Humberto Costa está cansado de ser petista; pelo visto, deveria renunciar também à medicina. Será que o doutor vai tentar me censurar?
Humberto Costa, senador pelo PT de Pernambuco, já não agüenta mais ser petista. É, gente, é sério! Segundo entendi, esse negócio de ser do PT acaba lhe rendendo algumas palavras duras, que ele considera insultos. Como um petista pode trocar de pêlo, mas não de vício, o jeito é proibir as pessoas de falar mal de seu partido. É onde todo “progressista” como Costa termina: tentando esmagar a liberdade alheia. E não é uma liberdade qualquer, não! Ele acha que “ofender o PT” é uma coisa tão séria, mas tão séria, que quer acabar com a imunidade parlamentar para proteger, deixe-me ver, patriotas como Delúbio Soares, José Dirceu, José Genoino, Erenice Guerra, aquele cara da cueca… Costa deveria pegar o boné e ir para casa em vez de tentar censurar seus colegas e o debate público. E cobro aqui um posicionamento público da Associação Brasileira de Psiquiatria e da Associação Médica Brasileira. Vocês verão por quê. Leiam o que informa o Estadão Online. Volto em seguida.
Tucano e líder do PT trocam insultos no Senado
Por Rosa Costa:
Um bate-boca entre o senador tucano Mário Couto (PA) e o líder do PT, Humberto Costa (PE), quase transforma o plenário e o cafezinho do Senado num ringue. Faltou pouco para eles se atracarem. O confronto esquentou quando o líder petista afirmou que a CPI da oposição só serve para “dar palanque àqueles que não têm compromisso com o Brasil, mas apenas com o histrionismo para aparecerem na televisão defendendo coisas que nós sabemos que são absolutamente indefensáveis”. Couto tinha acusado a presidente Dilma Rousseff de sugerir a seus aliados que “roubem” porque não demitirá ninguém.
“A Ideli, Brasil! Aquela Ideli, senadora que vocês viam aqui, aquela Ideli diz que o governo vai assegurar a liberação de R$ 1,7 bilhão para os deputados calarem a boca”, disse Couto. E continuou: “É, Brasil grandioso e querido! Olha como caminhas. Ó Pátria querida, olha o que os teus filhos fazem contigo, pátria, te abandonaram; pátria, dizem para ti: te lixa! Ninguém assina a CPI da Corrupção, ó pátria amada!”.
Humberto Costa retrucou, do meio do plenário, que a Mesa Diretora precisa tomar uma posição. “Aqui, nosso partido já foi chamado de partido de bandidos, de vagabundos e a Mesa não faz nada porque dizem: “Não, trata-se de um louco, de um débil mental. E a quantidade de agressões que são feitas aqui? O Regimento precisa ser atualizado, modernizado, para impedir que todos os dias se repitam aqui as agressões a pessoas, a partidos. E muitos não querem comentar porque acham que se trata de discursos folclóricos. Estou apresentando neste momento uma solicitação ao presidente, ao corregedor da Casa.”
A ida do líder petista para o cafezinho transferiu a troca de insultos para lá. Humberto Costa dava entrevista quando Couto chegou e tocando-o no ombro, retrucou: “Débil mental, não”. Ao que Costa respondeu: “Débil mental, sim, você deve aprender a respeitar as pessoas”. “Moleque”, acrescentou. “Você é um safado”, contra atacou Couto. “Safado é você”. Os assessores de Humberto Costa tentaram contê-lo, enquanto Mário Couto deixava o cafezinho gritando: “Corrupto tem de acabar no pau, mesmo. Não pode dar trégua. Você acorda e vê, é corrupto a toda hora, tem de acabar.”
Voltei
Não endosso o estilo deste ou daquele. Couto tem seu jeito de se manifestar. Há quem aprove. Há quem reprove. Mas está amparado pela imunidade parlamentar para dizer o que bem entender. O senhor Humberto Costa, formando em medicina, também estudou jornalismo e faz mestrado em ciência política. Uau! E ainda não sabe o que é liberdade de expressão! Na pendenga entre Rosa Luxemburgo e Lênin, no pós-1917, ele estaria com o careca assassino: “A liberdade é a liberdade dos meus amigos”. O facinoroso não disse essa frase. Estou expressando o espírito de sua tese.
Couto pode até ser “exagerado” na expressão, como querem alguns, mas está amparado na lei. Quem está cometendo uma penca de desatinos é Humberto Costa. Este senhor é formado em medicina, com especialização em psiquiatria. Qualquer psiquiatra que empregue a expressão “débil-mental” para desqualificar um adversário está desrespeitando os valores contidos no Código de Ética Médica. Um psiquiatra deve se encarregar de minorar os sofrimentos dos que têm alguma forma de debilidade mental, jamais usar a doença como pecha.
Os malefícios causados por uma eventual debilidade mental podem, quase sempre, ser minorados com remédio. O que não tem remédio é a debilidade moral. Costa não agüenta mais críticas? Por que não vai se juntar a Bashar Al Assad, um dos amigos que o PT tem no mundo?
Ah, sim: o médico Costa foi o pior ministro da Saúde da história destepaiz; como especialialista em liberdade de expressão, a gente vê do que ele é capaz.
Texto publicado originalmente às 20h38 desta quarta
Ideli: racha na base não aumenta chance de assinaturas pró-CPI
25 de agosto de 2011 • 13h43
A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti (PT), disse nesta quinta-feira acreditar que a insatisfação da base governista - que já paralisou votações no Plenário da Câmara dos Deputados e que mobilizou parte do aliado PMDB a pressionar pela aprovação da emenda que fixa patamares mínimos de gastos para a saúde - não será capaz de dar mais força ao movimento oposicionista que pede a instalação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI).
O grupo de trabalho, que atualmente conta com as assinaturas de 123 deputados e 20 senadores, seria instalado para investigar denúncias de irregularidades e corrupção em ministérios do governo Dilma Rousseff.
"Não acredito nesse tipo de comportamento (pró-CPI). Partidos normalmente têm divergências, grupos, correntes. É normal da vida partidária. Eu, como ministra de Relações Institucionais, tenho a determinação da presidente de trabalhar pela unidade de base. Estão todos muito empenhados em pacificar", afirmou a coordenadora política do governo ao participar de reunião na Câmara dos Deputados.
Para apaziguar os ânimos do PMDB, o vice-presidente da República, Michel Temer, organizou na noite desta terça um jantar com ministros, parlamentares do partido e com a presidente Dilma Rousseff em busca de uma aproximação da chefe do Executivo com os integrantes do Congresso.
Apesar de crise, Ideli assegura Pedro Novais no Turismo
23 de agosto de 2011 • 14h24 • atualizado às 14h38
A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, assegurou, nesta terça-feira, que o ministro do Turismo, Pedro Novais, continua no comando da pasta. A permanência de Novais no cargo estava em xeque após a operação Voucher, da Polícia Federal, que prendeu 38 membros do Ministério do Turismo por suspeita de uso irregular do dinheiro público.
O próprio Novais havia dito que permaneceria no cargo enquanto a presidente Dilma Rousseff quiser, enquanto houver apoio e enquanto a saúde permitir. "Ele tem respondido de forma tranquila, calma, e tem tido mudanças no Ministério do Turismo, está havendo adequações de equipe. Por isso, entendo que a permanência do ministro Novais está dada", disse Ideli.
Ideli Salvatti também defendeu o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e a mulher dele, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, acusados de pegar carona em jatinhos de empresas na campanha eleitoral de 2010. Na ocasião, Paulo Bernardo era ministro do Planejamento e, segundo a revista Época, o ministro e sua mulher teriam viajado em um jatinho da empreiteira Sanches Tripoloni, que pertence ao empresário Paulo Francisco Tripoloni.
"Não tem nenhum comentário (da presidente) em relação a esse tema e os ministros têm dado as respostas devidas. Hoje, o ministro Paulo Bernardo foi à Câmara para falar de rádio digital e está absoltamente tranquilo, ontem até emitiu nota para se manifestar com relação a essas questões", defendeu Ideli. Segundo a reportagem, Paulo Bernardo teria favorecido a construtora ao incluir a obra do Contorno Norte de Maringá, no Paraná nas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O projeto é da empreiteira Sanches Tripoloni.
Substituição de Mendes Ribeiro
A ministra também se disse "ansiosa" pela indicação da presidente Dilma Rousseff para ocupar a vaga deixada por Mendes Ribeiro na liderança do governo no Congresso. O parlamentar substitui o ex-ministro Wagner Rossi, que pediu demissão na última quarta após denúncias na pasta.
"Estou aguardando ansiosamente que a presidenta (sic) decida, para mim é complicado trabalhar a questão do Congresso sem líder. A decisão é dela, é bom sempre lembrar que líder de governo é decisão da presidenta (sic). Nem cabe indicação minha", disse.
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