Apesar de ser mais um dia marcado por depoimentos técnicos, a emoção também esteve presente no terceiro dia do julgamento de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá --acusados de matar a filha dele, Isabella, há dois anos.
Durante a cerca de uma hora que o juiz Maurício Fossen redigia a deliberação que autorizou a permanência de Ana Carolina de Oliveira, mãe de Isabella, à disposição do júri, sua mãe Rosa Oliveira, que estava na plateia, ficou emocionada. A advogada Cristina Christo Leite, assistente de acusação, se levantou e foi até a divisória que separa o plenário da plateia. As duas se abraçaram por um longo tempo.
Neste mesmo período, o pai de Anna Carolina Jatobá, também sentado na plateia, fez sinal para que Alexandre Nardoni chamasse sua filha. Jatobá acenou e começou a chorar.
O juiz encerrou a sessão desta quarta-feira, mas, antes de deixar o plenário, Alexandre Nardoni acenou para a família. A irmã Cristiane, que passou boa parte do intervalo determinado pelo juiz chorando e rezando, levantou com o pai, Antonio Nardoni, e respondeu ao aceno do irmão.
Ao deixar o fórum, o pai de Jatobá afirmou que o desejo do casal é "que a verdade apareça". "Não é que estamos tentando construir uma terceira pessoa, mas alguém entrou lá e fez aquilo", disse.