Presidente da Argentina disse que tem 27 propriedades e é acionista majoritária em três sociedades anônimas que controlam luxuosos hotéis na Patagônia
BUENOS AIRES -
Oito dias após a vitória nas eleições primárias, a presidente argentina Cristina Kirchner apresentou sua declaração de bens, que mostra um crescimento de 46,54% da sua fortuna somente no último ano. O patrimônio de Cristina subiu para 79,438 milhões de pesos (US$ 19,09 milhões), 25 milhões de pesos a mais que em 2009, quando declarou 54,208 milhões de pesos (US$ 13,03 milhões). Antes de assumir como presidente, em maio de 2003, o marido dela, Néstor Kirchner, morto em outubro passado, havia declarado bens no valor de 2,23 milhões de pesos (US$ 538,22 mil). Segundo as declarações de renda apresentadas desde 2003 ao Escritório Anticorrupção - um organismo que fiscaliza as contas públicas -, a fortuna do casal Kirchner aumentou 3.447,92% em oito anos.
A presidente disse que tem 27 propriedades: 6 casas, 12 apartamentos, 6 terrenos e 3 imóveis comerciais. Também informou que é acionista majoritária em três sociedades anônimas que controlam luxuosos hotéis na Patagônia: Los Sauces S.A., CO.MA S.A e Hotesur S.A. Além disso, declarou possuir 19 aplicações em renda fixa, das quais apenas uma está em dólares e todas em nome de Néstor Kirchner. A Casa Rosada argumenta que a composição dos bens não sofreu alterações e que o incremento do patrimônio deveu-se, especialmente, à valorização dos imóveis e ao rendimento das aplicações financeiras.
Em 2009, foi aberto um processo de investigação sobre enriquecimento ilícito do casal Kirchner. Mas a justiça argentina decidiu que o crescimento do patrimônio era legítimo. Cristina entregou a declaração com mais de um mês de atraso e só o fez após as eleições do dia 14, que a ratificou como candidata favorita à presidência nas eleições de 23 de outubro.
Também com atraso o candidato a vice-presidente de Cristina, o ministro de Economia, Amado Boudou, apresentou declaração que aponta aumento de 64% de seu patrimônio entre 2009 a 2010. Os bens do ministro passaram de 888,051 mil pesos (US$ 213,47 mil) para 1,4 milhão (US$ 336,53 mil).
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