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quarta-feira, 24 de março de 2010

Anna Jatobá se emociona ao ver o pai na plateia

AE - Agencia Estado

A madrasta de Isabella, Anna Carolina Jatobá, de 26 anos, terminou o segundo dia de julgamento aos prantos. Encerrada a sessão, por volta das 19h30, ela se levantou e caminhava para a saída da sala quando Alexandre Nardoni a avisou que o pai dela, Alexandre José Peixoto Jatobá, estava na plateia.

A madrasta, que até ali permanecera séria, sem esboçar reação, voltou-se, acenou com a mão direita para ele e, a partir daí, passou a chorar. Imediatamente, ela encostou na parede e colocou as duas mãos no rosto. O pai, por sua vez, batia com a mão direita no peito, dizendo à filha que a amava. Em seguida, com os olhos marejados, ergueu com as duas mãos um terço na direção da filha.

Pouco depois, com o mesmo terço na mão esquerda, Alexandre Jatobá disse estar confiante na absolvição da filha e do genro. "Nenhuma mentira dura para sempre. E as mentiras desse processo começaram a ser desfeitas." Ele tem ido diariamente ao Fórum Regional de Santana, na zona norte, acompanhar o julgamento do casal.

"É difícil porque estamos lutando contra o Estado. Mas o homem lá em cima está olhando tudo e temos certeza de que tudo vai dar certo." Questionado sobre os dois netos, Pietro e Cauã, ele afirmou: "Estão bem. É isso que importa." Os dois passaram a viver com os avós maternos após a prisão do casal, em 2008.

Estratégias

O segundo dia de julgamento do caso Isabella mostrou as estratégias que devem ser usadas até o fim por defesa e acusação. A promotoria explorou os três depoimentos de ontem - uma delegada e dois médicos-legistas - para mostrar que Isabella foi ferida, atirada ao chão e asfixiada antes de ser lançada, inconsciente, da janela do 6º andar do Edifício London. Enquanto isso, o criminalista Roberto Podval tentava desqualificar os depoimentos.

Não se tratava mais de provar a existência de um ladrão no prédio ou a possibilidade de uma prova acidental, mas de mostrar possíveis fragilidades na prova central desse júri - os laudos e exames periciais. Tudo para pôr os jurados em dúvida e buscar a absolvição do casal.

Já no primeiro depoimento de ontem, o da delegada Renata Pontes, isso ficou claro. Foi ela quem presidiu o inquérito que incriminou o casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá pela morte da menina. "Com o decorrer das investigações tive 100% de certeza da autoria dos dois (réus) nesse homicídio."

Ao responder às perguntas da defesa, a delegada era sempre confrontada com pontos controversos da apuração. "A senhora afirma em seu relatório que havia sangue de Isabella na cadeirinha de bebê no carro do casal. Pode me indicar onde está escrito isso?", questionou Podval. "Me foi explicado que havia uma mistura de material genético na cadeirinha, com perfis compatíveis com Isabella, de Jatobá e do Pietro (um dos filhos do casal)", disse Renata.

Os depoimentos, hoje, no terceiro dia do julgamento, devem começar com a perita Rosângela Monteiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.



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