[Valid Atom 1.0]

quinta-feira, 25 de março de 2010

GO: antes de greve, delegados mandam 105 para prisão provisória


24 de março de 2010


Policial faz escolta dos presos transferidos Foto: Demian Duarte/O  Hoje/Divulgação

Policial faz escolta dos presos transferidos
Foto: Demian Duarte/O Hoje/Divulgação


Márcio Leijoto
Direto de Goiânia

Um mutirão com 105 presos que estavam em celas de delegacias da Polícia Civil de Goiânia (GO) foi encaminhado na manhã desta quarta-feira para a Casa de Prisão Provisória (CPP), em Aparecida de Goiânia. A ação antecede a greve dos delegados prevista para começar amanhã. Além de se negarem a ficar com presos nos distritos policiais, os delegados reivindicam melhores condições de trabalho e reajuste salarial.

Entretanto, 35 presos tiveram de voltar para as delegacias porque a direção do Complexo Prisional onde fica a CPP se negou a recebê-los. "Tínhamos uma capacidade para receber mais 70 detentos, que chegariam aqui das delegacias durante a semana. Nos próximos dias devem surgir novas vagas, pois presos provisórios viram presos condenados e condenados ganham liberdade ou vão para o semiaberto", disse o superintendente do Sistema Prisional (Susepe) da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), Carlos Roberto Teixeira.

Uma comissão formada por representantes do Sindicato dos Delegados da Polícia Civil de Goiás (Sindepol) e da Associação dos Delegados da Polícia Civil do Estado de Goiás (ADPEGO) foi criada para organizar a logística de transferência dos outros 180 presos que estão em celas de delegacias goianas.

O presidente do Sindepol, Wilson Luís Vieira, informou que os delegados não vão mais aceitar serem responsáveis por cuidar de presos, mas não informou se a categoria tem um prazo para encaminhar todos os detentos para a CPP. "Não é nossa função cuidar de preso. Por isso vamos entrar em greve a partir de amanhã. Por melhores salários, por condições de trabalho, mais viaturas, melhores prédios e para não ter mais desvio de função", disse.

A greve dos delegados foi decidida em assembleia geral na última sexta-feira. Durante a paralização, 30% do efetivo continuará trabalhando, mas apenas em procedimentos burocráticos administrativos e flagrantes mais graves. Casos como o do desaparecimento dos jovens em Luziânia (GO), no entorno do Distrito Federal, devem ser interrompidos parcialmente.

A Sesp informou por meio de sua assessoria de imprensa que não se manifestará no momento sobre a transferência de presos nem sobre a iminência da greve.





LAST





Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters