Umas perguntinhas…

osted by Leticia on November 22, 2008


Quando do caso Isabella (yes, yes, o casal continua preso e não teve outro jeito: irá a júri popular), lembro que houve uma grita pública contra uma pretensa intenção da polícia em ouvir o irmão da menina, de 3 anos de idade. Para muitos opinadores, o fato de o depoimento de um filho ser decisivo para colocar os pais na prisão traria traumas terríveis à criança. O próprio promotor Francisco Cembranelli negou que tivesse oficializado essa intenção em qualquer momento. O Conselho Tutelar, embora tenha admitido essa possibilidade no sentido de saber se estava traumatizada, não o fez.

E agora, no caso de Andréia Cristina Nóbrega Bezerra, que morreu ao ser jogada junto com seu filho de 6 anos pela janela do terceiro andar, por um pagodeiro-da-calça-sem-prega-que-estava-noivo-de-outra-mas-não-se-con- formava-com-o-fim-do-relacionamento-anterior, a polícia afirma com todas as letras que irá ouvir o menino, filho do casal, que sobreviveu à queda.

Ótimo: um garoto de 6 anos tem um teco a mais de discernimento que uma criança de 3, até porque um quase-neném prestaria um depoimento vulnerabilísimo e, por conseguinte, suspeito. Além de tudo, uma criança ter contato com a polícia é brincadeira perto do que pode viver num ambiente conflituoso.

Mas, no caso Isabella, não foi isso que se alegou: recorreu-se à preservação da criança, e pronto. E agora, neste caso de Guarulhos: sem problema? Não vai haver grita pública?

É isso. Escolhemos nossas dores a dedo.

010 Flanela Paulistana.

Sphere: Related Content