Da Redação, com Jornal da Band e Bandnews FM
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A enorme quantidade de terras que deslizou do Morro do Bumba, em Niterói, e soterrou dezenas de casas, tira a esperanças de se encontrar mais algum sobrevivente na região. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil continuam trabalhando no local, que registrou a maior tragédia desde o início das chuvas que assolam o Rio de Janeiro nesta semana.
No momento, cerca de 200 homens trabalham no local. As buscas devem continuar durante a noite, no entanto, caso volte a chover forte, elas serão interrompidas para evitar novos deslizamentos, sendo retomadas pela manhã. De acordo com informações da BandNews FM, voluntários chegam ao local trazendo ajuda aos bombeiros, água mineral.
Devido à falta de iluminação na região, durante a noite, as buscas acontecem apenas na parte de baixo do morro, com a ajuda de refletores. Muitas pessoas estão no local à espera da notícia de parentes e amigos.
A Defesa Civil ainda não tem um levantamento exato de quantos moradores estão desaparecidos e quantas casas foram soterradas. Acredita-se que tenham 200 pessoas embaixo dos escombros, sendo cerca de 30 crianças. De acordo com informações de moradores, foram soterradas mais de 50 casas, além de uma igreja e duas creches que estavam abertas na hora.
De acordo com informações do Corpo de Bombeiros ao Jornal da Band, as buscas podem levar até duas semanas. Dentre as dificuldades, eles destacam a instabilidade do terreno, as máquinas só conseguem avançar aos poucos; e também a falta de referência da localização dos corpos, conforme informou o tenente coronel do Corpo de Bombeiros, Ricardo Moreira, à BandNews FM.
Durante todo o dia caminhões da Companhia de Limpeza passam pela região para recolher lixo e escombros retirados do morro. Amanhã devem chegar ao local novas máquinas e caminhões para ajudar no resgate.
Mais de 180 pessoas já morreram nesta que é considerada a maior temporada de chuvas no Rio de Janeiro, pelo menos 160 ficaram feridas e cerca de 14 mil estão desabrigadas em todo o Estado. O número de mortos deve aumentar enquanto a Defesa Civil prosseguir com as buscas.
Redação: Marielly Campos