Por Steve Von Sherrie e Vanderson Freizer. Recebi com certa estranheza as informações que obtive ao assistir uma matéria do Jornal da Record, da noite de segunda-feira (22/09). Os muitos minutos de reportagem contavam como uma menina de 11 anos era molestada pelo padrasto de 55 anos no decorrer dos últimos anos e que ao manter relações sexuais com a garota acabou a engravidando. O que me chamou a atenção foram os relatos da garota, segundo ela, os abusos sexuais cometidos por seu padrasto aconteciam na cama onde ela, o padrasto e a mãe dormiam. De acordo com informações da garota, quando sua mãe dormia, seu padrasto a mudava de lugar, passando-a por cima de sua própria mão para mudá-la de lugar e assim acontecendo os abusos sexuais que resultou em sua gravidez. Me admira muito o fato de que tudo acontecia sem que nada fosse ouvido, nem um sussurro, gemido ou grito de dor, nada era constatado pela mãe da garota que nunca tinha feito qualquer reclamação do padrasto. Não estamos aqui julgando quem ninguém, estamos tentando entender e contamos com a ajuda de vocês este caso estranho de pedofilia, que muito se parece com outros que são noticiados pela imprensa. Gostaríamos de entender como que uma menina de 11 anos é molestada e estuprada pelo padrasto em uma cama ao lado da mãe que mesmo depois de 7 meses de gravidez da filha nada ouviu ou percebeu de errado? Como que nunca pode se ouvir um grito de dor ou um gemido que seja? Todos nós sabemos que sexo mesmo quando feito por duas pessoas com idade suficiente para ocultar os “excessos” na maioria das vezes pode-se perceber um gemido ou outro e essa menina, mesmo mantendo relações com o padrasto de 55 anos não soltou um ruído se quer durante anos. É algo extremamente estranho e difícil até de se imaginar. Gostaria de ver um jornalismo de alto nível na Record, mas o que vejo nos últimos dias, e principalmente quando se trata de pedofilia são matérias gigantescas recheadas de sensacionalismo e historias mal contadas, ou indo mais além, mal inventadas, usadas apenas para manipular a opinião da sociedade, levando para o rumo da emoção, quando o dever dos jornalistas é agir com a razão e informar sem fazer uso de instrumentos duvidosos. Com grandes jornalistas, um bom trabalho de produção e edição a Rede Record vinha se mostrando como um outro meio de buscar informações e até mesmo como uma nova forma de fazer jornal, mas com o apelo emocional que adotou nos últimos meses, fica difícil confiar em certas reportagens apresentadas pela emissora da Universal.