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sexta-feira, 26 de março de 2010

Ex-secretário do DF terá que tirar a roupa em vistoria antes de falar com advogados

da Folha Online, em Brasília

Preso há 42 dias acusado de participar do suborno de uma das testemunhas do esquema de corrupção no governo Arruda, o ex-secretário de Comunicação do Distrito Federal Weligton Morais terá que ficar sem roupas e passar por uma vistoria de agentes da Polícia Federal antes e depois de se encontrar com seus advogados.

A determinação é do ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Fernando Gonçalves, que é responsável pelas investigações do esquema de arrecadação e pagamento de propina. Em um despacho sobre o pedido dos advogados para não serem vistoriados na Papuda, Gonçalves determinou que o ex-secretário fique "desnudo" para falar com seus defensores.

Na decisão, o ministro ainda estabeleceu que os advogados sejam vitoriados na entrada, caso levem pastas. O pedido da defesa era para que não houvesse qualquer tipo de vistoria.

Morais vai depor na segunda-feira sobre o esquema de arrecadação e pagamento de propina que derrubou o ex-governador José Roberto Arruda (sem partido), que também prestará esclarecimentos sobre o caso no mesmo dia.

Morais seria um dos interlocutores de Arruda na tentativa de suborno do jornalista Edson dos Santos, o Sombra, testemunha do esquema de corrupção. Por decisão do STJ, Morais, Arruda e mais cinco aliados foram presos por obstruírem as investigações do esquema de distribuição de propina.

Na próxima semana, a Polícia Federal deve ouvir 42 pessoas citadas no inquérito que investiga o esquema. Também deve ser ouvido o conselheiro do Tribunal de Contas local, Domingos Lamoglia, além de todos os políticos --inclusive deputados distritais-- e empresários, que aparecem em vídeos gravados por Durval Barbosa, delator do esquema de corrupção.





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