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domingo, 8 de agosto de 2010

Uma antena só para você



Com as femtocells, será possível transmitir sua conversa de celular pela internet – e pagar menos
Revista Época

Num passado não muito distante, coisa de dez anos atrás, era um custo fazer o celular funcionar direito fora das grandes cidades. O indicador de sinal estava quase sempre no mínimo – isso quando chegava ao mínimo. O tempo passou, os celulares mudaram do sistema analógico para o digital, as operadoras instalaram antenas por todo canto e hoje é difícil encontrar um lugar onde o celular não funcione. Mesmo dentro de túneis ou no subsolo de edifícios. A tendência para o futuro é que o celular seja seu telefone principal, em casa, no trabalho ou em qualquer lugar.

Mas é difícil imaginar isso hoje em dia com os preços cobrados pelas operadoras. A saída será usar a internet para ligar pelo celular. Deverá haver em vários lugares – e provavelmente até dentro de sua casa – pequenas antenas de celular. Elas serão ligadas a sua conexão de internet banda larga, que desviará as ligações da rede tradicional (aquela oferecida pelas operadoras) para a internet. A idéia é que, se você entrar em casa falando ao telefone, ele mude automaticamente para sua rede interna. Isso funciona porque o celular busca o sinal mais intenso. Assim, ao encontrar a rede interna, ele passará para ela. Se você já estiver dentro de casa, o celular fará as ligações usando a rede, pela internet. Com isso, o custo das ligações deverá ser menor e a qualidade das chamadas melhor.

Essas anteninhas são chamadas de femtocells (femtocélulas). Para quem já está acostumado com os roteadores domésticos, que permitem conexão de internet sem fio em casa, fica fácil entender: as femtocells fazem o mesmo para celular. O modelo está em teste. Acredita-se que 100 mil femtocells estejam em uso no fim deste ano. Não é nada perto das previsões otimistas para os próximos anos. Para 2011, a expectativa é de 19 milhões de unidades no mundo.

Mas, se você vai usar a internet para fazer as chamadas, como ficarão as operadoras de telefonia móvel e fixa? As móveis ganharão dinheiro com as chamadas fora de casa, na rede normal. E farão papel de intermediário entre você e a ligação na internet. Elas poderão até alugar as anteninhas para quem não quiser comprá-las. “Esse modelo de negócio com as femtocélulas reforça a tendência de migração para o celular. As redes de telefonia fixa tendem a mudar o foco para oferecer conexão de internet por banda larga”, afirma o gerente de desenvolvimento de novos negócios da Motorola, José Geraldo de Almeida.

O serviço Airave, oferecido pela operadora americana Sprint, é um exemplo. Os clientes pagam US$ 50 pelo aparelho e fecham planos de minutos de acordo com a necessidade – que podem ser até ilimitados. A anteninha cobre uma área de cerca de 450 metros quadrados. Até três pessoas podem usar o serviço ao mesmo tempo e, na Sprint, cada cliente pode cadastrar até 50 números para falar pela antena. Por enquanto, só os celulares com plano da operadora funcionam na rede interna e as chamadas iniciadas fora de casa ainda não mudam automaticamente. É só o primeiro passo da tecnologia que deve mudar as comunicações.




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