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Avô de Isabella questionou trabalho da polícia e testemunhas ouvidas no inquérito. Ele afirmou que família aguarda laudos e mantém certeza da inocência do casal.
Arquivo da Família
Isabella foi jogada do 6º andar do edifício London, em SP, no dia 29 de março.
Ele afirmou que a linha de argumentação da defesa não será alterada e que a família mantém a certeza da inocência do casal. ‘Vamos provar que eles são inocentes’, afirmou. Ele também afirmou que a polícia não tem interesse em ouvir novas testemunhas e que o interrogatório deixou o casal abatido.
"Eles [Anna e Alexandre] saíram muito abatidos [dos depoimentos]. Eles têm consciência de que não foram eles, mas o entedimento da polícia é de que foram e nós vamos realmente agora esperar os laudos que não vieram e vamos estar avaliando isso", disse. "Eles são inocentes, não tem o que mudar", afirmou.
O avô de Isabella argumentou que existem "outros fatores" importantes para as investigações que não foram considerados. Ele argumentou que a defesa já apresentou testemunhas que mostram a vulnerabilidade do Edifício London e questionou os depoimentos que estão no processo.
Ele disse que foram ouvidas testemunhas que não estiveram com Anna Carolina e que depoimentos foram mudados. "Eu discordo, mas a polícia tem realmente a opinião dela. Como pai e como pessoa comum, observo certas irregularidades que não deveriam acontecer", disse.
Adiamento
Os depoimentos de Antônio e da filha dele, Cristiane Nardoni foram adiados. Os dois deveriam ser ouvidos às 16h deste sábado (19) no 9º DP, no Carandiru, na Zona Norte de São Paulo. Segundo a Polícia Civil, os depoimentos devem ocorrer na terça-feira à tarde. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, houve um acordo entre os delegados que investigam o caso e os advogados de defesa para adiar os depoimentos.
Ao longo de toda a sexta-feira (18), o pai da criança, Alexandre Nardoni, foi interrogado. Depois, foi a vez de a mulher dele, Anna Carolina Jatobá, ser ouvida. O casal foi indiciado pela polícia por homicídio triplamente qualificado. As qualificadoras do crime, segundo a polícia, são motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima.
Alexandre e Anna Carolina só deixaram o distrito por volta de 4h40 deste sábado. Eles saíram da delegacia em dois carros particulares e foram para a casa dos pais de Anna Carolina, em Guarulhos, na Grande São Paulo.
Transcrição
Segundo a polícia, foram usadas 20 páginas para a transcrição do depoimento de Alexandre Nardoni e 13 páginas para o de Anna Carolina Jatobá. O casal é suspeito de ter espancado, asfixiado e atirado Isabella da janela do 6º andar do prédio onde Nardoni mora.
Na noite de sexta-feira, um laudo divulgado pelo Jornal Nacional informou que havia sangue no carro da família na noite do crime. E que as marcas de dedo no pescoço da criança eram compatíveis com as das mãos de Anna Carolina.
Segundo a polícia, as informações passadas pelo casal na delegacia seriam confrontadas com os laudos do Instituto de Crimininalística (IC) e do Instituto Médico-Legal (IML) que apontam novos indícios de que a menina foi espancada e depois jogada pela janela.
Fonte: G1.
