Foto: AP
O Tata Nano zero-quilômetro em chamas, momentos após a compra
A foto acima, do Nano incendiado, é da agência AP (Associated Press), assim como as principais informações sobre o caso, que só agora chegou ao lado ocidental do planeta e com algumas divergências: a AP diz que o comprador/vítima é um engenheiro de software e não confirma se ele estava sozinho no momento da compra; já a agêndia indiana ND, de Nova Déli, o classifica como um corretor de seguros acompanhado da mulher e do filho pequeno.
Juntando as pontas, sabemos que o indiano Satish Purushottam Sawant saiu de casa no último domingo, dia 21, para comprar o primeiro carro da família. Na concessionária Concorde Motors, fechou a aquisição de um Tata Nano prata equipado com direção elétrica e tomada de 12V (opcionais), pelo equivalente a R$ 4.520. No caminho de volta para casa, o Nano enfeitado com flores (cortesia da loja) foi tomado pela fumaça. Rapidamente, Sawant encostou o carro e correu com mulher e filho para longe do veículo. Um motociclista que passava pelo local avisou ao motorista do fogo que tomava a parte traseira do carro, onde fica o motor.
A Tata Motors informou à AP que as causas da combustão espontânea do Nano -- que não teria sido o primeiro (leia no site parceiro Carsale) -- ainda estão sendo investigadas, mas que Sawant poderia escolher entre receber um Nano novo ou ter o dinheiro devolvido. A agência indiana ND, por sua vez, relata que o comprador está insatisfeito, já que não houve um pedido formal de desculpas por parte da montadora, que trata o caso como um incidente com veículo pré-série, que não deveria ter sido vendido a um consumidor. Ao que parece, o carro foi fabricado em 2008, quando os testes de segurança estavam incompletos, apesar da nota fiscal emitida pela Concorde tratar o carro como um modelo 2009.
Para encerrar a história, a AP informa que cerca de 30.000 unidades do Nano já circulam na Índia, apesar do escritório de Nova Déli da consultoria IHS Global Insight não recomendar a compra, como afirma o analista Deepesh Rathore: "Considerando os padrões de segurança, o Nano mal atinge a nota de corte".