Da Agência Brasil
Brasília - A Receita Federal, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal deflagraram hoje (17) a Operação Alquimia. De acordo com a Receita, o objetivo é desmontar um esquema que deve ter lesado os cofres da União em aproximadamente R$ 1 bilhão.
Estão sendo cumpridos 31 mandados de prisão e 129 mandados de busca e apreensão em residências e empresas. A Justiça Federal também decretou o sequestro de bens, incluindo veículos, embarcações, aeronaves e equipamentos industriais e o bloqueio de recursos financeiros dos suspeitos.
Participam da operação cerca de 90 auditores fiscais da Receita Federal e cerca de 500 policiais federais nos estados de Minas Gerais, da Bahia, do Ceará, Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, de Pernambuco, Alagoas, São Paulo, Santa Catarina e Sergipe.
De acordo com a Receita, durante as investigações, foram encontrados indícios de diversos crimes, como sonegação fiscal, fraude à execução fiscal, formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
A Receita informou ainda que as investigações começaram quando foram detectados indícios de crimes contra a ordem tributária em uma das empresas do grupo, com a suspeita de existência de fraudes na constituição de empresas utilizadas como “laranjas”.
Edição: Lílian Beraldo
Receita diz que 23 dos 31 mandados de operação serão cumpridos na BA
Operação visa desarticular quadrilha de sonegação milionária ao Fisco.
Ações ocorrem simultaneamente em 17 estados, mais o Distrito Federal.
A Receita Federal na Bahia informou nesta manhã que devem ser cumpridos no estado 23 dos 31 mandados expedidos dentro da Operação Alquimia, que é realizada na manhã desta quarta-feira (17). O objetivo da ação conjunta da Receita, Polícia Federal e Ministério Público Federal é combater uma organização criminosa que atua em fraudes milionárias ao Fisco em pelo menos 19 estados. O prejuízo aos cofres públicos, pelo não recolhimento dos tributos devidos, pode chegar a R$ 1 bilhão.
Segundo a Receita, o suspeito de comandar a quadrilha reside na Bahia. Os investigados são suspeitos de sonegação fiscal, fraude à execução fiscal, formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Tanto os mandados de prisão como os 129 de busca e aprensão estão sendo executados em 12 estados, são eles Bahia, Minas Gerais, Alagoas, Ceará, Espírito Santos, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina e Sergipe.
Além dos mandados de prisão, a operação Alquimia visa cumprir 63 conduções coercitivas, cujos suspeitos ficarão detidos por pelo menos um dia para prestar depoimento à polícia. Também serão executados 129 mandados de busca e apreensão em residências e empresas apontadas pela investigação de envolvimento com a organização criminosa. Documentos e computadores estão sendo levados para a sede da Polícia Federa, em Salvador.
A Justiça Federal decretou o seqüestro de bens como veículos, embarcações, aeronaves e equipamentos industriais, além do bloqueio de recursos financeiros dos suspeitos em diversos estados. Um helicóptero da Receita Federal está dando suporte à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal para execução dos mandados na Bahia.
A Receita Federal relata ainda que 11 empresas envolvidas na ação criminosa já foram autuadas e devem R$ 110 milhões em créditos tributários. Segundo a RF, há indícios que a sonegação é muito maior do que já foi apurado.
Megaoperação da PF contra sonegação confisca até ilha na BA
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PAULO PEIXOTO
DE BELO HORIZONTE
A operação Alquimia, deflagrada nesta quarta-feira, confiscou uma ilha de 20 mil metros quadrados nas proximidades de Salvador que pertenceria ao chefe do esquema fraudulento. No local foram apreendidos carros de luxo e barcos.
A investigação, que começou na década de 1990 numa empresa de Juiz de Fora (MG), foi feita pela Polícia Federal em parceria com a Receita Federal e o Ministério Público Federal.
Dos 31 presos, 24 estão na Bahia, mas nenhum nome foi divulgado até agora. A maior parte das empresas é do setor químico.
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