30 de maio de 2008 • 14h06
Redação Terra
O promotor Francisco Cembranelli disse, em entrevista ao SPTV, que os depoimentos de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá foram "desfavoráveis" ao casal e que ainda existem pontos a serem esclarecidos por eles. O promotor mostrou desconfiança quanto à suposta pressão policial para que o casal admitisse envolvimento na morte da menina Isabella Nardoni.
"Eles trouxeram um dado novo, que foi essa pressão policial, mas nem os advogados mencionaram (a suposta pressão). Isso visa conturbar, desviar a atenção da opinião pública", disse o promotor.
Ainda durante a entrevista, Cembranelli disse acreditar que o julgamento do casal seja feito até final deste ano.
Isabella Nardoni, 5 anos, foi encontrada ferida no dia 29 de março no jardim do prédio onde moram o pai Alexandre Nardoni e a madrasta Anna Carolina Jatobá, na zona norte de São Paulo. Segundo os Bombeiros, a menina chegou a ser socorrida e levada ao Pronto-Socorro da Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu por volta da 0h. O inquérito policial apontou que ela foi agredida, asfixiada e jogada do sexto andar do edifício. No dia 18 de abril, Alexandre e Anna Carolina foram indiciados por homicídio doloso, triplamente qualificado.
No dia 6 de maio, o promotor Francisco Cembranelli denunciou e pediu a prisão preventiva do casal, aceita pela Justiça. Alexandre está preso na Penitenciária Dr. José Augusto Salgado (P-2), em Tremembé (SP), e Anna Carolina, na Penitenciária Feminina Santa Maria Eufrásia Pelletier, também em Tremembé.