O avião que transportava os secretários do Planejamento, Gestão e Participação Cidadã do Rio Grande do Sul, João Motta, e da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, fez um pouso de emergência em Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, na manhã de hoje. Ninguém se feriu.
A aeronave Senica, ano de fabricação 1984, da Polícia Militar, decolou na capital gaúcha por volta das 7 horas, com destino a São Borja, onde acontece o Encontro do Desenvolvimento, atividade do governo do Estado para prestação de contas da interiorização. Além de Motta e Mainardi, o secretário-executivo do gabinete do governador, Roberio Correa, estava no voo.
O pouso teve de ser realizado devido a um vazamento de combustível. Os secretários retornaram a Porto Alegre depois do incidente. Todos estão bem. No início da tarde, os secretários irão a São Borja na aeronave que levará o governador Tarso Genro mantendo a agenda prevista. (AE)
#PT Marqueteiro de Tarso ganha contrato sem licitação no RS
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FELIPE BÄCHTOLD
DE PORTO ALEGRE
A empresa do publicitário da campanha eleitoral de Tarso Genro (PT) ao governo do Rio Grande do Sul, no ano passado, assumiu o setor de propaganda do banco do Estado em um processo que não teve licitação.
A Escala Comunicação tem como sócio Alfredo Fedrizzi, um dos marqueteiros do PT gaúcho na campanha que elegeu Tarso governador. Ela e outras três agências foram contempladas em junho com um contrato de seis meses para cuidar da publicidade do Banrisul.
É a principal conta do governo do Rio Grande do Sul em propaganda.
O governo Tarso decidiu romper com as duas agências que cuidaram da publicidade do banco durante o governo de Yeda Crusius (PSDB), antecessora do petista, devido a suspeitas de envolvimento delas em irregularidades.
As suspeitas foram alvo de uma operação da Polícia Federal no ano passado.
Já com Tarso no governo, o Estado foi à Justiça, que considerou que os contratos dessas empresas deveriam ser suspensos para que o banco não ficasse "refém" de agências com sócios suspeitos de crimes. A decisão judicial saiu em maio.
No mês seguinte, o governo contratou, por meio de dispensa de licitação, quatro novas agências, incluindo a Escala. A verba anual de publicidade do Banrisul soma R$ 99 milhões.
EMERGÊNCIA
O Estado diz que, como o banco ficou sem um responsável por sua publicidade após a decisão da Justiça, precisou providenciar uma contratação emergencial.
A Secretaria da Comunicação do governo afirma que os outros bancos fazem campanhas agressivas de marketing e que, com o setor de propaganda parado, o Banrisul poderia perder mercado rapidamente.
Segundo o governo gaúcho, as quatro empresas foram escolhidas porque haviam participado da licitação feita em 2007 e vencida pelas duas agências agora afastadas na Justiça.
A Escala já possuía outros contratos de publicidade com o governo gaúcho. Neste ano, de acordo com dados do Portal da Transparência do Estado, a empresa já recebeu R$ 8,8 milhões --valor que não inclui os trabalhos feitos para o Banrisul.
No ano passado inteiro, ganhou R$ 7,1 milhões da administração estadual. Todos esses outros contratos foram firmados por meio de licitações, afirma a empresa.
OUTRO LADO
O governo gaúcho e o publicitário Alfredo Fedrizzi negam qualquer relação entre a contratação da agência Escala e a participação dele na campanha eleitoral de 2010.
A Secretaria da Comunicação do governo disse que já está trabalhando para realizar uma nova licitação que definirá a agência de publicidade fixa do Banrisul.
O banco afirmou que, se houvesse a intenção de favorecer uma empresa, não haveria razão para contratar na mesma ocasião outras três agências de publicidade, como foi feito.
O governo do Estado diz ainda que a situação foi gerada por irregularidades ocorridas na gestão anterior.
Fedrizzi não considera que tenha havido uma dispensa de licitação porque o governo chamou as empresas que haviam sido classificadas na concorrência aberta em 2007 para o banco.
"[A Escala] é uma agência que existe há 38 anos, é a maior da região Sul. Já trabalhou para todos os governos do Estado, de todos os partidos", afirmou o publicitário.
Fedrizzi afirmou ainda não ver conflitos de interesse e que a empresa não atuou na campanha eleitoral do governador do Rio Grande do Sul.
Ele disse que trabalhou na eleição de 2010 de maneira independente, como profissional da comunicação, junto a outros especialistas da área.
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