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quarta-feira, 11 de junho de 2008

GIL SUMIU

GIL SUMIU

9/Junho/2008 por Poeta Álvaro Alves de Faria

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Andam dizendo que eu desapareci. Não é verdade. Eu estou aqui, no meu posto, no comando do Ministério da Cultura, procurando os novos rumos para o Brasil dessa área da identidade cultural brasileira. Eu só estou fora da mídia. Só isso. Eu sou o ministro da Cultura do Brasil.

Só estou fora da mídia, dessa badalação que eu não gosto, vocês sabem disso. Eu vou explicar porque estou fora da mídia. Eu explico tudo. Estou fora da mídia mas continuo no meu posto, galhardamente.

Vocês devem saber que no fim do ano passado eu queria deixar o Governo, porque estava com problemas na voz, de tanto fazer discursos. Eu precisava olhar melhor minha carreira. Eu tenho uma carreira artística para cuidar. E estou um pouco distante dela.

Mas o motivo de meu desaparecimento, digamos assim, é quântico, é da essência do sentimento, diante e dentro do grau de densidade, da amálgama das coisas etéreas, é coisa do cosmo mesmo, como costumo dizer.

Há uma síndrome de questões metafísicas que envolvem o prazer de conduzi - não o destino nem a sina das ocorrências universais, onde se perdem as luas e os planetas - mas de conduzir a extensão das perplexidades.

Sou uma pessoa atônita diante desses mistérios absolutos, essa ligação, essa liga das extremidades que correm paralelas junto à história, sem esquecer a música, o gosto do acarajé, sem esquecer as estrelas infinitas que não se podem ver no firmamento.

É a paisagem poética do inexorável. A transição incompleta do todo, compreendem ? O circunstancial do som, a atmosfera do que não é nítido no insensível, no nostálgico.

Nesta altura, o universo me assegura a vida, mas detenho em mim o redesenhar, a refazenda, no refazer diário do próprio dia, a luz do que se ilumina por dentro e por fora,aquela iluminação interior do ser etéreo, do recolhimento, desse fantasmagórico retrato cotidiano, que nos assusta e nos afasta do espectro.

Sendo assim, há a redescoberta do ser que vive por dentro, onde está o redescobrimento do próprio redescobrimento, o que significa a intrínseca distância de um ausente sentimento metafísico, que vai do cosmo ao planeta mais próximo do pensamento.

Esse é o problema de meu desaparecimento da mídia. Espero que tenha sido claro com vocês.


(Clique aqui e assista o vídeo pela Jovem Pan online)











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