Ministro disse ter decidido sozinho sobre a contratação de Frederico Costa, número 2 do Turismo, preso na Operação Voucher
O ministro do Turismo, Pedro Novais (Beto Oliveira/Agência Câmara)
Novais afirmou não ter sofrido pressão nem do PT nem do PMDB para nomear o secretário-executivo do Ministério do Turismo, Frederico da Silva Costa, preso com outras 35 pessoas pela PF. “Frederico é conhecido no Congresso. É um dos funcionários mais conceituados, tanto é que fez carreira no órgão. A escolha dele para o cargo foi feita por mim”, afirmou o ministro.
Os funcionários do ministério presos na Operação Voucher foram afastados por Pedro Novais quando as denúncias vieram à tona. O ministro ainda não decidiu se os demitirá. “Eles não voltarão enquanto a sua honorabilidade não for comprovada”, disse à Câmara.
Rigor - Na berlinda desde a Operação Voucher, que prendeu 36 pessoas ligadas ao ministério, Novais,
tentou se justificar logo no início da sessão. "O ministério adotou critérios mais rigorosos. Só haverá repasse a entidades sem fins lucrativos que tiverem prestado contas de repasses anteriores", disse em referência a medidas adotadas após a revelação do escândalo.
A audiência pública ocorre em uma reunião conjunta das comissões de Turismo, Fiscalização Financeira e Defesa do Consumidor e estava marcada para terça, mas
foi adiada a pedido do ministro. Caberá ao peemedebista Novais a difícil tarefa de explicar como não ficou sabendo das fraudes na pasta, que envolviam até mesmo Frederico Costa, o número 2 do Turismo. O esquema, que desviou ao menos 3 milhões de reais, se concentrava em repasses fraudulentos para o Ibrasi. O instituto, por sua vez, redistribuía o dinheiro entre outras cinco entidades de fachada.
No início do depoimento à Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), líder do PMDB na Câmara e padrinho político do ministro, ofereceu “absoluta solidariedade” a Novais. “Estou aqui ao seu lado, sabendo do seu desempenho e da sua honra”, disse Alves.
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