OAB condena hostilidade do público a advogado do casal Nardoni

Da Redação - 25/03/2010 - 23h00

Papel do advogado é propiciar plena defesa, afirma OAB

O público que se aglomera em frente ao Fórum de Santana nos últimos dias, durante o julgamento do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, não cansa nem mesmo diante de chuva. Nesta quinta-feira (25/3), gritavam “assassino” e “mentiroso” ao advogado Roberto Podval, que defende os acusados pela morte da menina Isabella Nardoni, de 5 anos. Diante de tal cenário, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) divulgou um comunicado condenando a hostilidade com o advogado.

“O advogado não pode ser confundido com seu cliente. Não é cúmplice de seus eventuais delitos, nem está ali para acobertá-los”, disse a OAB, que ainda explicou sobre o direito de defesa e o papel do defensor.

“São esses fundamentos pilares do Estado democrático de Direito, conquista da civilização humana, que não pode se submeter a impulsos emocionais a se tornarem incompatíveis com os mais elementares princípios do humanismo e da liberdade individual. Todo cidadão tem direito a defesa, sem a qual não se cumpre o devido processo legal —e, por extensão, não há Justiça”.

O julgamento do casal Nardoni chegou hoje ao quarto dia, com o interrogatório dos réus. Os dois negaram a autoria do crime e descreveram como era a relação familiar, além de darem sua versão sobre o dia 29 de março, quando Isabella foi jogado do 6º andar do edifício em que morava sua mãe e sua madrasta.

Leia a íntegra da nota da diretoria do Conselho Federal da OAB:

“As manifestações públicas de hostilidade ao pleno e livre exercício profissional da advocacia, expressam equívoco a respeito do papel do advogado. O advogado não pode ser confundido com seu cliente. Não é cúmplice de seus eventuais delitos, nem está ali para acobertá-los.

Seu papel é propiciar ao acusado plena defesa, circunstanciando-a com objetividade, dentro dos estritos limites da lei. Somente essa defesa, prerrogativa de qualquer cidadão, permite que se conheçam em detalhes todos os aspectos que envolvem a prática de um ilícito.

Sobretudo impede que a justiça se confunda com a vingança. São esses fundamentos pilares do Estado democrático de Direito, conquista da civilização humana, que não pode se submeter a impulsos emocionais a se tornarem incompatíveis com os mais elementares princípios do humanismo e da liberdade individual.

Todo cidadão tem direito a defesa, sem a qual não se cumpre o devido processo legal - e, por extensão, não há Justiça. Em vista disso, o Conselho Federal da OAB e a Seccional de São Paulo da OAB condenam os recentes acontecimentos ocorridos em São Paulo contra o advogado em seu exercício profissional, e pede ao público confiança na Justiça”.

Márcia Regina Machado Melaré – secretária-geral adjunta do Conselho Federal da OAB

( NESSE CASO TODOS FORAM BRUTALMENTE HOSTILIZADOS , MENOS A POLICIA, ENFIM A ACUSAÇÃO, O CASAL FOI EXPOSTO AO LINCHAMENTO VARIAS VEZES, POIS O "MARKETING" QUE ELES MATARAM A MENINA FOI ESMAGADOR, FOI REALMENTE UM ESCANDALO ESSE CASO , MAS PELA FORMA QUE FORAM EXPOSTOS, CRIARAM UMA IMAGEM MOSTRUOSA DELES DE UMA FORMA IRREVERSIVEL PELA MIDIA, INCITANDO A POPULAÇÃO AO ÓDIO E SEDE DE VINGANÇA IRRACIONAL E COM O PROMOTOR SEMPRE DANDO ENTREVISTAS! ELE INTERPRETOU O CASO DE MANEIRA CONVENIENTE PARA A ACUSAÇÃO E SAIU FALANDO EM TODAS AS EMISSORAS DE TV, NO MESMO DIA VOCE PODIA VE-LO DANDO ENTREVISTA AO VIVO EM 3, 4 CANAIS DE TV, ENQUANTO OS NARDONI ESTAVAM ACUADOS PELA IRA DE PESSOAS QUE NEM IMAGINAVAM QUE ELES EXISTIAM ANTES DA MORTE DE ISABELLA, ESSAS PROVAS , A VERSÃO DA POLICIA NÃO CONVENCE A QUEM TEM UM MINIMO DE BOM SENSO, ELES NÃO INVETIGARAM DE FORMA SÉRIA E CORRETA, ESTÃO TODOS NUM SÓ BARCO, SÃO UMA "TURMA" TODO MUNDO SABE DISSO, POLICIA, DELEGADO,PROMOTOR, PERICIA, TODOS ESTAM NA MIDIA O TEMPO TODO É OBVIO QUE VÃO SUSTENTAR A MESMA VERSÃO, MESMO PORQUE JÁ NEM PODEM RECUAR, A MERDA JÁ FOI FEITA E M CONJUNTO, SE UM AFUNDA TODOS AFUNDAM. QUANTO A TERCEIRA PESSOA NA CENA DO CRIME CABIA A ELES INVESTIGAREM, PORÉM ELES ESTAVAM MUITO OCUPADOS INCRIMINANDO O CASAL, FOI O CAMINHO MAIS FACIL E COMODO ! ESTAVAM BEM CONFORTAVEIS POIS CONTAVAM COM A MIDIA ( QUE SÓ BOTOU LENHA NA FOGUEIRA, MINTO ,QUEM JOGOU ESSE CASO NA CARA DAS PESSOAS COMPULSIVAMENTE O TEMPO TODO ) E BANCAVAM OS HEROIS, ESTAVAM NA TV,NOS JORNAIS , REVISTAS, DANDO ATÉ PALESTRA SOBRE O CASO HOUVE! COM POSE DE DONOS DA VERDADE, O PAPEL DESSES PROFISSIONAIS É TRABALHAR SÉRIO E NÃO DESSA MANEIRA IRRESPONSAVEL, DESTRIUNDO A VIDA DE FAMILIAS , TEM QUE SE CHEGAR A VERDADE E NÃO CRIAR UMA !)
ESTA RUIM MEU TEXTO, MAIS FICAR ASSIM MESMO.

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Francisco Cembranelli

>> quinta-feira, 29 de maio de 2008

Afora tudo o que já disseram sobre o caso Isabella, uma figura tem se destacado na história toda. A do promotor Francisco Cembranelli. Desde o início admiro a postura deste profissional. Ao mesmo tempo, não passa despercebida sua desenvoltura e até por que não dizer, um certo charme. Já há várias comunidades sobre ele no Orkut e suas fãs se auto-denominam de "As Cembranelletis".

À caça de mais informações sobre ele, penei, penei e cheguei numa matéria online do jornal "Estadão". Peço desculpas ao colega jornalista, pois não encontrei o nome dele na matéria e não tenho como citar a fonte. Se alguém souber, publico aqui. Aí vai um resumo de informações pra todo mundo que admira o promotor.

Primeira pergunta que não quer calar: o que ele tem no olho esquerdo? Quando criança, aos 2 anos, num domingo de carnaval de 1963, perseguiu um cachorro numa rua de São José do Rio Preto, cidade natal; tropeçou e caiu num tanque de cal. Sofreu sequelas no olho, o que contribuiu com sua timidez.

Ele sentava no fundo da sala de aula e evitava a todo custo expor-se na frente da classe. O talento para o Direito, o traiu. Superou a timidez nos tribunais, como Promotor Público. Em breve completa 20 anos de carreira. Filho do Procurador de Justiça Sylvio Glauco Taddei Cembranelli, já falecido, é formado pela FMU.

É santista roxo. Casado com uma Defensora Pública. Tem dois filhos, de 7 e 9 anos. Que até hoje se perguntam: "Por quê o papai prende e a mamãe manda soltar?"

Um pouco da doce inocência infantil é um alento nesse assunto. Muito provavelmente um bocado do empenho do Promotor não se deva apenas à sua postura ética, de bom profissional. Mas também, por ele ser, acima de tudo, um bom pai.

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