. O embarque está previsto para ocorrer no fim do mês de outubro.

A seleção, que inclui entrevista, análise do histórico escolar e exames de saúde, será feita no Brasil pela Aliança Russa de Ensino Superior, representante das universidades estatais russas no país.

Durante os nove primeiros meses de curso, os selecionados farão a Faculdade Preparatória (FP) em inglês, para aprofundar o conhecimento sobre o idioma e aprender termos técnicos, além de disciplinas como física, química e biologia.

faculdade russaUniversidade de Kursk é uma das pioneiras em oferecer graduação em inglês (Foto: Divulgação

Localizada na parte europeia do país, a cidade de Kursk é um grande polo industrial, cultural e científico a 500 quilômetros da capital Moscou. A KMSU é uma tradicional universidade russa, pioneira em oferecer programas médicos de graduação em inglês.

Ao voltar para o Brasil, o estudante tem de submeter o diploma adquirido a um processo de reconhecimento em uma universidade pública brasileira e prestar prova de revalidação. De acordo com a Aliança Russa, os diplomas das universidades russas passaram a ser reconhecidos em toda a União Europeia.

Maiores informações podem ser obtidas nos sites www.medicinarussia.com.br e www.aliancarussa.com.br e pelo telefone (11) 3854-2515 begin_of_the_skype_highlighting (11) 3854-2515 end_of_the_skype_highlighting.



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26/10/2008 free counters

Assalto em shopping de BH assusta clientes; ninguém ficou ferido


Dois assaltantes levaram R$ 6,7 mil de funcionária do estacionamento.
Três tiros foram disparados; PM foi acionada e tenta localizar os suspeitos.

Da Globominas.com


Um assalto no Shopping Del Rey, na Região Noroeste de Belo Horizonte (MG), na noite deste sábado (7), provocou correria e deixou consumidores assustados. Dois homens armados assaltaram uma funcionária do estacionamento do shopping, que se dirigia ao caixa eletrônico para realizar o depósito de um malote.

A funcionária não reagiu e entregou todo o dinheiro, cerca de R$ 6,7 mil reais, de acordo com a Policia. Os suspeitos dispararam três tiros, mas ninguém ficou ferido. Houve gritos e correria dentro do shopping, que estava cheio na véspera do dia dos pais.

A Polícia Militar foi acionada pelo serviço de segurança do centro de compras, mas os suspeitos ainda não foram localizados.

A assessoria do Shopping Del Rey lamentou o fato e disse que o serviço de segurança do estabelecimento tem como objetivo garantir a integridade dos clientes. Conforme o shopping, a equipe de segurança agiu corretamente ao acionar a Polícia Militar após verificar que ocorria um assalto.



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26/10/2008 free counters

Secretaria da Segurança diz que ação em shopping de SP não deixou morto



De madrugada PM havia informado que segurança morreu baleado.
Secretaria da Saúde diz que 2 vigias foram feridos; um em estado grave.

Do G1 SP


A Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo informou no início da tarde deste domingo (8) que o assalto a joalherias do Santana Parque Shopping, na Zona Norte de São Paulo, ocorrido na noite de sábado (7) não deixou nenhum morto até o momento. Ainda, de acordo com a assessoria de imprensa da secretaria, dois vigias foram feridos e um deles foi internado no Complexo Hospitalar Mandaqui em estado grave após ser baleado. De acordo com a secretaria, o outro vigilante foi atingido por estilhaços e acabou liberado.

Durante a madrugada, a Polícia Militar havia informado que um dos vigias havia morrido durante uma troca de tiros com integrantes da quadrilha que assaltou o shopping. Um dos criminosos também teria sido baleado, mas conseguiu fugir com os demais membros do bando. A ainda não tem dados sobre os valores roubados.

A Polícia Civil, no entanto, informa que ainda não há confirmação de que alguém tenha sido morto. A Secretaria de Estado da Saúde diz que duas pessoas ficaram feridas.

Clientes relataram ter escutado diversos disparos. Alguns se esconderam dentro do cinema do shopping.

De acordo com a assessoria de imprensa da PM, informações preliminares dão conta que sete homens armados assaltaram duas joalherias dentro do shopping, pouco antes das 23, horário que as lojas começam a fechar aos sábados. O nome dos estabelecimentos comerciais roubados não foram divulgados.

A 2ª Delegacia do Patrimônio do Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic), da Polícia Civil, investiga o caso. As imagens do circuito interno do monitoramento por câmeras de segurança do shopping foram requisitadas para análise dos policiais. O objetivo da investigação será o de tentar identificar por meio da gravação quem são os assaltantes.

Durante a ação criminosa, a quadrilha trocou tiros com seguranças. Um deles, segundo a PM, morreu a caminho do Hospital Estadual Mandaqui, também na Zona Norte. Clientes contaram que ele foi atingido na cabeça. Outro vigia teria sido ferido e foi socorrido. A Secretaria de Estado da Saúde informou, no entanto, que a pessoa baleada na cabeça está em estado grave, e que outra vítima foi atingida de raspão e liberada. O órgão não soube dizer se os dois eram seguranças. Clientes passaram mal e foram atendidos em ambulâncias.

O G1 enviou e-mails para a assessoria de imprensa do shopping para comentar o assunto, mas até a publicação desta matéria não havia recebido retorno. Ainda não há informações se o shopping irá reabrir neste domingo. O horário de funcionamento aos domingos é das 10h às 22h.

Peritos da Polícia Técnico-Científica estiveram durante a madrugada deste domingo no local em busca de vestígios que ajudem a identificar os membros da quadrilha. Logo após o assalto, as polícias Civil e Militar realizaram buscas, mas não conseguiram prender nenhum suspeito pelo crime. Nenhuma autoridade da Polícia Civil foi localizada para falar sobre as investigações.

Segundo a polícia, este é o quarto assalto a joalherias de shoppings em São Paulo neste ano.



08/08/2010 - 01h31
Criminosos invadem shopping em SP para assaltar joalherias; um morre




DE SÃO PAULO

Atualizado às 08h17.

Um grupo armado invadiu por volta das 22h30 deste sábado (7) o Santana Parque Shopping, na zona norte de São Paulo. O grupo formado por cerca de sete homens tentou assaltar duas joalherias. Não há informações se algo foi roubado.



Segundo a Polícia Militar, dois seguranças foram baleados na troca de tiros com os criminosos. Eles foram levados para o pronto-socorro do Mandaqui, mas um deles não resistiu e morreu. Não há informações sobre o estado de saúde da segunda vítima.

A polícia faz buscas na região, mas até o início da madrugada nenhum dos criminosos tinha sido preso. A PM vai usar as imagens do circuito interno de segurança para tentar identificar os criminosos.

Polícia solicita imagens de shopping após assalto a joalherias; seguranças foram feridos


A Polícia Civil de São Paulo informou neste domingo que já solicitou ao Santana Parque Shopping as imagens de seu circuito de segurança para tentar identificar o grupo que invadiu o local na noite de ontem (7) e assaltou duas joalherias. Dois seguranças do local ficaram feridos durante a ação.

Criminosos invadem shopping para assaltar joalherias

Inicialmente, o Hospital do Mandaqui disse que um deles tinha morrido, mas a informação não foi confirmada pela Secretaria Estadual de Saúde, que aponta que Alex Pinto, 24, está em estado gravíssimo e o outro segurança já recebeu alta.

Segundo a assessoria do Deic (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado), o crime aconteceu por volta das 22h30, quando um grupo de cerca de dez homens armados invadiu o local. Cinco deles entraram em duas relojoarias --a Casa das Alianças e a JK Alianças-- e roubaram dinheiro e joias. Até as 12h de hoje, ainda não tinha sido informado o total roubado.

Na saída do shopping, os criminosos foram surpreendido por uma segurança do local. Houve troca de tiros e o segurança foi baleado na cabeça. Um outro funcionário do shopping foi atingido por estilhaços e teve ferimentos leves na mão. O Deic informou ainda que um policial que estava no local também reagiu e pode ter baleado um dos criminosos. Apesar disso, todo o grupo conseguiu fugir.

O shopping informou na manhã deste domingo que funciona normalmente. Já as duas lojas assaltadas foram procuradas pela Folha, mas não deram detalhes sobre o crime. Também não foi informado se os dois estabelecimentos funcionarão hoje.


Divulgação
Fachada do Santana Parque Shopping, em SP. Local foi invadiro e assaltado por grupo armados
Fachada do Santana Parque Shopping, em SP. Local foi invadiro e assaltado por grupo armados








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26/10/2008 free counters

Lula, o coitado


Em comício em Porto Alegre ao lado de Dilma Rousseff, Lula acusou as elites de direita de tentarem derrubar seu governo a cada 24 horas. É um ingrato.

Se não fossem as “elites de direita” – esse avatar altamente lucrativo –, Lula não existiria mais.

Lula é uma espécie de Bush dos pobres. Assim como o imperialista americano precisava desesperadamente de Saddam Hussein para justificar sua existência, o ex-operário brasileiro precisa do mito da elite opressora para manter vivo seu personagem.

Como se sabe, a elite mais voraz existente no Brasil hoje é a República Sindical fundada pelo próprio Lula. Uma turma da pesada que tomou de assalto o Estado nacional em benefício de uma casta política.

Já flagrado com a boca na botija do valerioduto, o companheiro Delúbio, por exemplo, ainda gritava que as denúncias eram conspiração da direita contra o governo popular.

Lula é um gênio. Passou oito anos cultivando, dia a dia, o mito do presidente coitadinho. Brasileiro adora isso. Conseguiu a proeza de fazer oposição a si mesmo, perpetrando críticas ao neoliberalismo do Banco Central – o mesmo que sustenta sua política econômica.

Brincando de terceiromundismo com atos bizarros como o apoio à ditadura atômica iraniana, foi alimentando seu próprio mito de vingador internacional dos fracos.

O mundo já perdeu a paciência com sua pantomima ao lado de Ahmadinejad, Fidel, Chávez e outros embusteiros. Mas o Brasil ainda está achando graça.

Enquanto seus aliados afundam os Correios, manipulam a Receita Federal, sangram as estatais, engendram o controle da imprensa e conspiram em praça pública, Lula reclama dos poderosos. De fato, atingiu a perfeição como vítima profissional.

A julgar pelos cerca de 40% de intenção de voto em Dilma Rousseff, esse autoritarismo com verniz de oprimido ainda vai longe no Brasil. Mas ainda há focos de sinceridade na aliança montada pelo PT.

O ex-presidente Collor, por exemplo, parceiro eleitoral de Dilma, acaba de se dirigir a um jornalista, por telefone, sem fingir que defende a liberdade de expressão: “Quando eu lhe encontrar, vai ser para enfiar a mão na sua cara, seu fdp”.

Pelo menos um pouco de franqueza no salão.



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