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SÍLVIA FREIRE
DE SÃO PAULO
A Assembleia Legislativa do Maranhão paga mensalmente R$ 1.050 para o ministro do Turismo, Pedro Novais, como ressarcimento de gastos como plano de saúde.
Segundo a Assembleia, o ministro tem direito ao valor desde 2005, quando o Legislativo estadual estendeu o benefício --que já era dado a deputados estaduais-- também a ex-deputados.
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Novais exerceu o cargo de 1979 a 1982. Foi eleito em 1978, pela Arena.
Contando apenas a partir de maio de 2010, quando os gastos da Assembleia passaram a ser publicados no Portal da Transparência, o ministro já recebeu R$ 15.750.
Depois de ser deputado estadual, Novais foi eleito para cinco mandatos e um período como suplente na Câmara dos Deputados. Este ano, licenciou-se da Câmara para assumir o ministério.
| Valter Campanato - 10.jan.2011/ABr |
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Novais exerceu o cargo de 1979 a 1982. Foi eleito em 1978, pela Arena |
Por meio da assessoria da pasta, o ministro disse que recebe o ressarcimento há quatro anos. Afirmou ainda que, como deputado federal e ministro, não tem direito a plano de saúde. Disse que o benefício é um direito adquirido, do qual não pensa em abrir mão.
Novais foi indicado para o Ministério do Turismo pela família Sarney, de quem é aliado, e pela cúpula do PMDB, seu atual partido.
Como ex-deputado estadual, Novais é pensionista do Fundo de Pensão Parlamentar, e recebe, desde 2003, pensão parlamentar.
O valor pago mensalmente não foi divulgado e é proporcional ao tempo de contribuição para o fundo.
Segundo a Assembleia, o pagamento dos benefícios para ex-deputados está previsto em resoluções internas.
Uma delas prevê que também poderão ser ressarcidos eventuais gastos emergenciais de saúde, como internações e cirurgias, desde que o ex-deputado solicite.
O fundo de pensão dos deputados maranhenses foi criado em 1980, durante o mandato de Novais na Assembleia, e extinto em 2003. A legislação, porém, manteve os direitos adquiridos.
Segundo a Assembleia, Novais obteve o benefício ao contribuir para o fundo de pensão mesmo após terminado seu mandato na Casa.
Ministro tem ajuda de custo para cuidar da saúde
A Assembleia Legislativa do Maranhão (AL-MA) paga mensalmente R$ 1.050 ao ministro do Turismo, Pedro Novais (PMDB), como ressarcimento de gastos com plano de saúde. De acordo com a AL-MA, o peemedebista tem direito à quantia desde 2005, quando o Legislativo estadual estendeu o benefício - inicialmente concedido apenas a deputados estaduais - a ex-parlamentares. Novais exerceu o cargo entre os anos de 1979 e 1982. Ao contabilizar os valores pagos somente a partir de maio de 2010, o titular do Turismo já recebeu R$ 15.750. Por meio da assessoria da pasta, Novais explicou que não tem direito a plano de saúde e recebe o ressarcimento há quatro anos. Ainda segundo o ministro, como se trata de um direito adquirido, abrir mão do benefício não está em seus planos. Informações do jornal Folha de São Paulo.
Já era esperado e como fato confirmado não causou nenhuma surpresa. Frederico Costa da Silva, apontado desde a semana passada em todas as manchetes e noticias relacionadas à Operação Voucher, pediu exoneração do cargo de secretário executivo do Ministério do Turismo. No desdobramento desta notícia, outras que surgem hoje a descoberto, em Brasília, mostram como ele detinha esferas de poder concentrado dentro do ministério onde estava desde sua criação, hà quase 9 anos e em vários cargos ascendentes.
Depois que o Tribunal de Contas da União (TCU) abriu auditoria para apurar irregularidades nos convênios do Ministério com uma organização não governamental, o ministro Pedro Novais delegou amplos poderes para o então secretário executivo. Em 27 de abril, através da Portaria no. 58, todas as responsabilidades de gestão orçamentária, financeira e administrativa passaram para o titular da secretaria executiva, segundo nome no organograma do Ministério.
Além das assinaturas de contratos e convênios, Fred também tinha decisão para questões referentes a serviços gerais, recursos humanos, parcerias e termos aditivos. Ordenador de despesas da pasta também entrou como nova atribuição do secretário-executivo. Nomear, exonerar e dispor sobre gratificações para toda a estrutura da pasta.
O ministro, Pedro Novais, informado sobre o pedido de demissão do seu principal auxiliar, não quis comentar o assunto. Hoje, ainda sob o bombardeio que continua com miras para a pasta, deverá explicar as turbulências em sessão conjunta de várias comissões do Congresso, a partir das 14h30.
O PPS, como informamos, entrou ontem com representação na Procuradoria-Geral da República solicitando a abertura de investigação contra Pedro Novais, baseado em reportagem publicada pelo Correio Braziliense, principal jornal do DF. A matéria mostrou que o gabinete do ministro ficou sabendo da fraude no convênio com o Ibrasi 47 dias antes da operação da Polícia Federal.
AE
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