Guarda Municipal usa spray pimenta contra estudantes na Câmara de S. José - Foto: Antônio Basílio
Mesmo enxovalhados pela população quando defenderam aumento de 80% eles simplesmente ignoraram a opinião pública e se deram um reajuste de 55,13%. Salário anterior era de R$ 8320.
Mesmo enxovalhados pela população quando defenderam um aumento de 80%, os vereadores de São José dos Campos ignoraram a opinião pública e essa noite se deram um reajuste de 55,13%. Agora, cada parlamentar vai ganhar R$ 12.907,05 por mês.
Na sessão de Câmara, seis vereadores votaram contra o aumento (confira a relação abaixo). A exemplo da semana passada, uma multidão se aglomerou do lado de fora da Câmara Municipal.
O CAOS - Ao ficarem sabendo da aprovação, os manifestantes tentaram forçar a entrada no prédio do Legislativo. Por pouco não entraram em confronto com a Guarda Civil Municipal (GCM). Para controlar a confusão, a GCM usou spray de pimenta contra os estudantes e pessoas que estavam no local.
Um portão que dá acesso às dependências da Câmara foi derrubado. Depois de ser recolocado, o presidente da Câmara, Juvenil Silvério (PSDB), pediu para que fosse colocado um cadeado no portão. Ninguém entra e ninguém sai.
A estudante C.P.F., de 15 anos, alega ter sido agredida pela Guarda Civil Municipal.
"Fui espancada. Um deles me deu uma chave de pescoço e o outro espirrou o spray (de pimenta) no meu rosto", disse.
Neste momento, os vereadores estão fechado na Casa de Leis. Eles estariam esperando a chegada de reforço da PM para poder deixar o prédio.
Carros de som de entidades sindicais são utilizados para que as pessoas gritem palavras de ordem contra o reajuste.
CONGESTIONAMENTO - Antes da confusão, eram cerca de 200 pessoas. As galerias do plenário estavam quase vazias. A população do Pinheirinho, que ocupava as 150 cadeiras, saiu para dar lugar aos estudantes. O problema aconteceu porque, mesmo com a senha de entrada, os estudantes eram barrados.
Por conta disso, eles saíram do prédio ficaram sentados no meio de Anel Viário, que foi fechado para o tráfego por cerca de 40 minutos. O congestionamento foi grande. O viaduto Raquel Marcondes também foi interditado por alguns momentos.
QUEM VOTOU CONTRA O AUMENTO
Amélia Naomi (PT), Angela Guadagnin (PT), Tonhão Dutra (PT), Wagner Balieiro (PT), Walter Hayashi (PSB) e Alexandre da Farmácia (PP)
QUEM VOTOU A FAVOR DO $UPER$ALÁRIO
Cristiano Pinto Ferreira (PV)
Cristóvão Gonçalves (PSDB)
Dilermando Dié (PSDB)
Dulce Rita (PV)
Jairo Santos (PR)
João das Mercês Tampão (PR)
Luiz Mota (DEM)
Macedo Bastos (DEM)
Miranda Ueb (PPS)
Petiti da Farmácia (PSDB)
Renata Paiva (DEM)
Robertinho da Padaria (PPS)
Vadinho Covas (PSDB)
Valdir Alvarenga (PSD)
Juvenil Silvério (PSDB) - não vota porque é o presidente da Câmara
Guarda Municipal usa spray pimenta contra estudantes na Câmara de S. José - Foto: Antônio Basílio
Parlamentares ficaram 'ilhados' dentro da Câmara
Por receio da multidão furiosa, os portões da Casa de Leis ficaram trancados. Ninguém entrava e saía, inclusive profissionais de imprensa e pessoas que se encontravam no plenário ficaram "presos" por alguns momentos.
Os vereadores de São José dos Campos ficaram "cercados" dentro da Câmara Municipal por cerca de uma hora. Uma multidão furiosa se encontrava do lado de fora, esperando a saída dos parlamentares, que aprovaram um aumento de 55,13%.
A partir de 2013, eles vão receber R$ 12.907,05 por mês.
Por ordem do presidente Juvenil Silvério (PSDB), os portões da Casa de Leis ficaram trancados. Ninguém entrava e saía, inclusive profissionais de imprensa e pessoas que se encontravam no plenário ficaram "presos" por alguns momentos.
Para garantir a segurança e a integridade física, os vereadores esperaram a Guarda Civil Municipal dissipar a multidão. A Polícia Militar foi acionada e deu apoio à retarguarda.
Os manifestantes começaram a deixar o local por volta das 20h15. Logo depois, os parlamentares começaram a sair da Câmara.
Serviço gratuito é dirigido a pessoas de baixa renda |
Tanta espera vale a pena por que o serviço é de graça. "Eu fui lá no cartório para ver se eu conseguia passar a casa no nome das crianças. Só pelo cartório 'ficou' em 3 mil reais. Aí vim na Defensoria e não precisei pagar nada", diz a auxiliar Eliana Pedrosa.
Apesar da fila, não é preciso madrugar. O público que chega até as 9h30 recebe uma senha e quem vem pela primeira vez deve fazer um cadastro.
A Defensoria Pública faz todo o procedimento para a pessoa de baixa renda entrar com uma ação na Justiça e também permite um acordo amigável entre as partes envolvidas, o que pode ser mais rápido e vantajoso. As ações mais procuradas estão relacionadas a divórcio, pensão alimentícia e declaração de união estável.
"Uma grande demanda também de questões habitacionais. Quando for necessário, vai levar a pretensão daquele assistido ao Poder Judiciário", diz o defensor Yanko Bruno.
Nos últimos quatro anos a procura pela Defensoria Pública em São José aumentou de 30 para 80 pessoas por dia. O serviço está se popularizando mas ainda gera dúvidas principalmente com relação aos critérios de seleção para atendimento. Segundo o defensor, o que decide quem vai ser selecionado não é a renda individual, mas sim de toda a família.
"Pessoa carente é aquela cuja renda familiar não seja superior a três salários mínimos. Se ela não for enquadrada pela regulamentação legal como uma pessoa carente, não poderá ser atendida pela Defensoria Pública", observa.
Serviço:
Em São José dos Campos, o atendimento na Defensoria Pública é feito de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Para retirar uma senha é preciso chegar ao local até as 9h30. O endereço é Avenida Comendador Vicente de Paula Penido, 532, no Jardim Aquarius. Nas cidades onde não há Defensoria, os interessados podem procurar a OAB.
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