DANIEL RONCAGLIA
colaboração para a Folha Online
O diretório nacional do PT finaliza os detalhes da estrutura que está montando para a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), durante o período de pré-campanha eleitoral. A ministra receberá do partido salário, casa, escritório, assessores e transporte.
De abril até junho, quando a candidatura é oficializada, os custos com Dilma devem ser bancados pelo PT. Pela Lei Eleitoral, nesse período a candidatura não pode receber doações, ao contrário do partido.
Nesta quarta-feira, um grupo de dirigentes petistas --incluindo o presidente da legenda, José Eduardo Dutra-- reuniu-se com funcionários da TAM e da Líder Taxi Aéreo. O partido negocia para contratar o aluguel de um jatinho em tempo integral para a ministra.
Nesses três meses, Dilma fará uma série de viagens pelo país e não usará avião de carreira, segundo o partido. "A ministra terá uma agenda forte nesse período", afirmou Francisco Campos, membro do diretório do PT responsável pela organização da pré-campanha.
Uma casa para a ministra também foi alugada em Brasília. Como sai do governo no final do mês, ela terá que desocupar o imóvel funcional a que tem direito como ministra na Península dos Ministros.
A casa de três dormitórios no Lago Sul de Brasília custará R$ 12 mil mensais para o partido. Segundo o PT, o imóvel, onde também irá morar a sua mãe, é simples e funcional.
Outra despesa do partido será o salário de Dilma que pode variar de R$ 10 a R$ 17 mil mensais, valores proporcionais ao seu rendimento atual como ministra e integrante do Conselho de Administração da Petrobras. O PT diz que o valor exato ainda está sendo discutido.
A ministra terá ainda um escritório para despachar quando estiver em Brasília nesse período. Além disso, o partido procura uma sede para a coordenação de campanha na cidade. Um carro e um motorista também foram colocados a disposição de Dilma.
Pelo menos cinco funcionários da Casa Civil devem acompanhar Dilma para assessorá-la. A média salarial deve ser de R$ 11 mil.
Ao mesmo tempo que o PT irá pagar as despesas durante a pré-campanha, a tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, não terá a mesma função na campanha. O nome de Vaccari voltou ao noticiário depois que do pedido de quebra de sigilo do tesoureiro por conta do caso Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo). O partido está a procura de um outro nome para a função.